A liderança e a gestão de pessoas
O mercado de trabalho tornou-se mais competitivo, exigindo cada vez mais o conhecimento instrumental e a contratação de pessoas dinâmicas, que demonstram capacidade de adaptação às variadas situações.
Neste contexto, o gestor precisa ter uma série de qualidades individuais e profissionais para acatar as exigências das organizações na busca por resultados satisfatórios e na formação de uma equipe sólida, capaz de atender os objetivos propostos pela instituição.
Não basta que ele cumpra os prazos e transmita aos seus subordinados as estratégias para o desenvolvimento dos trabalhos. Mais do que isto, é necessário que ele assuma as responsabilidades, demonstre comprometimento, seja democrático, tenha uma visão otimista, visando a valorização e o progresso de todos que compõem o grupo, já que ele é a referência para os seus liderados e a sua postura e atitude influencia no comportamento dos demais.
Um gestor líder estabelece uma relação de diálogo e confiança com a equipe, faz das pessoas os seus parceiros, incentiva e permite que todos se sintam competentes para realizar com sucesso as atividades propostas, pois a motivação do grupo é um dos fatores determinantes neste processo e, as pessoas só executam com satisfação uma ação quando vêem um motivo para isto.
De acordo com a visão de Marcos Cavalcanti em entrevista concedida ao programa "Café Filosófico" da TV Cultura, o gestor deve compreender a realidade de forma sistêmica, mais complexa, ele deve ser hábil para pensar o todo, de modo a fazer as articulações entre os diferentes saberes, valorizando a criatividade dos profissionais e as suas diversas manifestações e concepções de mundo.
No que se refere ao ambiente escolar, o gestor precisa ter clareza de que a sua equipe não é composta somente pelos alunos, professores e funcionários da instituição. O grupo é formado também pelos pais e comunidade de entorno. Assim, é essencial que o líder se relacione bem e consiga interagir com indivíduos de opiniões diferentes, já que os conflitos serão inevitáveis, afinal, a interação e a comunicação entre as pessoas é, sem dúvida, essencial para que os resultados e soluções sejam alcançados, entretanto, esta diversidade de saberes e opiniões podem provocar discordâncias.
Cabe aqui ressaltar que, embora o conflito seja compreendido como uma situação negativa dentro das empresas, segundo a sua natureza e, se bem explorado pelo líder, pode assumir um papel bom ou ruim. O conflito pode ser importante, por exemplo, quando desperta a autocrítica e a criatividade das pessoas, já que o desacordo de ideias enriquece as discussões na busca pelos objetivos.
Todavia, essa discordância pode ser prejudicial à organização quando o foco deixa de ser o desenvolvimento, a busca de melhorias para a resolução das atividades e passa a ser uma disputa pessoal, uma competição para verificar quem é o melhor.
Nesse sentido, um dos maiores erros que um gestor pode cometer é ignorar a existências destes conflitos, bem como, tomar qualquer atitude precipitada sem antes investigar os fatos, as condutas, os desempenhos e o histórico das pessoas envolvidas.
No atual contexto, os gestores têm ainda uma importante atuação no que se refere às questões éticas no trabalho e ao assédio profissional, visto que algumas atitudes podem reduzir as situações de violência no trabalho e evitar que este tipo de assédio aconteça. Dentre elas podemos destacar: a realização de regras internas entre o grupo; estabelecer um canal adequado de comunicação, evitando assim, as fofocas e falações pelos corredores e, acima de tudo, ter como pressuposto de gerenciamento o respeito pelas pessoas, reconhecendo o esforço e o empenho de cada funcionário da organização.
Autor: Fernanda Simony Previero Ciarlo
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