Do Tejo ao Prata - 16 - Um Passeio Pela História



O MOVIMENTO FARROUPILHA
No final da guerra Cisplatina, o Rio Grande do Sul contava com 14 municípios e aproximadamente 150 mil habitantes brancos, escravos e índios, sem escolas, pontes ou estradas em condições de tráfego. A população masculina estava dizimada pelas guerras e as viúvas desprezadas pelas autoridades governamentais. As estâncias e charqueadas encontravam-se com os rebanhos totalmente esgotados, o império cobrava impostos altíssimos sobre o gado e o charque, além de comprá-lo do Uruguai e da Argentina, vendido em São Paulo e no Rio de Janeiro por um preço bem mais baixo que o rio-grandense. A Guerra tinha abalado a economia brasileira e os ideais separatistas eram para os gaúchos o melhor caminho para a prosperidade. A Revolução Farroupilha teve muitas causas e a justificativa estava no conflito entre os Liberais que propunham um modelo de estado com autonomia para as províncias e o imposto pela Constituição de D. Pedro I, de caráter unitário. O movimento se apoiou nas posições econômicas e políticas da Província de São Pedro do Rio Grande, nos anos que se sucederam à Independência. A produção das outras províncias se voltava para o mercado externo e a do charque e do couro do Rio Grande do Sul para a alimentação dos escravos africanos e mineradoras, as plantações de cana-de-açúcar e atividades cafeeiras, na Região Sudeste. A fronteira com as Províncias do Rio da Prata era um entrave porque o charque uruguaio e argentino vendido no Rio e São Paulo era mais barato que o rio-grandense. Tinham uma indústria saladeira com a participação de Juan Manuel José Domingo Ortiz de Rozas y López de Osornio e, com os saladeiros do Uruguai, já independente, ofereciam o produto mais barato, pondo em risco as charqueadas sul-rio-grandenses que perdiam competitividade no mercado interno, além dos impostos sobre o gado em pé.
Entusiasmados com a independência, os brasileiros se dividiam em Liberais chamados "farroupilhas" cujo significado é "esfarrapados", abrasileirado pelos gaúchos, "farrapos", e Conservadores. Atraídos pelos ideais republicanos e adeptos da maçonaria francesa que antevia a soberania dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, os liberais gaúchos aceitaram a formação da república uruguaia como um Estado independente entre o Brasil e a Argentina.
Em 1808, após a tomada da Bastilha, na França, Napoleão Bonaparte tentava dominar o mundo e proibiu as nações européias de manter relações comerciais com a Inglaterra, ao que chamou de Bloqueio Continental. Preso à Inglaterra pelo tratado de Methwen, Portugal se recusou em apoiá-lo e a Família Real portuguesa foi obrigada a fugir para o Brasil.
Em 1810, as colônias espanholas criaram as Províncias Unidas do Rio da Prata, depois de Buenos Aires. José Gervasio Artigas, político e militar uruguaio, futuro herói nacional, que havia ingressado no Regimento de Lanceiros do Exército Português como tenente, em 1797, aderiu ao movimento e combateu os ingleses aliados de Portugal, no Prata, em 1801, sendo nomeado tenente-coronel pela junta de Buenos Aires.
Filho do alferes português Joaquim Gonçalves da Silva e Perpétua da Costa Meirelles, nascido em Triunfo, no Rio Grande do Sul, a 23 de setembro de 1788, Bento Gonçalves da Silva, seria um dos líderes da Revolução Farroupilha com objetivos separatistas do Império brasileiro. Em 1811 e 1812, mostrou sua vocação para as guerrilhas na Primeira Campanha Cisplatina, com Antero José Ferreira de Brito e David Canabarro, futuros Farroupilhas. Diogo de Sousa tinha formado um exército com rio-grandenses de 16 a 40 anos, entrado em Paissandu em 2 de maio de 1812 e, com Bento Manuel Ribeiro, Francisco das Chagas Santos e o capitão José de Abreu arrasaram São Tomé e destruiram a vanguarda de Artigas, composta de índios guaranis. Quatro anos depois, na Segunda Campanha Cisplatina, entre 1816 e 1821, Bento Gonçalves lutou novamente contra Artigas ao lado de Onofre Pires da Silveira Canto, futuro Faroupilha, com o Regimento de Cavalaria de Milícias de Porto Alegre. Em 12 de outubro de 1825, comandou a cavalaria na batalha de Sarandi e na batalha do Passo do Rosário, em 20 de fevereiro de 1827. Em 1829, Bento Gonçalves foi nomeado por D. Pedro I coronel de estado-maior e Comandante do Quarto Regimento de Cavalaria de Linha e depois da fronteira sul, o que provocou ciúme do Marechal Sebastião Barreto Pinto, Comandante das Armas e feroz inimigo de Bento Gonçalves porque este não era do Exército, mas guerrilheiro.
A Corte de D. João VI partiu do Brasil em 26 de abril de 1821, deixando a administração a cargo do filho D. Pedro, como Príncipe Regente. Lisboa então despachou um decreto exigindo que ele retornasse. A decisão desagradou o povo brasileiro e em 9 de janeiro de 1822 D. Pedro tomou a decisão de permanecer, criando o famoso Dia do Fico. A Corte portuguesa suspendeu o pagamento dos rendimentos e rebaixou-o de Príncipe Regente a simples delegado da Corte.
Por ter sido rebaixado, em 7 de setembro de 1822, D. Pedro proclamou a Independência do Brasil, à margem do Riacho Ipiranga, em São Paulo.
Após a efetivação da Independência no eixo Rio-São Paulo, no Sul, José Fructuoso Rivera e Juan Antonio Lavalleja y de la Torre firmaram com Carlos Frederico Lecor, barão de Laguna por Portugal e barão e visconde de Laguna, em 17 de outubro do mesmo ano, uma ata de reconhecimento do imperador D. Pedro I. Em 1824, porém, quando Lavalleja passou para Buenos Aires, as autoridades imperiais o declararam desertor e lhe confiscaram os bens.
Pela necessidade da mão de obra, em 1822, na transição do processo de libertação da independência do Brasil, D. Pedro ofereceu passagens, 78 hectares de terra, cento e sessenta réis anuais e certa quantidade de bois, vacas, cavalos, porcos e galinhas para cada pessoa de cada família da Europa interessada na colonização brasileira. Em 18 de julho de 1824, chegou a primeira leva de 39 alemães a Porto Alegre e no dia 25 no Rio dos Sinos. De 1824 a 1830 chegaram ao Brasil 5350 alemães; dez mil de 1844 a 1850, dez mil de 1860 a 1889, ano da proclamação da República e um ano depois da abolição da escravatura, e 17 mil de 1890 a 1914, perfazendo um total de 42389 alemães.
Para se afastarem da Revolução Farroupilha, em 1830, apesar de Otto Heise, Samuel Kerst e Gaspar Stephanovsky, terem participado da ideologia de substituir a monarquia pela república, em Porto Alegre, os alemães se deslocaram para Santa Maria e em seguida dispersaram-se, criaram nos vales dos rios Taquari, Pardo e Pardinho as colônias de Santa Cruz do Sul, Santo Ângelo e Santa Maria do Mundo Novo. Na Lagoa dos Patos, criaram a colônia de São Lourenço do Sul. iníciaram o fabrico de sapatos, têxtil e algodão, em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Proclamada a República no Brasil, o governo do Rio Grande do Sul incentivou a colonização particular e o Estado do Rio Grande do Sul foi transformado em zona colonial, tendo eles atravessado o Rio Uruguai e migrado para Santa Catarina e Paraná, depois de ter criado, no século XX Ijuí, Santa Rosa e outras no norte da Argentina e no Paraguai. Depois da Segunda Guerra, um grupo de famílias que chegaram em Santa Catarina em 1930, fixaram-se em Bagé, entre 1949 e 1951, encerrando-se aí a migração alemã.
Em 23 de agosto de 1825, foi organizado o movimento de libertação nacional do Uruguai e sua anexação às províncias argentinas, contra a política agrária em favor dos grandes proprietários de Montevidéu e do Brasil. No dia 25, no Congresso de Florida, foi declarada a independência do território, para juntar-se às Províncias Unidas do Rio da Prata, sob a aprovação do governo de Buenos Aires. No Rio de Janeiro, o embaixador Filipe Leopoldo Wenzel, Barão de Mareschal, da Áustria, propôs a intervenção britânica em busca da paz. Em 12 de outubro de 1825, Bento Gonçalves da Silva, com 37 anos, comandou a cavalaria na batalha de Sarandi contra as Províncias Unidas, e o consulado brasileiro foi atacado em Buenos Aires no dia 29.
Em 7 de abril de 1831, nove anos depois da Independência, D. Pedro I abdicou da Coroa Imperial do Brasil em favor do filho de cinco anos Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bibiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga, retornou para Portugal deixando a tutela com José Bonifácio de Andrada e Silva até 1833 e com Manuel Inácio de Andrade Souto Maior, marquês de Itanhaém, até 1840. Aclamado segundo imperador do Brasil aos seis anos, assumiu o trono em 18 de junho de 1841, quando contava quinze anos, com o título de D. Pedro II.
Aproximados pela maçonaria no Brasil, Uruguai e Argentina, em 1832, o coronel Bento Gonçalves da Silva muito amigo de Juan Antonio Lavalleja y de La Torre, fornecia ajuda militar com munições, armas, mantimentos e homens, no combate ao governo de José Fructuoso Rivera, o qual levou ao conhecimento de Manuel de Almeida Vasconcelos, encarregado de negócios do Império do Brasil, em Montevidéu. Vasconcelos denunciou Bento Gonçalves que tinha inclusive propósito de integrar a provívicia do Rio Grande do Sul à Argentina. O governo brasileiro estava com dificuldades e determinou que Bento Gonçalves não se envolvesse nas questões externas, mas em 1834 ele invadiu o Uruguai em companhia de Lavalleja, com 111 brasileiros e 50 uruguaios. Bento Gonçalves foi acusado de rebeldia e conspirar para a emancipação do Rio Grande do Sul em parceria com Lavalleja. Absolvido na Corte, foi recebido com júbilo, mas destituído do Comando Militar da Província do Rio Grande. Eleito deputado provincial em 1835, a 20 de abril, na seção de instalação da Assembléia Provincial, Antonio Rodrigues Fernandes Braga, presidente da província, acusou-o de conspirar para a emancipação do Rio Grande do Sul.
Em 1835, Don Manuel Oribe assumiu a presidência do Uruguai fazendo oposição a Bento Gonçalves e Lavalleja, e disse a Vasconcelos que Rosas estava apoiando Bento Gonçalves. O Ministro oficiou ao governo brasileiro do acordo, mas Bento Gonçalves iniciou a rebelião que foi chamada de Farroupilha e três anos depois Oribe desistiu de ser aliado de Rivera e aliou-se a Rosas, Lavalleja e Bento Gonçalves. Rivera iniciou uma revolta mas foi derrotado, aliou-se aos farroupilhas e invadiram o Uruguai. Com a derrota, Oribe renunciou da presidência e foi para a Argentina.
O Dr. Antonio Rodrigues Fernandes Braga, primeiro rio-grandense a ocupar o posto de presidente da Província não tinha habilidade política e denunciou Bento Gonçalves como conspirador. Em 20 de abril de 1835, a recém empossada Assembléia Provincial substituta do antigo Conselho Geral da Província exigiu que o presidente Fernandes Braga apresentasse provas, o que naturalmente não pôde ser feito. Enquanto isto, Bento Gonçalves crescia em popularidade na posição de líder liberal, apesar de já ter sido denunciado também pelo Marechal Sebastião Barreto Pinto. Há que se acrescentar a ideologia existente no Rio Grande do Sul que pretendia substituir a monarquia pela república, com aval de diversos imigrantes alemães como Otto Heise, Samuel Kerst e Gaspar Stephanovsky, rapidamente sufocada.
A Revolução Francesa tinha como lema "Igualdade, Fraternidade e Liberdade", em 1789, de inspiração maçônica. Na Revolução Farroupilha, os maçons dominaram o Partido Liberal no Rio Grande do Sul, adeptos da maçonaria francesa, de inspiração republicana, que influenciava os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Dizia-se que as decisões tomadas em público, já tinham sido tomadas em segredo, nas "Lojas" maçônicas. Líderes liberais mantinham contato com maçons no Uruguai e na Argentina, inclusive sendo muito conhecida a amizade entre Bento Gonçalves da Silva e Juan Antonio Lavalleja, caudilho uruguaio.
O termo "farroupilha" no português castiço significava esfarrapado, e assim foram chamados os que se revoltaram contra o governo imperial, mas os gaúchos abrasileiraram o termo, usando mais frequentemente a expressão "farrapos". O movimento liberal foi um dos muitos que sacudiram a Regência na 1ª metade do século XIX, na década de 30, e alcançou de fato ser a primeira experiência republicana em território do Brasil. Exaltados, os brasileiros se dividiam entre Liberais e Conservadores, havendo diversas subdivisões. Os gaúchos simpatizavam com a organização do Uruguai como uma república independente entre a Argentina e o Brasil.
Em 1835, os estancieiros, militares locais, industriais do charque e liberais, liderados por Bento Gonçalves reuniam-se em casas de particulares. Antonio Rodrigues Fernandes Braga tinha sido nomeado presidente da Província, mas se mostrou pouco digno de confiança, fazendo sérias acusações contra os estancieiros, que impediu a convivência pacifica com os governados.
Na noite de 18 de setembro de 1835, reuniram-se José Mariano de Matos, Gomes Jardim, Vicente da Fontoura, Pedro Boticário, Paulino da Fontoura, Antonio de Souza Neto e Domingos José de Almeida, e, por unanimidade, decidiram que no dia 20 tomariam militarmente Porto Alegre e destituiriam o presidente provincial Antonio Rodrigues Fernandes Braga.
Bento Gonçalves reuniu uma tropa em Pedras Brancas, hoje Guaíba, e em várias cidades as milícias estavam alertas para deflagrarem a revolta. No dia 19, Gomes Jardim e Onofre Pires comandavam cerca de 200 homens no morro da Azenha, para interceptar quem passasse, a fim de evitar que o presidente fosse alertado. Manuel Vieira da Rocha comandava o piquete com 30 homens, na ponte da Azenha com o Cabo Rocha e aguardavam o amanhecer do dia 20 para investir. Os gaúchos achavam-se capacitados a enfrentar os imperiais enfraquecidos pela derrota na Cisplatina, porém Fernandes Braga ouviu comentários a respeito e mandou 9 homens comandados por José Gordilho de Barbuda Filho fazer um reconhecimento, à noite. Inexperientes, os guardas imperiais se deixaram perceber. Alertas, o piquete republicano os atacou e eles fugiram, resultando em 2 mortos e cinco feridos. Apesar de atingido, José Gordilho conseguiu alertar Fernandes Braga às 11 da noite.
Ao amanhecer, Braga estava junto ao arsenal de guerra, tentando reunir homens para a resistência, porém, até o meio da tarde somente 17 homens se apresentaram para defender a cidade. Com poucas armas e munição, fugiu para Rio Grande com todo o dinheiro dos cofres provinciais.
Os farroupilhas adiaram a investida, e somente ao amanhecer do dia 21 chegaram às portas da cidade, com Bento Gonçalves, os outros comandantes e as tropas. Sem resistência, Porto Alegre entregou-se aos revolucionários.
A Câmara Municipal convocou uma reunião extraordinária para ocupar o cargo de Presidente e na ausência dos vices-presidentes imediatos, assumiu o quarto vice, Dr. Marciano Pereira Ribeiro. Na sequência, expediram uma carta ao padre Diogo Antonio Feijó, Regente Imperial, explicando os motivos da revolta e solicitando a nomeação de um novo Presidente.
De Rio Grande, Fernandes Braga embarcou para o Rio de Janeiro no dia 23 e deu sua própria versão na Corte, bastante diferente da carta de Bento Gonçalves. D. Pedro decidiu esmagar a revolta e enviou José de Araújo Ribeiro muitos soldados, brigues, canhoneiras e armamento. Temendo o mal entendido, a prisão e a morte, como havia acontecido com Tiradentes 43 anos antes, os gaúchos demoraram a discutir a aceitação do novo indicado, o que ocasionou a assunção de Araújo Ribeiro à Presidência perante a Câmara Municipal de Rio Grande, em 15 de janeiro de 1836, formando dois governos "legítimos" e simultâneos na Província, até o final da guerra, em 1845.
Araújo Ribeiro reuniu os oficiais João da Silva Tavares, Francisco Pedro de Abreu, Manuel Marques de Souza, Bento Manuel Ribeiro e Manuel Luís Osório, gaúchos contrários aos farrapos, e contratou mercenários do Uruguai. Mandou fechar a Assembleia Provincial e destituiu Bento Gonçalves do comando da Guarda Nacional, nomeação feita por Marciano, e deu início à resistência e à perseguição aos revoltosos.
No comando da Primeira Brigada, com quatrocentos homens, designado por Bento Gonçalves, em setembro de 1836, o Coronel Antonio de Souza Neto foi para Bagé. Atravessaram o Arroio Seival e, no dia 10, encontraram Silva Tavares com quinhentos e sessenta homens, sobre uma coxilha. Silva Tavares desceu a coxilha em violento ataque e Neto ordenou a carga de lança e espada, sem tiros. O choque foi sangrento, Silva Tavares fugiu deixando 180 mortos, 63 feridos e 100 prisioneiros, com poucas baixas nos farrapos. Os farroupilhas comemoraram a vitória e cresceu a idéia separatista de conquistar e manter um país rio-grandense independente. À noite, para rever as questões ideológicas, Lucas de Oliveira, Joaquim Pedro e Teixeira Nunes concluíram que as únicas soluções seriam a independência, a abolição da escravatura, a democracia e a república. Em respeito ao grande comandante Bento Gonçalves, Souza Neto ofereceu resistência, mas contra-argumentaram que ele já havia decidido, que hierarquia rígida era coisa do Império e a república tinha bases fundamentadas nas vontades do povo e nas suas necessidades. Neto concordou e deram início à Proclamação da República Rio-Grandense, cuja leitura foi feita por ele diante da tropa, em 11 de setembro de 1836.
O tenente Teixeira Nunes desfilou por entre os companheiros com a bandeira verde, vermelha e amarela da República Rio-Grandense, durante as comemorações. Adotaram uma constituição republicana e convidaram outras províncias a unirem-se ao sistema republicano. Elegeram a pequena cidade de Piratini para capital, surgindo aí a República de Piratini. Naquele momento, desaparecia a Revolta Farroupilha e iniciava a Guerra dos Farrapos. Não queriam mais substituir o Presidente da Província de São Pedro. Queriam, sim, eleger o Presidente da República. A luta seria dos soldados do Exército Republicano do Rio Grande. Não era mais a luta de revoltosos, mas uma guerra de exército republicano contra exército imperial. A bandeira não era mais a imperial verde-amarela e não lutavam por reconhecimento, mas pela soberania do seu país.
No dia 12, foi lavrada a Ata de Declaração de Independência na qual declaravam não embainhar as espadas, e derramar todo o sangue, antes de retroceder dos princípios políticos. Várias cópias foram enviadas às câmaras municipais e aos comandantes do Exército Republicano.
Jaguarão, Alegrete, Cruz Alta, Piratini e outras províncias constaram em Atas Legislativas suas adesões. Na noite de 1° de outubro, Bento Gonçalves, levantou acampamento perto de Porto Alegre para juntar-se a Neto e Domingos Crescêncio. Da lomba do Tarumã, seguiu a várzea do Gravataí, cruzou os rios dos Sinos e Caí, beirou o Jacuí, mas precisava atravessar na Ilha da Fanfa, em Triunfo, por causa das cheias. Na manhã seguinte, iniciou o cruzamento com dois pontões para 40 homens. De Triunfo, Bento Manuel, deslocou 660 homens a serviço do Império, para barrar a passagem de Bento Gonçalves. Alertou José de Araújo Ribeiro, que enviou o mercenário inglês John Grenfell, com 18 barcos de guerra, escunas e canhoneiras, guardando o lado sul. Os Farrapos só perceberam a armadilha depois que estavam na ilha. No dia 3, Bento Manuel fechou o cerco por terra, mas os farrapos resistiram valorosamente, na certeza de que as tropas de Crescêncio estavam próximas. Bento Manuel levantou a bandeira de "parlamento" e Bento Gonçalves aceitou negociar, entregou as armas e o acordo foi assinado na tenda de Bento Manuel, formalizando a capitulação no dia 4. Araújo Ribeiro chegou com John Grenfell, que ordenou a prisão dos Farrapos Bento Gonçalves, Tito Lívio, Pedro Boticário, José de Almeida Corte Real, José Calvet, Onofre Pires e outros, desprezando o combinado entre os dois Bentos. Outros líderes foram presos na Presiganga e encarcerados em Santa Cruz e no Forte Lage, no Rio de Janeiro. Apesar de preso, Bento Gonçalves recebeu visitas de amigos e simpatizantes do movimento e numa delas foi apresentado a Giuseppe Garibaldi, italiano, posteriormente cognominado "o Herói de Dois Mundos".
A prisão dos líderes não alterou os planos dos revoltosos e no dia 6 de novembro de 1836, foi formalizada a votação na Câmara de Piratini para Presidente da República Rio-Grandense. Mesmo não estando presente, Bento Gonçalves venceu com José Gomes de Vasconcelos Jardim como primeiro vice-presidente. Vice interino, Vasconcelos assumiu com a incumbência de formar a Constituição da República Rio-Grandense. D. Pedro II mandou recrutar soldados paulistas e baianos e comprar armas e munições. Em 5 de janeiro de 1837, o imperialista Antero de Brito acumulou os cargos de Comandante das Armas e Presidente da Província de São Pedro do Rio Grande, em Porto Alegre, prendeu civis, confiscou bens e puniu alguns com pena de desterro. Os Farrapos conheciam bem os pampas, tiveram o apoio de Lages de Santa Catarina, importante ponto da compra de armas e munições e recebiam adesões de militares descontentes com Brito. Bento Manuel não aceitou a auto-nomeação de Brito e continuou dando suas próprias ordens às tropas. Brito, saiu ao seu encalço e Bento fugiu, mudando de direção até 23 de março, quando deixou um piquete sob o comando de Demétrio Ribeiro que, de surpresa, caiu sobre as tropas de Brito e o prendeu.
A República Oriental do Uruguai oferecia suporte econômico, permitindo a exportação do charque produzido pelos rio-grandenses para o próprio Brasil, através do Porto de Montevidéu ou pelo Rio Uruguai.
Em 15 de março de 1837, Bento Gonçalves com os companheiros tentaram escapar da prisão, mas Pedro Boticário, muito gordo, não conseguiu passar na janela. Bento Gonçalves desistiu, mas Onofre Pires e Corte Real escaparam. Bento Gonçalves foi transferido para a Bahia em 26 de agosto e ficou preso no Forte de São Marcelo. Com o auxílio da Maçonaria, evadiu-se em 10 de setembro, ocultando-se em Itaparica. Chegou de volta ao Rio Grande do Sul, por Buenos Aires, no dia 16 e tomou posse como Presidente da República.
De 6 para 7 de novembro, pouco depois da fuga de Bento Gonçalves, houve um movimento em Salvador liderado pelo médico Francisco Sabino Vieira, com o nome de República Baiana ou Sabinada, que se aproveitara da reação popular contra o recrutamento militar imposto pelo Governo Imperial, rapidamente dominado, apesar de terem morrido por volta de mil pessoas.
A primeira conquista farrapa fora do Rio Grande do Sul foi em 9 de março de 1838, quando anexaram Lages à República Rio-Grandense com o apoio de alguns fazendeiros locais.
Bento Manuel Ribeiro e Antonio de Souza Neto, em 30 de abril de 1838, no comando de 1700 homens de infantaria e 800 de cavalaria, derrotaram Sebastião Barreto Pereira Pinto, Francisco Xavier da Cunha e Bonifácio Calderon, com 1200 homens de infantaria e cavalaria das forças imperiais, em Rio Pardo, deixando 71 mortos e mais de 130 prisioneiros, na chamada ex-tranqueira invicta. Rio Pardo e Rio Grande formavam a fronteira do domínio Imperial, ponto de apoio para a conquista do interior. Em Rio Pardo estava a Banda Imperial sob o comando do maestro mineiro Joaquim José Mendanha, que compôs o Hino Nacional da República Rio-Grandense, com letra de Serafim Joaquim de Alencastre, executado e cantado pela primeira vez na cerimônia de comemoração do primeiro aniversário da Tomada de Rio Pardo.
Em 29 de agosto, Bento Gonçalves lançou um importantíssimo manifesto justificando as decisões tomadas em favor da libertação do povo gaúcho, cujo teor refletiria mais tarde na assinatura do Tratado de Poncho Verde. Concedeu a Giuseppe Garibaldi carta de corso para aprisionar embarcações imperiais e, em 1° de setembro de 1838, nomeou-o capitão-tenente, comandante da Marinha Farroupilha, porque a Marinha Imperial controlava os principais meios de comunicação da Província na Lagoa dos Patos, único acesso a Rio Grande, e rios navegáveis. Para burlar a vigilância dos imperiais, o objetivo era conquistar Laguna, em Santa Catarina, e ligar o Rio Grande dos Farrapos com o mar. Os farroupilhas criaram um estaleiro na estância de Ana Gonçalves, irmã de Bento Gonçalves, em Camaquã, junto a uma fábrica de armas, a fim de trazer os barcos até Capivari, com muitas dificuldades, sobre rodas, por terra, até a barra do Tramandaí, e o mar.
Sob o comando de Francisco Pedro de Abreu, o Moringue, mais de cem imperiais cercaram o galpão do estaleiro sob o comando de Garibaldi, com 14 trabalhadores, durante horas de heróica resistência. Moringue precipitou-se, levou um balaço no peito e seus companheiros fugiram.
O inglês John Pascoe Grenfell, comandante da Marinha Imperial, casado com a uruguaia Maria Dolores, perseguia os lanchões Seival com doze toneladas, comandado pelo norte-americano John Griggs, conhecido como "João Grandão", e o Farroupilha com dezoito toneladas, comandado por Garibaldi, com quatro canhões de doze polegadas, de molde "escuna", na Lagoa dos Patos, mas eles entraram pelo Rio Capivari e, com dois eixos e quatro rodas imensas revestidas de couro cru, cada um, puxadas por cem juntas de bois, atravessaram ásperos caminhos pelos campos alagados. Piquetes corriam os campos entulhando atoleiros e outros cuidavam da boiada, durante seis dias, até a Lagoa Tomás José, num percurso de 90 km, chegando a 11 de julho de 1839. No dia 13, foram da Lagoa Tomás José à Barra do Tramandaí e lançaram-se ao mar com 70 homens. Navegaram para Laguna no dia 14, sob o comando de David Canabarro, e próximo ao Rio Araranguá foram apanhados por uma tempestade que pôs a pique o Farroupilha, mas Garibaldi salvou-se com uns poucos farrapos. No dia 22, os imperiais esperavam o ataque pela barra de Laguna, porém com ajuda dos lagunenses, Garibaldi tomou a cidade com o Seival, entrando pela Lagoa de Garopaba do Sul e pelo Rio Tubarão, atacando também por terra com as forças de Canabarro. No dia 29, por estarem no mês de julho, proclamaram a República Juliana, ligada à República Rio-Grandense, com capital em Laguna, incorporando a vila de Lages e quase a metade do território catarinense, sob a responsabilidade de Canabarro. Em 7 de agosto, foi convocado o colégio eleitoral, tendo sido eleitos o tenente-coronel Joaquim Xavier Neves para presidente e o padre Vicente Ferreira dos Santos Cordeiro para vice. Xavier Neves estava bloqueado pelas forças imperiais em São José e o padre Vicente Cordeiro assumiu a presidência. Os farroupilhas perseguiram as tropas imperiais por cerca de 70 quilômetros até a planície do rio Maciambu, mas foram contidos por uma trincheira dos imperiais protegidos pelo Morro dos Cavalos, que bloqueava o ataque a Desterro, hoje Florianópolis.
Em 31 de outubro, uma escuna e um lanchão farroupilhas capturaram a sumaca Dona Elvira, mas os canhões da fortaleza da barra de Paranaguá os fizeram retroceder. O lanchão por ser pesado foi capturado por uma lancha com vinte homens comandados pelo alferes Manuel Antonio Dias, enquanto a escuna escapava para o norte.
Os farrapos retornaram ao Rio Grande do Sul e, para retomar Lages, o governo imperial enviou o brigadeiro Francisco Xavier da Cunha com um contingente de 1500 homens do Rio de Janeiro, Curitiba, Paranaguá, Antonina e Campo do Tenente, que reuniram-se em Rio Negro, acamparam em Santa Cecília, em 25 de outubro, com o objetivo de retomar Lages e combater os farrapos no cerco a Porto Alegre. Pelos Campos Curitibanos e Campos Novos, combatendo piquetes farroupilhas, em novembro, retomaram a vila de Lages e uma parte da coluna do brigadeiro Francisco Xavier da Cunha seguiu para o Rio Pelotas. O brigadeiro foi informado de que os farrapos se reuniam em um posto alfandegário para cobrar impostos sobre gado e mulas de Viamão para Sorocaba, no entreposto alfandegário em Santa Vitória, e para lá se dirigiu com dois mil homens, mas foi surpreendido por Teixeira Nunes, em 14 de dezembro, que dividiu a tropa imperial, derrotando-a. O brigadeiro foi ferido e morreu afogado no Rio Pelotas. Os farroupilhas retomaram Lajes, mas uma divisão de Cruz Alta comandada pelo coronel Antonio de Melo Albuquerque, o "Melo Manso", reforçou as forças imperiais. Garibaldi e Teixeira Nunes dividiram suas tropas e, em 12 de janeiro de 1840, os 500 homens que seguiram para o norte foram dizimados por uma tropa legalista e menos de 50 conseguiram voltar para Lages e Rio Grande do Sul.
Em 15 de novembro de 1839, o Almirante Frederico Mariath com 13 navios e o General Andréa no comando de três mil homens, por terra, retomaram Laguna e expulsaram Garibaldi com Ana de Jesus Ribeiro, sua inseparável companheira lagunense, abandonada pelo marido para alistar-se nos imperiais, Canabarro e os farrapos, que fugiram para Lages e para o Rio Grande do Sul. Garibaldi recebeu ordem de queimar os seis navios e juntar o que restou das tripulações ao exército de terra, para a retirada de Laguna. Na Itália ou nos pampas gaúchos, Anita lutou lado-a-lado com Garibaldi, onde é considerada heroína.
Em 1840, o General Andréa foi nomeado Presidente Imperial da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul e Comandante do Exército Imperial na Província. Os farroupilhas controlavam o interior, mas não tinham saída para o mar e Porto Alegre foi invadida pelos imperiais, obrigando-os a instalar a capital em Alegrete.
Onofre Pires foi preso com 250 farroupilhas, derrotados por João Propício Mena Barreto no combate de Tabatingaí, e levado para Porto Alegre. Em julho, perderam São Gabriel, Antonio de Souza Neto por pouco não foi preso pelo Moringue, até que Bento Gonçalves conquistou São José do Norte com Domingos Crescêncio de Carvalho e 1200 homens, numa batalha de quase nove horas, mas os farrapos se embriagaram e foram expulsos pelas forças vindas do Rio Grande. Por estes acontecimentos, em janeiro de 1841, Bento Manuel abandonou os revolucionários.
Em novembro de 1841, Chico Pedro fez 20 prisioneiros e tomou 400 cavalos dos Farroupilhas, perto de São Gabriel; em Rincão Bonito o coronel João Propício Mena Barreto provocou 120 mortes, fez 182 prisioneiros e tomou 800 cavalos; em 20 de janeiro, Bento Gonçalves e 300 homens atacaram Chico Pedro. 36 farroupilhas morreram, 20 foram presos e perderam a bagagem, enquanto os imperiais tiveram 3 mortes e 7 feridos.
Em 1842, Bento Gonçalves conseguiu a promulgação da Constituição da República. Em maio e junho, como protesto à declaração da maioridade e coroação de D. Pedro II, aos 15 anos, liderado pelo padre Feijó e Coronel Tobias de Aguiar, em São Paulo, e por José Feliciano Pinto, Cônego Marinho, Teófilo Otoni e outros, em Minas, houve a Revolução Liberal. Apesar da encarniçada Batalha campal que envolveu 4300 homens, foi rapidamente pacificada pelo Barão de Caxias, no Arraial de Santa Luzia do Sabará, resultando na prisão dos principais líderes, anistiados em 1844.
O fim das rebeliões trouxe novos reforços aos farrapos: Manoel Gomes Pereira, que financiou a fuga de Bento Gonçalves e dele recebeu o posto de coronel; Francisco José da Rocha, que teria vindo com Bento Gonçalves e era a maior autoridade maçônica na Província, recebeu o posto de tenente coronel, causa do abandono de Bento Manuel aos Farroupilhas e João Rios Ferreira e Manoel Gomes Pereira, que conseguiram evadir da Sabinada e juntar-se aos Farrapos. Além destes, vieram Daniel Gomes de Freitas, João Rebelo de Matos, Bento José Roiz, José Pinto Ribeiro, João Francisco Régis, militares transferidos da Bahia que se rebelaram na Fortaleza da Barra do Sul, na Ilha de Santa Catarina, entregando a fortaleza aos Farrapos e se juntando ao movimento, em 1839. De São Paulo, veio também Rafael Tobias de Aguiar.
Apesar destas vantagens dos Farrapos, o fim das rebeliões liberou também as tropas imperiais para os combaterem.
Diz o velho adágio que "Depois da onça morta, todo mundo é caçador!...". Assim aconteceu com Bento Gonçalves!... Depois de sete longos anos de luta pela emancipação política da República, quando da instalação da Assembléia Constituinte em dezembro de 1842, publicada em fevereiro de 1843, surgiram políticos inteligentes disputando o privilégio de superar a maioria do grande líder contra a minoria de Antonio Vicente da Fontoura, no momento em que necessitavam de maior união para combater o poderoso inimigo do Império. Pelas intrigas geradas, Bento Gonçalves renunciou à Presidência em 4 de janeiro, passou o cargo ao vice Gomes Jardim, com o argumento de uma infecção pulmonar e assumiu o comando de uma divisão do Exército Rio-Grandense. Antonio Vicente da Fontoura e outros induziram Onofre Pires, refinado falastrão e primo de Bento, acusá-lo de ladrão e ter assassinado Paulino da Fontoura. Bento Gonçalves exigiu as acusações por escrito e Onofre atendeu. Após a confirmação, no dia 27 de fevereiro de 1844, Bento desafiou Onofre para um duelo à espada, feriu-o no braço direito e socorreu, mas quatro dias depois Onofre faleceu vítima de gangrena.
Em 1842, os Farrapos eram apenas 3500 homens e D. Pedro II enviou Luís Alves de Lima e Silva, Barão e futuro Duque de Caxias como Presidente da Província e Comandante Supremo Imperial, em 9 de novembro, com 12000 homens, para enfrentá-los. Versado em táticas de guerra, o barão empregava os conhecimentos com o objetivo de enfraquecê-los, mas não os conseguia atrair para a luta em campo aberto porque eles evitavam o combate e aplicavam apenas técnicas de guerrilha, refugiando-se no Uruguai. Para estrangular a economia, o barão atacou as cidades fronteiriças que permitiam o escoamento do charque para Montevidéu e Laguna, reorganizou o exército, chamou Bento Manuel Ribeiro, do Uruguai, para seu Estado Maior e comprou cavalos para os Farrapos não terem montaria.
Dois anos depois, Rivera ofereceu-se para intermediar as negociações entre republicanos e imperialistas, mas como o império temia a intervenção de Juan Manuel José Domingos Ortiz de Rozas y Lopez de Osornio a fim de propor anistia dos farroupilhas, incorporação no Exército Imperial, escolha do Presidente da Província pela Assembléia Provincial e taxação do charque importado do Prata, Caxias enviou Manuel Luís Osório para informar a Antonio Vicente Fontoura que recusava a proposta, mas poderia tentá-las sem a intervenção de terceiros. Além do mais, havia a questão dos escravos anistiados pelos republicanos, que não poderia ser reconhecida pelo Império.
Em novembro de 1844, Moringue aniquilou de surpresa 100 Lanceiros Negros de Teixeira Nunes que descansavam desarmados no acampamento do arroio Porongos, enquanto Canabarro e seus oficiais visitavam a viúva de um farrapo numa estância, quebrando o decreto de suspensão das armas, tendo prendido 35 oficiais, entre 300 republicanos brancos e negros. Em dezembro, Canabarro reuniu perto de 1000 homens e tomou Encruzilhada.
Depois de quase dez anos de guerra e 47829 mortes, em primeiro de março de 1845 foi assinado o Tratado do Poncho Verde ou Paz do Poncho Verde com anistia plena para os republicanos, escolha de um presidente pelos farroupilhas e libertação dos escravos, dos quais uns foram exilados no Uruguai e muitos outros foram vendidos no Rio de Janeiro.
"A atuação de Luís Alves de Lima e Silva foi tão nobre e correta para com os oponentes que a Província, novamente unificada, o indicou para senador. O Império, reconhecido, outorgou ao general o título nobiliárquico de Conde de Caxias, em 1845. Mais tarde, em 1850, com a iminência da Guerra contra Rosas, seria indicado presidente da Província de São Pedro do Rio Grande." (Guerra dos Farrapos ? Wikipédia, a enciclopédia livre.)


Autor: Raul Santos


Artigos Relacionados


Do Tejo Ao Prata - 17 - Um Passeio Pela História

Do Tejo Ao Prata - 14 - Um Passeio Pela História

PerÍodo Regencial

A Batalha De Porongos E O Tratado De Ponche Verde: O Genocídio E A Anistia

FamÍlia Matos

A Primeira Tropa De Choque Do Sul Brasileiro: Os Lanceiros Negros

A Trajetória Do Barão De Caxias Na Presidência E No Comando Das Armas Na Província Do Rio Grande Do Sul