Licença Poética...



Numa linda manhã de um domingo ensolarado e convidativo a um passeio acompanhado de uma água de coco, resolvi levar minha namorada para dar uma volta e ver as modas...e sinceramente, ver as modas foi o que fizemos porque de repente nos deparamos com esta moda aí (só poderia ser isso...quero muito acreditar que sim): um belíssimo Strogonofre.

Eu e minha namorada, ambos lutando por um Brasil letrado, "face to face" com esta situação, ficamos um tanto quanto...entendam o que quiserem...a princípio, decidimos encarar tal anúncio, como criatividade...sei lá, vai que o Strogonofre seja do Onofre?! Teria sido uma boa jogada de marketing, afinal, a literatura nos dá a famosa "Licença Poética". Se Mário de Andrade pôde escrever em "Macunaíma" "pra mim entrar", por que uma pessoa de bem, pagadora de seus impostos, não poderia ter seu Strogonofre? Se eu comeria? Bom, já é outra questão. Vai que nosso mestre-cuca sabedor de Literatura, além da Licença Poética, quis fazer uso das idéias Antropofágicas de Oswald de Andrade?

De fato, nunca saberemos da real intenção de nosso cozinheiro, porém, fica o verdadeiro desejo de que tudo não passe de mera criatividade nominal, pois seria desagradável encontrar pedaços do Onofre em nosso Prato!


Autor: Bruno Barros


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