A INFLUENZA H1N1 NO MUNICÍPIO DE CURITIBA: AVALIAÇÃO DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DO PARANÁ



Denecir de Almeida Dutra
Prof. Dr. do Centro Universitário Campos de Andrade - UNIANDRADE
[email protected]
Maria das Graças Felix da Cunha
Acadêmica em Enfermagem - UNIANDRADE
[email protected] ? (041) 3598-3409
Rosália Jacomel - Coordenadora do curso de Enfermagem - UNIANDRADE
[email protected]

RESUMO


A influenza A (H1N1) é uma doença respiratória aguda (gripe), causada pelo vírus A (H1N1). Este novo subtipo do vírus da influenza é transmitido de pessoa a pessoa principalmente por meio da tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. O presente artigo tem caráter qualitativo e sua metodologia foi a pesquisa de sites e manuais disponibilizados pelo Ministério da Saúde e dados colhidos das publicações do Hospital de Clínicas do Paraná (HC) que serviu de referência no tratamento dos casos de H1N1 no ano de 2009. O objetivo é avaliarmos a atuação dos profissionais de saúde frente à epidemia de surto global em especial a situação enfrentada por Curitiba, tomando o HC como citação.

Palavras - Chaves: Influenza A, H1N1, Epidemia, Pandemia, Enfermagem, Hospital


SUMMARY


The influenza A (H1N1) is an acute respiratory illness (flu), caused by the H1N1 virus. This new subtype of the influenza virus is transmitted mainly from person to person through coughing or sneezing and contact with respiratory secretions of infected people. This article has a qualitative character and its methodology was searching for sites and manuals made available by the Ministry of health and data gathered from the publications of the Clinical Hospital of Paraná (HC) which served as a reference in the treatment of cases of H1N1 in the year 2009. The goal is to assess the performance of health professionals against global outbreak epidemic in particular the situation faced by Curitiba, taking the HC as citation.

Keywords: Influenza A, H1N1, Pandemic, Epidemic, Nursing, Hospital


RESUMEN

La gripe A (H1N1) es una enfermedad respiratoria aguda (gripe), causada por el virus H1N1. Este nuevo subtipo de virus de la gripe se transmite principalmente de persona a persona a través de la tos o el estornudo y el contacto con las secreciones respiratorias de personas infectadas. Este artículo tiene un carácter cualitativo y su metodología estaba buscando sitios y manuales de puestos a disposición por el Ministerio de salud y datos recogidos de las publicaciones del Hospital clínico de Paraná (HC) que sirvió de referencia en el tratamiento de casos de H1N1 en el año 2009. El objetivo es evaluar el desempeño de profesionales de la salud contra la epidemia global de brote en particular la situación de Curitiba, teniendo el HC de la cita.

Palabras - Clave: Influenza A, H1N1, pandemia, epidemia, enfermería, Hospital


INTRODUÇÃO


Atualmente o mundo vive os efeitos pós globalização, ou seja, as distâncias diminuíram, os meios de comunicação evoluíram e a rapidez da informação, são armas positivas e negativas para o contexto da saúde. Salienta-se que estes homens e mulheres globalizados se deslocam rapidamente carregando consigo vírus, bactérias, fungos e demais patógenos, e isto pode ser um fator de risco. Quando se ouviu a notificação de casos da Influenza H1N1 no México, a sociedade mundial preocupou-se através da Organização Mundial da Saúde (OMS) que declarou em 25 de Abril de 2009 que a pandemia era um caso de "emergência na saúde pública internacional", a partir dai iniciou o processo de avaliacao de risco e assim a gripe foi sendo monitorada. A influenza A (H1N1), doença respiratória aguda, altamente contagiosa, causada pelo vírus tipo A, que afeta principalmente as vias aéreas superiores e, ocasionalmente as inferiores é transmitido de pessoa a pessoa, principalmente por meio da tosse ou espirro e secreções respiratórias de pessoas infectadas. No início de 2009, a OMS declarou a primeira fase de pandemia global de gripe por Influenza H1N1 deste século. A pandemia do vírus influenza A /H1N1 foi considerada infecção generalizada no Brasil em 16 de julho de 2009. Desde então, milhares de casos de síndrome respiratória aguda foram noticiados no Brasil, com uma taxa de mortalidade de 0,47/100.000 habitantes com variações em cada região (BRASIL, 2009). Essa doença teve um surto global, e em todos os lugares em que a H1N1, passou deixou um número alto de pessoas acamadas e óbitos.
Partindo desse pressuposto, esse trabalho é de característica qualitativa e terá como método de pesquisa os sites e manuais disponibilizados pelo Ministério da Saúde na internet com informações sobre o tema abordado, essas fontes citam aos anos de 2009 a 2010, Subtraindo informações e dados científicos sobre o assunto baseados no enfrentamento do agravo da H1N1 pelo Hospital de Clínicas do Paraná (HC) visando à avaliação da situação de Curitiba frente à epidemia. A pesquisa visa o entender a patologia, tendo assim como objetivos específicos conhecer a doença, sua prevenção sintomas e os tratamentos. O objetivo geral é conhecer os danos que a patologia pode causar as pessoas e como o HC-PR enfrentou esse agravo, bem como a eficiência das medidas implementadas pelos profissionais de saúde. E assim ficarmos informados sobre o apontando à avaliação da situação de Curitiba frente à injúria.


CONCEITOS DE INFUENZA


A Influenza H1N1 é um vírus com propriedades moleculares dos vírus influenza humano, suíno e aviário, resultante de alterações antigênicas freqüentes. É subdividido em tipos A, B e C. Destaca-se dessa forma que este subtipo do Influenzavirus A está relacionado à pandemia que atingiu o mundo em 2009 atingido indivíduos sem imunidade prévia a este vírus, e que foi é capaz de causar doença no homem por demonstrar transmissão eficiente entre humanos. (VERRASTRO, et al., 2009).
A doença é transmitida de indivíduo a indivíduo através do espirro, tosse e contato com secreções de pessoas contaminadas pelo vírus (BRASIL, 2009). Podendo ainda haver transmissão por meio das mãos ou outras superfícies contaminadas. O vírus é transmitido em até 7 dias no adulto e até 14 dias nas crianças (ROCHA, 2010).
Suas apresentações clínicas são semelhantes às gripes sazonais, os sintomas iniciais da doença são a rápida instalação de febre alta, tosse seca, dispnéia e dor na garganta (GALAS, 2009). A evolução da doença pode desencadear alterações respiratórias graves, sendo necessário admitir o paciente na Unidade de Terapia Intensiva para não evoluir a óbito. O tratamento é feito tanto com os medicamentos oseltamivir como com ozanamivir, onde o vírus é susceptível. Para medidas de controle e prevenção devemos tomar a vacina, lavar as mãos com água e sabão após o espirro, tosse, usar sanitário, tocar olhos, nariz e boca, ao tossir e espirrar proteger a boca com lenço descartável, evitar ambientes fechados e tumultuados, ingerir líquidos entre outros


DESENVOLVIMENTO


A gripe por influenza A/H1N1 tornou-se motivo de preocupação por sua complexidade devido à alta transmissibilidade e possibilidade de rearranjos e mutações genéticas e suas complicações terem aumentado muito o número de internações em todo o mundo e impelido muitos pacientes à Unidade de Terapia Intensiva ? UTI, pelo agravamento dos sintomas. O período de pandemia de abril a início de julho de 2009 foi marcado por uma busca célere dos serviços de saúde que se manteve elevada, sendo uma das preocupações no combate à doença no Paraná a implementação de ações com a rede de assistência à população, para impedir que o agravamento e mais mortes decorrentes da doença. Em virtude do agravo foram hasteadas melhorias na estrutura hospitalar já existente para absorver essa demanda, seja de leitos, material ou medicamentos necessários. Foram indispensáveis à implantação de medidas de ações como a revisão das medidas de precaução e controle instituídas nos serviços de saúde. Nesse período os custos com a gripe A, preocuparam os hospitais do Estado e a rede privada de assistência que já vinham trabalhando no limite da capacidade física e financeira, desde antes do aparecimento da pandemia o que se agravou ainda mais o causando uma sangria substancial nos já contidos recursos públicos e privados da saúde (Luciana Cristo - Paraná - Online). Diante do quadro pandêmico fez-se necessário tomar medidas cogentes sendo os principais alcances tomados em Curitiba, como o fechamento do Pronto-Atendimento Adulto do Hospital de Clínicas (HC), para atendimento exclusivo aos pacientes graves com doenças respiratórias, suspeitos de estarem com a nova gripe. Esses pacientes vinham trazidos pelo SAMU depois de terem passados por triagem. Durante o surto da H1N1 eram fornecidas orientações para todos os profissionais médicos da unidade de urgência e emergência para o atendimento de pacientes conforme orientações da Secretaria Municipal da Saúde, que instituiu a partir do dia 24/07/2009 a Unidade de Urgência e Emergência HC como responsável pelo atendimento de pacientes graves com quadros de Influenza A (H1N1) e por isso várias medidas foram tomadas em caráter emergencial para que pudesse adequar o bom atendimento a estes pacientes, que tinham duas formas de entrarem no Pronto Atendimento (PA): O encaminhamento através da Central de Leitos de Curitiba e o encaminhamento através de contato telefônico das Unidades de Saúde (US) 24 hs de referência (US Boa Vista e US Fazendinha). Não era realizada avaliação de pacientes por meio de busca direta, salvo risco iminente de vida. No enfrentamento da fase mais crítica de propagação da doença ações imediatas foram tomadas como reuniões do Comitê de influenza completo e subcomitês, elaboração e implementação do protocolo de atendimento de casos suspeitos de influenza, dando atenção especial aos grupos onde o vírus da influenza A (H1N1) potencializava sua ação levando a infecção respiratória aguda e maior número de óbitos (pacientes imunodeprimidos, crianças e gestantes), concretizando treinamento de todos os residentes do PA emergência do HC para coleta de material respiratório por aspiração, busca ativa diária de casos de infecção respiratória aguda grave e orientação para a notificação de todo caso suspeito atendido na instituição, treinamento da equipe de Anatomia patológica sobre as precauções e coleta de material, controle rigoroso na utilização dos EPIs e medidas de proteção do ambiente de trabalho. É importante ressaltar que todos os profissionais de saúde (médicos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas, equipes de radiologia entre outros), intensificaram o uso de EPIs, lavagens das mãos e utilização contínua de álcool em gel na higiene das mãos. No atendimento dos pacientes encaminhados já em ventilação mecânica a orientação era que o mesmo deveria subir diretamente à UTI Adulto após contato prévio e ciência da equipe da UTI, na indisponibilidade de vaga, eram encaminhados ao Centro de Terapia Semi Intensiva (CTSI). Salientando que estes setores fazem parte do anexo B que comporta o PA Adulto, CTSI e UTI Adulto. Pacientes em caso suspeito ficavam em isolamento hospitalar e quarentena. A equipe envolvida no enfrentamento da Influenza H1N1 seguiu integralmente as orientações do serviço de Epidemiologia do hospital que determinava o reforço da vigilância epidemiológica virológica dos casos que apresentasse quadro de Infecção Respiratória Aguda Grave - IRAG (definição de caso = Febre + tosse ou dor de garganta + dispnéia que apresentassem a necessidade de internação). Todos os casos que cumpriam esta definição eram coletados 2 amostras de secreção respiratória, preferencialmente por aspirado sendo uma amostra para a virologia do HC e outra amostra encaminhada para o Laboratório Central (LACEN). Esses cuidados foram necessários para que a epidemia não se tornasse ainda mais devastadora no estado do Paraná que no período de abril a setembro de 2009 teve em seu quadro 222 pacientes que foram a óbito devido a H1N1(Sinan/SVS-16/09/2009) Quando à vacinação, passou a ser distribuída para população a partir de março de 2010 vimos que o agravo da Influenza A manteve-se sob controle não só no Paraná como também no Brasil e no Mundo.


CONSIDERAÇÕES FINAIS


O tipo A H1N1 causou no início de 2009 uma pandemia global que atingiu diversos países e levado milhares de pessoas a óbito O fundamento de concluir o presente artigo baseia-se em entendimento de medidas sistematizadas diante da influenza A (H1N1) no Hospital de Clínicas do Paraná em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba no combate da epidemia da gripe A. diretrizes foram traçadas como o fechamento do Pronto-Atendimento do Hospital de Clínicas (HC), para atendimento exclusivo aos pacientes graves com doenças respiratórias, suspeitos de estarem com a nova gripe. Vale ressaltar as principais medidas de enfrentamento ao agravo como: orientação da equipe multidisciplinar uso de EPIs, lavagem das mãos, dispensação da medicação Oseltamivir, direcionamento preciso dos casos mais graves aos setores destinados aos doentes. Notando-se empenhada demanda da OMS com recíproca atuação do Ministério da Saúde, mediante implantarem vacinação contra a influenza A. Em agosto de 2010 a OMS declarou o fim da pandemia da gripe H1N1, popularmente conhecida como gripe suína, que foi identificada em abril de 2009 na América do Norte e desde então havia se alastrado por todo o mundo, deixando 18.500 mortos. Passamos o período pandêmico salientando que grande parte da baixa circulação viral do H1N1no Paraná foi devido à elevada cobertura de vacinação nos grupos selecionados pelo Ministério da Saúde, no Estado e Município de Curitiba, assim como as medidas de higienização das mãos instituídas para toda a população. A notícia é boa, porem devemos manter -nos em alerta, com a vigilância virológica de todos os casos suspeitos, para detectar qualquer mudança da situação, assim como um melhor conhecimento dos vírus circulante.


REFERÊNCIAS


1. Organização Mundial da Saúde (OMS)
2. VERRASTRO, et al., 2009
3. MINISTÉRIO DA SAÚDE BRASIL. Influenza a (H1N1) Protocolo de Procedimentos. Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional ? ESPII. 2009. Disponível em: http://www.influenza.lcc.ufmg.br
4. BRASIL, Secretaria de Vigilância em Saúde. Informe epidemiológico ? Influenza A (H1N1). Ano 1, n. 8, set., 2009.
5. ROCHA, Juliana. História: Pandemia de gripe de 1918. Portal Fiocruz, 2009. Disponível em: http://www.invivo.fiocruz.brGALAS, 2009
6. Luciana Cristo. Disponível em: www.parana-online.com.br
7. CAMPOS, Shirley de. Histórico da Influenza ? Gripe Suína. Portal Saúde, mai., 2009. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/profissional/
8. COSTA FILHO, Rubens C. Abordagem racional dos pacientes com complicações decorrentes da nova gripe ? H1N1. Portal EBAH, 2009. Disponível em: http://www.ebah.com.br
9. DUARTE, Péricles Almeida et al. Pacientes com infecção por vírus A (H1N1) admitidos em unidades de terapia intensiva do Estado do Paraná, Brasil. Rev. Bras. Ter. Intensiva, v. 21, n. 03, PP. 231-236, 2009. Disponível em: http://www.scielo.br
10. MACHADO, Alcyone Artioli. Infecção pelo vírus a (H1N1) de origem suína: como reconhecer, diagnosticar e prevenir. J. Bras. Penumol. V. 35, n. 05, mai., 2009, pp. 464-69.
11. Serviço de Epidemiologia Hospitalar do HC-UFPR
12. Sinan/SVS-16/09/2009 Disponível: http://www.amep.org.br

























Autor: Maria Das Graças Felix Da Cunha


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