O Não Sentido Do Existir Humano



Não se trata de ser pessimista, depressivo, ou qualquer coisa que o valha, se trata sobretudo de sermos autênticos,verdadeiros, destemidos, audazes, embora também isso não passe de barganha frente ao inexorável ruir do tempo, da existência , do corpo, da banalidade do ser que pensa que é, mas não é.

A insustentável leveza do Ser, é real  apenas no sentido de nossa constante mutabilidade no que concerne aos nossos conceitos disto ou daquilo, ou mesmo da nossa subjetividade, que nos torna tão vulneráveis frente a realidade posta que quiséramos nós pudéssemos decidir sobre algo que nos afeta a todo instante e estaríamos preparados para criar uma situação que não fosse mutável ao sabor do tempo e das ideologias criadas pelos homens.

Ser ou não ser isto ou aquilo. O que realmente importa?Existe algo que realmente tenha sentido? Vivemos no palco da vida a comédia humana de pensar que somos assim ou de outro modo. Defendemos visões de mundo, etiquetas sociais, falamos sobre  ódio ou amor, pobreza, violência, paz, justiça, etc. Mas o que todos esses conceitos tem de fundamental para o homem, a não ser criar expectativas para o passar do tempo, sim, pois o bem o mal, são subjeções humanas que em última análise não levam a muita coisa uma em detrimento da outra.

Triste é o fato de pensarmos, de saber que sabemos e que pouco ou nada podemos fazer com relação a miserável condição humana de não decidir nada, quero dizer decidir em termos definitivo, apenas decidimos por enquanto, mas na verdade somos um nada que caminha para o nada, independentemente de sermos bons ou maus, de sermos isto ou aquilo.


Autor: José Carvalho


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