Bocas de aguardente
Bocas de aguardente
Ele me disse: Filho do homem, eu te envio aos filhos de Israel, às nações rebeldes que se insurgiram contra mim; eles e seus pais prevaricaram contra mim, até precisamente ao dia de hoje.
Livro do Profeta Ezequiel, cap. 2:3.
Quando estiveres,
Em seu estado normal,
Vá ao botequim,
E verás enfim,
Que o dono dele
Fica em estado perfeito
Para servir direito
As bocas de aguardente.
Ele não se entorpece;
Porque é um sanguessuga
Sempre pronto a retirar
O seu último tostão,
Que tinha para comprar um pão
Para o seu filhinho
Que chora de fome,
Enquanto cobres de lama
O seu nome.
Ele está sempre ereto,
E nem um pouco irrequieto,
Porque tem de arrancar a moeda
Do seu bolso furado.
Dê uma olhada com atenção
No falso amigão
Que te acompanha,
E que simplesmente sonha
Com a sua destruição.
Comece com equilíbrio a sentar
Na mesa de qualquer bar,
E ele se transformará,
No seu pior inimigo.
Autor: Irene Baltar
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