A ADOLESCÊNCIA NA VISÃO DO EDUCADOR



Este artigo pretende relatar um breve estudo sobre a adolescência na visão dos educadores. A adolescência é um período de intensas transformações na vida de uma pessoa, transformações a nível corporal, psicológico e social. A questão da responsabilidade também influi na educação e aprendizagem dos filhos. Os pais em alguns momentos, como todo ser falho, pode ter medo de errar ao educar os filhos. Ter medo de errar sozinho, mas é exatamente nesse ponto que os pais devem estar unidos em sintonia, falando a mesma linguagem, dividindo as responsabilidades e trabalhando em conjunto. Assim ninguém se sentirá culpado pelos problemas apresentados por seus filhos, mas sim, ajudarão a evitá-los, pois os filhos vão se sentir bem, em um ambiente acolhedor e seguro com pessoas confiáveis.
PALAVRAS- CHAVE: Adolescência, educador .
O conceito de adolescência, como fenômeno social e fisiológico, tem suas raízes na antigüidade (CHIPKWITCH, 1995). Platão em seus diálogos mencionava os jovens apaixonados e emotivos. Aristóteles, seu aluno, discutia sobre o desenvolvimento humano, no qual os estágios progressivamente mais altos da alma culminavam aos 14 - 21 anos de idade. Durante a idade média, crianças e adolescentes eram visto como adultos em miniatura, sendo descartados no que se refere às pesquisas de cunho científico. No artigo 2º do ECA "considera-se criança para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescentes aquela entre doze e dezoito anos de idade" ( BRASIL, ECA, 1997).
A maneira como se passa pela adolescência interfere significativamente na vida adulta, podendo, conforme o indivíduo, superar certas limitações, mas com bastante dificuldades. Do ponto de vista da psicologia, tais transformações físicas constituem um dos acontecimentos mais dramáticos experimentados por uma pessoa ao longo de sua existência. Porém muitos outros ajustamentos são cobrados dos jovens nesta fase o que torna a adolescência um período de conflitos e crises, que posteriormente terão influência na formação de sua personalidade.
A melhoria do nível de vida se refletiu no padrão demográfico das populações, diminuindo as taxas de natalidade e mortalidade infantil, aumentando a expectativa de vida. Estes aspectos contribuíram para uma maior valorização da infância durante a Revolução Industrial. A mudança de família extensa e predominantemente rural para a família nuclear criou novas divisões entre os papéis sexuais e entre diferentes grupos etários e maior intimidade entre pais e filhos. Os adolescentes passaram a ser mais percebidos e valorizados. Normalmente o adolescente é contrário à maioria dos dogmas do mundo adulto, ele expressa sua crítica às regras, crenças e atitudes dos adultos. Há sempre uma rebeldia com relação às atitudes dos adultos, é no período da adolescência que o comportamento desafia a todo o momento os mais velhos. A exigência de uma mudança de postura, com a imposição de assumir repentinamente uma posição responsável para assumir um trabalho, tornando-se responsável por si mesmo é fato gerador dos conflitos e tensões atribuídos a esta fase de desenvolvimento.
Para Arminda ABERASTURY outra característica do mundo dos adolescentes é o imediatismo, pois acaba sendo estimulado pelo consumismo exacerbado, que incentiva deve haver um acúmulo de bens materiais e culturais no menor prazo possível. Esta idéia acaba criando nos adolescentes uma sensação de ansiedade e frustração, o que gera um processo de exclusão social da maioria dos jovens.
Atualmente, a concepção adolescente constitui-se uma séria preocupação política e social. O adolescente está vivendo num tempo de constituição subjetiva que coloca em xeque o mundo adulto até então apresentado como o lugar onde a realização e a satisfação plena poderiam ser alcançadas. O jovem tem necessidade natural de sempre estar experimentando os limites sociais de seu comportamento, como forma de assimilar o mundo. Comportamentos de risco como o uso e abuso de drogas, gravidez precoce, doenças sexualmente transmissíveis, HIV e suas conseqüências médico-sociais têm alta prevalência entre adolescentes, e o mito da adolescência como um período saudável já não pode mais ser sustentado.
O educador de adolescentes fica numa posição delicada, pois por um lado pode ser tomado como alguém capaz de contribuir com a passagem adolescente, e por outro é provavelmente equivalente na transferência, às figuras parentais (mundo adulto), com quem a relação é freqüentemente pautada em desconfiança e afastamento. Isso porque, um dos trabalhos psíquicos realizados na puberdade é o afastamento gradativo das figuras parentais Para Souza (2003, p.46) "a juventude estaria associada a valores e estilos.
É necessário que os pais, familiares, adultos, professores e outros, que convivem diariamente com o adolescente, estejam atentos e dispostos a ajudá-lo a passar de forma construtiva por essa fase do ciclo vital.
Autor: Vanessa Costa Lira Dos Santos Lima


Artigos Relacionados


Adolescentes (mudanÇa-terapia)

O Adolescente Na Visão Do Educador

Os Problemas Da AdolescÊncia

Gravidez Na AdolescÊncia: Impacto Social

O Papel Da EducaÇÃo Frente Às MudanÇas Da AdolescÊncia

Slaids: Gravidez Na Adolescência

As Transformações Bio-psico Do Adolescente E A Sua Influência No Contexto Social.