A solitária acompanhada



Ele a observava de longe, com alguma nostalgia, com alguma mágoa, com alguma tristeza. . Ela parecia viver a vida á jogar xadrez, buscando novos peões, mas em um tabuleiro cujas peças embora a acompanhassem com galanteios entoados jamais finalizavam as jogadas ao seu lado no esperado "para sempre". . Era triste vê-la assim, procurando incessantemente alguém para acordar e sorrir quando se esvaíra daquele que a fizera rir sobremaneira madrugada adentro, apenas porque naquele tempo a companhia dela era agradável, inteligente, sedutora. . Agora, ela continuava sua busca por amor, sexo, carinho, seja lá o que fosse importante em sua jornada e que de fato ela parecia nunca encontrar ou "nunca se encontrar", percorrendo eternamente um labirinto de si mesma. . Ele lhe desejou boa sorte, sussurrada no silêncio que se estabelecera com o passar do tempo entre eles, na invisibilidade de suas existências, lembrando-se de que embora o tempo cure dores, não é capaz de apagar todas as memórias. E refletindo sobre a vida ele seguiu seu caminho em uma direção oposta á dela, como sempre deveria ter sido. . "Felizes são os cegos que não exultam o amor vinculado á aparência, mas sim deixam os demais sentidos amarem a essência, a personalidade, o ato de fazer a outra pessoa feliz e de se sentir feliz com quem quer que seja. E quem é capaz de fazer alguém se sentir feliz, cuidada e amada, mesmo que por um curto espaço de tempo, não pode ser só maldade"
Autor: Enrique Darnello


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