TERAPIA OCUPACIONAL ATUANDO NA ÁREA FÍSICA: Recuperando e Resgatando a Função
Vamos falar da Terapia Ocupacional atuando na ÁREA FÍSICA, onde se enquadram crianças com déficit motor; Sequelados neurológicos (AVE, TRM, neuropatias, Parkinson, etc.); Sequelados de traumatismos (fraturas, amputações, limitações, etc.); Idosos com limitações da própria idade (perda do equilíbrio, treinamento das AVDs, etc.). Esta área visa devolver-lhes os movimentos perdidos e com isso devolver-lhes a FUNÇÃO e a INDEPENDÊNCIA, ou seja, a base dos princípios da Terapia Ocupacional.
Procuramos mostrar nesta abordagem como é importante para o indivíduo recuperar uma função que foi perdida e como esta perda lhe é sofrida a ponto de deixá-lo desmotivado e depressivo. Em contra-partida, ao ser trabalhada esta função, este FAZER, ele vai gradativamente se reestruturando psico-emocionalmente, o que será um círculo de melhora a cada dia.
A Terapia Ocupacional tem uma importância significativa com estes indivíduos: O papel de facilitador, mostrando-lhes as possibilidades de recuperação funcional, trabalhando com este para que não se entregue a esta limitação e sim que possa superá-la, pois um indivíduo sem função é um ser inválido. Sentindo-se um ser sem função, tem a sensação de inutilidade e com isso sua auto-estima diminui a tal ponto que pode chegar a depressão ou melancolia. Cabe a Terapia Ocupacional RESGATAR este indivíduo, mostrando-lhe que será capaz de recuperar-se, tornar-se o mais independente possível mesmo dentro de suas limitações.
Muitos são os autores que embaseiam essa abordagem, dando suporte filosófico, bibliográfico, teórico e prático: Willard e Spackman (1973), Finger (1986), Trombly (1989), MacDonald (1998), Morrin (2002), Ferrigno (2007) dentre outros, que através de suas publicações vem engrandecendo a cada dia a atuação da Terapia Ocupacional no RESGATE DA FUNÇÃO FÍSICA, afinal, o principal objetivo da Terapia Ocupacional é o RESGATE DA FUNÇÃO DO SER HUMANO, o resgate FUNCIONAL, o resgate BIO-PSICO-SOCIAL.
Em geral, este cliente chega a Terapia Ocupacional encaminhado por médicos, o que não o impede de procurar por vontade própria. Inicialmente é realizada uma avaliação minuciosa para obtenção de sua capacidade residual, mediante o resultado é traçado os objetivos, métodos e recursos que serão utilizados para cada indivíduo, sempre respeitando sua particularidade.
Observou-se que a participação ativa destes indivíduos, reflete na capacidade de recuperação funcional. Num ambiente leve, ele sente-se à vontade e expõe suas vontades e desejos, o que facilita em muito o trabalho do terapeuta ocupacional, que tendo percebido quais são as vontades do seu cliente, pode atuar diretamente sobre o ponto nevrálgico, em geral com bons resultados funcionais.
A participação e a evolução são observadas no dia-a-dia desses pacientes, que vão apresentando melhoras gradativas em seus quadros, tendo em mente a BASE dos princípios da Terapia Ocupacional: RECUPERAR A FUNÇÃO E A INDEPENDÊNCIA.
Referencias :
FERRIGNO, I. S. Vergotti, Terapia da Mão Fundamentos para a Prática Clínica. S. Paulo: Santos Editora, 2007
FINGER, J. A Ortiz, Terapia Ocupacional. S. Paulo: Sarvier, 1986.
FRANCISCO, B., Terapia Ocupacional. Campinas: Papirus, 1988.
MACDONALD, E. M., Terapia Ocupacional em Reabilitação. 4a. ed. S. Paulo:
Santos, 1998.
MORRIN, J. e colaboradores, A Mão: Bases da Terapia. 2a. ed., S.Paulo: Manole, 2002.
PARDINI, A. G. Jr., Trumatismos da Mão, 3a. ed., Belo Horizonte: Medsi, 2000.
SIZINHO, H. e XAVIER, R., Ortopedia e Traumatologia: Princípios e Prática.
2a. ed., Porto Alegre: ArtMed,1998.
TROMBLY, C. A., Terapia Ocupacional para Disfunção Física, 2a. ed., S. Paulo: Santos, 1989.
WILLARD, H. S. e SPACKMAN,C. S.,Terapéutica Ocupacional, Barcelona: Jims,1973.
Autor: Ivens Messias De Oliveira Pereira
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