JURO ALTO: SERÁ O VILÃO QUE FAZ A INADIMPLÊNCIA AUMENTAR?



Campanhas antecipadas de negociação de dívidas, clientes que não pagam suas parcelas, redução do poder de compra dos salários, elevação dos juros... Estes temas foram notícia nos últimos dias.

Um estudo feito por uma consultoria privada apontou que o endividamento das famílias brasileiras (no cartão de crédito, cheque especial, financiamento bancário, crédito consignado, crédito para compra de veículos e imóveis) representa 40% da massa anual de rendimentos do trabalho e dos benefícios pagos pela Previdência Social no país. Ou seja, os provedores destas famílias precisam trabalhar 4.8 meses para pagar essas dívidas. Isto nos leva a concluir que o dinheiro emprestado é um produto muito caro, que poderia ser comparado às roupas de marca, aos carros importados ou aos comestíveis muito sofisticados.

Segundo a Folha de São Paulo, os índices de inadimplência por setor seriam os seguintes:
CARTÃO DE CRÉDITO: 26,2%
AQUISIÇÃO DE OUTROS BENS: 12,7%
CHEQUE ESPECIAL: 9,0%
CRÉDITO PESSOAL: 4,6%
AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS: 3,6%

Mas, de quem depende digitar a senha do cartão de crédito, assinar o cheque, assinar o pedido de crédito ou decidir a aquisição de um veículo? Depende do banco, da operadora de cartão de crédito, da financeira ou da pessoa titular do cartão?

Muitas pessoas têm uma tendência a deixar aos outros a responsabilidade pelas suas decisões. "Não tive escolha, precisei comprar ...", "O vendedor insistiu tanto" ou "Precisei comprar pois minha namorada ia ficar muito desapontada comigo" ou "Ele/Ela tinha uma ilusão tão grande, não podia deixar de comprar!".

Na maioria das vezes parece que o comprador vira uma espécie de marionete, sendo controlado pelos outros e sempre dizendo SIM.

Mas depois de responder "SIM COMPRO!", quem ficará com a obrigação de honrar os pagamentos? Quem colocará em risco seu crédito, seu patrimônio, seu nome? Essa pessoa é quem digita a senha do cartão, quem assina o cheque ou o pedido de crédito: O COMPRADOR.

E, junto com esse instante de felicidade gerado pela compra, com muita freqüência também se dispara o míssil do endividamento sem planejamento que, na grande maioria das vezes, vai gerar muitas dores de cabeça e remorso.

Vale a pena trocar um minuto de satisfação por um tempão de estresse e dores de cabeça? Compensa, realmente, gastar sem planejar antes?
Não, não compensa e pode ser evitado.
Como fazer?

1) Saiba quanto ganha (quanto entra líquido na sua conta ou na carteira);
2) Saiba quanto gasta;
3) Saiba quanto deve (se tiver dívidas);
4) LEMBRE-SE: O TOTAL DAS SAÍDAS DE DINHEIRO NÃO PODE SUPERAR SUAS RECEITAS LÍQUIDAS!!!

Algumas atitudes a serem consideradas:

- Manter um registro atualizado de TODAS suas receitas e despesas.

- Poupar, no mínimo, 10% dos ganhos líquidos.

- Planificar as despesas mês a mês (não se esquecendo dos meses do "Ipê" - IPVA, IPTU - e do ajuste anual do IRPF).

- Colocar as despesas fixas (aluguel, condomínio, impostos, seguro de saúde, colégio, alimentação e vestimenta básicos) como prioritárias.

- Ficar de olho nas despesas com cartão de crédito.
As parcelas do cartão de crédito devem fazer parte do orçamento mensal.
No final do mês, a fatura do cartão deve ser paga de forma integral.
O valor da fatura deve caber dentro de seu salário líquido mensal.

- Ficar de olho nas despesas parceladas fora do cartão de crédito, pois elas também serão pagas (e serão pagas com o mesmo salário líquido!!).

Mas, você pode perguntar, como faço isto?
Você irá precisar de levar em considerações alguns elementos básicos:

INFORMACÃO: conhecimento total das receitas e despesas.
ANÁLISE: para saber quais são as despesas necessárias e as menos importantes ou desnecessárias.
PLANEJAMENTO: para determinar os objetivos e as estratégias para alcançar o equilíbrio financeiro.
DISCIPLINA: para não sair do caminho planejado, o trilho que o levará à independência financeira.
PERSEVERANÇA: o caminho pode parecer difícil, mas o êxito está aguardando no final.
ATITUDE e RESPONSABILIDADE: alcançar seus objetivos depende de você.

O passo seguinte é colocar tudo isto em ação. E para isso você tem várias opções:

a) Começar já;
b) Começar já com a ajuda de um livro de educação financeira; ou
c) Começar já com a ajuda de um Coach Financeiro.

Pare de protelar e entre em ação. Lembre-se de que quanto mais demorar em entrar em ação para resolver este problema mais juros você vai ter que pagar.

O tempo é dinheiro, e no caso das dívidas com bancos, administradoras de cartão de crédito ou financeiras é muito dinheiro.

Resolver o problema significa gerar as condutas necessárias que o auxiliarão a viver dentro de um orçamento. Um Coach vai ajudá-lo.

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"O equilíbrio financeiro não depende de quanto ganhamos, mas de como gastamos o que ganhamos." Silvio Bianchi
Silvio Bianchi é Master Coach e Diretor de BSB & ASSOCIADOS Desenvolvimento Humano e Profissonal.
[email protected]
www.bsbassociados.com.br

Autor: Silvio Bianchi


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