ALEITAMENTO MATERNO



FACULDADE SÃO FRANCISCO DE BARREIRAS - FASB
INSTITUTO AVANÇADO DE ENSINO SUPERIOR DE BARREIRAS - IAESB


ALEITAMENTO MATERNO: Tipo de conhecimento das mães atendidas na rede pública de saúde do município de Barreiras-BA.


BARREIRAS
2011
LIANE MAGALHÃES PINTO
PATRÍCIA SILVA CARNEIRO

ALEITAMENTO MATERNO: Tipo de conhecimento das mães atendidas na rede pública de saúde do município de Barreiras-BA.

Trabalho apresentado à disciplina Metodologia da Pesquisa II, do curso de Enfermagem da Faculdade São Francisco de Barreiras, à professora Marilissa Meinere Dobrachinski, como requisito parcial para obtenção de nota.

BARREIRAS
2011

SUMÁRIO


1 JUSTIFICATIVA 4
2 REFERENCIAL TEÓRICO 6
2.1 IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO (AME) 6
2.2 ANATOMIA DAS GLÂNDULAS MAMÁRIA 6
2.3 FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO 7
2.4 COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO 8
2.5 VANTAGENS 9
2.6 CONTRA-INDICAÇÃO AO AME 10
2.7 FATORES QUE INFLUENCIAM NO AME 10
2.8 OS DEZ PASSOS PARA AMAMENTAÇÃO 12
2.9 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO AME 13
3 METODOLOGIA 14
3.1 TIPO DE ESTUDO 14
3.2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE PESQUISA 14
3.3 POPULAÇÃO 14
3.4 AMOSTRA 14
3.5 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS 15
3.6 DESCRIÇÃO DA COLETA DE DADOS 15
3.7 CRITÉRIOS PARA INCLUSÃO E EXCLUSÃO DOS SUJEITOS 15
3.8 ANÁLISE DE RISCOS E BENEFÍCIOS AOS SUJEITOS DA PESQUISA 16
3.9 RETORNO DE BENEFÍCIOS PARA A POPULAÇÃO 17
3.10 CRITÉRIOS PARA ENCERRAR OU SUSPENDER A PESQUISA 17
3.11 ÉTICA EM PESQUISA COM SERES HUMANOS 17
3.12 RESULTADOS ESPERADOS 18
3.13 COMPROMISSO DE TORNAR PÚBLICO OS RESULTADOS 18
4 CRONOGRAMA 18
5 ORÇAMENTO 19
REFERÊNCIAS
APÊNDICES

1 JUSTIFICATIVA

A prática e importância do aleitamento materno vêm sendo discutidas cada vez mais nos dias atuais. Isso se deu em combate ao incentivo do aleitamento artificial que preponderou na década de 70 do século passado, ocasionando um número significativo de doenças graves infantis, levando muitas vezes ao óbito.
Visto que a Constituição Federal afirma que "a saúde é um direito de todos e dever do estado" há alguns anos atrás, na década de 80 especificamente, foi criado o Sistema Único de Saúde (SUS). Este se volta para a formação de políticas de saúde no país, enfatizando a promoção, proteção, reabilitação, implementação e incentivo ao aleitamento materno exclusivo (AME).
Sendo o AME uma prática universal e priorizada pelo Ministério da Saúde (MS) até os seis meses de vida, percebe-se que ainda há muitas restrições e abandono da técnica por parte de muitas mães quanto à maneira e pega correta de amamentar, sendo essa uma das questões a ser investigada.
Mesmo com a criação do Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno criado no Brasil é notável que os lactentes que fazem uso contínuo do AME não atinge a taxa estipulada pelo MS que é de 100%.
Faz-se necessário ressaltar a importância do leite humano, pois esse além de ser rico em nutrientes e evitar infecções, é a primeira vacina do recém nascido (Rn), protegendo-o de distúrbios nutricionais, doenças diarréicas, respiratórias. Além disso, favorece a maturação do sistema imunológico, entre outros, e determina um vinculo afetivo entre mãe e filho, criando assim uma relação amorosa entre eles.
Sendo prioridade nos primeiros seis meses de vida o AME é protegido legalmente pela Constituição Federal, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, pelo Código de Defesa do Consumidor, pela Iniciativa Hospital Amigo da Criança e outros.
A educação em saúde torna-se necessária diante da sociedade para que esta possa perceber que o AME é uma fonte importantíssima para as crianças crescerem saudáveis. É preciso investigar esta dinâmica, pois a educação em saúde deve ser contínua, não adianta o país ter uma taxa elevada de consultas médicas e de enfermagem durante o pré-natal se não houver um acolhimento preciso por parte dos profissionais da área de saúde, principalmente o enfermeiro. Esse acolhimento é de suma relevância já que as lactantes estão mais sensíveis emocionalmente.
Por meio de leituras realizadas de alguns teóricos que abordam essa temática e por perceber que a prevalência desse tipo de aleitamento ainda é insuficiente, mesmo com tantos programas de incentivo e apoio, surge o seguinte questionamento: qual o tipo de conhecimento as mães de lactentes de seis meses têm sobre importância do Aleitamento Materno Exclusivo, atendidas na Maternidade e Hospitais da rede pública, no Oeste da Bahia, no período de dezembro de 2010?
Diante disso, este estudo tem como objetivo geral identificar o tipo de conhecimento das mães sobre Aleitamento Materno atendidas na rede pública da cidade de Barreiras-Bahia. Além disso, propõe-se a investigar o desdobramento dessa questão em quatro objetivos específicos que consistem em traçar o perfil das mães, identificar a importância do AME, descrever o papel da enfermagem no acompanhamento das mães no processo do AME e analisar os fatores que influenciam e/ou interferem na prática do AME, bem como identificar as razões que levaram ao desmame precoce.
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa quantitativa descritiva não-experimental de técnica de amostragem não-probabilística por conveniência, de caráter exploratório em tempo transversal e época prospectiva.
Portanto, é necessária a realização de estudos que façam entender e aprofundar o que impede a manutenção do aleitamento materno preconizado pelo MS, pois essa manutenção é imprescindível para o desenvolvimento integral da criança.
Nessa direção, a efetivação dessa pesquisa se justifica tanto como um estudo de relevância social como profissional, pois tem a pretensão de sensibilizar o aleitamento materno como um ato que se concretiza de forma mais prazerosa uma vez que não se torna um processo tedioso, automático e sem finalidade.


2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 IMPORTÂNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO (AME)

Sabe-se que a alimentação é de suma relevância para o desenvolvimento seja psicológico, físico ou motor. Em outras palavras, ela exerce grande influência no indivíduo, principalmente sobre sua saúde, sua capacidade de trabalhar, estudar e de se divertir. Diante disso, salienta-se a importância do leite materno como a primeira fonte alimentar da criança.
O AME vem proporcionar uma nutrição completa ao lactente em crescimento e é um poderoso vínculo emocional e afetivo com a lactante. Para reforçar esta idéia, reporta-se a opinião de Nettina (2003, p.124):

O aleitamento materno é a alimentação natural e ideal que pode suprir o bebê com uma nutrição adequada bem como as propriedades imunológicas e antiinfecciosas. Pelo fato de o leite materno se encontrar na temperatura adequada, também pode evitar outros distúrbios gastrintestinais. Há diminuição do desenvolvimento das alergias dos bebês aleitados ao seio (...).

Por ser vital nos primeiros seis meses de vida da criança, no Brasil o aleitamento materno é protegido legalmente pela constituição Federal, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, pelo Código de Defesa do Consumidor, pela Iniciativa Hospital Amigo da Criança entre outros.

2.2 ANATOMIA DAS GLÂNDULAS MAMÁRIA

Nas mulheres, as glândulas mamárias se localizam uma de cada lado na parte anterior do tórax e se estende em sentido vertical da segunda a sexta costela transversalmente da margem do esterno até a linha médio-axilar. Conforme Schmitz (2005, p.12):
Em sua estrutura a mama possui o parênquima que se constitui de uma porção secretória, a qual pode ser descrita como um sistema canalicular, com formato semelhante a da "Couve Flor" compostos de 15 a 20 ductos excretores que se abre no mamilo, em sua extremidade superior da origem aos alvéolos mamários que se comunica com diversas ramificações entre elas os canais galactóforos que se dilatam sob base areolar, formando a ampola galactófora, que se interliga finalmente a papila mamária.

De acordo com o autor acima citado, a mama em sua porção apical possui o mamilo á constituído de tecido erétil e dotado de grande sensibilidade. Isso se dá devido à existência de terminações nervosas sensórias, papilas dérmicas e fibras musculares. É oportuno ressaltar que os mamilos se tornam mais rígidos e salientes no período gestacional ou menstrual.
Ainda de acordo com o autor, pode-se classificar os mamilos em protuso, quando apresenta saliência elevada em relação à da região areolar formando um ângulo de 90°. Já o mamilo plano se encontra no mesmo nível da aréola, inexistindo um ângulo entre os dois. No mamilo invertido ou pseudo-invertido há uma inversão total do tecido epitelial que o reveste. Ele apresenta característica semelhante ao mamilo plano, porém sua correção é mais fácil e se processa após estímulos e manobras para exteriorização.
A aréola, por sua vez, localiza-se no centro das mamas caracterizadas por um círculo de pigmentação escurecida. Nessa região areolar encontram-se as glândulas sudoríparas, sebáceas e as de Montgomery que serve para a lubrificação da aréola (ABRÃO, 2006).

2.3 FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO

Durante os ciclos sexuais e menstruais da mulher é liberado uma quantidade de estrogênio que atua no desenvolvimento das glândulas mamárias. No período gestacional essa liberação se intensifica, constituindo a partir daí em um tecido glandular completamente desenvolvido, deixando os seios bem maiores devido à produção de leite segundo Guyton; Hall (2002).
Segundo Santos; Silva; Althoff (2005) na gestação se inicia a fase de lactação através da ação dos hormônios estrogênio, progesterona e prolactina, em que após o parto esta última atua sobre as glândulas mamárias. A ejeção do leite é determinada pela sucção do bebê ao mamilo que estimula a hipófise posterior a liberar ocitocina que contrai os alvéolos e os canais galactóforos da mama eliminando o leite para meio externo. Assim, quanto mais houver a sucção e esvaziamento das mamas mais haverá a produção do leite.
Segundo Guyton; Hall (2002), a prolactina é um hormônio secretado pela glândula hipofisária, que atua na produção de leite nos alvéolos dos ductos mamários. Esse abastecimento de leite é reduzido de forma considerável quando se atinge o 7º até o 9º mês pós-parto, mas que não significa a eliminação do leite por completo. Daí surge a necessidade de complementar a alimentação do lactente após esse período.
Para Terrano (2005) no período de amamentação a puérpera produz em média de 600 ml de leite a cada dia que pode aumentar para 1.100 ml/dia pelos próximos 6 meses. Esse dado põe por terra o mito de produção de pouco leite.

2.4 COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO

Conforme Moretto (1990) no que diz respeito ao leite materno, ele fornece energia indispensável para todas as funções metabólicas vitais, para isso contém seis grupos fundamentais de alimentos, a saber: proteínas, gorduras, hidratos de carbono, água, sais minerais e vitaminas. Cumpre ressalvar que as proteínas encontradas em tal leite são a lactoalbumina e a caseína que são completas e possuem todos os aminoácidos essenciais que oportunizam o crescimento.
A sua função energética se dá devido à gordura que melhora o gosto do alimento, aumenta a imunidade e facilita a absorção intestinal das vitaminas. Além disso, a lactose é o carboidrato predominante e auxilia na proliferação dos lactobacillus bífedus que impedem o aparecimento de infecções intestinais (MORETTO, 1990).
Conforme o autor supracitado, os sais minerais encontrados no leite materno são sódio, cloreto, potássio, fósforo, cálcio, magnésio, ferro, zinco, água. Encontram-se também as vitaminas do complexo A, B, C, D, E e K, tiamina, riboflavina, niacina, piridoxina e enzimas sob forma inativa com as proenzimas ativadas em contato com elementos do suco digestivo. Esses fatores criam anticorpos nas crianças protegendo-as de algumas doenças como difteria, sarampo, febre tifóide, Escherichia coli.
De acordo com Euclydes (2005), o primeiro leite chamado de colostro contém maior quantidade de proteínas, vitamina A e minerais, principalmente eletrólitos e zinco e pouca quantidade de carboidratos e gorduras do que o leite maduro. O colostro é rico em imunoglobulinas, substâncias antimicrobianas e substâncias bioativas, fatores tróficos, além de substâncias imunomoduladoras e antiinflamatórias. Além disso, contribui para o estabelecimento de uma microbiota benéfica e supre as necessidades nutricionais da criança.
Como descrito por Leão (1998), na composição do leite maduro encontra-se pequenas quantidades de galactose, frutose e outros oligossacarídeos. A lactose é um açúcar encontrado apenas no leite humano apresentando uma concentração de
4 no colostro e 7 no leite maduro, tendo como função facilitar a absorção de cálcio, ferro e promover a colonização intestinal com lactobacillus bifidus.
No que diz respeito aos fatores que podem modificar a composição do leite materno, Moretto (1990, p. 77) afirma que:

A composição do leite materno pode ser influenciada por vários fatores, como por exemplo, estágio de lactação, parto prematuro, tempo de gestação, esvaziamento da mama, hora e intervalo entre as mamadas, grau de pressão utilizado para extrair o leite, intervalo entre as gestações e a ingestão de álcool ou drogas.

Diante do exposto, é imprescindível adotar medidas que possam viabilizar uma produção mais adequada.

2.5 VANTAGENS

Cumpre ressaltar, que a absorção direta do seio da mãe está livre de contaminação, além de se tornar econômico, pois não necessita de preparo prévio e encontra-se na temperatura ideal e apto a ser servido na hora em que for solicitado, sendo digerido com maior facilidade e rapidez.
O leite materno, como já foi referido anteriormente, contém nutrientes e anticorpos que são passados da mãe para o filho para protegê-lo contra doenças.
Segundo Morais; Campos; Silvestrini (2005, p.3):

A amamentação protege o lactente contra distúrbios nutricionais, doenças diarréicas e respiratórias, promove a maturação do sistema imune e favorece o desenvolvimento do aparelho sensoriomotor oral.

Para Antunes et al. (2008), os benefícios maternos da amamentação são vários. Além de possibilitar o crescimento da criança de modo adequado, de estreitar o vínculo afetivo entre mãe-filho. Também facilita a volta do corpo ao estado normal, tem efeito contraceptivo, diminui as chances de desenvolver artrite reumatóide, osteoporose e esclerose múltipla, diminui o sangramento do útero, previne anemia, além de diminuir as chances de neoplasias endometrial, ovariana e de mama antes da menopausa.
Além disso, percebe-se a suma relevância desse contato nos primeiros meses de vida, entre mãe e filho, já que esse se reveste em um sentido muito peculiar que traz benefícios relevantes a esses dois sujeitos.
Segundo Del Ciampo; Ricco; Almeida (2004) surgem a cada dia novos fatos sobre os benefícios da amamentação, não se restringindo apenas ao período da lactação, mas estendendo estes benefícios para a vida adulta com repercussões na qualidade de vida do ser humano.

2.6 CONTRA-INDICAÇÃO AO AME

Em relação ao aleitamento materno, diversos fatores contribuem para que esse evento não ocorra temporariamente, tais quais: condições físicas da mãe ou da criança, doenças infecciosas agudas, doenças crônicas, ou em complicações como a sífilis, mães portadoras do vírus HIV, nefropatias, cardiopatias, mamilos invertidos e fissurados, mastite, ingurgitamento mamário e outras debilidades (MONTENEGRO; RESENDE, 2005).
De acordo com Moretto (1990, p. 79) o aleitamento para o bebê não tem contra indicação, todavia mães portadoras de HIV, HTLV-1 e HTLV-2, usuárias de antineoplásicos e lítio e alguns erros inatos de metabolismo, como a fenilcetonúria são dispensadas para tal ato.

2.7 FATORES QUE INFLUENCIAM NO AME

Ressalta-se que esse processo, em algumas vezes, inspira cuidados uma vez que pode acarretar fissuras, mastite, ingurgitamento mamário, abscesso, impedindo o aleitamento materno. Por isso, determinadas mães precisam de ajuda e incentivo para realização desse.
Oportuno se faz registrar que existem mulheres que substituem esse processo de amamentação natural pela a artificial devido algumas dificuldades, como a necessidade de trabalhar e a presença de patologias, entre outros. Entretanto, em alguns casos, por exemplo, há possibilidade do leite materno ser fornecido através da mamadeira quando a mãe não está presente no momento da alimentação.
O aleitamento materno depende de fatores que podem influir positiva ou negativamente no seu sucesso, como foi dito anteriormente. A esse respeito Faleiros; Trezza; Carandina (2006, p. 7) afirma que:

Entre eles, alguns se relacionam à mãe, como as características de sua personalidade e sua atitude frente à situação de amamentar, outros referem-se à criança e ao ambiente, como, por exemplo, as suas condições de nascimento e o período pós-parto havendo, também, fatores circunstanciais, como o trabalho materno e as condições habituais de vida.

Segundo Martins (1998, p.130) "a amamentação, enquanto um fenômeno, vai além do discurso biológico; há questões sociais contidas no existir de cada mãe, muito relacionadas ao sucesso desta prática". O que faz depreender que o ato de amamentar mantém ligações com aspectos sociais, históricos e culturais, isto é, além de ser biologicamente estabelecido, é socioculturalmente condicionado.
Para maior fundamentação dessa abordagem, recorre-se ao pensamento de Almeida (1999, p. 120) que alerta para o grande valor de se ajustar os determinantes biológicos com os condicionantes socioculturais, pois "amamentação configura-se como uma categoria híbrida entre natureza e cultura".
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil, as crianças são amamentadas, em média, até por 2,5 meses de idade. Tal verificação reforça a necessidade de apoio, incentivo e aconselhamento às mães por profissionais de saúde no intuito de garantir êxitos nessa prática, segundo essa organização (BRASIL, 1989).
De acordo com Pereira (et al, 2000) faz-se necessário haver um trabalho de acompanhamento pós-parto e durante todo o processo de aleitamento materno para que as mães possam ser orientadas e estimuladas à prática do aleitamento.
Verifica-se que o ato de amamentar, seja consciente ou inconsciente, pode ser herdado culturalmente (influência da família e/ou pelo meio social) sendo isso carregado de crenças e tabus. Estes têm influenciado de forma crucial essa prática, como preocupações quanto ao tamanho dos seios, o tipo de alimentação ingerido pela mãe, o valor nutricional do leite, etc.
Sabe-se que a anatomia dos seios não tem relação com a quantidade produzida de leite, pois ele sempre tem a mesma constituição. Esse entendimento errôneo pode estar atrelada ao choro freqüente da criança ou a observação do leite inicial, o colostro, rico em proteína e pobre em gordura e lactose, produzido em pequenas quantidades durantes os primeiros dias após o parto. Em relação a isso, Behrman (2004, p.58), assegura que o colostro apresenta algum valor nutricional, sobretudo, importantes fatores imunológicas e maturacionais.

2.8 OS DEZ PASSOS PARA AMAMENTAÇÃO

Para que o ato de amamentar ocorra de forma efetiva é necessário que durante o pré-natal, seja ensinada a técnica correta de amamentar o recém-nascido para as gestantes. Segundo Lacerda (2006), a criança deverá abocanhar toda a aréola, permitindo que as ampolas lactíferas sejam comprimidas e o leite extraído. Caso o bebê abocanhe somente o mamilo, não haverá ejeção adequada do leite, podendo a criança vir a chorar de fome.
De acordo com BRASIL, (2001, p. 143) O aleitamento materno é encarado como um elemento imprescindível para a saúde materna e perinatal, fazendo parte das estratégias de todos os programas governamentais que se relacionam a essa questão de saúde e a todo processo de humanização do nascimento. No Brasil, esse ato é incentivado por órgãos oficiais, tais como: Iniciativa do Hospital Amigo da Criança (IHAC), que confere título às instituições que cumprem os requisitos que favorecem a implantação do programa de aleitamento materno. Além disso, a IHAC recomenda às instituições a implementação dos chamados "Dez passos para o sucesso do aleitamento materno". Vale o registro desses passos a seguir:

Dez passos para o sucesso do aleitamento materno (IHAC)
1. Ter uma norma escrita sobre aleitamento materno, que deve ser rotineiramente transmitida a toda a equipe de saúde.
2. Treinar toda a equipe de saúde, capacitando-a para implementar esta norma.
3. Orientar todas as gestantes sobre as vantagens e o manejo do aleitamento materno.
4. Ajudar as mães a iniciar o aleitamento materno na primeira hora após o nascimento do bebê.
5. Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos.
6. Não dar ao recém-nascido nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tal procedimento tenha uma indicação médica.
7. Praticar o alojamento conjunto ? permitir que mãe e bebê permaneçam juntos ? 24 horas por dia.
8. Encorajar o aleitamento materno sob livre demanda.
9. Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas ao seio.
10. Encaminhar as mães, por ocasião da alto hospitalar, para grupos de apoio ao aleitamento materno na comunidade ou em serviços de saúde.

2.9 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO AME

No que se refere à assistência de enfermagem, esta é de extrema importância para o sucesso do aleitamento materno. Segundo LEITE; SILVA; SCOCHI (2004, p. 10):

Na assistência de enfermagem, desde o primeiro contado com a cliente, quando se busca conhecer suas necessidades, até a implementação dos cuidados e avaliação, se estabelece uma estratégia de comunicação para que se possa compartilhar de pensamentos, crenças e valores. Dessa forma pode-se perceber a influência que exercemos sobre as nutrizes e analisar à medida que se desenvolve a interação enfermeiro-paciente, o que se pode esperar delas.

De acordo com Brasil (2001) durante o pré-natal o enfermeiro necessita entender sobre os conhecimentos, vivências e crenças que as gestantes possuem, com o intuito de fomentar e estimular o aleitamento materno. É ele, na saúde básica, o encarregado de preparar as mulheres gestantes para o aleitamento materno e para sua adaptação após o parto, para que este seja tranqüilo, evitando dessa forma as dúvidas e as complicações que possam surgir.
Para Almeida; Fernandes; Araújo (2004) é indispensável que esse profissional busque se atualizar por meio de cursos de aperfeiçoamento e por meio de leituras e outras fontes de informações sobre esse tema, uma vez que esse demanda um conhecimento mais amplo. Assim sendo, ele terá mais possibilidades de enfatizar com eficiência o processo de aleitamento materno no que diz respeito à assistência a mulher, destacando novas teorias e sua aplicação prática.
Para simples informação, assim que a mulher gestante é captada através dos agentes de saúde no pré-natal ela deve ser cadastrada obrigatoriamente no SISPRENATAL - programa desenvolvido pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) do Ministério da Saúde. Esse programa tem como finalidade o acompanhamento apropriado das gestantes inseridas no Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento (PHPN), do Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2009).

3 METODOLOGIA

3.1 TIPO DE ESTUDO

O presente trabalho trata-se de uma pesquisa quantitativa descritiva não-experimental de técnica de amostragem não-probabilistica por conveniência, de caráter exploratório em tempo transversal e época prospectiva.

3.2 DESCRIÇÃO DO LOCAL DE PESQUISA

Essa pesquisa será desenvolvida no interior do Estado da Bahia, na cidade de Barreiras, que possui aproximadamente uma população de 140 mil habitantes distribuídos em uma área de 7.989 Km2, com centro comercial e agro-industrial em plano de desenvolvimento. Tem-se uma razoável infra-estrutura de estradas, eletrificação e telecomunicação. Essa região do Oeste baiano comporta 32 municípios. Conta com a rede pública de saúde, clínicas particulares com diversas especialidades.
O cenário da coleta de dados será o hospital da rede pública da cidade e também a Maternidade Municipal, onde se realizam partos, curetagens etc.

3.3 POPULAÇÃO

Mães de lactentes de 6 meses atendidas na rede pública de saúde do Oeste Baiano no mês de dezembro de 2010.

3.4 AMOSTRA

A amostra será selecionada de forma não probabilística, por conveniência. Desta forma farão parte do estudo 50% das mães atendidas no mês de Dezembro de 2010.

3.5 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Para etapa de coleta de dados optou-se pela utilização de uma entrevista individual pautada por um roteiro contendo questões semi-estruturadas.

3.6 DESCRIÇÃO DA COLETA DE DADOS

As entrevistas serão feitas no período de Julho de 2011. No primeiro momento será solicitada, através de um ofício, permissão às instituições de saúde para a realização da coleta de dados. Após autorização serão realizadas busca de prontuários a fim de conhecer o número de mulheres atendidas, com isso será definida a amostra que fará parte do estudo (50%). A coleta de dados será desenvolvida através da entrevista individual orientada por um roteiro (apêndice A).
Esta entrevista será respondida mediante autorização dos sujeitos participantes no tempo limite de 15 minutos e posteriormente as informações obtidas através deste serão transcritas, analisadas e entregues para a validação, em que o tratamento estatístico será exposto através de gráficos.
As pessoas dispostas a participar dessa pesquisa assinarão o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, elaborado conforme a Resolução 196 do Conselho Nacional de Saúde (apêndice B).

3.7 CRITÉRIOS PARA INCLUSÃO E EXCLUSÃO DOS SUJEITOS

Serão incluídas para compor o grupo de amostra mães de lactentes de 6 meses nascidos em dez/2010, que foram atendidas na rede pública do município e que concordarem em participar do estudo. E serão excluídas as mães de lactentes com menos de 6 meses, que não foram atendidas na rede pública do município.

3.8 ANÁLISE DE RISCOS E BENEFÍCIOS AOS SUJEITOS DA PESQUISA

Diante do estudo abordado pode-se percebe que os participantes poderão vir a sofrer algum risco de abalo emocional, uma vez que dependendo das perguntas a serem questionadas estas poderão afetar o seu psicológico. Por outro lado essas pessoas terão o benefício de estar por dentro do assunto e assim terem mais informações e ampliarem seus conhecimentos frente ao assunto abordado.
O pesquisador irá interromper a pesquisa imediatamente caso perceba algum risco ou dano a saúde dos participantes na presente pesquisa. As entrevistadas poderão sofrer um possível risco de constrangimento. Para minimizar este risco as participantes do estudo serão entrevistadas individualmente. As componentes da pesquisa que vierem a sofrer qualquer dano previsto terão direito a indenização ou ressarcimento por meio do âmbito legal, segundo as normas vigentes, incluindo o direito de procurar obter indenização pelos danos eventuais. Além disso, o Comitê de Ética e pesquisa da Faculdade São Francisco de Barreiras será informado dos efeitos adversos ou fatos relevantes que modifiquem o desenvolvimento desse projeto. Os participantes da pesquisa não terão ônus ou qualquer benefício financeiro com a pesquisa e poderão desistir no momento que quiserem.
As informações colhidas serão mantidas em sigilo. Para tanto, essas têm o caráter intencional de agregar conhecimentos que venham possibilitar uma maior ampliação do estudo a respeito da temática em questão, além de possibilitar uma ação conscientizadora a respeito do desmame precoce e com suas possíveis implicações. Esse estudo poderá beneficiar às mães envolvidas, já que os possíveis resultados possibilitarão uma tomada de atitude mais efetiva. Assim sendo, orientações serão propostas, principalmente as diretas, sobre como lidar com as principais dificuldades encontradas no processo do AME por meio de palestras, reuniões de grupo.
Faz necessário salientar que os resultados obtidos por meio dessa pesquisa serão encaminhados para a publicação em Congressos (CIC), e Revistas Científicas.


3.9 RETORNO DE BENEFÍCIOS PARA A POPULAÇÃO

Esse estudo poderá beneficiar às mães envolvidas, já que os possíveis resultados possibilitarão uma tomada de atitude mais efetiva. Assim sendo, orientações serão propostas, principalmente as diretas, sobre como lidar com as principais dificuldades encontradas no processo do AME por meio de palestras, reuniões de grupo.
Além do conhecimento, percepção da relevância dessa temática, mudança comportamental, social e política, faz necessário salientar que os resultados obtidos por meio dessa pesquisa serão encaminhados para a publicação em Congressos (CIC) e Revistas Científicas.

3.10 CRITÉRIOS PARA ENCERRAR OU SUSPENDER A PESQUISA

Em caso de desistência do entrevistado, doenças, morte ou qualquer outra coisa que possa vir a impedir a coleta de dados, como, greve ou férias nas instituições a serem aplicadas os questionários, essa pesquisa será encerrada ou suspensa.

3.11 ÉTICA EM PESQUISA COM SERES HUMANOS

Dado que os sujeitos do estudo são seres humanos obedeceremos ao previsto na Resolução 196/96 do Ministério da Saúde do Brasil submetendo-o à análise e julgamento do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Faculdade São Francisco de Barreiras-FASB que é reconhecido pelo Conselho Nacional de Pesquisa com Seres Humanos (CONEP) sendo apresentado por meio de seu envio e de carta de encaminhamento à presidência juntamente com Folha de Rosto padronizada pelo SISNEP.
Após a apreciação e a anuência desses órgãos será iniciada a coleta de dados. Para tanto, os participantes do estudo serão esclarecidos dos objetivos da pesquisa e receberão o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, elaborado conforme as normas da Resolução 196/96, que versa sobre os aspectos éticos em pesquisas envolvendo seres humanos (Conselho Nacional de Saúde, 1996). Cada participante receberá uma cópia do citado termo, após sua assinatura.
As pesquisadoras procederão aos devidos esclarecimentos aos sujeitos da pesquisa sobre o objetivo deste estudo e verificará o seu interesse em participar do mesmo. Será garantido aos profissionais, o sigilo das informações, a voluntariedade na participação e a possibilidade de interromper o preenchimento do instrumento a qualquer momento, sem penalidade alguma e sem prejuízo às suas atividades profissionais.

3.12 RESULTADOS ESPERADOS

Ao término de estudo espera-se ser possível identificar o tipo de conhecimento das mães sobre Aleitamento Materno atendidas na rede pública da cidade de Barreiras-Bahia, pois de acordo com os resultados será possível realizar uma intervenção para a melhoria do tema abordado nestes estabelecimentos.

3.13 COMPROMISSO DE TORNAR PÚBLICO OS RESULTADOS

De acordo com os resultados obtidos será possível apresentá-los em congressos, feiras, campos de estudos, entre outros, pois dessa forma será passado o conhecimento adquirido através de exposição de gráficos.
Espera-se que esta pesquisa forneça subsídios para o planejamento e avaliação do Aleitamento Materno nas instituições onde será realizado o estudo, e também de ações de grupos e organizações não governamentais que atuam na promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno.

4 CRONOGRAMA

Atividade Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago Set. Out. Nov.
Pesquisa bibliográfica
X X X
Submissão ao Comitê de Ética
X
Aprovação do Comitê de Ética
X
Início da Coleta de Dados
X
Análise dos Dados
X X
Elaboração Final
X X
Revisão Final
X
Apresentação
X
Entrega Final X

5 ORÇAMENTO

As despesas referentes ao projeto são de responsabilidade das pesquisadoras, não ficando a instituição como responsável.

Material Custo Unitário Custo Total
02 canetas R$ 1,00 R$ 2,00
01 resma folha de papel A4 R$ 12,00 R$ 12,00
Alimentação R$ 15,00 R$ 15,00
Taxa de digitação R$ 10,00 R$ 10,00
Taxa de impressão R$ 10,00 R$ 10,00
10 Passagens R$ 1,80 R$ 18,00
Total R$ 67,00





REFERÊNCIAS
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_______.Ministério da Saúde. SisPreNatal. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.
CARVALHAES, Maria Antonieta de Barros Leite; CORRÊA, Cláudia Regina Hostin. Identificação de dificuldades no início do aleitamento materno mediante aplicação de protocolo. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, v. 79, n.1, p.13-20, jan./fev. 2003.
DEL CIAMPO, Antônio Luiz; RICCO, Rubens Garcia; ALMEIDA, Carlos Alberto Nogueira de. Aleitamento Materno: passagens e transferências mãe-filho. São Paulo: Atheneu, 2004.
EUCLYDES, Marilene Pinheiro. Nutrição do Lactente: base cientifica para uma alimentação saudável. 3. ed. Viçosa: Suprema Gráfica e Editora, 2005.
FALEIROS, Francisca Teresa Veneziano; TREZZA, Ercília Maria Carone and CARANDINA, Luana. Aleitamento materno: fatores de influência na sua decisão e duração. Rev. Nutr. [online]. 2006, vol.19, n.5, pp. 623-630. ISSN 1415-5273.
GUYTON, C. A; HALL, E. J. Tratado de Fisiologia Médica. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
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MORAIS, Mauro Batista. CAMPOS, Sandra de Oliveira. SILVESTRINI, Wagner Sérgio. Guias de Pediatria. 1ª ed. São Paulo: Manole. 2005.
MORETTO, Renato. Pediatria Saúde Individual e Coletiva. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 1990.
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REZENDE; Magda Andrade et al.O processo de comunicação na promoção do aleitamento materno.Revista latino Americana de enfermagem.São Paulo.SP,10,nº2;mar/abr.2002.
SANTOS, A. K.E; SILVA, B. W. M. A; ALTHOF, R. Aleitamento Materno. In: SCHITZ, E.M. et al. Enfermagem em Pediatrica e Puerparal. São Paulo: Atheneu, 2005. Cap. 2.
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TERRANO, F. P. Fertilização, gravidez e desenvolvimento fetal. In: RHOADES, A.R; TANNER, A. G. Fisiologia Médica. 2°ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2005. Cap. 39.


APÊNDICES

Apêndice A ? Roteiro.

1. Qual é o seu estado civil?
a) ( ) Solteira
b) ( ) Casada
c) ( ) Outros
2. Qual a sua idade?
a. ( ) 20 a 30
b. ( ) 30 a 40
3. Qual o seu nível de escolaridade?
a) ( ) Fundamental incompleto
b) ( ) Fundamental completo
c) ( ) Ensino médio incompleto
d) ( ) Ensino médio completo
e) ( ) Outros
4. Qual é a sua ocupação?
a) ( ) Do lar
b) ( ) Trabalha, onde? __________________________________
5. Qual é a sua renda mensal?
a) ( ) Menos de 01 salário mínimo
b) ( ) 01 salário mínimo
c) ( ) Mais que 01 salário mínimo
6. Número de filhos: ________________________________________
6.1 Quantos amamentou? _________________________________
6.2 Quantos não amamentou? _____________________________
7. Realizou o pré - natal durante a gestação?
a) ( ) 01 ? 04 consultas
b) ( ) Mais de 05 consultas
c) ( ) Nenhuma consulta
8. Onde realizou o pré - natal?
a) ( ) Ambulatório Hospitalar
b) ( ) Policlínicas
c) ( ) Posto de Saúde da Família (PSF)
d) ( ) Não fez
e) ( ) Outros
9. Na sua última gestação você amamentou e/ou está amamentando?
_____________________________________________________________
10. Há quanto tempo você amamenta?
_____________________________________________________________
11. Quais os motivos que fizeram você parar de amamentar?
_____________________________________________________________
12. Quais os motivos que fizeram você continuar a amamentar?
_____________________________________________________________
13. Que tipo de orientações você recebeu sobre o Aleitamento Materno Exclusivo (AME) e o colostro?
_____________________________________________________________
14. Quem forneceu essas orientações à você?
a) ( ) Médico (a)
b) ( ) Enfermeiro (a)
c) ( ) Outros
15. Quais orientações você recebeu nas primeiras horas pós parto? Se não no pós parto quando foi?
_____________________________________________________________
16. Durante os 06 primeiros meses de amamentação houve complementação com outro tipo de alimento? Quem indicou?
a) ( ) Sim
b) ( ) Não
c) ( ) Não se lembra
_____________________________________________________________
17. Quais as vantagens do AME para você?
_____________________________________________________________
18. Quais os motivos que levaria você a deixar de amamentar?
____________________________________________________________
19. Você já inseriu o uso dos bicos artificiais? Qual motivo?
____________________________________________________________
20. Você já participou de algum grupo de apoio sobre AME após a alta hospitalar?
_____________________________________________________________
21. O que você já ouviu falar sobre AM, como por exemploleite fraco, seio pequeno, pouco leite, etc?
_____________________________________________________________



Apêndice B - Termo de consentimento livre e esclarecido.

ALEITAMENTO MATERNO: Tipo de conhecimento das mães atendidas na rede pública de saúde do município de Barreiras-BA.

Instituição dos pesquisadores: Faculdade São Francisco de Barreiras ? FASB.

Professor(a) orientador(a)/Pesquisador responsável: Professora Marilissa Meinere Dobrachinski e Liane Magalhães Pinto e Patrícia Silva Carneiro.

Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade São Francisco de Barreiras/FASB, com o CAAE _________, telefone 3613-8854, email [email protected] .

? Este documento que você está lendo é chamado de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Ele contém explicações sobre o estudo que você está sendo convidado a participar.
? Antes de decidir se deseja participar (de livre e espontânea vontade) você deverá ler e compreender todo o conteúdo. Ao final, caso decida participar, você será solicitado a assiná-lo e receberá uma cópia do mesmo.
Antes de assinar faça perguntas sobre tudo o que não tiver entendido bem. A equipe deste estudo responderá às suas perguntas a qualquer momento (antes, durante e após o estudo).
O/ (a) Sr (a) é convidado a participar da pesquisa sob o tema ALEITAMENTO MATERNO: Tipo de conhecimento das mães atendidas na rede pública de saúde do município de Barreiras-BA, cujo objetivo é Identificar o tipo de conhecimento das mães sobre Aleitamento Materno atendidas na rede pública da cidade de Barreiras-Bahia.
Sua participação é voluntária, não remunerada e não haverá nenhuma outra forma de envolvimento ou comprometimento neste estudo, para tanto, necessitamos que respondesse a entrevista. A coleta dos dados será gravada e transcrita para validação.
Este estudo possui riscos como, abalo emocional que são inerentes do procedimento de coleta de dados, porém medidas preventivas durante toda a pesquisa serão tomadas para minimizar qualquer risco ou incômodo. Caso este procedimento gere algum tipo de constrangimento, você não precisa realizá-lo.
Sua participação é voluntária e caso queira se retirar em qualquer etapa da pesquisa não haverá nenhum dano ou prejuízo. Conforme previsto pela resolução 196/96 que regulamenta sobre a participação com seres humanos, você não receberá nenhum tipo de compensação financeira pela sua participação neste estudo.
O/ (a) Sr. (a) tem acesso a qualquer etapa do estudo, bem como aos profissionais responsáveis pela pesquisa para esclarecimento de eventuais dúvidas. O principal investigador desta pesquisa é a Professora Especialista em Formação de Docentes para Educação Profissional Marilissa Meinere Dobrachinski, que pode ser encontrada no telefone 88134472.
Se o Sr (a) tiver alguma consideração ou dúvida sobre a Ética da Pesquisa, entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), localizado na Rua: Br 135, Km 01, nº 2.341, Bairro Boa Sorte, Cep: 47805-270, Barreiras ? BA, Prédio II, 1º andar. Fone: (77) 3613 - 8854 , E-mail: [email protected].
Seus dados serão manuseados somente pelos pesquisadores e não será permitido o acesso a outras pessoas. O material com as sua informações (fitas, entrevistas, etc.) ficará guardado sob a responsabilidade do pesquisador, com a garantia de manutenção do sigilo e confidencialidade, sendo destruído após a finalização da pesquisa.
Os resultados deste trabalho poderão ser apresentados em encontros ou revistas científicas, entretanto, ele mostrará apenas os resultados obtidos como um todo, sem revelar seu nome, instituição a qual pertence ou qualquer informação que esteja relacionada com sua privacidade.

DECLARO TER SIDO SUFICIENTEMENTE INFORMADO A RESPEITO
DAS INFORMAÇÕES QUE LI OU QUE FORAM LIDAS PARA MIM.
CONCORDO VOLUNTARIAMENTE EM PARTICIPAR DESTE ESTUDO E
PODEREI RETIRAR O MEU CONSENTIMENTO A QUALQUER MOMENTO SEM
QUALQUER DANO OU PREJUÍZO.


Eu,___________________________________________________________, RG
________________, após receber uma explicação completa dos objetivos do estudo e dos procedimentos envolvidos, concordo voluntariamente em fazer parte deste estudo.


Barreiras, _____ de _____________________ de _______
______________________________________________________
Participante da Pesquisa
_________________________________________________________
Assinatura da testemunha

Autor: Patricia Silva Carneiro


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