Um resumo do Contexto sócio econômico do Brasil.



Outro dia convidei um amigo americano, estreante aqui nas terras descobertas por Cabral, para tomar uma água de coco, apesar da preferência dele por experimentar a tão famosa: caipirinha.

Paramos em um desses carrinhos de água de coco, parados em bosques e parques, ele não estava tão habituado a ver tanto serviço informal pelos cantos e esquinas.

Ele me falava da crise no setor imobiliário que atinge o Tio Sam, então aproveitei o contexto sócio econômico para explicar um pouco a distribuição nada igualitária do meu amado e idolatrado Brasil.
Nos anos 70, o problema da renda familiar era resolvido com a inclusão de mais um membro da família no mercado de trabalho, devido ao crescimento econômico industrial e as novas oportunidades de empregos, só que todo esse contexto de desenvolvimento industrial, não estava preparado para a crise econômica dos anos 80.

Na inflação dos anos 80 a classe média, alta conseguiu manter o seu padrão devido ao mercado financeiro e os fundos de investimento, mas a crise de 80 não chegaria aos pés da de 90.
Aonde o desemprego atingiu em cheio a pátria gentil, a inflação que já não era das melhores subiu, gerando a queda significativa do emprego, digamos, formal e gerando o grande índice de empregos informais, sem emprego, a população foi atrás do seu sustendo e de sua renda familiar, através do bom e velho jeitinho brasileiro.
Assim vieram os camelos, os vendedores informais que contribuíram para um novo tipo de renda familiar.

Mesmo com um novo tipo de renda, houve queda no nível médio da renda populacional.
Em 2002 as famílias de baixa renda tinham pelo menos um membro ocupado por família, segundo o IBEGE, em 2009 metades das famílias brasileiras ainda vive com 415,00 reais, mais das metades da mulher vivem sem o marido.

E os filhos menores de 16 anos ganham 249,00 reais.
Um índice preocupante é que 44,7% da população vivem com meio salário mínimo e 18,5% vivem em situação de pobreza extrema quando um quarto de um salário mínimo.

Por ser um país de grandes dimensões, em sua área o Brasil comporta alguns países em seus estados, gerando assim grandes desigualdades entre os mesmo.

Quem sofre mais com essa desigualdade regional é o nordeste, onde a situação da pobreza atinge 66,7% da população nordestina.
Então ficaremos a torcendo pelo sertão virar mar, mas mar de petróleo, e se tornar umas das regionais mais ricas, não só culturalmente e de belezas naturais, para também virar uma das regiões mais ricas economicamente.

Em 2008 o IBEGE revelou que a renda per capita do Brasil foi de 720 reais, sendo que o motor financeiro do Brasil, a Região sudeste deteve 500 reais contra 250 reais da região nordeste.
Assim meu amigo, podemos dizer que o Brasil é o pais das desigualdades, onde o rico realmente fica mais rico e o pobre cada vez fica mais pobre.

Um país que os impostos, taxas são extremamente altos, gerando uma porcentagem de juros abusivos, onde você paga 3 vezes mais pelo produto que você compra, onde você precisa ser criativo para buscar uma nova mídia, ou um novo produto para aumentar a renda média do país, ou simplesmente a sua própria renda familiar.

Assim os bens de consumos se tornam mais caros, devido aos impostos, gerando mais disparidades entre as classes, pelas baixas rendas, as classes C e D encontram mais dificuldade em possuir bens de consumos que as classes B e A criando desnível entre as classes.

Esse é um pouco do quadro sócio econômico do Brasil, considerado um país em transição, jovem sim, mas já com grandes indicies de ricos muito ricos e pobres muito pobres.

Talvez se equilibrarmos as regiões, e não fosse gritante a desigualdade entre as classes, pudéssemos fazer essa transição de país emergem para um país, onde pelo menos que 44,7% da população não viva com meio salário mínimo.
Esse é o Brasil, um país bonito por natureza e desigual por renda.


Autor: Roberta Teixeira De Melo


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