Baladas



Confesso que nunca fui baladeira, primeiro porque meus pais nunca foram do tipo que achavam normal uma filha chegar as tantas da madrugada em casa, segundo porque as poucas vezes que fui não consegui enxergar graça em ver um amontoado de jovens, fumando, embriagados e agindo fora de si.
Na última balada que fui me senti totalmente um peixe fora d?água,tenho quase certeza que eu era a única pessoa sóbria naquele lugar confesso que comecei a observar e a sentir pena daquelas pessoas no fundo todas estavam perdidas e pedindo socorro, todas fugindo dos seus fantasmas.
Não to aqui querendo bancar a boa samaritana longe disso, sou do tipo que apesar de não beber sou a favor de quem o faz de forma social e controlada, mas o fato é que não é isso que ocorre nessas tais baladas.
É meio chocante ver jovens aparentemente normais agindo de forma tão descontrolada e irresponsável a maioria não fala coisa com coisa é difícil até saber que tipo de droga o fulano consumiu, mas na maioria das vezes é a mistura de várias que causa esse estrago.
Muitos podem argumentar que é só uma balada, mas grande parte desses jovens freqüenta constantemente diria semanalmente nesses casos da pra ter uma base do dano.
É triste demais ver a juventude se autodestruindo pior ainda é ver que todo mundo acha isso normal e a gente ainda paga pra entrar nessas furadas. Admito que tenha certo orgulho em não beber e de nunca ter experimentado nenhuma droga ilícita porque além de preservar a minha saúde de quebra ainda me livro de ficar dando vexame por aí. Quem bebe quer fugir dos seus fantasmas, mas acaba transformando a vida das pessoas próximas num terror.

Autor: Ana Cristina Sério


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