Saudade
Geléia de amora, torrada queimada e leite quente
Djavan no radinho de pilha em som ambiente
Eu levando a sério e você disfarçando.
Tarde quentinha de sexta-feira
Campainha, seis e pouca, um beijo na boca
E o clássico "o que tem pro jantar?"
Sem ter medo da noite acabar.
Aquela viagem pra serra, seu sorriso no retrovisor
A música sem nexo no rádio, que me dava vontade de cantar
"Você acelerando e eu pedindo pra parar."
Cheirinho de madeira nova no apartamento apertado
As chaves de casa no bolso, um abraço, outro abraço
Um sorriso e o mundo nas mãos.
E eu que já nem ligava de acordar de madrugada
Ouvir o barulho nervoso do teclado
Te ver à meia luz, pensativo e concentrado
Papel e caneta na mão;
Poetisando a vida e aliviando o coração.
E toda segunda-feira, 7:15 no despertador
Eu cansada, atrasada e estressada, exalando mau-humor
Te ouvir desafinar no meu ouvido: "faz parte do meu show, meu amor."
E agora me vejo aqui, narrando a saudade
Assistindo o pôr-do-sol em preto e branco
Na boca, um sorriso de melancolia
Um coração que não cogita esquecer
Como teria sido bom
Ter vivido tudo isso com você.
Autor: Amanda Lopes Barbosa
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