A INFORMÁTICA NO ÂMBITO ESCOLAR



A INFORMÁTICA NO ÂMBITO ESCOLAR

RESUMO
O estudo teve como objetivo verificar se a informática ajuda no processo de aprendizado escolar. A pesquisa foi de caráter bibliográfico onde a metodologia usada foi através de observações e comparações, envolvendo 20 alunos de salas diferentes da Escola Estadual Dom João de Souza Lima no 3º ano do ensino médio. Foi ministrada uma aula para uma turma com o auxílio de recursos multimídias sobre o assunto Genética, numa outra turma, foi ministrada uma aula o auxílio de recursos multimídia (como computadores, data show, slides, etc). Depois das provas dos determinados assuntos foi feito uma comparação das avaliações com a finalidade de observar ou notar se há algumas evoluções no aprendizado dos alunos das diferentes turmas, para diagnosticar de fato um aprendizado melhor na turma que teve aula com os recursos multimídias. A Informática nessas escolas pode incentivar e até melhorar muito mais a aprendizagem por ser uma metodologia dinâmica e divertida, onde os alunos possam interagir com os outros, facilitando assim a compreensão e a aprendizagem.

Palavras-chave: Informática, multimídia, aprendizado


ABSTRACT
The study aimed to verify if the information helps in the process of school learning. The bibliographic research was character where the methodology was used by observations and comparisons, involving 20 students from different rooms of the State School Dom João de Souza Lima at 3 years of high school. Was given a lecture to a class with the aid of multimedia resources on the subject Genetics, in another class, a class was given the help of multimedia features (such as computers, data show, slides, etc.). After the evidence of certain matters was made a comparison of evaluations in order to observe or notice if there are some developments in the learning of students of different classes to diagnose in fact a better learning in the class who had class with multimedia features. Computer science in these schools can encourage and even improve a lot more learning to be a fun and dynamic approach, where students can interact with others, thus facilitating understanding and learning.

Keywords: IT, multimedia, learning


INTRODUÇÃO
Há alguns anos a informática era considerada um recurso sofisticado. Atualmente já faz parte do nosso cotidiano e está presente em diversas áreas da atividade humana, como nos comércios, escolas, indústrias, no lazer e diversão. É preciso adotar um posicionamento muito crítico frente a qualquer tecnologia, isso inclui o computador. Para alguns está tecnologia provoca fascínio e para outros, receio; deve ser encarada como qualquer máquina que seja manipulada pelo o homem e cuja influência sobre a sociedade requer uma análise critica. A Informática vem adquirindo cada vez mais relevância no cenário educacional. Sua utilização como instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social vem aumentando de forma rápida entre nós. Nesse sentido, a educação vem passando por mudanças estruturais e funcionais frente a essa nova tecnologia.
O objetivo do artigo é discutir alguns pontos, de importância, que possam gerar uma reflexão sobre a introdução da Informática na escola, como: a interação homem x máquina, a chegada do computador à escola, o ser humano e a tecnologia, informática x currículo, o processo de introdução da informática, computador como recurso de aprendizagem, internet na escola.
Com a era da Informática avançando a cada dia, é de suma importância a inserção dessa tecnologia do nosso cotidiano, ainda mais na educação, dando para conciliar matérias curriculares simples, como a Biologia, com a Informática (com produção de slides, apresentação de filmes ou vídeos) e também com a evolução da internet, onde você pode achar várias informações, ficando mais fácil fazer qualquer pesquisa, sanar qualquer curiosidade.
A maioria dos jovens que estudam hoje em colégio público não tem uma facilidade de aprendizagem como tem os alunos mais afortunados ou os que estudam em colégio particular, logo 90% das vezes uma aprendizagem melhor, por ter uma dinâmica melhor.
A Informática nessas escolas pode incentivar e até melhor muito mais a aprendizagem por ser uma metodologia dinâmica e divertida, onde os alunos possam interagir com os outros, facilitando assim a compreensão e a aprendizagem.
Além de ministrar aulas com e sem os recursos multimídias e aplicar provas para obtenção de resultados o artigo incentivou a escola criar projeto individuais para um melhor ensino-aprendizado para os alunos e os professores a utilizarem mais os recursos multimídias durantes suas aulas e nos seus seminários aumentando assim o nível de percepção dos alunos.
A pesquisa foi de caráter bibliográfico onde a metodologia usada foi através de observações e comparações, envolvendo 20 alunos de salas diferentes da Escola Estadual Dom João de Souza Lima no 3º ano do ensino médio. Foi ministrada uma aula para uma turma com o auxílio de recursos multimídias sobre o assunto Genética, numa outra turma, foi ministrada uma aula o auxílio de recursos multimídia (como computadores, data show, slides, etc). Depois das provas dos determinados assuntos foi feito uma comparação das avaliações com a finalidade de observar ou notar se há algumas evoluções no aprendizado dos alunos das diferentes turmas, para diagnosticar de fato um aprendizado melhor na turma que teve aula com os recursos multimídias.

REFERÊNCIAL TEÓRICO
Interação homem x máquina
A multimídia é hoje um dos mais poderosos e eficazes recursos para garantir a percepção e o aprendizado. Isso porque os recursos multimídia estimulam mais sentidos que as simples mídias. A partir do momento em que o usuário é estimulado em mais de um sentido, a capacidade de processamento e armazenamento das informações, ou seja, a capacitação de aprendizado aumenta consideravelmente.
Na década de 70 no Brasil como em outros países, o uso do computador na educação teve início com algumas experiências em universidades. Em 1975, foi produzido o documento "Introdução de Computadores no Ensino do 2° Grau", financiado pelo Programa de Reformulação do Ensino (PREMEN/MEC).
Segundo MATIAS, o percentual de eficácia das principais mídias na percepção humana é de:
-Visual = 55% -Vocal = 38% -Textual = 7%
Quando combinadas, as mídias tendem a aumentar ainda mais essa percentagem. Isso ocorre pelo fato dos recursos multimídia serem mais parecidos com a realidade das pessoas. Torna cada vez mais interativo, similar ao nosso cotidiano.
Essa interação humano-máquina proporcionada cada vez mais intensamente pelos recursos multimídia; segundo o professor BOLSHAW (1999) a que chama de cibernética, ou seja, é por causa dessas interações que ele afirma que somos Cyborgs. Segundo ele, quando fazemos uso de um talher ou um automóvel, interagimos de maneira simbiótica com a máquina. A utilização dos recursos multimídia é justamente uma das formas mais eficazes de garantir um maior aproveitamento dessa relação.

A chegada do computador à escola

Em meados da década de 70, o advento da microinformática diminuiu o custo do computador, tornando a entrada acessível às escolas; Surgiram também linguagens simples que facilitaram o uso por iniciantes. Um exemplo é a linguagem Basic, essa linguagem tornou mais fácil a elaboração de programas educativos como objeto de ensinar conteúdos curriculares. Esses dois fatores foram os principais para a implantação da Informática nas escolas.
Primeiramente os computadores usados nas escolas, limitaram apenas a aplicações nos setores administrativos. No entanto vários pesquisadores começaram a investigar possibilidades de usar o computador como recurso didático. Para Seymour Paper o computador dar forma concreta a áreas do conhecimento que pareciam ser anteriormente intangíveis e abstratas; Paper criou a linguagem LOGO, que mais tarde seria modificada ou adaptada por Bossuet, permitindo a criança testar suas hipóteses e agir sobre o mundo exterior a partir de seus próprios modelos de pensamento; esse tipo de linguagem também facilita o aprendizado de pessoas autistas, crianças portadoras de deficiências, seja física ou mental, auditiva, visual ou psicomotora.

O Ser humano e a Tecnologia
Segundo FRÓES: "A tecnologia sempre afetou o homem: das primeiras ferramentas, por vezes consideradas como extensões do corpo, à máquina a vapor, que mudou hábitos e instituições, ao computador que trouxe novas e profundas mudanças sociais e culturais, a tecnologia nos ajuda, nos completa, nos amplia (...), facilitando nossas ações, nos transportando, ou mesmo nos substituindo em determinadas tarefas, os recursos tecnológicos ora nos fascinam, ora nos assustam..."
O YouTube talvez seja a melhor forma de conhecer vídeos caseiros e clipes de TV, mas muitas pessoas como Nissim procuram por tutoriais em matemática, ciência e outros assuntos mais complexos. (Associated Press, 2008)
A Tecnologia não causa mudanças apenas no que fazemos, mas também em nosso comportamento, na forma como elaboramos conhecimentos e no nosso relacionamento com o mundo. Vivemos num mundo tecnológico, estruturamos nossa ação através da tecnologia, como relata KERCKHOVE, na Pele da Cultura "os media eletrônicos são extensões do sistema nervoso, do corpo e também da psicologia humana".
De acordo com FRÓES "Os recursos atuais da tecnologia, os novos meios digitais: a multimídia, a Internet, a telemática traz novas formas de ler, de escrever e, portanto, de pensar e agir. O simples uso de um editor de textos mostra como alguém pode registrar seu pensamento de forma distinta daquela do texto manuscrito ou mesmo datilografado, provocando no indivíduo uma forma diferente de ler e interpretar o que escreve, forma esta que se associa, ora como causa, ora como conseqüência, a um pensar diferente."
A sala de aula deve deixar de ser o lugar das carteiras enfileiradas para se tornar um local em que professor e alunos podem realizar um trabalho diversificado em relação a conhecimento e interesse com as aulas. Nessas escolas a informática está sendo implantada nos mesmos moldes do sistema educacional no qual o computador é usado para minimizar o analfabetismo computacional dos alunos ou automatizar os processos de transmissão da informação. .(PREMEN/MEC 1982).
BORBA (2001) vai um pouco mais além, quando coloca "seres-humanos-com-mídias" dizendo que "os seres humanos são constituídos por técnicas que estendem e modificam o seu raciocínio e, ao mesmo tempo, esses mesmos seres humanos estão constantemente transformando essas técnicas." ( p.46)
Dessa mesma forma devemos entender a Informática. Ela não é uma ferramenta neutra que usamos simplesmente para apresentar um conteúdo. Quando a usamos, estamos sendo modificados por ela. O texto que escrevemos, por mais simples que seja, está modificando o homem através da releitura do mesmo texto depois, pois a tecnologia do computador traz uma ?nova? escrita e conseqüentemente uma nova leitura e um acréscimo de palavras em seu vocabulário.

Informática x Currículo
O principal objetivo, defendido hoje, ao adaptar a Informática ao currículo escolar, está na utilização do computador como instrumento de apoio às matérias e aos conteúdos lecionados, dando um aprendizado mais moderno e melhorado aos alunos, já que a função também é de preparar os mesmos para uma sociedade informatizada.
Entretanto esse assunto é polêmico. No começo, quando as escolas começaram a introduzir a Informática no ensino, percebeu-se, pela pouca experiência com essa tecnologia, um processo um pouco caótico. Muitas escolas introduziram em seu currículo o ensino da Informática com o pretexto da modernidade. Mas o que fazer nessa aula? E quem poderia dar essas aulas? A princípio, contrataram técnicos que tinham como missão ensinar Informática. No entanto, eram aulas descontextualizadas, com quase nenhum vínculo com as disciplinas, cujos objetivos principais eram o contato com a nova tecnologia e oferecer a formação tecnológica necessária para o futuro profissional na sociedade.
Com o passar do tempo, algumas escolas, percebendo o potencial dessa ferramenta introduziram a Informática Educativa, que, além de promover o contato com o computador, tinha como o objetivo principal a utilização dessa ferramenta como instrumento de apoio às matérias e aos conteúdos lecionados.
Entretanto esse apoio continuava vinculado a uma disciplina de Informática, que tinha a função de oferecer os recursos necessários para que os alunos apresentassem o conteúdo de outras disciplinas.
O principal objetivo do uso do computador na escola é promover uma mudança do paradigma educacional, e esse paradigma promove a aprendizagem ao invés do ensino, onde o aluno é o principal responsável pelo seu processo de aprendizagem e auxilia o professor a entender que a educação não é apenas a transferência de conhecimento, mas um processo de construção do conhecimento pelo aluno, onde o professor se torna o facilitador do aprendizado.(PREMEN/MEC 1982).

Vivemos em um mundo tecnológico, onde a Informática é uma das peças principais. Conceber a Informática como apenas uma ferramenta é ignorar sua atuação em nossas vidas. E o que se percebe?! Percebe-se que a maioria das escolas ignora essa tendência tecnológica, do qual fazemos parte; e em vez de levarem a Informática para toda a escola, colocam-na circunscrita em uma sala, presa em um horário fixo e sob a responsabilidade de um único professor. Limitando assim, todo o processo de desenvolvimento da escola como um todo e perdem a oportunidade de fortalecer o processo pedagógico.

Através da informática, crianças portadoras de deficiências física, mental e sensorial têm a oportunidade de desenvolver suas habilidades, acelerar seu processo de alfabetização e se tornar cada vez mais autônomas (MAGELA,2008)
Informática e aprendizagem
JONASSEN (1996) classifica a aprendizagem em:
Aprender a partir da tecnologia (learning from), em que a tecnologia apresenta o conhecimento, e o papel do aluno é receber esse conhecimento, como se ele fosse apresentado pelo próprio professor. É como uma simples aula de uma disciplina qualquer, onde a função do aluno é aprender.
Aprender acerca da tecnologia (learning about), em que a própria tecnologia é objeto de aprendizagem;
Aprender através da tecnologia (learning by), em que o aluno aprende ensinando o computador (programando o computador através de linguagens como BASIC ou o LOGO);
Aprender com a tecnologia (learning with), em que o aluno aprende usando as tecnologias como ferramentas que o apóiam no processo de reflexão e de construção do conhecimento (as chamadas ferramentas cognitivas). Nesse caso a questão determinante não é a tecnologia em si mesma, mas a forma de encarar essa mesma tecnologia, usando-a, sobretudo, como estratégia cognitiva de aprendizagem.
MARÇAL FLORES (1996) "A Informática deve habilitar e dar oportunidade ao aluno de adquirir novos conhecimentos, facilitar o processo ensino/aprendizagem, enfim ser um complemento de conteúdos curriculares visando o desenvolvimento integral do indivíduo."
SANTOS VIEIRA (2002) "As profundas e rápidas transformações, em curso no mundo contemporâneo, estão exigindo dos profissionais que atuam na escola, de um modo geral, uma revisão de suas formas de atuação."
De acordo com LEVY (1994), as "novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das comunicações e da Informática. As relações entre os homens, o trabalho, a própria inteligência dependem, na verdade, da metamorfose incessante de dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação e aprendizagem são capturados por uma Informática cada vez mais avançada."
Para finalizar, BORBA (2001) que: "O acesso à Informática deve ser visto como um direito e, portanto, nas escolas públicas e particulares o estudante deve poder usufruir de uma educação que no momento atual inclua, no mínimo, uma?alfabetização tecnológica?. Tal alfabetização deve ser vista não como um curso de Informática, mas, sim, como um aprender a ler essa nova mídia. Assim, o computador deve estar inserido em atividades essenciais, tais como aprender a ler, escrever, compreender textos, entender gráficos, contar, desenvolver noções espaciais etc. E, nesse sentido, a Informática na escola passa a ser parte da resposta a questões ligadas à cidadania."

Os Professores e a Informática
Diante dessa nova situação, é importante que o professor possa refletir sobre essa nova realidade, repensar sua prática e construir novas formas de ação que permitam não só lidar, com essa nova realidade, com também construí-la. Para que isso ocorra, o professor tem que ir para o laboratório de informática dar sua aula e não deixar uma terceira pessoa fazer isso por ele. O professor da Informática precisa obrigatoriamente de uma didática similar aos professores de outras matérias, para que o aluno de ouvir, compreender o que lhe é passado.
O processo educacional deve ser mudado para que seja trazido para dentro da sala de aula uma nova realidade, que é o uso do computador como instrumento de ensino-aprendizagem, se tornando assim, a sala de aula, um novo ambiente de aprendizagem, onde a criança trabalha com os novos recursos que a tecnologia oferece, na organização, flexibilização dos conteúdos, na interação aluno-aluno e aluno-professor e na redefinição de seus objetivos. (FIGUEREDO, 2000)
Segundo FIGUEIREDO GOUVÊA "O professor será mais importante do que nunca, pois ele precisa se apropriar dessa tecnologia e introduzi-la na sala de aula, no seu dia-a-dia, da mesma forma que um professor, que um dia, introduziu o primeiro livro numa escola e teve de começar a lidar de modo diferente com o conhecimento ? sem deixar as outras tecnologias de comunicação de lado. Continuaremos a ensinar e a aprender pela palavra, pelo gesto, pela emoção, pela afetividade, pelos textos lidos e escritos, pela televisão, mas agora também pelo computador, pela informação em tempo real, pela tela em camadas, em janelas que vão se aprofundando às nossas vistas..."
Com a utilização do computador, o educador consegue identificar as potencialidades de cada criança, podendo trabalhar individualmente com suas dificuldades, têm a oportunidade de desenvolver suas habilidades, acelerar seu processo de alfabetização e fazer com que se torne cada vez mais autônoma. (FRÓES, 2004)
Mas, para o professor apropriar-se dessa tecnologia devemos, segundo FRÓES "mobilizar o corpo docente da escola a se preparar para o uso do Laboratório de Informática na sua prática diária de ensino-aprendizagem. Não se trata, portanto, de fazer do professor um especialista em Informática, mas de criar condições para que se aproprie, dentro do processo de construção de sua competência, da utilização gradativa dos referidos recursos informatizados: somente uma tal apropriação da utilização da tecnologia pelos educadores poderá gerar novas possibilidades de sua utilização educacional."
Se um dos objetivos do uso do computador no ensino for o de ser um agente transformador, o professor deve ser capacitado para assumir o papel de facilitador da construção do conhecimento pelo aluno e não um mero transmissor de informações, que é o que acontece em muitos casos nas escolas públicas; o professor não está preocupado se o aluno aprendeu ou não, ele quer é passar o conteúdo para concluir a sua meta.
Mas o professor deve ser constantemente estimulado a modificar sua ação pedagógica. Aí entra a figura do coordenador de Informática, que está constantemente sugerindo, incentivando e mobilizando o professor. Não basta haver um laboratório equipado e software à disposição do professor; precisa haver o facilitador que gerencie o processo o pedagógico.

O processo de introdução da informática
Vamos observar o processo de introdução da Informática no ambiente escolar através de vários momentos. Muitos devem estar pensando que é a pretensão dividir esse processo em momentos. Mas o que se está tentando é pontuar alguns desses momentos; além do mais, pensar que seja necessária essa visão, para podermos ter a idéia de processo que nos oriente nessa trajetória.
Nesse processo podemos destacar quatro momentos, que apresentam características bem definidas. Não existe, aqui, o objetivo de delimitar cada momento, pois os professores podem vivenciar características de vários momentos, apesar de sempre um predominar.
Os professores das escolas deveriam ser os responsáveis pelo desenvolvimento do projeto na escola, e esse trabalho deveria ter o suporte e o acompanhamento dos alunos em fase de aprendizagem
Sabemos que, nos dias de hoje, qualquer pessoa deveria, no mínimo, saber manipular um microcomputador; infelizmente essa não é nossa realidade. Os professores atuais estudaram em uma época em que a Informática não fazia parte do dia-a-dia, e, dentre os professores que estamos formando para o futuro, pouco estão sendo preparados para mudar essa realidade.
Ao introduzir-se a Informática educativa, percebe-se um primeiro momento, no qual o professor reproduz sua aula na sala de Informática. É o momento durante o qual a preocupação central é observar a ferramenta.
Esse momento é muito importante e não se deve forçar o professor a uma mudança de atitude diante da potencialidade expressa pelo computador. É o momento do contato, de domínio, em que ele precisa estar seguro diante introdução da Informática. Segundo PENTEADO (2000): "Professores devem ser parceiros na concepção e condução das atividades com TI (Tecnologia da Informática) e não meros espectadores e executores de tarefas." O importante é que o professor se sinta como uma peça participativa do processo e que a aula continua sendo dele, apesar de ser preparada, na sua forma, por um instrumento estranho ou por outra pessoa. Nesse momento ele observa a Informática como um novo instrumento, algo diferente! E usa, com mais freqüência, os softwares educacionais existentes nas praças.
A mudança ocorre, quando o professor perceber que pode fazer mais do que está acostumado; é o momento em que ele começa a refletir sua prática e percebe o potencial da ferramenta. Nesse momento o professor está vulnerável as modificações. Ele vai da defesa para a descoberta. É o momento propício para o coordenador de Informática sugerir modificação na sua prática pedagógica.
Nessas escolas a informática está sendo implantada nos mesmos moldes do sistema educacional no qual o computador é usado para minimizar o analfabetismo computacional dos alunos ou automatizar os processos de transmissão da informação. (PENTEADO, 2000)
Nesse segundo momento, as mudanças ocorrem mais na forma de trabalhar a aula. Agora existe uma preocupação de explorar a ferramenta, para ajudar no processo de aprendizagem. É nesse momento que surgem os softwares de autoria, os slides, os artigos, textos, os simuladores e os projetos dos alunos, mas o professor ainda não consegue transcender sua aula. A preocupação se dá ainda com o conteúdo da sua disciplina. Mas, agora, aparece um novo elemento: o descobrir leva a um desafio constante, que leva a sua preocupação para o processo de aprendizagem.

O terceiro momento é marcado pela preocupação com o processo de aprendizagem e pela interdisciplinaridade, existe uma busca de alternativas para tentar reorganizar o saber, dando chance ao aluno de ter uma educação integral.
Entretanto é o momento em que o professor precisa de um apoio da coordenação ou, até mesmo, da direção. É o momento em que necessita de um projeto pedagógico da Escola, a fim de trabalharem juntos.
"A atitude interdisciplinar não está na junção de conteúdos, nem na junção de métodos; muito menos na junção de disciplinas, nem na criação de novos conteúdos produtos dessas funções; a atitude interdisciplinar está contida nas pessoas que pensam o projeto educativo. Qualquer disciplina, e não especificamente a didática ou estágio, pode ser a articuladora de um novo fazer e de um novo pensar a formação de educador." (FAZENDA, 1993:64)
É o momento em que o professor passa a usar outras tecnologias, mas, apesar de seu olhar para fora da escola, ainda continua preso a ela. Os softwares de autoria são muito trabalhados, como também a Internet. Porém, ainda do ponto de vista informativo, participa de alguns projetos colaborativos; entretanto busca quase sempre trabalhar o conteúdo escolar.
HEINECK propõe: "Os educadores têm que ser capazes de articular os conhecimentos para que o todo comece a ser organizado, e assim inicie-se a superação da disciplinarização, do saber imposto e distante da realidade vivida pelo educando. Uma prática interdisciplinar, certamente contribuirá para o forjamento de cidadãos conscientes de seus deveres e capazes de lutarem por seus direitos com dignidade."
O quarto momento é marcado pela transcendência além dos muros da escola, escola-bairro, escola-cidade, escola-escola e escola-mundo. É o momento da troca, da comunicação e participação comunitária. É o momento da aprendizagem cooperativa; a preocupação é o processo de aprendizagem, mas voltado para uma interação social. O conteúdo é trabalhado dentro de um contexto, a ênfase é dada à coletividade; a participação política e social, à cidadania.
A implantação de novas tecnologias de suporte à educação é fazer com que o aluno tenha interesse e motivação para buscar a informação desejada, transformando assim o paradigma tradicional da educação. (MAGELA, 2008)
LEVY (1999, p. 28) "É uma inteligência distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências." Ou seja, a construção do conhecimento passa a ser igualmente atribuída aos grupos que interagem no espaço do saber. Ninguém tem a posse do saber, as pessoas sempre sabem algo, o que as tornam importante quando juntas, fazendo assim uma espécie de ?inteligência coletiva?.
O interessante seria se a escola, como um todo passasse por esses momentos, todavia o que se percebe hoje é que as maiorias das escolas estão no segundo momento. Talvez por falta de um projeto pedagógico, do apoio de uma pessoa que exerça a função de um coordenador de Informática, ou melhor, de uma vontade política, essa é a verdade!

O computador como recurso de aprendizagem
Para realizar o seu trabalho, o professor dispunha, até um tempo atrás, de alguns recursos didáticos como o quadro-de-giz e outros meios audiovisuais. Já se imaginava na utilização de inserir o computador nas escolas, mas isso era como um sonho, quase uma cena de ficção científica.
Hoje em dia, o uso dos computadores no processo pedagógico é uma realidade e ao mesmo tempo uma conquista. Seu emprego não se limita em apenas algumas escolas, e sim tanto, em particulares, como em públicas.
Segunda MARQUES (1986): "A relação de ensino é uma relação de comunicação por excelência, que visa a formar e informar; e instrumentos que possam se encaixar nesta dinâmica têm sempre a possibilidade de servir ao ensino. Livro, vídeo, fotografia, computadores e outros são formas de comunicar conhecimentos e, como tais, interessam à educação"
Um ponto bastante discutido por pesquisadores brasileiros é a relação Informática x Educação. Segunda BARROS e D?AMBROSIO, a educação tem que ser realizada para e pela informática. Educar para a informática significa preparar o educando/cidadão para saber usar essa tecnologia, educando assim para exercer sua cidadania na sociedade; educar pela informática, consiste em usar essa tecnologia como recurso auxiliar no processo ensino-aprendizagem.
A questão chave da implantação de novas tecnologias de suporte à educação é fazer com que o aluno tenha interesse e motivação para buscar a informação desejada, transformando assim o paradigma tradicional da educação como "depósito bancário, fábrica", para a educação como entretenimento. (MAGELA, 2008)
Outro ponto que tem sido amplamente discutido é: De que forma utilizar o computador como recurso auxiliar da aprendizagem?
Segundo BOSSUET, adotando a classificação de Louis Not, afirma que a aprendizagem se processa de duas formas:
- por heteroestruturação, "caracterizada por uma (trans)formação do aluno, com ação preponderante de um agente exterior e primazia do objeto transmitido ou construído".
- por auto-estruturação, "caracterizada por uma ajuda ao aluno para se (trans)formar, com ação própria do aluno e primazia do sujeito, a título individual ou coletivo.

A Internet na escola
O uso da Internet nas escolas está delimitado, em sua maioria na pesquisa de informação. As pessoas esquecem que o grande potencial da Internet é a comunicação. Entretanto, dentro de nossa visão de processo, isso é admissível. Em um primeiro momento, usamos a Internet como ferramenta e sua característica mais marcante que é o acesso à informação.
Portanto, o computador deve ser usado como um instrumento de aprendizagem, onde o aluno atua e participa do seu processo de construção de conhecimentos de forma ativa. (MAGELA, 2008)
Após um processo de maturação, percebemos que a Internet é mais que isso: passamos a usá-la como uma rede comunicação. Passamos a participar de projetos e eventos colaborativos mundiais, a participar de Listas de Discussão no qual debatemos e trocamos experiências e a usá-la com ferramenta de expressão política e social.
RESULTADOS
Os resultados obtidos condisseram com as pesquisas realizadas até o momento, e que já eram esperados. Os alunos que tiveram aula no laboratório de informática (aula ministrada com o auxílio de equipamentos de TI) tiveram um rendimento a cima da média comparando-os aos outros alunos que tiveram aula na sala de aula, sem qualquer auxílio de equipamentos. Comprovando assim a eficácia desses equipamentos inseridos no processo ensino-aprendizagem.

CONCLUSÃO
Concluo que a informática é de suma importância para o incentivo de aprendizado dos alunos, por ser uma metodologia eficaz e parecida com a nossa realidade, o nosso cotidiano. É importante ressaltar que nenhuma tecnologia substituirá o professor ou os livros, porém é através dessas tecnologias usadas que a porcentagem de assimilação e percepção eleva a capacidade de retenção de conhecimento dos alunos.
Mesmo com a eficácia já comprovada dos recursos multimídias, muitas escolas no Brasil ainda não utilizam de seus laboratórios de TI, essas escolas, de maioria do estado, não utilizam desses equipamentos por não terem profissionais adequados para ministrar aulas dinâmicas frente a essas tecnologias ou por ter professores despreparados tecnicamente para o manuseio de equipamentos de informática ou por ser um mero transmissor de informações.






REFERÊNCIAS
ASSOCIATED Press, YouTube helps students in studies of subjects. Miami, 2008.

BARROS, Jorge P. D. de & D? Ambrosio, Ubiratan. Computadores, escola e sociedade. São Paulo, Scipione, 1988.
BORBA, Marcelo C. e PENTEADO, Miriam Godoy - Informática e Educação Matemática - coleção tendências em Educação Matemática - Autêntica, Belo Horizonte ? 2001.
BOSSUET, G. O computador na escola: o sistema Logo. Porto Alegre, Artes Médicas, 1985.
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Interdisciplinaridade: um projeto em parceria. São Paulo: Loyola, 1993.
FLORES, Angelita Marçal - A Informática na Educação: Uma Perspectiva Pedagógica ? monografia - Universidade do Sul de Santa Catarina 1996 - http://www.hipernet.ufsc.br/foruns/aprender/docs/monogr.htm (nov/2002).
FRÓES,Jorge R. M.Educação e Informática: A Relação Homem/Máquina e a Questão da Cognição - http://www.proinfo.gov.br/biblioteca/textos/txtie4doc.pdf
GOMES, Marcelo Bolshaw. SEMPRE FOMOS CYBORGS. 1999.
GOUVÊA, Sylvia Figueiredo - Os caminhos do professor na Era da Tecnologia - Acesso Revista de Educação e Informática, Ano 9 - número 13 - abril 1999.
HAYDT, Regina Célia Cazaux ? Curso de didática Geral. São Paulo: Ática, 2006.
HEINECK, Dulce Teresinha - A Interdisciplinaridade no processo ensino-aprendizagem - http://www.unescnet.br/pedagogia/direito9.htm ( nov/2002).
JONASSEN, D. (1996), "Using Mindtools to Develop Critical Thinking and Foster Collaborationin Schools ? Columbus.
KERCKHOVE, D.A Pele da Cultura. Lisboa: Relógio d?Água, 1997.
LÉVY, Pierre - A inteligência Coletiva - por uma antropologia do ciberespaço - Edições Loyola, São Paulo , 1998.
LÉVY, Pierre.- As Tecnologias da Inteligência. Editora 34, Nova Fronteira, RJ, 1994.
MAGELA, Geraldo. A INFORMÁTICA APLICADA NA EDUCAÇÃO: O uso do computador como ferramenta aliada ao software educativo no auxílio ao ensino e aprendizagem, 2008.
MARQUES, Cristina; MATTOS, M. Isabel e La Taille, Yves de. Computador e ensino. São Paulo, Átila, 1986.
MATIAS, Márcio, http://www.caffoartes.com.br/portal/servicos-a-produtos/design-grafico/midia-interativa.html
PENTEADO, Miriam - BORBA, Marcelo C. - A Informática em ação - Formação de professores , pesquisa e extensão - Editora Olho d´Água, 2000 , p 29.
SANTOS VIEIRA , Fábia Magali - Gerência da Informática Educativa: segundo um pensamento sistêmico - http://www.connect.com.br/~ntemg7/gerinfo.htm (nov/2002).









Autor: Claumerton Cardoso Henrique


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