Pro Tools, Logic, Cubase, Nuendo, Sonar... Afinal, qual é o melhor programa de áudio? (PARTE I)
Observe o que nos mostra a história recente da música. Há pouquíssimo tempo atrás os músicos tinham apenas os gravadores analógicos multi-pistas para percorrer esse caminho. Pense que esse tipo de equipamento (que eu usei muito e adoro!) era uma tortuosa e perigosa estrada de chão batido (a comparação é justa pois era preciso ser bastante experiente para operar essas máquinas com eficiência). Muito bem, de posse dessa alternativa os artistas daquele não longínquo tempo produziram obras fantásticas. Veja o exemplo do The Beatles, Pink Floyd ou Led Zeppelin, para citar apenas alguns. Todos esses caras colocaram suas idéias musicais dentro de uma velha e surrada perua Combi, se meteram pela estradinha de terra de uma ou duas polegadas e registraram verdadeiras obras-primas. E aí eu te pergunto: o responsável por esses êxitos foi o gravador de rolo? "Ah, o álbum The Dark Side of the Moon do Pink Floyd só se tornou um divisor de águas na história do classic rock porque foi gravado em um Tascam de duas polegadas" (estou dizendo isso a título de exemplo, nem sei que máquina foi usada e pouco importa). De jeito nenhum! O mais importante sempre foi e sempre será a idéia matriz, o substrato musical, a criação. Esse é, definitivamente, o grande segredo. Portanto, a minha primeira dica, antes de mais nada, é de que você deve sempre concentrar suas energias nos processos criativos. Afinal, qual é o nosso grande objetivo? Criar música, não é mesmo?
Porém, o fato de que a escolha do programa de áudio não aumenta nem diminui a qualidade do seu trabalho do ponto de vista musical não quer dizer que esses programas não tenham absolutamente nenhuma importância nesse processo. Também não quer dizer que eles sejam todos iguais. Eles são importantes para o trabalho do registro de uma peça, seja ela da natureza que for, e eles tem diferenças entre si que muitas vezes ajudam outras atrapalham. Voltando a raciocinar segundo a analogia das cidades fica mais fácil entender: umas estradas oferecem um asfalto em melhor qualidade porém tem mais postos de pedágio, outras tem uma paisagem mais bonita e por isso tornam a viagem mais agradável embora sejam mais longas, outras ainda são curtas e não tem pedágio mas estão em péssimas condições e podem tornar a viagem uma verdadeira dor de cabeça.
É exatamente sobre isso que vamos conversar em meu próximos textos.
Até lá!
DANIEL PEIXXE
Autor: Daniel Peixxe
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