José No Egito (Peça de Teatro)
JOSÉ NO EGITO:
JACÓ:
José, vai ter com seus irmãos no deserto e observe como estão passando e como esta o rebanho.
JOSÉ:
Esta bem meu pai, vou preparar o alforje para levar alguns pães para eles comerem.
JACÓ:
Vai com Deus meu filho e tenha cuidado no caminho com os leões.
JOSÉ:
Varão, estou procurando meus irmãos; diz-me, onde eles apascentam?
VARÃO:
Disseram que iam para Dotã.
IRMÃOS DE JOSÉ:
Olhe vem vindo o queridinho de Jacó nosso pai, aquele sonhador barato.
JOSÉ:
Olá irmãos, tudo bem?
IRMÃOS DE JOSÉ:
Olhe aqui sonhador, se não tem nada a fazer, cai fora daqui.
JOSÉ:
Tenha calma meus irmãos, só vim ver se estão precisando de alguma coisa e saber como está o rebanho.
IRMÃOS DE JOSÉ:
Vamos acabar com a vida desteidiota e diremos para nosso pai que uma besta fera o devorou.
RÚBEN:
Não tirem-lhe a vida; não derrameis sangue.
JUDÁ:
Vamos o lança-lo neste poço para que ele morra de fome e de sede.
IRMÃOS DE JOSÉ:
Nós achamos a idéia ótima, o que estamos esperando.
RÚBEN:
Só que tem um pequeno problema.
JUDÁ:
Qual o problema seu molenga?
RÚBEN:
Como vamos dizer o que aconteceu com José?
JUDÁ:
É simples. Matamos uma ovelha, salpicamos sua túnica de sangue e enviaremos para nosso pai dizendo que uma fera o devorou.
JOSÉ:
O que vocês estão cochichando ai?
JUDÁ:
Pegue ele, pronto, vamos lançá-lo no poço.
JOSÉ:
Por favor irmãos, tirem-me daqui, estou com fome e sede, não estou agüentando.
IRMÃOS:
Você vivia dizendo que nós iríamos curvamos diante de ti, vivas agora seu reinado. Reine sobre as minhocas enquanto estiver com vida.
JOSÉ:
Não meus irmãos, eu não tenho culpa se Deus mostra-me estas coisas.
IRMÃOS:
Vamos comer os pães que ele trouxe e depois mataremos a ovelha, salpicamos sua túnica com o sangue e enviaremos o nosso pai.
JUDÁ:
Vem vindo uma caravana de mercadores, em vez de deixá-lo ai morrer, o venda.
RÚBEN:
Eu acho uma ótima idéia, sendo assim não mancharemos nossas mãos com seu sangue e ganharemos um bom dinheiro.
MERCADORES:
Olá filhos de Jacó. O querem com este jovem?
IRMÃOS:
Queremos vendê-lo.
MERCADORES:
Dou vinte moedas de pratas.
JUDÁ:
Aceitamos, é um ótimo negocio.
RÚBEN:
Meu Deus! E agora o que direi para meu pai, só queria livrar meu irmão das mãos deles.
JACÓ:
Meus filhos, o que aconteceu? Onde está José?
JUDÁ:
Nosso irmãozinho foi devorado pelas feras e aqui está sua túnica, tudo o que sobrou.
JACÓ:
Meu Deus! Como viverei sem o meu filho?
MERCADORES:
Vamos vendê-lo aos egípcios e ganhar mais algumas moedas de prata.
POTIFAR:
Bom dia senhores, o que querem com este escravo?
MERCADORES:
Passamos aqui para o vende-lo. Quer comprá-lo?
POTIFAR:
Mas é claro, estou precisando mesmo de escravos jovens.
MERCADORES:
Pronto está aqui seu escravo.
POTIFAR:
Olhe meu jovem, tenho observado que em tudo que tocas prosperam, por isto vou colocá-lo como chefe de tudo que há em minha casa.
JOSÉ:
Obrigado meu senhor pela confiança, prometo que farei de tudo para não o decepciona-lo.
POTIFAR:
Olhe José estou muito feliz com você e seu trabalho, tudo em que põe as mãos prospera.
EAPOSA DE POTIFAR:
Que escravo virtuoso, vou fazê-lo deitar se comigo.
JOSÉ:
Meu Deus livra-me do mal, esta mulher esta me perseguindo.
EAPOSA DE POTIFAR:
José, vem deitar comigo, meu esposo é eunuco e não tem relação comigo.
JOSÉ:
Jamais farei isto, minha senhora. Não trairei a confiança de meu senhor. E demais eu sirvo um Deus que tudo vê.
EAPOSA DE POTIFAR:
Potifar, meu senhor. Seu escravo José quis forçar-me a deitar com ele e eu arranquei-lhe as vestes. Aqui está a prova.
POTIFAR:
José, o que fizeste? Confiei-lhe toda minha casa e tu o fizeste isto comigo.Terei de mandá-lo para o cárcere para limpar minha honra.
JOSÉ:
Meu senhor, sabe que sou um homem temente ao Deus de Israel e jamais faria isto.
POTIFAR:
Eu sei José que és temente o seu Deus, mas não posso deixar você ficar em minha casa, sabe que tenho um nome a zelar, seu Deus estará contigo.
CARCELEIRO:
José, tem ouvido falar a seu respeito e seu temor ao seu Deus e por isto vou deixar-lhe estes presos todos sobre sua responsabilidade.
FARAÓ:
Soldados, prendam este copeiro e este padeiro. Estes têm conspirados contra o rei.
PADEIRO:
José, tem visto dizer que interpreta sonhos?
JOSÉ:
Não interpreto sonhos. O meu Deus a quem sirvo e que o revela.
PADEIRO:
Olhe José, em meus sonhos havia uma vide e três sementes que parecia brotar, da sua flor saia cachos maduros e eu espremíamos e servíamos no copo do rei.
JOSÉ:
Três sementes são três dias e durante estes três dias o rei o levara para servi-lo no palácio.
PADEIRO:
Eu também sonhei com três cestos brancos sobre minha cabeça cheios dos manjares do rei.
JOSÉ:
Os três cestos quer dizer que daqui a três dias faraó o enforcará.
FARAÓ:
O que será estes sonhos com estas vacas e estas espigas.
COPEIRO:
Meu rei, o que se passa? Parece tão triste?
FARAÓ:
É verdade, tenho tido sonhos preocupante, já chamei os adivinhos, os médiuns e nenhum deles conseguiram interpretar os sonhos.
COPEIRO:
Olhe meu rei, durante o tempo que fiquei no cárcere, conheci um escravo chamado José que seu Deus o revelou tudo o que aconteceu comigo, se o rei quiser posso chamá-lo.
FARAÓ:
O que está esperando, vá logo.
CARCELEIRO:
José, pegue estas vestes, tome um banho e raspe as barbas que o rei mandou-lhe chamar no palácio.
JOSÉ:
O que será que o rei quer comigo?
CARCELEIRO:
Isso eu não sei meu amigo, você vai ter que descobrir.
JOSÉ:
Meu rei porque chamaste seu humilde servo?
FARAÓ:
Olhe José,tenho ouvido dizer que você interpreta sonhos?
JOSÉ:
Não meu rei, eu não interpreto sonhos. O meu Deus a quem sirvo é que revela a este humilde servo.
JOSÉ:
Está bem meu rei, conte-me os sonhos.
FARAÓ:
De dentro das águas do mar subia sete vacas gordas e sete vacas magras, e as sete vacas magras devoravam as vacas gordas. Novamente olhei e vi sete espigas boas e sete espigas secas que devoravam as espigas boas.
JOSÉ:
Olhe faraó haverá sete anos de fartura no Egito e sete anos que a terra não produzira nada porque haverá uma terrível seca.
FARAÓ:
O que farei então José?
JOSÉ:
Escolha um varão inteligente e honesto e manda comprar e armazenar todas as colheita durante estes quatro anos.
FARAÓ:
Olhe meu jovem, não existe em toda a terra ninguém mais sábio que você, portanto elejo a ti agora governador sobre todo o Egito, será o segundo depois de faraó.
JACÓ:
Meus filhos, os nossos animais estão perecendo com esta seca, desçam ao Egito e levem convosco ouro e prata e troque em alimentos se não perecemos.
IRMÃOS DE JOSÉ:
Senhor governador, soubemos que no Egito existem muitos alimentos e descemos ate aqui para comprar.
JOSÉ:
Vós sois espias e viestes para verem a nudez das terras?
IRMÃOS DE JOSÉ:
Não meu senhor seus servos vieram a comprar mantimentos.
JOSÉ:
Pensam que me enganam.
IRMÃOS DE JOSÉ:
O meu senhor, todos nós somos filho de um só varão; somos homens de retidão; da terra de Canaã; seus servos não são espias.
JOSÉ:
Conte-me um pouco sobre vossa família.
IRMÃOS DE JOSÉ:
Somos dez irmãos; o mais novo ficou com nosso pai e o nosso irmão José que Deus o tenha, foi devorado por uma fera.
JOSÉ:
Isto é o que vos tem dito; porem eu vos digo que são espias.pela vida de faraó, não saireis daqui enquanto não trouxer seu irmão mais novo.
IRMÃOS DE JOSÉ:
Meu senhor, tenha piedade de nosso pai, se não voltarmos ele morrerá.
JOSÉ:
Está bem, um de seus irmãos ficará detido no Egito e vós levareis mantimento e trará convosco seu irmão mais novo.
IRMÃOS DE JOSÉ:
Pai, o governador do Egitoprendeu um de nossos irmãos e disse que enquanto não levarmos nosso irmãozinho ele não o libertará.
JACÓ:
O meu Deus, já levou meu filho José, e agora queres levar meu filho Benjamim?
IRMÃOS DE JOSÉ:
Pai, as mercadorias estão acabando, como iremos fazer?
JACÓ:
Não sei meus filhos, não deixarei levar meu outro filho.
JUDÁ:
Eu serei fiador do menino e se eu não o trouxer serei réu para sempre.
JACÓ:
Pois assim o fazeis; tomais do mais precioso que temos e apresentai a este homem quem sabe poupará meu filho.
IRMÃOS DE JOSÉ:
Pronto meu senhor aqui esta nossa oferenda e nosso irmãozinho de quem falamos.
JACÓ:
E vosso pais como estas?
IRMÃOS DE JOSÉ:
O meu senhor, nosso pai esta muito triste e abatido, se não retornamos nosso pai morrerá.
JUDÁ:
Por favor meu senhor não detenha meus irmãos aqui no Egito, fique comigo, mata-mês se quiser mas não faça que nosso pai Jacó morra.
JOSÉ:
Não, meus irmãos, não farei nada de mal a vocês, vai em paz e traga nosso pai para morar comigo aqui no Egito, teremos alimento aqui por muito tempo.
IRMÃOS DE JOSÉ:
Meu Deus é nosso irmão José. Perdoe nos meu irmão.
JOSÉ:
Não tenho o que perdoa-los, foi Deus que os fez fazer isto, se não hoje não estaria governando o Egito.
IRMÃOS DE JOSÉ:
Pai, nosso irmão Jose está vivo e é o governador do Egito. Ele mandou buscar o senhor para irmos morar com ele no Egito.
JACÓ:
Vamos logo meus filhos quero ver meu filho antes de morrer.
JOSÉ:
Meu pai que saudade,esta vendo meus sonhos se cumpriram, hoje sou o governador do Egito.
JACÓ:
Louvado seja Deus, pude ver meu filho antes de morrer.
JOSÉ:
Meu pai e meus irmãos fiquem nesta terra ela é ótima para o gado e as ovelhas.
Autor: João do Rozario Lima
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