Artigo: A dificuldade dos Estados Unidos e da OTAN em vencer os insurgentes islâmicos no Afeganistão
Roberto Ramalho é advogado, jornalista, relações públicas, pesquisador, articulista, escritor e blogueiro
Agora é que a guerra entre Os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) contra os insurgentes do Talibã e o grupo terrorista Al Qaeda vai realmente começar.
Depois que Os Estados Unidos enviaram mais 30.000,00 soldados ao Afeganistão, o ataque suicida dos militantes Talibãs tem aumentado no país.
O grupo insurgente Talibã como diz a reportagem está bem armado e dificultará muito o avanço das tropas americanas, da OTAN e das tropas afegãs, que pouco fazem já que possuem pouca ou nenhuma experiência de guerra, ao contrário dos combatentes islâmicos.
E agora após a saída do general Stanley McChrystal do comando das tropas americanas no Afeganistão, e mesmo o presidente do país, Hamid Karzai, apoiando o seu sucessor escolhido por Barack Obama para o posto General de Exército David Petraeus, a coisa está começando a ficar complicada para Os Estados Unidos e para a OTAN. Segundo um comunicado de seu gabinete, Karzai, que tinha uma relação muito próxima com McChrystal, considera o general David Petraeus um comandante "experiente", com grande conhecimento sobre seu país.
São centenas de milhares de soldados que estão nesse país desde 2001 e mais de 3.000,00 já morreram principalmente norte-americanos.
No caso da OTAN foram mais de 600 combatentes, a maioria de britânicos.
Para aqueles que não sabem tudo começou com os atentados as torres gêmeas do Word Trader Center em 11 de setembro de 2001 quando quatro aviões de companhias aéreas se chocaram nos edifícios sendo dois em cada um.
Após o momento do choque transmitido ao vivo pelas principais cadeias de televisão norte-americanas como a CNN, a ABC, a NBD, e outras locais, foram vistas pessoas se jogando dos prédios, principalmente aquelas que estavam situadas acima do incêndio.
Pouco tempo depois centenas de bombeiros, após a primeira torre gêmea desabar ainda subiram na outra na tentativa de salvar seres humanos que ali estavam.
Porém, a segunda torre terminou desabando matando mais de trezentos bombeiros.
Isso chocou ainda mais o povo americano e o governo de George W Bush que naquele momento se sentia impotente para tentar qualquer reação em face de ainda não saber quem tinha praticado os atentados e não conhecê-los.
Segundo a Enciclopédia Wikipédia a invasão do Afeganistão, liderada pelos Estados Unidos, teve início em 07 de outubro de 2001, à revelia das Nações Unidas, que não autorizaram a invasão do país. O objetivo declarado da invasão era encontrar Osama Bin Laden e outros líderes da Al-Qaeda, destruir toda a organização e remover do poder o regime talibã, que alegadamente lhe dera apoio.
De acordo ainda com a referida Enciclopédia a invasão marca o início da guerra contra o terrorismo, declarada pelo governo Bush, após os atentados de 11 de setembro. A Aliança do Norte - grupo armado adversário dos talibãs - forneceu a maior parte das forças terrestres, enquanto os Estados Unidos e a OTAN ofereceram, na fase inicial, o apoio tático, aéreo e de apoio logístico.
Embora Os Estados Unidos e a OTAN tennham conseguido matar Osama Bin Laden, que estava escondido numa residência numa cidade próxima da capital do Paquistão, Islamabad, numa ação que nem o governo desse país soube, a situação no Afeganistão ainda é bastante conturbada.
O Pentágono e a CIA já sabiam do paradeiro de Osama Bin Laden já a algum tempo e que ele estaria sendo protegido por altos-oficiais paquistaneses ? generais para melhor ser exato ? e por esta razão ainda não tinham conseguido capturá-lo ou matá-lo, o que realmente era verdade.
Mas o problema não se restrisnge somente a morte de Osama Bin Laden, tem também o líder do Talebam Mulá Omar que está vivo e deve também está acompanhado do terrorista islâmico e atual líder da Al Qaeda Ayman al-Zawahiri.
E para confirmar o que afirmo nesse artigo, no último dia 13 de setembro, desafiando Os Estados Unidos e a OTAN, o grupo islâmico Taliban atacou diversos órgãos americanos, entre eles a embaixada desse país em Cabul, permanecendo ali por 20 horas, até seus insurgentes serem mortos depois de uma batalha feroz e cruel entre seus comandados e as tropas do governo afegão, americanas e da OTAN.
Segundo a Agência Internacional de Notícias Reuters um grupo de homens armados repeliu as forças de segurança do Afeganistão e do Ocidente durante quase 20 horas, disparando foguetes contra as embaixadas dos países ocidentais em uma demonstração dramática da força da insurgência.
Segundo as principais Agências de Notícias Internacionais que estavam cobrindo a ação dos insurgentes islâmicos e o contra-ataque das forças dos Estados Unidos, da OTAN e tropas do governo afegão, esse foi o ataque militante mais duradouro e audacioso na capital afegã em uma década, desde que o Talibã foi deposto do poder, sendo uma forte lembrança dos recursos e do alcance dos insurgentes no momento em que as forças ocidentais se preparam para se retirar do país.
Os rebeldes talibãs, que combatem há dez anos o regime de Cabul apoiado por cerca de 130 mil soldados da OTAN, na sua maioria americanos, intensificaram consideravelmente a sua luta nos últimos anos, multiplicando os ataques no coração da capital.
Como estudioso no assunto, enquanto esses dois personagens não forem capturados pelas tropas americanas e da OTAN, o Mulá Omar que está vivo e deve também está acompanhado do terrorista islâmico e atual líder da Al Qaeda Ayman al-Zawahiri, a guerra contra os insurgentes jamais será vencida, embora creia que os dois líderes islãmicos devam já ter preparado seus sucessores caso eles sejam detidos ou mortos.
Essa guerra ainda irá durar muitos anos porque o povo muçulmano não se entrega fácil.
Com a palavra os especialistas: cientistas políticos, historiadores, cientistas sociais etc.
Autor: Roberto Jorge Ramalho Cavalcanti
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