História Familiar de Infarto Agudo do Miocárdio



História Familiar e Infarto Agudo do Miocárdio
Gregorio Schor - Clínico Geral e Psicoterapeuta

Cada vez mais se tem conhecimento de que pessoas com idade entre 30 e 50 anos, e às vezes até mais jovens, são vítimas de infarto agudo do miocárdio.
Esta perigosa enfermidade, ocorre geralmente na prática de exercícios físicos como futebol, corrida, jogos de tenis, etc.
Apenas em uma semana tive conhecimento de cinco casos de graves acidentes cardíacos, devido à atividades esportivas acima citadas.
Todos eles tinham uma história familiar de doenças cardíacas.
Um deles, meu cliente, de 44 anos de idade, não fumante e nem diabético, tinha todos os exames laboratoriais normais, eletrocardiograma sem alteração, e um ano antes tinha feito um teste de esforço e ecocardiograma que nada revelaram de anormal.
Jogando futebol, após 15 minutos de partida, sentiu dor precordial com irradiação para o braço esquerdo, suores, falta de ar e queda da pressão arterial.
Foi levado rapidamente a um hospital, onde foi feito um novo eletrocardiograma e dosagem de enzimas que revelaram um infarto agudo do miocárdio.
Foi chamado o seu cardiologista, que urgentemente o encaminhou ao centro cirúrgico, onde foi feito um cateterismo que mostrou uma obstrução total da coronária direita devido a presença de uma placa ateromatosa.
Os cirurgiões colocaram um ''stent'' e poucos dias depois, o doente teve alta e está tomando a medicação apropriada.
Este paciente não tinha conhecimento que seu avô e tio tiveram enfermidades cardíacas graves antes dos 60 anos, e por isso não relatou estes fatos importantes ao seu cardiologista.
Isto mostra o valor de se conhecer a história familiar para prevenção desta terrível enfermidade.
Os indivíduos com história de doenças cardíacas na família, antes de praticar os exercícios acima referidos, devem fazer, além dos exames laboratoriais e eletrocardiograma, o teste de esforço, o ecocardiograma e se surgirem alterações, realizar a cintilografia e a angiotomografia cardíaca.
Hoje já existem aparelhos que realizam a angiotomografia cardíaca em um tempo mínimo e com baixíssima radiação. Este exame pode mostrar que existe uma grave obstrução na artéria coronariana, e aí é preferível colocar um ''stent'' antes que aconteça um infarto agudo no coração, que pode ser fatal ou deixar uma cicatriz quando o indivíduo sobrevive.
Mortensen, em 300 casos, encontrou um passado familiar em 67,5% e O'Hare obteve a história familiar em 68% dos casos, muitos desconhecendo a causa da morte dos seus ancestrais. (William Boyd - Compêndio de Patologia Geral e de Anatomia Patológica)
Os vegetarianos e macrobióticos, são menos sujeitos a infarto do miocárdio.
Os povos mongóis, com dietas baixas de carne e de ovos e isentos de laticínios, tem níveis sanguíneos de colesterol de 100 a 150 e são dotados de uma notável ausência de ateroma e de evidência clínica de arterioesclerose. (T.R. Harrison - Medicina Interna)

Infecções - As anormalidades congênitas podem ser provocadas por infecções nos primeiros meses de gravidez, antecedentes de doenças respiratórias, bactérias existentes na boca que causam gengivite , carência de vitaminas como ácido fólico, B2, B6 e B12, que podem produzir um grande aumento de hemocisteína, que junto com outros fatores de risco causam infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral.
Os pesquisadores acompanharam 205 pacientes durante 6 meses após a angioplastia para avaliar a reestenose medida.
Em alguns estudos a redução dos níveis de hemocisteína diminuíram a taxa de reestenose coronariana após as angioplastias.
Em um estudo com os pacientes submetidos a angioplastia, foram escolhidos aleatoriamente um grupo para receber ácido fólico (1mg), vitamina B12 (400ug) e piridoxina (10mg) junto com o tratamento do folato e outro grupo recebeu placebo.
O tratamento comn folato reduziu os níveis plasmáticos da homocisteína e o diâmetro da luz das artérias coronárias apresentou aumento significativo neste grupo folato.
Observou-se também redução significativa na necessidade de revascularização da lesão-alvo no grupo folato.
Estes resultados foram citados para sugerir o tratamento de todos os pacientes submetidos a angioplastia com ácido fólico, vitamina B12 e piridoxina.


Autor: Gregorio Schor


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