Padres e novelas



Regularmente, as novelas contam com personagens padres em suas tramas, sejam eles velhos ou novos; feios ou bonitos. Isso é aceitável, pois o padre faz parte da sociedade. Mas nunca esses personagens padres são homens santos, que levam uma vida de ascese e oração. Sempre têm um defeito: comilões, severos, brigões, e na maioria das vezes, apaixonados por uma mulher (normalmente das mais bonitas do elenco). Ou se são padres que são fieis, são apresentados como conservadores e moralistas retrógrados.
Dias atrás, assistindo uma novela, deparei-me com uma cena chocante: um sacerdote fazendo sexo com uma mulher dentro da sacristia! A mulher (uma militante da "causa socialista") ficou grávida do padre, e ele se recusa a deixar o sacerdócio, muito menos a comunicar o superior do acontecido. Um padre rebelde, literalmente!
É óbvio que questionam o celibato, mostrando que o padre não consegue ser fiel e acaba cedendo às paixões (ao amor, para eles). Mostram-nos como homens reprimidos e sofredores por causa de amarem uma mulher e não poderem possuí-la. Em novelas, espíritas são iluminados, protestantes são pessoas bondosas, e padres são coitadinhos.
Esquecem da esmagadora maioria de padres que são homens santos, sábios e amorosos. Esquecem daqueles, que renunciam a si mesmo e passam a se doar a Deus, na pessoa do ser humano.
O celibato é um peso, sim. Mas é com o peso de suas asas que a águia alça vôo para a imensidão dos céus. E é através do peso do celibato que o sacerdote se torna mais santo e puro, para um dia, contemplar a face d?Aquele que o chamou.
Vivemos em um mundo pansexualizado e relativista. A vida real não é só sexo, é muito mais que isso. Antes de recriminar e falar mal, rezemos pelos nossos sacerdotes, que tanto bem nos fazem, e que nos levarão ao Céu.

Autor: Ozias Xavier


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