BIOÉTICA EM CENTRO CIRÚRGICO E PROJETO MINERVA PRINCÍPIO DA ENFERMAGEM 3G



Emilton dos Santos Oliveira/ RA: 609100030/ Turma: 01-A / Unidade: Memorial



BIOÉTICA EM CENTRO CIRÚRGICO E PROJETO MINERVA
"PRINCÍPIO DA ENFERMAGEM 3G"




Orientador: Profº. Ms. João Victor Fornari
Co-orientador: Profª. Ms. Jéssia Oliveira dos Santos Fernandes

Artigo Científico apresentado a Universidade
Nove de Julho referente ao Trabalho de Conclusão
de Curso para obtenção do título de
Especialista em Centro Cirúrgico.


São Paulo
2010

BIOÉTICA EM CENTRO CIRÚRGICO E PROJETO MINERVA
"PRINCÍPIO DA ENFERMAGEM 3G"
Bioethics in Surgical Center and Project Minerva
"Principle of Nursing 3G"
Emilton dos Santos Oliveira
Pós Graduando em Enfermagem em Centro Cirúrgico
pela Universidade Nove de Julho
Fone: 11-37843196 email: [email protected]
João Victor Fornari
Dr. em Saúde Coletiva pela UNIFESP/SP;
Ms. em Ciências da Saúde pela USF/SP com MBA
em Gestão em Serviço de Saúde; Graduado em
Nutrição pela FESP/SP e Enfermagem pela USF/SP.
email: [email protected]
Jéssia Oliveira dos Santos Fernandes
Ms. em Gerontologia pela PUC/SP;
Especialista em Nefrologia e Gerenciamento dos
Serviços de Enfermagem pela UNIFESP/SP;
Graduado em Enfermagem pela UNIBAN/SP.
email: [email protected]
RESUMO
Neste trabalho sobre Bioética em Centro Cirúrgico e Projeto Minerva "Princípio da Enfermagem Terceira Geração (3G)", quero elucidar situações do comportamento humano que contrariam os princípios da vida saudável no âmbito cultural, social e profissional. A origem da Enfermagem 3G é fruto da existência pratica da Enfermagem Empírica e também da Enfermagem Moderna, para subsidiar os profissionais da saúde e a população no combate a proliferação das doenças. A Enfermagem 3G é a ecceidade sociopolítica da Enfermagem Empírica e Moderna no combate as ecdemias; é a essência que se individualizou da Enfermagem Empírica e da Enfermagem Moderna para atuar sócio e politicamente na luta contra as doenças de origem estranha. Trata se de um estudo descritivo que utilizou como base metodológica a pesquisa bibliográfica. Assim, o presente estudo tem como objetivo expor em discussão ética a problemática vivida pelos enfermeiros no campo profissional, e também, propor mudanças dentro deste cenário que favorece a crise de humanismo profissional, comprometendo a valorização dos diferentes sujeitos envolvidos no processo de produção de saúde.
Palavras-chave: Problema de Enfermagem, Bioética em Saúde, Principio Político.
ABSTRACT
In this work on bioethics in the Surgical Center and Project Minerva "Principle of Nursing Third Generation (3G), I want to clarify situations of human behavior that are contrary to the principles of healthy living in the cultural, social and professional. The origin of Nursing 3G is the result of the existence of nursing practice Empirical and also of Modern Nursing, to assist health professionals and the public in combating the spread of diseases. Nursing 3G is the sociopolitical ecceidade Nursing Empirical and Modern in combating the ecdemias it's the lifeblood that individualized nursing Empirical and Modern Nursing to act politically and partner in the fight against diseases of strange origin. This is a descriptive study that used how methodology the bibliographic search. The present study aimed at exposing ethical discussion on the problems experienced by nurses in the professional field and also propose, changes in this scenario that favors the crisis of humanism professional, compromising the recovery of the different subjects involved in the production of health.
Keywords: Problem of Nursing, Bioethics in Health, Political Principle.
Introdução
A profunda desigualdade socioeconômica e cultural, conhecido pelas graves falhas no sistema de saúde, devido a uma série de fatores que vem desde sua implantação, cria-se barreiras de acesso aos serviços e aos bens de saúde com pouca resolutividade, comprometendo a valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde 1. Passamos por uma imensa crise de humanismo. Mas no que se refere à saúde, não se pode substituir o trabalho humano pelo mecânico 1. As pessoas devem expor suas idéias, construir um espaço democrático, propor e promover ações que possam colaborar com as relações entre profissionais da saúde, usuários, instituições e cuidadores. A enfermagem é cuidadora em sua essência e foi a primeira a profissionalizar o cuidado 1.
Em primeiro lugar, quero dizer que nem todo profissional conhece e respeita o código de ética da sua profissão; em segundo, vejo a necessidade de evolução da enfermagem empírica e moderna para enfermagem sociopolítica trabalhando a favor da saúde, devido há grande proliferação das doenças em pessoas com idade cada vez mais jovem; em terceiro, apresento o projeto que atende a necessidade da população no século vinte e um; por fim, o enfermeiro do centro cirúrgico convive com a falta de recurso humano multiprofissional que aparentemente não tem solução dentro do âmbito hospitalar e que impossibilita a viabilidade do serviço causando cancelamentos de cirurgias, insatisfação no paciente pela demora no atendimento e aumentando o risco de acidente envolvendo profissional e paciente.
Objetivo
Despertar nos profissionais de enfermagem no Brasil e na mulher brasileira o desejo de participar integralmente na vida social, política, profissional e cultural.
Metodologia
Trata se de um estudo descritivo que utilizou como base metodológica a pesquisa bibliográfica.
O estudo descritivo tem como objetivo a descrição das características de determinada população ou fenômeno, bem como, levantar as opiniões, atitudes e crenças de uma população, proporcionando uma nova visão do problema 2. A pesquisa bibliográfica dá suporte a quase todas as fases de qualquer tipo de pesquisa, sendo particularmente importante quando o problema de pesquisa requer dados muito dispersos pelo espaço 2.
Desenvolvimento
Conceito de Bioética
Bioética é fruto de uma sociedade que atingiu a democracia com pleno exercício da cidadania, com a afirmação do sujeito instruído de uma sociedade pluralista e secularizada. É também, um produto da sociedade do bem-estar pós- industrial e da expansão dos "direitos humanos, da terceira geração", para a paz, para o desenvolvimento, meio ambiente, respeito ao patrimônio comum da humanidade que marcaram a transição do estado de direito para o estado de justiça 3.
Segundo Escobar (1990) apud Correia (1993), a bioética nasce em um ambiente científico, como uma necessidade sentida pelos próprios profissionais de saúde, em seu sentido mais amplo, de proteger a vida humana e seu ambiente. Surge de um esforço interdisciplinar por parte de muitos profissionais da saúde, que unem seus esforços na investigação de valores humanos nos quais inspiram seu trabalho. Apóia-se mais na razão e no bom juízo moral de seus investigadores do que em alguma corrente filosófica ou autoridade religiosa. Daí serem seus princípios e orientações de caráter autônomo e universal. Não se trata tanto de elaborar teorias, mas, sim, de ir ha prática para orientar eticamente os pesquisadores, os técnicos, os cientistas, os legisladores e governantes para que avaliem com acerto a repercussão humana de seus respectivos trabalhos e tomem as medidas correspondentes 3.
O profissional ético conhece e respeita o código de ética no exercício da profissão, justificando todas as vezes que houver necessidade de atuar quebrando as normas e princípios, direitos e deveres pertinentes à conduta ética do profissional. Segundo Cohen e Segre (2002) ser ético é poder percorrer o caminho entre a emoção e a razão, permitindo-nos que nos posicionemos na parte desse percurso que consideremos mais adequada, e que nem sempre será a mais confortável 4.
O profissional da enfermagem participa como integrante da sociedade e das ações que visem satisfazer às necessidades da população. A falta de comprometimento dos profissionais com a ética é hoje o principal fator desencadeante de doença tanto nos profissionais de saúde, quanto na população em geral. Para Cohen e Segre (2002), o profissional da área de saúde tem responsabilidades para consigo mesmo, para com o paciente e para com terceiros (para com a sociedade, para com a profissão e até para com o próprio meio ambiente) 4.
Segundo Reich (1995) apud Sbaraini (2006), bioética é o estudo sistemático das dimensões morais ? incluindo visão moral, decisões, conduta e política ? das ciências da vida e atenção à saúde, utilizando uma variedade de metodologias éticas em um cenário interdisciplinar 5.
Ética profissional e a enfermagem
A prática dos profissionais de saúde, no âmbito hospitalar, vem desumanizando-se frente à atenção à doença, e não ao ser doente. Reconhecer e promover a humanização, à luz de considerações éticas, demanda um esforço para rever, principalmente, atitudes e comportamentos dos profissionais envolvidos direta ou indiretamente no cuidado do paciente, o que também está enraizado no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE), evidenciando que os códigos de ética profissionais, enquanto expressão de sistemas de valores, explicitam a moralidade de um grupo, pressupondo a imposição desses valores, e não o seu questionamento 6.
Na sala de recuperação pós-anestésica o atendimento é realizado de forma inadequada, devido à falta de recursos humanos e a falta de respeito com o paciente e com o ambiente de trabalho; na sala de Cirurgia, foi onde se constatou a presença de um número maior de situações antiéticas, acreditamos que isso se deve, principalmente, ao fato de o paciente estar anestesiado e o profissional de saúde achar que por isso pode agir de maneira indiferente; os profissionais da enfermagem "pecam" principalmente por omissão, pois assistem a tais situações e se mantém omissos 7.
Diante do exposto, perceber que a ética é difícil de ser vivenciada, disseminada e divulgada na prática, uma vez que muitos valores estão envolvidos nesse contexto, tais como valores culturais, sociais e religiosos que vêm de encontro ao caráter do indivíduo. Além disso, outras dificuldades são percebidas quando alguns profissionais de enfermagem não demonstram priorizar os princípios da ética e da bioética, também se observa o envolvimento de pessoas que estão à frente dos Conselhos da profissão de enfermagem. Eles têm suscitado danos calamitosos à categoria no âmbito nacional e regional e, muitas vezes, passam despercebidos, fazendo acreditar que são representantes com conduta ética transparente e dentro dos padrões da normalidade social 8.
Ética profissional é uma parte da ciência moral. Não limita se as normas, mas procura a humanização do trabalho organizado, isto é, procura colocá-lo a serviço do ser humano, da sua promoção e da sua finalidade social. É tarefa ainda da ética profissional, detectar os fatores que numa determinada sociedade, esvazia a atividade profissional tornando-a alienada. É também tarefa da ética profissional realizar uma critica questionadora que tenha por finalidade salvar o ser humano 9.
É TAMBÉM TAREFA DA ÉTICA PROFISSIONAL DETECTAR OS FATORES QUE NUMA DETERMINADA SOCIEDADE, ESVAZIA A ATIVIDADE PROFISSIONAL TORNANDO-A ALIENADA.
Num hospital seja ele público ou privado que presta serviço público onde "enfermeiros assistenciais trabalham com dimensionamento insuficiente para atender a demanda", foram detectados os seguintes fatores!
1º FATOR DETECTADO
Auxiliar ou técnico de enfermagem com titulo de enfermeiro exercendo função de auxiliar ou técnico de enfermagem e recebendo salário inferior ao salário do enfermeiro.
2º FATOR DETECTADO
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) foi normatizada pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) em todas as instituições de saúde desde o ano 2000 no Brasil e até hoje não é totalmente executado, justificativas: aumento na demanda, falta de recurso humano e falta de um modelo assistencial adequado.
3º FATOR DETECTADO
Empresa pública ou privada que presta serviço público, pagando salário maior ao profissional enfermeiro que exerce função assistencial, supervisor, coordenador, pleno, sênior e júnior; e salário menor ao auxiliar e técnico de enfermagem com titulo de enfermeiro registrado no Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (COREN/SP).
EXPLANAÇÃO
Em relação à falta de recurso humano nos hospitais, sobra profissional técnico qualificado no mercado de trabalho.
Em relação à falta de um modelo assistencial adequado, somente um modelo assistencial auto-executável ira dispensar recurso humano "profissional técnico qualificado".
Em relação ao aumento na demanda evidenciando a falta de um modelo assistencial preventivo extra-hospitalar, informo a todos que já estou trabalhando num projeto que visa atender esta necessidade (PROJETO MINERVA), e considerando que o aumento na demanda, evidencia também, o aumento de pessoas do sexo feminino com idade jovem ocupando leito hospitalar; informo desde já, que estou tendo dificuldade para encontrar orientadora para o projeto.
É TAMBÉM TAREFA DA ÉTICA PROFISSIONAL REALIZAR UMA CRITICA QUESTIONADORA QUE TENHA POR FINALIDADE SALVAR O SER HUMANO.
I. A fim de suprir a carência de recurso humano e respeitar o dimensionamento dos profissionais da enfermagem estabelecido por lei; a empresa pode mudar a categoria dos auxiliares e técnicos de enfermagem com graduação em enfermagem e devidamente registrado no COREN/SP para exercer a função de enfermeiro? Na prática isso acontece? Nesse caso há ajuste salarial?
II. Por que a empresa não paga o salário do auxiliar e técnico de enfermagem com titulo de enfermeiro registrado no COREN/SP igual ao salário do enfermeiro assistencial, uma vez que o auxiliar e técnico de enfermagem executa as funções do enfermeiro assistencial que constantemente se encontra ausente por falta de recurso humano?
III. Existe algum Centro Universitário que oferece qualificação específica para: Enfermeiro Coordenador, Enfermeiro Supervisor, Enfermeiro Pleno, Enfermeiro Sênior e Enfermeiro Junior?
IV. Se o Auxiliar de Enfermagem, Técnico de Enfermagem, Enfermeiro Assistencial e Enfermeiro Coordenador têm o mesmo grau de formação acadêmica devidamente registrada no COREN/SP; por que a remuneração salarial do Enfermeiro Coordenador é maior que a remuneração paga aos demais? Lembrando que é o auxiliar de enfermagem, técnico de enfermagem e enfermeiro assistencial que fica mais exposto aos acidentes de trabalho (seja de origem física, química ou biológica).
V. Por que a média salarial estabelecida na enfermagem não esta relacionada com a quantidade de títulos adquiridos pelo profissional e sim pelo cargo ao qual foi indicado na empresa?
Diferença entre Ética e moral
A ética refere ao comportamento humano, seja de uma pessoa, um povo ou uma comunidade. Segundo Cohen e Segre (2002) a ética está na percepção dos conflitos da vida psíquica (emoção x razão) e na condição, que podemos adquirir, de nos posicionarmos, de forma coerente, face a esses conflitos. Consideramos, portanto, que a ética se fundamenta em três pré-requisitos: 1º percepção dos conflitos (consciência); 2º autonomia (condição de posicionar se entre a emoção e a razão, sendo que essa escolha de posição é ativa e autônoma); 3º coerência 10.
Para Cohen e Segre (2002) um indivíduo será ético quando puder compreender e interpretar o código de ética, além de atuar de acordo com os princípios por ele propostos. Caberá, entretanto, também ao indivíduo, a possibilidade de discordar do posicionamento ético, devendo responsabilizar-se frente ao conselho, justificando uma atuação diferente da proposta pelo código. Por esse motivo, quando os valores estão em conflito, existe necessidade de esclarecimento dos enfoques opostos, pois pode existir mais de uma única resposta adequada para a mesma situação 10.
A moral é a avaliação deste comportamento. Exemplo: para ser policial tem que promover segurança a população, para ser bandido tem que praticar crimes, para ser religioso tem que viver conforme ou semelhante ás doutrinas da igreja. Cada um executando suas atividades e considerando os princípios éticos que regulamentam a profissão escolhida para trabalhar; sempre respeitando as regras do seu grupo para ser respeitado na sociedade. Gert (1970) propõe cinco normas básicas de moral: não matar, não causar dor, não inabilitar, não privar da liberdade ou de oportunidades, não privar do prazer 10. A moral pressupõe três características: 1ª seus valores não são questionados; 2ª eles são impostos; 3ª a desobediência às regras pressupõe um castigo 10.
O código de Deontologia de enfermagem
Segundo Gelain (1987) o código visa coibir situações em que enfermeiros permitam que seu nome conste do quadro de pessoal e recebam remuneração sem exercer as funções de enfermagem pressupostas (art. 9º, inc.XI). Entende o código que esta atitude, além de envolver um comportamento desonesto, estabelece concorrência desleal, pois priva outros colegas de exercerem a profissão. Estão incluídas neste item as situações em que enfermeiros, coniventes com a desonestidade da instituição, cedem seu diploma, recebem remuneração inferior à paga a um enfermeiro contratado e não precisam comparecer ao trabalho. Com isto, a instituição usufrui das vantagens como se tivesse um enfermeiro em seu quadro de pessoal e gasta menos do que se contratasse o profissional 11.
CÓDIGO DEONTOLÓGICO DO ENFERMEIRO DL 104/98
Artigo 79.º
DOS DEVERES DEONTOLÓGICOS EM GERAL
c) Proteger e defender a pessoa humana das práticas que contrariem a lei, a ética ou o bem comum, sobretudo quando carecidas de indispensável competência profissional;
Artigo 82.º
DOS DIREITOS À VIDA E À QUALIDADE DE VIDA
a) Atribuir à vida de qualquer pessoa igual valor, pelo que protege e defende a vida humana em todas as circunstâncias;
Artigo 88.º
DA EXCELÊNCIA DO EXERCÍCIO
d) Assegurar, por todos os meios ao seu alcance, as condições de trabalho que permitam exercer a profissão com dignidade e autonomia, comunicando, através das vias competentes, as deficiências que prejudiquem a qualidade de cuidados;
Artigo 90.º
DOS DEVERES PARA COM A PROFISSÃO
a) Manter no desempenho das suas atividades, em todas as circunstâncias, um padrão de conduta pessoal que dignifique a profissão;
b) Ser solidário com os outros membros da profissão em ordem à elevação do nível profissional;
Projeto Minerva e a superestrutura presidida pela mulher brasileira.
No Brasil, é crescente o numero de homens e mulheres com idade cada vez mais jovem procurando o Sistema Único de Saúde (SUS), apresentando problema de saúde relacionado a vários tipos de doença.
Ao mesmo tempo em que os governos trabalham aumentando gradativamente a liberação de recursos financeiros, de investimento tecnológico e melhorando a qualificação dos profissionais nesta área, apresentam também, dados estatísticos que apontam claramente um aumento acentuado de casos patológicos como: h1n1, câncer, fratura, diabete, depressão, obesidade, aborto, hipertensão, prostituição infantil, obstrução vesícular, disfunção hepática, doença vascular, doenças sexualmente transmissíveis, principalmente em pessoas do sexo feminino com idade cada vez mais jovem.
A farta exposição há fatores desencadeantes de doença que antes afetava somente grupos isolados de pessoas, hoje atinge toda sociedade. Os governos se uniram numa batalha sem trégua contra a doença, todo esforço necessário esta sendo aplicado, mas ainda falta muito há ser feito para vencer este inimigo invisível que encontra no Brasil condições propícias para se instalar e fragilizar a saúde do cidadão.
Com esta realidade sendo vivenciada em todo território nacional e considerando que o povo brasileiro é constituído em sua maioria de pessoas com grau de conhecimento não adequado as mudanças que o universo vem apresentando neste século "21", juntamente com a necessidade de saber mais para que o corpo não venha sofrer os excessos de tanta exposição a fatores, hábitos e costumes que estão e continuarão sendo alterados neste tempo.
Apresento a sociedade um projeto preventivo de caráter nobre, porém fundamental para resgatar a qualidade de vida e de saúde do povo brasileiro, principalmente da mulher brasileira que é sem duvida a parte mais afetada pela proliferação ecdêmica moderna.
Considerações Finais
Neste trabalho de pesquisa fica evidente que a bioética chegou ao Brasil um pouco tarde demais, os antiéticos controlam presidindo os quatro cantos do país e dão para os defensores da bioética o mesmo tratamento dado aos leprosos pelos romanos no tempo de Cristo; os antiéticos fogem de questões éticas e trabalham livremente se escondendo entre tramas que mantém o mal como favoritismo absoluto no Brasil. Hoje, o profissional que defende o princípio moral da bioética é considerado doente mental, afastado do serviço e impossibilitado de exercer sua função; enquanto esta outra categoria que se autodenomina "antiético" trabalha livremente alimentando vícios medievais: "falsa verdade, injustiça e corrupção" que é sem duvida o principal fator que predispõe as doenças na população brasileira.
Como representante da saúde no país, não posso permanecer sem ação frente o seguinte quadro; de um lado as universidades formando profissionais para executar suas atividades com ética, técnica e conhecimento científico, do outro, empresas que parecem ignorar as leis do exercício profissional, enquanto no centro os conselhos de classe (federal e estadual) permanecem inertes e anômicos frente a esse problema que está próximo de um conflito, (ética x ?antiética e étiantico?). Solução plausível para o problema: unidade do Grupo de Apoio Técnico Mediador (GATEM) nas capitais e a contratação de um profissional técnico com titulo de Mediador Científico Preventivo (MCP) em toda empresa pública ou privada que presta serviço público no país; GATEM & MCP são dois dos quatro segmentos indispensáveis que forma o PROJETO MINERVA.
Mas como ligar um projeto extra-hospitalar com o curso de especialização em enfermagem em centro cirúrgico, sendo que, a universidade exige um tema de interesse do setor para que seja aceito como projeto e seja possível defender a idéia.
O centro cirúrgico fica localizado dentro do hospital e recebe paciente de todos os setores intra-hospitalar; a função intra-hospitalar recebe os pacientes da função extra-hospitalar que abrange a população da cidade e região; a cidade recebe gente do país e o país recebe gente do mundo.
A falta de recurso humano é hoje um dos principais problemas do enfermeiro em centro cirúrgico. Os hospitais públicos e privados que prestam serviço público reconhece que o recurso financeiro não atende a necessidade de contratação multiprofissional. No Brasil, o recurso financeiro vem do governo federal, estadual e municipal, desta forma, entende-se que o principal problema dos enfermeiros não esta na falta de recurso humano e nem na falta de recurso financeiro; mas, na falta de representantes da enfermagem nas políticas públicas de governo.
Outro problema do enfermeiro em centro cirúrgico é a falta de profissionais da enfermagem para atender a demanda; é desumana a sobrecarga de atividades exercida pelo enfermeiro. As empresas não praticam o dimensionamento de recurso humano recomendado pela literatura de especialistas no setor, e nem, o dimensionamento de recurso humano recomendado pela lei do exercício profissional da enfermagem. Esses enfermeiros por sua vez acabam repassando suas atividades privativas aos subordinados que sofrem em conseqüência da exaustividade profissional, são afastados ou desligados da empresa por apresentar problemas de saúde ou incapacidade de adequação profissional. Enquanto perdura esta situação cabe ao paciente a paciência de que uma hora aparece alguém da enfermagem para prestar a devida assistência; seja a assistência ética, antiética ou étiantica.
"A pseudo-inexistência de ética profissional na enfermagem favorece as empresas e coloca o enfermeiro em situação desfavorável, pois sem ética este profissional perde a moral, perde a razão e os direitos de defesa frente ha equipe multiprofissional".
Esta situação justifica o comportamento de fuga dos enfermeiros frente ás questões de ética profissional da enfermagem, sendo que, sempre que as leis da enfermagem conflitam com as leis da empresa, o enfermeiro aceita ferir seus princípios profissionais, aceita ferir os princípios profissionais dos outros colegas e até do paciente, pra não ferir a si mesmo.
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11. Gelain I. Deontologia e Enfermagem. 2ª ed. São Paulo: EPU; 1987. p. 28.

Autor: Emilton Dos Santos Oliveira


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