MARCHA DAS VADIAS



MARCHA DAS VADIAS

Era para ser cômico se não fosse indecoroso o nome que intitularam essa manifestação popular, onde as mulheres participantes de tal evento alegam sofrerem abusos sexuais de acordo aos trajes por elas usados, e reivindicam o direito de sair às ruas com as indumentárias que desejarem. Ao passo que surge um questionamento: ao final do século XIX quando o movimento pelo sufrágio feminino atingiu o cunho social dando início a inclusão das mulheres perante a sociedade, reconhecendo seus direitos, cujo objetivo central era atingir a igualdade entre homens e mulheres, uma vez que a Constituição de 1891 não reconhecia a mulher como um ser dotado de direitos, será que essas mulheres vislumbravam-se seminuas entre homens e mulheres, nas ruas de uma cidade em meio a uma manifestação popular, reivindicando seus direitos, sendo filmadas e fotografadas, onde no dia seguinte estampariam jornais, revistas e sites, podendo ser vistas por seus filhos, maridos, pais e até avós?

Vale ressaltar que o artigo aqui presente não objetiva criticar a tal manifestação e sim a forma com que a mesma foi realizada, ou seja, as condutas inadequadas adotadas pelas mulheres da atualidade, uma vez que a palavra "Vadia" no dicionário tem como significado: andar à toa, levar uma vida ociosa, bem como não estudar, não trabalhar...

As condutas adotadas pelas participantes da tal marcha, realmente faz jus ao nome da manifestação, porém é lamentável presenciar a que ponto chegou às mulheres da atual sociedade, não de uma forma generalizada, mas principalmente daquelas que se acham no direito de agir desta forma, demonstrando a educação obtida por cada uma.

Será que realmente há necessidade de tanta exposição pública para a aquisição de direitos femininos? Até quando as mulheres usarão seus corpos e não suas mentes brilhantes como armas numa luta em prol da igualdade? As mulheres cidadãs brasileiras sentem-se envergonhadas por tal representação, é uma lástima observar que a cada dia as mulheres vão perdendo sua dignidade, seus princípios éticos e morais, enfim seus valores.

O artigo aqui explícito não objetiva transmitir lições de puritanismo, muito menos intitular as mulheres participantes da marcha das vadias de indignas, e sim abordar o senso valorativo que cabe as mulheres, trazendo a tona a inteligência e capacidade que habita em cada uma, dando-lhes total aptidão para lutar por seus direitos, sem tanta exibição. Porém infelizmente o que mais uma vez pode-se observar diante de tais condutas feministas, é a carência de educação, pois uma sociedade sem educação reflete a falta de juízo valorativo, a falta de ética, de moral, de respeito, enfim de retidão.

Autor: Carla Elisio


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