HISTÓRIA E GEOGRAFIA BONJARDINENSE



Adilson Motta, (Extraído do livro: Radiografia de uma cidade brasileira, 2007)



No princípio de sua história, essa região hoje chamada Bom Jardim era pertencente à Monção, uma região longínqua, onde só vinham caçadores residentes em Águas Boas que caçavam, pescavam e retornavam. Porém chegou um disposto a ficar, estamos falando do Sr. José Pedro Vasconcelos, o qual, descendente do Ceará, residia em Águas Boas. O primeiro contato que o referindo primeiro morador teve com o lugar foi em 29 de fevereiro de 1959. Porém, a data oficial da fundação se deu com seu estabelecimento em 4 de outubro de 1959; data em que este aqui chegou, vindo também um agrupamento de 20 homens, retirantes nordestinos (do Ceará e Piauí).
Ao chegar nesse rico e belo lugar José Pedro estabeleceu seu acompanhamento no meio da floresta onde hoje é a igreja matriz, chegando a mudar-se para outro lugar, onde é a casa do senhor Chico Cobó. Ali construiu o seu barraco e se estabeleceu por definitivo, enquanto morou em Bom Jardim.
Segundo esses primeiros colonizadores, o local era uma verdadeira floresta, com mata fechada, e a existência de uma rica fauna e uma rica flora, os animais existentes eram: onças, veados, pebas, tatus, porcos caititus, pacas, etc?.
A área atualmente tida como território do município de Bom Jardim desde tempos memoriais foi habitada por populosas tribos indígenas, destacando os guajajaras. Quando os pioneiros aqui chegaram encontraram essa população já existente, os primeiros habitantes dessa terra. Houve rumores de ameaças de perseguição por parte dos indígenas. José Pedro teve várias vezes que fugir, temendo ser atacado (pois segundo os mais antigos moradores, era avisado com ameaças), contudo, retornava. Em verdade, estava produzindo o encontro entre dois mundos, entre duas culturas que se desconheciam e tinham, portanto, posturas distintas quanto à convivência recíproca na área: uns porque nela viviam ao logo do tempo, outro porque nela visavam realizar sonhos impossíveis em seus locais de origem, como, por exemplo, ter um lugar, um pedaço de terra para produzir sua subsistência.
A primeira atividade econômica nesses primeiros dias dos primeiros moradores era na agricultura no manejo de roças, os quais, faziam seus limites de áreas, por serem devolutas, através de veredas(no popular muito conhecida por varedas). Segundo relatos de primeiros habitantes, anos depois chegaram muitos poderosos e fazendeiros que, "na marra, e sob pressão nem respeito cercavam de arame as terras desses agricultores, dantes demarcadas na vareda" e delas se apossavam.
Com a chegada de outras famílias, migrantes nordestinos, o local passou a ser cognominado centro do Zé Pedro, em virtude da liderança do pioneiro, que a exercia estimulando a que os demais atuassem na região como um grupo e não disperso como sugere uma ocupação de terras devolutas. O local se tornou um pequeno povoado sob a administração de Monção, cujo prefeito era o senhor Antonilson.
Monção, considerada a mãe de quase todas as cidades na região do Vale do Pindaré e algumas na região Turi (Zé Doca, Newton Belo...). Existe a insatisfação por parte de muitos cidadãos daquele lugar, devido ter dois séculos e meio de existência e apresentar morosidade e atraso no seu desenvolvimento. Existiu como vila, segundo Joana Matos dos Santos (professora de Monção) desde 16 de julho de 1757, fundação da 1ª Vila, a qual foi consumida por um incêndio. A segunda surgiu em 9 de junho de 1959, tendo sua emancipação política logo em seguida em 26 de novembro de 1959.
Em 2007, a população de Monção era de 27.586 habitantes. Em 2010 esse número caiu para 24.125 habitantes. Muitas famílias migram em busca de melhoria, já que o espaço político não está atingindo esta meta para o social.
Muitos municípios na região do Vale do Pindré e Turi apresentam altos índices de pobreza e subdesenvolvimento e vivem praticamente de repasses constitucionais; somando-se a isto a corrupção, que é um dos maiores entraves ao desenvolvimento.

Já o povoado Bom Jardim cresceu rapidamente devido às constantes migrações de lavradores que ali andavam atrás das matas destruindo-as para a construção de lavouras temporárias. Bom Jardim foi o maior produtor de arroz na região "um verdadeiro garimpo" atraindo assim migrantes oriundos do Ceará Piauí e outras regiões (fugitivos da seca) e do próprio Maranhão. O povoado recebeu inicialmente o nome de centro do Zé Pedro, em homenagem ao seu fundador. Mais tarde, por apresentar grandes quantidades de pau d´arco e cedro com bastantes flores; razão pela qual os seus moradores passaram a chamá-lo de Belo Jardim; e em seguida devido o lugar apresentar clima aprazível, solo fértil e variadas qualidades de frutas nativas, tais como tuturubá, bacuri, coroatá, (croatá), cacau, manga, etc? Então o Sr. José Pedro decidiu que o nome do povoado não seria Belo Jardim nem Centro José Pedro. Como vinha prevalecendo, considerando que o lugar não era só dele, e sim de todos, mas que o nome seria definitivamente Bom Jardim. O lugar era "bom e parecia um jardim". Associaram então as duas palavras surgindo Bom Jardim que é seu nome atual.
Na época de Bom Jardim povoado, antes mesmo da construção da BR 316, o baixão que se localiza entre o posto de Nildão e Hospital Municipal existia uma ponte de pranchas de madeira ? por onde os moradores de Bom Jardim transitavam do alto José Pedro ao alto dos Prachedes.

O Sr. José Pedro Vasconcelos é tido como primeiro administrador do povoado. Isso se deu em função de que todos quantos nele chegavam, procuravam?no para solicitar-lhe um local para construírem suas residências. Era ele quem determinava a aberturas das ruas, designando os locais para as construções de casas, motivo pelo qual foi tornando-se o chefe administrativo do lugar. Nos anos 60 só se fazia compras em Santa Inês e Pindaré montados a cavalos e burros. No inverno a dificuldade era maior ainda, pois só iam montados até a beira do igarapé ou rio, e então atravessavam de canoa e em seguida iam a pés. Os transportes que facilitavam a passagem dos viajantes indo e voltando de Santa Inês pertenciam aos índios; eram eles que, sendo pagos, faziam a passagem das pessoas. Atravessava desse modo, o rio Pindaré com os próprios animais dentro de canoas.

Nos primórdios do município a situação era difícil, os primeiros moradores enfrentavam as dificuldades de toda ordem. Segundo Alcides Bezerra, (Um dos 1º moradores):

"No começo era difícil, pois quando precisávamos comprar mantimentos para o sustento da família, tínhamos que ir para Santa Inês ou Pindaré a pé ou montados em animais e a viagem demorava dois dias (ida e volta). Quando adoecíamos, ficávamos isolados e distantes da cidade, onde existiam farmácias e hospitais".

As cidades de Santa Inês, Pindaré-Mirim e Monção tiveram um papel importante no processo de frente de expansão para os pioneiros no desenvolvimento da região, pois era nesses municípios que acorriam grande número de pessoas de outros municípios para realizarem suas transações comerciais.
Nos anos 60 a 62, o centro de José Pedro (depois Bom Jardim) continuou crescendo em ritmo acelerado em face do surgimento cada vez maior de casas residenciais, casas comerciais, muitas em formas de barracas ou edificações improvisadas, cujos donos eram migrantes de outros estados e de outras regiões maranhenses. O certo é que no ano 1962, Bom Jardim, já na categoria de Distrito município de Monção ganhava seu 1º líder político, o vereador Maneco Souza, residente no Distrito, juntamente com outros dois vereadores, Afonso Pinto e Valdivino Amorim.
O primeiro grande salto no desenvolvimento do povoado se deu com a chegada da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). Dois anos depois, após sua fundação.

"o principal objetivo da SUDENE era, pois, promover o desenvolvimento harmônico de uma região estagnada e reduzir o grande fosso* que a separava dos centros dinâmicos nacionais. Eliminando a causa desse desequilíbrio, houve da SUDENE uma concentração dos investimentos dos projetos voltados para o fortalecimento da infraestrutura econômica com vista à elevação da oferta de serviços de transportes, energia, escola e saneamento básico".

A região era estagnada devido à ausência de infraestrutura como estradas, eletrificação, escolas, hospitais e etc.? sendo isso um fator de subdesenvolvimento. No entanto, a referida região apresentava uma grande produção agrícola, daí o sentido de ser tachado como um verdadeiro garimpo agrícola.
Data desta época a construção do aeroporto que foi um fator importante no desenvolvimento, facilitando o transporte para outras localidades distantes, pois na época a então BR ? 22 atual BR ? 316 era uma estrada vicinal que chegava a ficar interditada no inverno.


A SUDENE instalou também uma unidade de assistência médica no lugar, uma escola próxima ao aeroporto, a extinta Escola Estadual Unidade Integrada Bom Jardim, a qual os bonjardinenses chamavam de "Colégio da Sudene" (por ter sido construída por ela), esforço que ocorreu também no sistema educacional e nos programas e projetos estratégicos para o desenvolvimento da região.
No período de três anos do estabelecimento da SUDENE, houve uma aceleração no crescimento populacional, cuja população ultrapassou a da sede de Monção, elevando-o assim a categoria de distrito do município de Monção.
Além da SUDENE, houve também o projeto RONDON, que através de estagiários de universidade, faziam pesquisas no povoado Bom Jardim, os quais trouxeram remédios e projetos relacionados à saúde. Pois no momento era grande o número de malária na região.
Por intrigas e indecisões políticas entre situação e oposição que ocorriam entre Monção e Bom Jardim, a SUDENE aqui se instalou e, portanto, não permaneceu, indo se estabelecer em Zé Doca, em 1964; sendo esta a versão dos gestores da época. No entanto existe a versão popular e de outros políticos, de que a saída da SUDENE de Bom Jardim para outro município tenha sido porque políticos de situação da época na região acreditavam que a SUDENE tinha ligação com os comunistas, que, segundo eles, tentavam dominar o país no momento. (Veja também Michalany, 1986, p. 361), que confirma o fato da intenção comunista; exceto que a SUDENE tivesse vínculo algum com eles. O temor era produto de uma experiência que o país acabara de passar, onde a democracia brasileira, que estava em perigo e cujo presidente, João Goulart, era comprometido com os comunistas ? fato este, que resultou em sua cassação e deposição.

A Sudene ia se estabelecer em Governador Newton Belo, no entanto, segundo relatos, a mesma versão lá correu e a rejeitaram. Onde a Sudene se estabelecesse ia levar progresso e desenvolvimento, pois esse era o objetivo de sua instituição pelo governo federal.
No transcorrer dos anos 62 a 65, o Distrito de Bom Jardim, já contava com um acentuado fluxo migratório, tornando-se um verdadeiro canteiro de obras. E mesmo de maneira desordenada, surgiam muitas casas comerciais, com diversos ramos de negócio, atendendo em grande parte, as necessidades dos moradores, em número cada vez maior. As primeiras residências eram construídas de tábua, em sua maioria, devido à facilidade de madeira e outras de taipas, devido a grande dificuldade de acesso a cidade de Pindaré-Mirim - cidade que oferecia material de construção de primeira qualidade. Pindaré era e o celeiro e ponto de convergência de toda região.
Tendo em vista o excepcional desenvolvimento econômico e demográfico, o povoado Bom Jardim tornou-se dos Distritos de Monção o mais importante Centro comercial do município.
Nasceu entre seus moradores um forte desejo de emancipação político-administrativa. Os comerciantes e o senhor José Pedro Vasconcelos, o seu fundador, considerados representantes da sociedade bonjardinense e prevalecendo a opinião geral, sem dissidência, optavam pela emancipação de Bom Jardim. Iniciaram uma grande luta política pelo objetivo proposto. A partir daí, começou o movimento político através e um grupo de jovens comerciantes. Os protagonistas dessa luta foram os senhores Gildásio Ferreira Brabo, João Batista Feitosa, César Sales, Gaspar Meireles, Zeferino Gomes Pereira e Mauzol Miguel de Souza. Um nome também, que é relevante ser lembrado nesse processo de emancipação é o de Arlindo Menezes, que no período era gerente do banco do Estado, no município de Pindaré. Em homenagem a este, é que existe a rua Arlindo Menezes.
O primeiro morador, José Pedro Vasconcelos faleceu em 2 de outubro de 2002, na cidade de Rio Preto da Eva, Amazonas.
Em princípio de 1964, já se destacara a campanha tendo em vista as eleições para governador que realizou-se em 1965. Concorria para candidato do Maranhão, a governador o Deputado Federal José Sarney. O qual, devido sua eleição como o 2º deputado federal mais votado do Estado, lhe rendeu as credenciais necessárias para que o mesmo pleiteasse a candidatura a governador pelo grupo "Frente de Oposições Coligadas". Na ocasião, o grupo de comerciantes que conspirava a possível passagem do povoado Bom Jardim para município, resolveu convidar o candidato José Sarney para uma visita ao lugar. O candidato aceitou o convite e no dia do seu comparecimento em reunião com os representantes bonjardinenses, estes firmaram o compromisso de apoiá-lo na sua campanha para governador do Maranhão. Expuseram suas ideias em relação ao povoado e reivindicaram a emancipação de Bom Jardim, o movimento contou com a adesão do prefeito de Monção.
Naquele ano de 1966, por imposição do prefeito de Monção. Sr. José Bastos, deu-se inicio a uma série de negociações, com referência ao processo de desmembramento de Bom Jardim, dado o fato daquele Prefeito só concordar com o desmembramento tão sonhado caso houvesse as renúncias de dois vereadores do povoado Bom Jardim; com isto, automaticamente cairiam também às posições dos suplentes de vereador. Não havendo outra solução, tudo ficou concordado e o velho "cacique", José Sarney, mais uma vez entra em cena, acertando tudo em nome de Bom Jardim do Município de Monção.
Assim foi que de 1966, por imposição do prefeito de Monção, Sr. José Bastos, deu-se início a uma série de negociações, com referência ao processo de desmembramento de Bom Jardim, dado o fato daquele Prefeito só concordar com o desmembramento tão sonhado caso houvesse as renúncias dos vereadores do Povoado Bom Jardim, que eram os Srs., Gildásio e Batista Feitosa; automaticamente cairiam também as posições dos suplentes de vereadores, Bernardo Carvalho e José Alves de Sousa.

Assim foi que, no ano de 1966, já com vereadores pelo novo partido a "ARENA", assumiria a liderança política de Bom Jardim, o Sr. Gildásio Ferreira Brabo, que foi determinado na época por José Sarney, como representante do povoado Bom Jardim na esfera Estadual, tendo a frente das negociações políticas João Batista Feitosa e como suplentes de vereador, Bernardo Carvalho e José Alves de Souza. O candidato José Sarney fez um comício na praça que hoje leva seu nome, em seu discurso deixou explicitado ao povo bonjardinenses que um de seus primeiros atos quando governador do Maranhão seria a elevação do povoado Bom Jardim à categoria de cidade. Vale salientar que todas as manobras políticas da época tinham sempre à atuação de José Sarney, o qual foi eleito como Governador do Estado em 15 de Novembro de 1965, com expressiva margem de votos. O deputado José Sarney, que ao assumir o governo tratou logo de cumprir sua promessa aos bonjardinenses. Foi o Deputado Estadual Newton Serra que entrou com o projeto de emancipação de Bom Jardim na Assembleia Legislativa do Estado, no ano de 1966.
Com a promulgação da Lei nº 2735, de 30 de dezembro de 1966, sete anos após sua fundação, o povoado Bom Jardim passou à categoria de cidade. Em 14 de março do referido ano, foi realizada sua instalação pública. A partir desta data, Bom Jardim adquiriu sua autonomia política, ganhando com isso mais recursos como município criado, Bom Jardim emancipou com 750 eleitores (segundo Batista Feitosa). Foi com a coordenação de José Sarney que João Batista Feitosa assumiu o cargo de Interventor por dois anos; tudo isto, com o compromisso de coordenar e financiar toda a campanha da candidatura a Prefeito de Gildásio Ferreira Brabo.
Tomou posse o seu primeiro governante, João Batista Feitosa, nomeado a interventor do município pelo Governador do Estado, José Sarney.
A instalação da primeira Prefeitura no município foi em uma das casas do fundador do lugar, cedida por ele e sua esposa Euzamar Oliveira Vasconcelos localizada na Avenida José Pedro.

Na administração do interventor João Batista Feitosa foram implantadas as bases político-administrativas do município. Foi instalada a primeira Coletaria Estadual, foi comprado o prédio próprio da Prefeitura Municipal e iniciada a construção do Colégio Governador José Sarney. O registro da história de Bom Jardim, no aspecto administrativo, consta a primeira autoridade policial do município, na pessoa do Sr. Mário Santiago de Oliveira, como Inspetor de Quarteirão, autoridade que, na época fazia às vezes de um delegado de polícia, resolvendo todos os casos de responsabilidade da polícia, inclusive subordinado a Secretaria de Segurança Pública do Estado, que lhe dava todo o apoio no exercício de suas funções. Mário Santiago de Oliveira, que chegou neste município no ano de 1961, desempenhava função de Inspetor de Quarteirão até a chegada do primeiro Delegado de policia, em 1962, o Sr. Maximiano Costa, que se tornou muito conhecido e muito temido, pela maneira enérgica como exercia seu cargo, sem interferência de políticos e ou pessoas influentes.
O 1º Cartório de Bom Jardim, como Município, foi implantado em 1968, tendo como categoria jurídica, Cartório de Oficio Único e subordinado à Comarca de Santa Inês, até 29 de Agosto de 1987, quando foi implantado a Comarca Bom Jardim, passando a contar com os cartórios 1º e 2º Oficio. O primeiro Cartório de Bom Jardim teve como escrivã a Sra. Esmeraldina Lopes Araújo, que exerce até os dias atuais. Hoje, é titular do Cartório de 2º Oficio, desde a criação da comarca de Bom Jardim.
Os meios de transportes e comunicação de Bom Jardim nos anos 60 no verão era caminhão jardineira (um ônibus com carroceria de madeira e mista) e a empresa Florência Ferreira. Durante o inverno, eram utilizadas tropas de burros, lanchas e canoa. Em Bom Jardim surgiu telefone no mandato do Prefeito Adroaldo em 1973. O primeiro rádio foi do senhor João do rádio, a primeira televisão pertenceu ao senhor Antonio Joaquim, onde muitas pessoas se reuniam para assistir; o primeiro proprietário de carro foi o senhor Raimundo Timóteo, o carro era um pick-up azul, e o senhor Frazão possuiu o primeiro caminhão; as tropas de animais que trafegavam a serviço da comunidade nos anos 60 ?principalmente no inverno - transportando pessoas e produtos de Bom Jardim para a beira do rio Pindaré e de lá a Santa pertenciam aos Senhores: Sebastião Bispo, Manuel Chagas, Severino Leite, Geraldinho e Camilo, - este último, segundo relatos, foi o primeiro tropeiro a fazer fretes de Bom Jardim a Santa Inês, sua tropa era de 15 burros. A primeira moto a circular em Bom Jardim pertenceu ao senhor Dico da Vespa, o mesmo já faleceu.
O primeiro magarefe foi o senhor José Vieira dos Santos, conhecido como Zezé (comerciante).
O primeiro comerciante: Benedito Bogér, seu comércio era numa casa de taipa onde hoje é o comércio Casa Betel e a primeira casa de telha foi do senhor Antonio Surdo.

COMPLEMENTAR

Em 1980, o Governo Federal João Figueiredo, preocupado com as tensões sociais na região que hoje chamamos de Projeto Ferro Carajás, resolveu criar o Grupo Executivo das Terras do Araguaia-Tocantins (GETAT), subordinado ao Conselho de Segurança Nacional.
Ao GETAT foram dadas as mesmas atribuições do INCRA, restringindo-se porém à sua área específica, a qual abrangia cerca de 450.000 km², sendo 60% no Pará, o Estado de Goiás, 22%; e o Maranhão com 18%, envolvendo os municípios de: Amarante do Maranhão, Açailândia, Bom Jardim, Carolina, Carutapera, Estreito, Imperatriz, João Lisboa, Montes Altos, Porto Franco, Riachão, Santa Luzia e Sítios Novos.

Em 06 de maio de 1984, ainda povoado de Marabá, Parauapebas foi invadido por dois mil garimpeiros. Todas as ruas, desde as correntes da Portaria da Vale até a saída do povoado ficaram cheias de garimpeiros, os quais destruíram vários prédios públicos. Revoltados e enfurecidos (com o fechamento do garimpo Serra Pelada pelo governo federal), queriam a todo custo invadir a Serra dos Carajás. E do lado de dentro das correntes estava a polícia, e chegavam aviões cheios de homens do exército ? que impediram o ato.

3.1 CONTEXTO DA POLÍTICA ESTADUAL E NACIONAL

v Presidência de Juscelino Kubitschek (1956 a 1961)

Em 1960, inauguração de Brasília.
Abertura de grandes rodovias como a Estrada Belém/ Brasília.
Construção de grandes usinas hidrelétrica (furnas três Maria em Minas Gerais). Grande impulso a indústria nacional.

v Presidência de Jânio Quadros (de 31/01 de 1961 até 25/08 do mesmo ano). Com sete meses de governo renunciou.

v Presidência de João Goulart: (1961 a 1964)
Ao tentar levar o país para o socialismo ao modelo de Cuba desencadeou a revolução de 64 (da qual os militares governaram até 1985).

v Presidência: Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco (primeiro governo revolucionário, 1964 a 1967).

Governador do Estado: Newton Belo (1961 a 1966)

Principais realizações:
Instituiu um Plano de Colonização e Desenvolvimento Agropecuário (PLANAGRO).
Criou uma Comissão Executiva do Planejamento Educacional do Maranhão (CEPLAMA), que traçou o plano trianual de Educação. A revolução de 64 poria fim a sua carreira política, foram cassados seus direitos políticos por dez anos. (Sendo substituído por Alfredo Duailibe até 1966).

3.2 EVOLUÇÃO SÓCIO-POLÍTICO DA HISTÓRIA DE BOM JARDIM.

1º MANDATO (1969-72)

Em 1968 deflagra-se a campanha em prol das eleições para prefeito e vereadores em todos em todos os Estados do Brasil. Candidatou-se para Prefeito de Bom Jardim, o senhor Gildásio Ferreira Brabo (ARENA I) e Expedito Ribamar Pereira (ARENA II ? Aliança Renovadora Nacional).
Realizadas as eleições, foram eleitos: Gildásio Ferreira Brabo para Prefeito municipal e para vice-prefeito, José Alves de Souza. Para a primeira Legislatura do Município foram eleitos os vereadores: Adroaldo Alves Matos e Bernardo Carvalho Nunes (ARENA II), Luís Ferreira Lima, Raimundo Nonato Figueiredo, Agostinho Maranhão Oliveira, Miguel Alves Meireles, João Soares de Melo, José Jesus Carvalho e Zeferino Gomes Ferreira (ARENAI), Edis que foram a primeira Câmara Municipal de Bom Jardim instalada através da ata de posse da Câmara Municipal no dia 06 de Janeiro de 1969. O primeiro presidente da Câmara de vereadores de Bom Jardim foi Luís Ferreira Lima.

Principais obras realizadas:

A instalação do Departamento de educação e Cultura, conforme a Lei nº. 32 de Março de 1971, término da construção do Hospital Municipal, implantação do ginásio Bandeirante, já que o estado montava sua rede de ginásio em cerca de 25% dos municípios maranhenses, percentual que deveria crescer ano a ano, tanto é que atingiu em 1971, 91 dos 130 municípios do Estado. O ponto mais crítico residia no ensino primário, principalmente na zona rural; para tentar modificar esta situação foi concebido o "Projeto João de Barro" pela equipe de assessoramento do Governador. O objetivo do Projeto "João de Barro" foi assim anunciado através de um processo de educação integrada em nível elementar, inserir o homem rural no processo de desenvolvimento sócio-econômico realizado, foi construído um posto médico na sede, e ampliação das escolas na zona rural.
Contexto da política estadual e nacional (1969/1972)
Presidente
Presidência de Costa e Silva (1967-1969)
Vindo a falecer em 17 de dezembro de 1969, não terminou seu mandato. Em função de sua morte os Deputados Federais e Senadores elegem o General Emilio Garrastazu Médice para a presidência (1969/1974). Obras realizadas: construção da rodovia Transamazônica e da Rodovia Cuiabá-Santarém
Governador
José Sarney (1966-1970). Pontos relevantes em seu governo: A criação da Superintendência do Desenvolvimento do Maranhão (SUDEMA). A qual caberia traçar e supervisionar o plano de desenvolvimento do Estado. Criou no programa escolar a escola João de Barro, para o mais pronto combate ao analfabetismo, e a instituição da Televisão Educativa, para a maior difusão do ensino médio; e ainda, no campo da educação a criação das escolas superiores de Agricultura, Administração e Engenharia, em São Luis e de Educação em Caxias. Alargou a rede rodoviária do Governo Federal, e o início da energização dos municípios, em fase da construção da hidrelétrica de Boa Esperança pela União; asfaltamento das artérias do centro urbano, a construção da ponte sobre o rio Anil, construção do porto do Itaqui.
Neiva de Santana (1971 a 1975)

O PROJETO DE COLONIZAÇÃO NO GOVERNO PEDRO NEIVA (1971-1974)

Na década de 1970,0 Brasil vivia sob o regime discricionário implantado pelo golpe militar de 1964. Naquela época, os governadores estaduais eram indicados pelos generais-presidentes e depois eleitos pelas respectivas Assembléias Legislativas.
O médico e ex-prefeito de São Luís Pedro Neiva de Santana foi indicado pelo presidente da República Gal. Emílio Garrastazu Médici ao governo do Maranhão e, em seguida, eleito pela Assembléia Legíslativa. Empossado como governador do Estado, Pedro Neiva de Santana dispunha-se a desenvolver uma política de colonização agrária no Estado. Para tanto, contava com o apoio irrestrito do então presidente da República, que o havia nomeado. O General Emesto Geisel, que sucedeu a Médici, também apoiava grandemente a iniciativa, de modo que só restava dar início à elaboração do grande projeto agrícola.
Por outro lado, dada a necessidade de imprimir velocidade e dinamização no processo de ocupação ordenada das terras devolutas do Maranhão, fazia-se necessária a criação de uma companhia de colonização. Com esse fim, no dia 6 de dezembro de 1971, o Projeto de Lei n 2 3.230 foi encaminhado à Assembléia Legislativa, onde foi apreciado e aprovado em caráter de urgência. O ato autorizava o governador Pedro Neiva de Santana a criar a Companhia Maranhense de Colonização (COMARCO), estruturada sob a forma de sociedade anônima de economia mista.

Em seu governo deu ênfase ao sistema rodoviário, a rede de energização e de saneamento do interior e uma política de colonização e de saneamento do interior e colonização agrária. No campo da educação instituiu o Conselho Estadual de Cultura e da Fundação Cultural do Maranhão com vista a uma futura universidade estadual. No campo econômico, além da política de colonização agrária, a atividade do banco de desenvolvimento do Maranhão, e a criação da Federação das Escolas Superiores do Maranhão, a Companhia Progresso do Maranhão; no campo de segurança, a interiorização da Polícia Militar, com a criação de 5 batalhões, sediados em São Luis, Caxias, Pindaré-Mirim, Imperatriz e Livramento. Terminou a construção do porto do Itaqui.

v 2º MANDATO (1973 a1976)

No ano de 1972 realizaram-se novas eleições no país. Concorriam às eleições Municipais de Bom Jardim Adroaldo Alves Matos e Joca Soares de Melo; sendo eleito Prefeito Municipal Adroaldo Alves Matos e Miguel Alves Meireles, vice-prefeito. Os vereadores foram: José Nilo Ribeiro, Mauzol Miguel de Sousa, Ângelo Jorge Vieira, Aldimar da Silva Porto, João Soares de Melo, Martinho Gomes de Azevedo, Raimundo Nonato Figueiredo, Antonio Carvalho e Zeferino Gomes Pereira.

PRINCIPAIS OBRAS REALIZADAS

Implantação da rede distribuidora de energia elétrica, proveniente da Hidrelétrica de Boa Esperança sob administração da CEMAR. Conclusões dos serviços de abastecimento de água realizadas pela CAEMA, construção do mercado público municipal de abastecimento, construção de escolas na zona rural.
CONTEXTO DA POLÍTICA NACIONAL E ESTADUAL

PRESIDENTE
v Presidência de Ernesto Geisel (1973 a1976)

Meta prioritária do seu governo:
- Desenvolver o sistema Ferroviário, Fluvial e Marítimo;
- Aumentar as exportações, as pesquisas minerais e o aproveitamento do xisto e do carvão;
Desenvolver a qualquer preço a tecnologia nacional e ampliar a fronteira Agrícola em todas as áreas de produção.
Houve o acordo de cooperação nuclear (Brasil//Alemanha) para suprir a crise energética e petrolífera do país.

v GOVERNADOR: Nunes Freire: (1975 a 1979)

Osvaldo da Costa Nunes Freire concluía um mandato de deputado estadual pela ARENA (Aliança Renovadora Nacional), quando foi indicado pelo governo federal a substituir o governador Pedro Neiva. Seu nome, então, foi escolhido pela Assembleia Legislativa, da mesma forma que seu antecessor. Como se encontrava doente na data da posse (15 de março de 1975), a faixa de governador foi recebida por seu vice, o Dr. José Duailibe Murad, que permaneceu interinamente no cargo até o dia 31 de março do mesmo ano, data em que o titular se integrou ao seu mandato.
As expectativas por parte dos colonos eram as melhores possíveis. Todos estavam esperançosos por melhores dias e pela continuidade do Projeto de Colonização no interior do Estado. Assumia o governo do Estado do Maranhão o Dr. Nunes Freire. Com um perfil diferente de seu antecessor, o novo governador tentou mudar radicalmente a política agrária no Estado, dentre outros setores administrativos.

Como ficou o projeto?

Ficou parado! Isso mesmo, durante todo o seu governo, nenhum investimento foi aplicado no tão sonhado Projeto de Colonização. O governo se limitou apenas à manutenção do funcionalismo e em inaugurar algumas obras executadas pelo prof. Pedro Neiva.

v 3º MANDATO (1977 a1982)

No ano 1976 novas eleições foram realizadas. Concorriam as eleições municipais de Bom Jardim Miguel Meireles e João Franco Sousa. Sendo eleito Miguel Alves Meireles, Prefeito Municipal e Joaquim Servo de Araújo, vice-prefeito. Para vereadores foram eleitos: Valquírio Bertoldo do Nascimento, Mauzol Miguel de Sousa, José Nilo Ribeiro, João Sobral, José Abreu de Oliveira, João Soares de Melo, Hélio Ferreira da Paixão, Francisco Cândido de Araújo.

PRINCIPAIS OBRAS REALIZADAS


Instalação do primeiro posto de serviço telefônico (TELMA), e a estação repetidora da Rede Globo por intermédio da TV difusora Maranhão canal 4, construção do Cemitério Publico, Praça Governador José Sarney e São Francisco de Assis; em Novo Carú, o serviço de eletrificação com motor a Diesel, ficando ainda implantados os postes para o recebimento da rede de distribuição de hidrelétrica, sendo que este serviço não foi concluído pela administração seguinte, em consequência, os postes caíram, mas atualmente, Novo Carú já está todo iluminado com energia elétrica em postes de cimento proveniente da hidrelétrica de Boa Esperança. Construção do colégio Municipal Ney Braga (frente a CAEMA, o qual hoje funciona como Secretaria de Agricultura); e o Jardim de Infância Topo Gígio (onde hoje é o Centro Cultural). Construção de escolas na zona rural. Em Novo Carú foi também construída a praça denominada "Praça Raimundo Nonato Pinheiro", em homenagem ao seu primeiro morador. Realizou-se também abertura de estradas carroçáveis do Centro do igarapé dos Índios e de São João do Carú, construção de mine-postos de saúde nos povoados da zona rural.
CONTEXTO DA POLÍTICA NACIONAL E ESTADUAL

PRESIDENTE

Presidência de João Batista Figueiredo (5º Presidente Revolucionário) criou a lei de Anistia (onde todos exilados de 1961 a 1979 retornaram).
Fez a abertura democrática. Houve a campanha das "diretas Já" que expressava a vontade geral do povo. A vontade do povo não foi acolhida quanto a presidente.

GOVERNADOR

João Castelo Ribeiro Gonçalves (1979 a 1982)

No dia 15 de março de 1979, o ex-diretor do Banco da Amazônia e ex-deputado federal João Castelo Ribeiro Gonçalves assumia o governo do Estado. Com sua posse, surgia novamente a expectativa de melhores dias para o homem do campo. Os colonos esperavam ansiosos por novos investimentos no Projeto. Eles, apesar de terem sofrido com o atraso do governo anterior, não desanimaram. Alimentaram-se de esperanças que, felizmente, foram concretizadas. O novo governador, logo ao assumir o cargo, tratou imediatamente de atender as reivindicações dos colonos, inclusive criando a Secretaria do Interior, dentre as quinze já existentes. João Castelo organizou sua equipe e exigiu ? em caráter de urgência ? um levantamento das necessidades do Projeto de Colonização. Em seguida, iniciou os tão sonhados investimentos.
Reformulou a alta administração que, afora os dois gabinetes civil e militar, passou a contar com mais 15 secretárias, a saber: de planejamento e coordenação (SEPLAN), de Agricultura (SAGRIMA), de Indústria, comércio e turismo (SICT) DE Segurança Pública (SSP), de (SEAD), de Educação e Cultura (SEC), de Saúde Pública (SSPI), de Trabalho e Ação Social (STAS) e as recém criadas, Secretaria de Recursos Naturais, Tecnologia e Meio Ambiente (SERNAT), de Justiça (SJ) e do Interior, (SI).
4º MANDATO (1983 A 1988)
Em 1982 são realizadas novas eleições para governadores, senadores, deputados, prefeitos e vereadores. Concorriam as eleições Adroaldo Matos, Joca Soares e Gildásio Ferreira Brabo.
Foram eleitos em Bom Jardim, Adroaldo Alves Matos, prefeito Municipal e Dr. Muniz Alves, vice-prefeito, para o poder Legislativo foram eleito os vereadores: Francisco Nascimento, José Abreu de Oliveira, Manoel Carreiro Varão, Bernardo Luís de Andrade, Benedito Alves de Carvalho, Apolinário Antonio de Araújo, Joaquim Severo de Araújo, Pedro Costa de Souza, Salomão da Silva Pereira. Miguel Dias Brasil, Raimundo Alves Ferreira e Francisco dos Santos Pereira, os quais tomaram posse no dia 1º de Fevereiro de 1983.

Principais obras realizadas


Construção do prédio da Câmara de Vereadores, do Fórum (antes em frente ao mercado), colégio municipal Ney Braga II, para o ensino de 2º Grau (foi quando iniciou o Ensino Médio em Bom Jardim na escola pública). Em convênio com o programa EDURURAL, deu continuidade as construções dos Colégios na zona rural. Efetuou o calçamento com pedras em várias ruas na rede do município. Iniciou o programa de distribuição de alimentos a gestantes (INAM). Comprou um motor de luz para os povoados: Rosário, Cassimiro e Tirirical.

Dois prefeitos mortos por pistoleiros

Adroaldo Alves Matos foi assassinado no interior de sua residência quando este estava em reunião com lideranças comunitárias, na praça Governador José Sarney (centro da cidade) mais ou menos às 19h do dia 10 de abril de 1987, por pistoleiros até hoje não identificados. Apesar das mais de 10 testemunhas oculares do assinato brutal, nem matadores nem mandantes jamais foram identificados pela polícia. O inquérito nem foi encaminhado à justiça. Está até hoje na Delegacia de Santa Inês, segundo Alzinete Matos, (apud Jornal Pequeno, 07/10/2007).
Três dias após a morte do prefeito, tomou posse através da Câmara Municipal o vice-prefeito Dr. Antonio Muniz Alves, que deu prosseguimento aos trabalhos administrativos do Município. Sendo este, também assassinado, logo no término de seu mandato, quando se encontrava no Posto Magnólia.

As principais obras realizadas em seu curto período de governo foram:
Posto Central da Telma (junto ao mercado central), Prefeitura Municipal, dois quilômetros de asfaltos (na rua do comércio). Foi no governo de Dr. Muniz, que iniciou o processo de eletrificação rural em Bom jardim, através de apoio e parceria com o Deputado Federal Cid Carvalho. Antes só existia em alguns povoados, através de motor de luz (à Diesel).

CONTEXTO DA POLÍTICA NACIONAL E ESTADUAL (1983 A 1988)

PRESIDENTE

José Sarney. Fim dos Governos Revolucionários. Início da nova República. Em eleição realizada pelo colégio Eleitoral, ganha Tancredo neves, o qual, vindo a falecer, assumiu o vice José Sarney em 22 de Fevereiro de 1985 a 1990. Sarney fez a abertura democrática do país, atendendo o apelo às "Diretas Já". Consolidando desta forma, o processo de redemocratização do país.

Governador Luís Rocha (1983 -1986)

O PROJETO DE COLONIZAÇÃO NO GOVERNO LUÍS ROCHA (1983- 1986)

Durante o governo de Luís Alves Coelho Rocha, o Projeto sofreria novamente o descaso. O governador até que freqüentou o Projeto, mas não deu a devida assistência aos colonos, que padeciam sem as condições necessárias para continuar a árdua tarefa de lavrar a terra. Foi uma época em que não houve grandes investimentos. No momento, grande número de homens deixavam suas famílias, rumo ao Estado do Pará para aventurar a sorte principalmente nos garimpos da Serra Pelada. Tal fenômeno que durou até meados dos anos oitenta, causou grandes desilusões e problemas àqueles lavradores & garimpeiros e às suas respectivas famílias que passavam a ser chefiadas pelas esposas.

v 5º MANDATO (1988 A 1992)

Em 15 de novembro de 1988 realizam-se novas eleições no país. Concorriam as eleições Antonio Soares Pedrosa, Joca Soares, Dr. Carlos Celso, Miguel Meireles e Agenor da Conceição. Foram eleitos em Bom Jardim, Antonio Soares Pedrosa (Fogoió), Prefeito Municipal e Adelaide Sales Rios Matos, Vice-Prefeito, os vereadores foram: Francisco dos Santos Pereira, (Presidente da Câmara) Ozimo Jansen, Elizeu Alves da Costa, Raimundo Alves Ferreira, Manoel Carreiro Varão, João Batista Feitosa, Raimundo Pereira Leite, Bernardo Luís de Andrade, José Rodrigues Neto, Aldery Sebastião Ferreira, Misael Santos Souza, Antonio Feitosa Primo, Boanerges da Silva Andrade.

Principais obras realizadas

Em seu governo foi realizado calçamento na zona urbana, Construção do ginásio de Esporte Pedrosão, a construção de casas populares na zona urbana, o terminal Rodoviário com o apoio do Deputado Federal Cid Carvalho. Na administração de Antonio Soares Pedrosa houve um grande avanço na eletrificação rural do município. Uma das ações também importante foi transportar muitas pessoas doentes para Teresina, com hotel e remédio tudo pago pela prefeitura.
Terminal Rodoviário. No período em Ginásio Poliesportivo Pedrosão.
que foi conseguido ? era um sonho.

Contexto da política nacional e estadual
Fernando Color de Melo: (1990 a1992)
Extinção do cruzado novo.
-Bloqueio das cadernetas e contas-corrente, que ultrapassaram 50.000 cruzados novos.
Congelamento de preço e salário.
No dia 26 de agosto de 1992, foi realizado o impeachment de Color, afastado e teve seus direitos políticos suspensos por 8 anos. Assumindo Itamar Franco (1992 a 1994).

GOVERNADOR
Epitácio Afonso Pereira Cafeteira (1987 a1991)
Em seu governo foi construído o CLA (Centro de Lançamento de Alcântara). Passou o cargo ao vice João Alberto de Sousa, que completaria seu governo enquanto iria para o Senado.

6ª MANDATO (1993 a 1996)

Em 1992 realizaram-se novas eleições no país. Concorriam as eleições Dr. Carlos Celso e Manoel Gralhada. Foram eleitos em Bom Jardim, Dr. Carlos Celso Ribeiro Vieira, Prefeito Municipal e João Soares de Melo, vice-prefeito.
Os vereadores foram: Jorge Ângelo Vieira da Silva, Antonio Otávio Oliveira, Bernardo Luis de Andrade, Boanerges da Silva Andrade, Eliseu Alves da Costa, Francisco Soares de Melo, José Rodrigues Neto, Misael Santos Souza, Alciomar Sales Rios, Manoel Carreiro Varão, Marinete dos Santos de Abreu, Raimundo Alves Ferreira, Raimundo Pereira Leite.

Contexto da política nacional e estadual

PRESIDENTE Itamar Franco (1992 a 1994)

GOVERNADOR

Edson Lobão (1991 a 1994). Renunciou no fim do seu mandato e se candidatou ao senado, entregando o exercício da governança a seu vice, José Ribamar Fiquene. (1994 a 1995).

7º MANDATO (1997 a 2000)

Em 1996 realizaram-se novas eleições no país. Concorriam as eleições Manoel Gralhada, Dr. Roque Portela e Professor Raimundo. Foram eleitos em Bom Jardim, Manoel Lídio Alves Matos (Manoel Gralhada), Prefeito Municipal e Chiquinho do Abdon, vice-prefeito.
Os vereadores eleitos foram: Raimundo Pereira Leite, (Presidente da Câmara), Eliseu Alves da Costa, Antonio Otávio Oliveira, Antonio Lopes Varão, Aldery Sebastião Ferreira, Pedro Costa Sousa, Francisco Ferreira Lopes, Bernardo Alves Meireles, Marinete dos Santos de Abreu, Remy Rodrigues Silva, Demétrio Santos Passos, João Batista Feitosa, Leny Pacheco Silva.

Principais obras realizadas nos dois mandatos de Manoel Lídio Alves Matos:
Teve um bom avanço e desempenho na construção de escolas em muitos povoados da zona rural e na sede. Entre estas a escola Fernanda Sarney, onde funcionou 4 cursos da UFMA (Unidade Federal do Maranhão) em cursos de nível superior em Licenciatura Plenas para profissionais na área da educação (cursos de Letras, Matemática, Pedagogia e História).
Construiu também o conjunto habitacional COHAB, fez asfaltamento nas principais ruas do centro urbano e construção de poços artesianos na zona rural. Fez eletrificação rural em alguns povoados da zona rural, a construção de um Centro Cultural e postos de saúde.

Contexto nacional e estadual

PRESIDENTE

Fernando Henrique Cardoso (1995 a 2000)

Buscou integrar a economia brasileira ao mercado mundial (era da globalização).
Aproveitando-se da onda de privatizações determinadas pela política neoliberal induzida pelo governo americano, FHC privatizou quase todas as empresas estatais do país alegando gerar divisas e pagar as contas públicas ? o que não aconteceu, ao contrário, no final de seu governo, a dívida pública (interna e externa) apenas subiu, R$ 1,34 trilhão - deixando ao povo brasileiro e seu sucessor Lula, o "abacaxi". Entre as empresas privatizadas, a mais polêmica é a da CVRD (Companhia Vale do Rio Doce) onde, segundo movimentos sociais, especialistas e defensores pela reestatização, a empresa gerava enorme rendas para o país e era estratégica para o desenvolvimento do Brasil. A CVRD foi vendida por 3,3 bilhões de reais em 1997; E, na avaliação de um ex-diretor da empresa, a mesma estaria valendo em torno de 100 bilhões. Segundo pesquisas particulares, apenas Carajás, que tinha previsão de exploração por 400 anos (hoje caiu para 200) pelo aumento e velocidade da exploração como a empresa está atuando, vale mais de R$ 1 trilhão. Mais de 60% de seus acionistas são estrangeiros. A CVRD explora minério em 14 estados brasileiros e atua em 17 países, comprou a INCO canadense (que explora níquel) por US$ 18 bilhões, tornando-se a segunda maior mineradora do mundo. Possui concessões por tempo ilimitado para realizar pesquisas e explorar o subsolo em 23 milhões de hectares do território brasileiro, uma área correspondente aos estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraíba e Rio Grande do Norte.
Em seu governo foi também criado o programa FUNDEF(Fundo de manutenção e desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério) através do qual houve maior valorização ao professor.

GOVERNADOR(A):

Roseana Sarney 1º mandato (1995 a 1999), sendo reconduzida a um segundo mandato em 15 de março de 1999 a 2002. Extinguiu as clássicas Secretarias que eram cópias dos Ministérios Federais, substituindo-as por sete Gerências (de Administração e Modernização, de Alimentação de Bens Móveis e Imóveis; de Desenvolvimento Social; de justiça, Segurança Pública e Cidadania; de Desenvolvimento Humano; da Receita Estadual; e de Qualidade de Vida) que tinha como função à execução de atividades coordenadas e fiscalizadas em todo o território do estado, pelas Gerências Regionais.

v 8º MANDATO (2001 A 2004)

Em outubro de 2000 foram realizadas novas eleições para Deputados, Governador, Senador, Prefeitos e Vereadores. Concorriam às eleições Manoel Gralhada e Dr. Roque Portela. Foram eleitos em Bom Jardim, Manoel Lídio Alves Matos, Prefeito Municipal e Eliseu Alves da Costa, vice-prefeito. Os vereadores eleitos foram: Reginaldo Meireles Cunha (Presidente), Antonio Lopes Varão, Raimundo Pereira Leite, Aldery Sebastião Ferreira, Alcionildo Sales Rios Matos, Antonia da Silva, Clara Maria Araújo Maciel, Elberfran Oliveira Costa, Francisco Cruz, Francisco Ferreira Lopes, Francisco Santos Pereira, Leny Pacheco Silva e José Vieira Santos Filho.
Manoel Lídio, o "Manoel Gralhada", chegou a ter seu mandato cassado pelo juiz da 78ª Zona Eleitoral de Bom Jardim, Júlio César Prazeres, em maio de 2004, sob acusação de abuso de poder econômico na eleição de 2000, mas deixou a cadeira de prefeito por apenas 50 horas, sendo diplomado Antonio Roque Portela (provisoriamente). Manoel Gralhada foi reconduzido ao cargo por uma nova decisão judicial.

Contexto nacional e estadual

PRESIDENTE

Fernando Henrique Cardoso (2000 a 2003)
Luís Inácio lula da Silva (2003 / 2007)

GOVERNADOR

José Reinaldo Tavares (2003 a 2007)
Seu governo iniciou com bons acenos, porém, houve alegações de que grupos políticos tradicionais, junto ao "Governo Federal" articularam corte de recursos que entravam no Estado ? principalmente no setor educacional, que foi o maior prejudicado. Os professore, além de não receberem seus proventos em dias (estando em acúmulos mais de três meses), tiveram-no reduzidos a mais da metade. As aulas do ensino Médio foram interrompidas em pleno funcionamento letivo (em muitos povoados) das cidades maranhenses, Inclusive Bom Jardim.
Sendo este, um dos grandes impasses político que o estado já teve. Ficando um questionamento para a sociedade maranhense: Essa crise teve origem em razão políticas ou econômicas?
Se sua origem é econômica, porquê antes não a conhecíamos?
Se tiver origem política, a sociedade maranhense não está sendo respeitada. Seja por políticos de situação e de oposição, que na perspectivas da busca ao poder, tudo "vale" até prejudicar a sociedade no objetivo de uma melhor cotação política.

9º MANDATO (2005 A 2008)

Em três de outubro de 2004 ocorreram novas eleições. Concorrem Dr. Roque Portela e Chiquinho do Abdon. Sendo eleito Dr., Roque e vice-prefeito Eliseu.
Os vereadores eleitos foram: Alciomar Sales Rios Matos, Francisca Elia de Mesquita, Antonio Lopes Varão, Lenir Pacheco Silva, José Vieira dos Santos Filho, Aldery Sebastião Ferreira, Elberfran Oliveira Costa, Francisco Ferreira Lopes, Márcio Sousa Pereira. Sendo presidente da Câmara: Aldery Sebastião Ferreira.

v 10º MANDATO (2009 A 2012)

Em 5 de outubro de 2008 foram realizadas novas eleições para Prefeitos e Vereadores em todo país. Concorriam às eleições em Bom Jardim: Manoel Gralhada (3.572 votos), Antonio Roque Portela (nulos), Eliseu Alves (87 votos), Beto Rocha (5.386 votos), Alcionildo Matos (2.129 votos) e Nilo Ribeiro (139 votos). Foram eleitos em Bom Jardim, a prefeito: Beto Rocha (segundo colocado com 5.386 votos, pois o primeiro colocado Antonio Roque Portela teve seus votos inválidos (nulos: 7.133) - pois concorria na condição de uma 3ª reeleição ? por ter assumido em maio de 2004, quando Manoel Gralhada fora cassado. Para não ficar na "amarga vitória", o mesmo recorreu a Brasília, o centro da anuência e dos jogos de cintura, onde teve o direito concedido de assumir o mandato em janeiro de 2008. Sua vice-prefeita: Lenir Pacheco Silva. Os vereadores eleitos foram: Antonio Cesarino, Silvano Andrade, Zé Filho, Pedrinho, Chico do Braz, Puaka, Sinego, Seloneide Noronha e Seu Augusto.
Número de eleitores na eleição de 2008: 19.834.

SUFRÁGIO DE 2006

Em 29 de outubro de 2006 houve novas eleições para deputado, senador, governador e presidente ? Sendo reeleito a presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, com mais de 58 milhões de votos (60,83% dos votos válidos) vencendo em segundo turno o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Geraldo Alckmin.
A governador do Maranhão, Jackson Lago. Num governo que se estenderá de 2007 a 2010. O primeiro ato administrativo de seu governo foi à desintegração das Gerências de Desenvolvimento Humano. E em seus discursos, deixou claro que a nova via de promoção para o desenvolvimento do estado seria através de um governo integrado com os municípios para alavancar e resgatar o estado dos piores indicadores que ostenta para o país.
Em abril de 2009, Lago e seu vice foram acusados e cassados pela coligação: a "Força do Povo", por abuso de poder político ? de terem sido favorecidos por um suposto esquema que cooptava ecorrompia lideranças políticas, articulado pelo ex-governador José Reinaldo (PSB), para eleger o seu sucessor.

Erros capitais cometidos na política bonjardinense

1 ? Rejeição da Sudene em 1963/64;
2- Não perdão da dívida dos agricultores através do PLANAGRO em 1982.
3 ? Rejeição de um posto do INSS para Bom Jardim em 1989.

Tudo isto foi assistido passivamente pela sociedade bonjadinense, inclusive a Câmara de vereadores, que são os representantes da sociedade como poder público.

3.3 BIOGRAFIA DOS PREFEITOS

Gildásio Ferreira Brabo

Nasceu em 8 de dezembro de 1928
Na cidade de Pedreiras /MA
Chegou em Bom Jardim em 1961
Profissão antes de ingressar na política em Bom Jardim:
Comerciante

Adroaldo Alves Matos
Nasceu em 1941
Na cidade de Bacabal/MA
Profissão antes de ingressar na política de Bom Jardim: Comerciante

Miguel Alves Meireles
Nasceu em 1941
Na cidade de Luzilândia/Piauí /chegou em Bom Jardim:
Profissão antes de ingressar na política: comerciante.

Dr. Muniz Alves
Formação: Medicina

Antonio Soares Pedrosa (Fogoió)
Nasceu em 1954 Na cidade de independência/Ceará
Chegou em Bom Jardim em 23 de novembro de 1983

Manoel Lídio Alves Matos
Descendente de Bacabal
Profissão antes de entrar na política: Comerciante (empresário)

Dr. Antonio Roque Portela de Araújo.
Descendente de Águas Boas - Monção
Profissão antes de entrar na política: Medicina.

Percebe-se ao longo da história do município, assim como muitos "bonjardins" que a política partidária gera enormes prejuízo sociais. Quebrando a linha das retomadas de políticas públicas no que diz respeito ao desenvolvimento. Seguindo-se desse modo, uma situação de retrocesso, explicação entre outros itens, para o atraso de muitos municípios, que há quase meio século se arrastam a "passos de tartaruga" (quanto ao desenvolvimento). No campo educacional é um obstáculo a garantia do padrão qualidade.
É também fato observado ao longo da trajetória histórica do município, situação em que, os homens de comando, os responsáveis pelo seu desenvolvimento geral, preferiram(-em) seguir a alternativa que leva à imposição dos interesses particulares sobre os coletivos. E as consequências são nefastas e sombrias, indo em contraposição ao bem-estar, enfim do bem comum da comunidade local. Os mesmos preocupam(vam)-se tão somente em realizar uma administração político-partidária e "vingativa" de tal molde que lhe assegure a manutenção do poder, mesmo que para isso esqueçam suas reais obrigações frente à comunidade que o constituíra no poder a título de promessas e frustrações.
Um fato também muito típico nos últimos anos da história política local é gestores nada fazerem durante os três anos após sua vitória, e, poucos meses para as eleições, "arregassam as mangas" pela metade e aparecem uns indícios de obras. O mais comum é asfalto...

3.4 VULTOS BONJARDINENSES

1º Interventor de Bom Jardim: João Batista Feitosa

João Batista Feitosa, nascido em Colinas, em 18/11/1940, casado com Maria do Socorro Alves Feitosa, tiveram 4 filhos, 2 homens e 2 mulheres, veio morar em Bom Jardim em 1961.
No dia 15/11/1965 realizam-se as eleições. Sendo eleito a governador do Estado do Maranhão deputado José Sarney, que ao assumir o governo tratou logo em cumprir sua promessa feita aos bonjadinenses, nomeando João Batista Feitosa a interventor do município, conforme a lei nº. 2735 de dezembro de 1966.

1º PREFEITO (ELEITO): Gildásio Ferreira Brabo

Gildásio Ferreira Brabo nascido em 08/12/1928, natural de Pedreiras, filho de Teófilo Ferreira Brabo e Maria Rosa da Conceição. O mesmo afirmou que morava em bacabal, veio para Bom Jardim por via fluvial trazendo sua muda em duas lanchas, o qual desembarcou no rio Pindaré no posto indígena Gonçalves Dias, no dia 01/005/1961 às 10:30 horas, o mesmo passou 15 dias para transportar sua muda e mercadorias conduzidas em 20 burros.
Gildásio afirma que chegou a Bom Jardim como comerciante, sua primeira residência foi onde hoje é a casa paroquial. O povoado estava em fase de crescimento e pertencia ao município de Monção, logo conheceu os políticos José Sarney e o ex-diretor do Banco do Estado do Maranhão Arlindo Meneses, que lhe incentivaram para iniciar sua carreira política no partido pela velha ARENA (Aliança Renovadora Nacional). O mesmo iniciou sua carreira política no mês de junho de 1968, foi eleito em 15/11/1968, afirma mesmo que teve 72% da votação, sendo eleitos com 1.660 votos, e que foi eleito uma Câmara com 9 vereadores. Gildásio e seus amigos políticos desmembraram Bom Jardim da cidade de Monção em 30/12/1966.


1º Médico

* Francisco Coelho Dias
**Dr. Benedito
Assim foi o depoimento de Batista Feitosa, que o primeiro médico a pisar em solo bonjardinense foi *Dr. Francisco Coelho Dias, que prestava assistência médica uma vez por mês quando o mesmo vinha visitar sua fazenda que ficava em Igarapé Grande município de Bom Jardim. Estes fatos ocorreram em Bom Jardim em 1963 a 1965.

**Dr. Benedito Alves de Carvalho.

Segundo afirmou Eliseu Alves da Costa que o único médico a vir ficar definitivamente em Bom Jardim foi Dr Benedito Alves de Carvalho, o qual permaneceu até sua morte. Nascido em 23/12/1931, natural de Riacho dos Porcos, salinas Oeiras Piauí, filho de Hermógenes Alves de Carvalho e Cristiane Felix de Jesus. Chegou em Bom Jardim, em 18/12/1973. Seu primeiro serviço foi no ambulatório médico rural, no sindicato dos trabalhadores rurais de Bom Jardim, em 01/03/1974. Só depois veio prestar serviço médico, Vesparziano Ramos, contratado pelo estado no mandato do Prefeito Adroaldo Alves Matos.

Foto fornecida por Ricardo.

1º Delegado
Mário Santiago de Oliveira
Maria de Lourdes Farias Bezerra a qual afirma chegou em Bom Jardim, no dia 15/08/1960, afirma que o primeiro delegado a desempenhar o seu papel em Bom Jardim foi Mário Santiago de Oliveira, nascido no dia 02/11/1926, natural de Matinha-MA, filho de Francisco José de Oliveira e Maria Santiago de Oliveira. Casado com dona Rita Silva de Oliveira e Maria Santiago de Oliveira. Casado com dona Rita Silva de Oliveira. Chegou em Bom Jardim em 1960 onde sua primeira profissão foi de padeiro da qual tiveram 09 filhos.

1º Padre

Padre Cordeiro foi o primeiro padre a chegar em Bom Jardim e dar assistência religiosa no município.
Como a paróquia foi fundada em 1969, o primeiro pároco a se estabelecer definitivamente após a sua fundação foi Frei Antonio Sinibaldi. Frei Antonio Sinibaldi, Missionário Franciscano conventual nasceu na Itália no dia 26/11/1937. Ordenou-se sacerdote em Roma no ano de 1962. Chegou ao Brasil em 1968 trabalhando durante três anos na paróquia de Bom Jardim no interior do Maranhão. A partir de 1971 assumiu a paróquia de São Francisco em São Luis, acompanhando, passo a passo, a transformação do Bairro que deixava de ser pequena comunidade de pescadores, para dar lugar a um Bairro de muito contato e desníveis sociais e desafios pastorais.
Na manhã do dia 07/09/1971, a embarcação que conduzia Frei Antonio e mais 16 jovens para Ilha do Medo, na praia do Buqueirão virou. Graças à coragem de Frei Antonio, de um por um, os jovens foram salvos. Diante do esforço físico, não resistiu e morreu, após salvar todos os jovens.
1ª Deputada

Malrinete dos Santos Matos, 35 anos de idade (em 2004), filha de Manoel Lídio Alves Matos e Raimunda Alves dos Santos, nascida em Bom Jardim, no Alto dos Prachedes. Aos 9 anos de idade foi para Novo Carú, onde viveu maior parte de sua infância. A mesma afirma que mudou para Belém e de lá foi para Manaus onde permaneceu até aos 30 anos. Retornou para sua terra natal para ajudar seu pai em 1996. Disputou uma vaga na Assembleia Legislativa, sendo eleita em outubro de 2000.

3 ASPECTOS SOCIAIS

A população de Bom Jardim conforme pesquisas do censo demográfico de 2010 realizado pelo IBGE é de 39.049 habitantes, sendo 35% na sede e 65% na zona rural; diferentes da média nacional, onde a população rural é de apenas 18,8%. Considerando o IBGE anterior, a População alfabetizada é de: 14.506 pessoas, correspondendo a 57,5% e uma taxa de analfabetismo de 42,5% (que corresponde a 10.107 pessoas), isto na população acima de 15 anos de idade (segundo Plano Decenal de Educação Municipal/2003 e IBGE). Segundo o referido Plano, estima-se que 9.248 habitantes têm menos de 10 anos de idade. De acordo com esses números, pode-se estimar que a cada ano, aproximadamente 900 crianças precisam ser atendidas nas creches e posteriormente nas pré-escolas. No censo de 2010, segundo o IBGE, o índice de analfabetismo caiu para 31,84%.

Evolução Populacional
1991 ----------------------------------------40.572 (habitantes)
1996 ----------------------------------------46.887
2000 ----------------------------------------34.474
2007 ----------------------------------------37.659
2010 ----------------------------------------39.049 Fonte: IBGE, 2010
Taxa de analfabetismo 2010: crianças acima de 0
Brasil: 9,02% (
Maranhão: 19,31%
Bom Jardim: 28,77% (Dados de 2011, acima de 10 anos.
Bom Jardim 31,84% (acima de 15 anos - IBGE 2010)

População de Bom Jardim - 2010

Ano Total Urbana Rural Percentual
2000 34.474 35,17% 64,83%
2010 39.049 41,00% 59%

IBGE 2010.

Comparando os indicadores acima observa-se que a população rural de Bom Jardim está migrando para a zona urbana. Ao verificar opinião de pessoas que migraram há uma unanimidade em torno da seguinte afirmação:
? Abandono político;
? Pouco acesso aos benefícios usufruídos pelos moradores da zona urbana;
? Difícil condição de acesso e um certo índice de isolamento;
? Busca de melhores condições aos filhos ? o que não é ofertado em igual relevância aos moradores do campo.
O número de eleitores nas eleições gerais de 2002 era de 20. 768 eleitores. Em 2004 esse número se elevou para 22.124 eleitores onde, 44,2% desses encontram-se na zona urbana e 55,8% na zona rural. Na região da Miril são 3.338 eleitores. A população indígena no município apresenta 326 eleitores.

E que nesse mesmo período a estrada da garrafa não existia; e que se ia para Monção pela estrada do aeroporto (ou da escola Sudene)
E que nesse tempo, o rio Carú não era trafegado ainda por lancha, apenas por canoa?

GEOGRAFIA BONJARDINENSE

O município de Bom Jardim está localizado na mesorregião Oeste do Maranhão, na microrregião do Vale do Pindaré. Localiza-se em área pertencente à Amazônia Legal e tem como coordenadas de latitude 4º, 44 min. 30 seg, de longitude 44º, 21 min. 00 seg. e de Altitude 40,689m. Localizado na microrregião do Vale do Pindaré, faz limites com os municípios de Monção, Açailândia, Tufilândia, Pindaré Mirim, São João do Carú, Newton Belo, Alto Alegre do Pindaré, Buriticupu, Bom Jesus das Selvas, Zé Doca, Centro Novo do Maranhão e Itinga do Maranhão. O município tem 6.590,48 km³ de área territorial. A área urbana corresponde a 113 km². A referida área detém 35% da população total, sendo que 65% da população se concentra na zona rural. A densidade demográfica do município é de 5,93 habitantes por km² .
A distância de Bom Jardim a São Luís é de 275 km. Os principais rios que formam a hidrografia do município são: rio Pindaré, Carú, rio Azul ou Poranguetê, rio Ubim, os dois últimos são braços do rio Pindaré, na região da Miril. Existe também os igarapés Água Preta, Limoeiro, Crumaçu, Arvoredo, Galego e Turizinho. O rio Pindaré, nome que significa "anzol pequeno", nasce ao leste da Serra da Cinta e desemboca no rio Mearim, após um percurso de 750 km de extensão. É um rio caudaloso, extenso, navegável e rico em peixes. A temperatura média é de 30º e o clima é quente e úmido como da Amazônia Equatorial. Índice de chuvas por ano:2000 a 2200 mm anuais. Período chuvoso: janeiro, fevereiro, março, abril, maio e junho. Período seco: Julho a Dezembro.
A vegetação ou plantas nativas do município é formada de cocais e matas (árvores grossas e capoeira). As madeiras nativas no município (atualmente escasseando) são: pau-d´arco, maçaranduba, pequi, jatobá, mirindiba e cedros, ressaltando também os capins Jaraguá e canarana. Árvores frutíferas mais predominantes são os mangueirais.

Fonte: MOTTA, Adilson.
Autor: Adilson Motta


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