A LINGUAGEM DA INTERNET: UMA QUESTÃO DE VARIAÇÃO LINGUÍSTICA




RESUMO: A popularidade da internet tem aumentado significativamente nos últimos anos e, decorrente desse fato, aliado aos diversos meios de comunicação falados e escritos, apareceram novos gêneros textuais: os virtuais, caracterizados por uma linguagem específica, repleta de abreviações, imagens e ícones de toda espécie, é o internetês, cujos fatores relevantes são a praticidade e a economia de tempo. Este artigo apresenta os gêneros textuais virtuais e sua linguagem particular analisados sob uma perspectiva sociolingüística variacionista.

PALAVRAS ? CHAVES: sociolinguística; variantes linguísticas; hipertexto; internet; língua.

ABSTRACT: The popularity of the Internet has increased significantly in recent years and as a result of this fact, together with various ways of communication spoken and written, appeared new text genres: the virtual ones, characterized by a specific language, full of abbreviations, images and icons of all kinds, is the Internetês, whose relevant factors are convenience and time savings. This paper presents the virtual text genres and their particular language studied from a sociolinguistic perspective variational.

KEYWORDS: sociolinguistic; linguistic variants; hypertext, internet, language.

1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A comunicação oral ou escrita, verbal ou não-verbal está presente em todos os ambientes que frequentamos. Seja por sinais de advertência, permissões e restrições compreendidas com apenas uma palavra ou um gesto.

Embora cada indivíduo possua uma forma única e particular de se expressar, a sociedade como um todo tem necessidade de se comunicar, expressar sentimentos, interagindo uns com os outros, todo indivíduo falante deseja ser compreendido e, na maioria das vezes, espera uma resposta, deste modo, concretiza o principal objetivo da linguística: comunicar-se.
A interação homem-sociedade é amparada estritamente pela linguagem, realizada através de uma troca mútua de enunciados, determinados pelas diversas situações com as quais o homem pode se defrontar no decorrer de sua experiência como falante. O ser humano se transforma significativamente a todo o momento, inserido em um mundo que também está em constante transformação, nessa interação homem-sociedade, a linguagem também tem caráter variacionista, adequando-se aos ambientes e às necessidades do homem falante-ouvinte.

Emergido da interação crescente entre indivíduos de todos os credos e etnias possíveis, mutantes e adaptáveis às mais variadas situações, surge a Internet, um meio de comunicação, de entretenimento, de informação e de tantas outras utilidades. O acesso da população à Internet tem crescido gradativamente e trouxe com isso novas formas de comunicação entre os usuários da rede mundial de computadores.

Dentre essas novas formas estão os gêneros textuais virtuais, que analisados sob alguns aspectos trata-se de uma evolução dos meios de comunicação já existentes, por outros pode ser considerada uma forma única de comunicação.

Os novos gêneros textuais caracterizam-se por uma linguagem repleta de abreviações, imagens e símbolos: o Internetês, uma linguagem que está se tornando tão popular entre os internautas e já é considerada por alguns linguistas como uma nova variante linguística a qual visa à praticidade e ao dinamismo, mas há ainda quem afirme ser apenas uma moda que logo passa.

Considerando a popularidade da internet, apresentaremos os gêneros textuais virtuais, e sua escrita particular, analisados sob uma perspectiva sociolinguística variacionista, através de uma pesquisa exploratória de caráter bibliográfico.

2 - SOCIOLÍNGUISTICA: DEFINIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

A sociolinguística é a ciência que estuda a língua sob uma perspectiva social, analisando a língua que cada indivíduo fala como fator inteiramente dependente da sociedade em que este se encontra inserido. Diferente de outros ramos da linguística, que estudam a língua sob uma visão independente do meio em que o falante se encontra, o campo de estudo da sociolinguística depende da interação língua-sociedade e das transformações que ocorrem em função do contexto histórico.

Os estudos de Willian Labov foram importantes para o desenvolvimento da sociolinguística, baseando-se na análise da ligação entre língua e sociedade, assim como as transformações no decorrer do tempo. Como menciona Picarddi (2009) a sociolinguística analisa, registra e descreve sistematicamente os diversos falares existentes na sociedade e assim, determina a variedade linguística como seu objeto de estudo. Segundo Borba (2003, p. 80) "A sociolingüística se interessa particularmente pelos dialetos sociais ou registros, procurando caracterizá-los e compreendê-los dentro do estatuto social de seus usuários", ou seja, a sociolinguística analisa os falares relevando os diversos fatores que interferem nas formações das variedades linguísticas.

As variedades linguísticas são analisadas a partir do ponto de vista diacrônico ou histórico e do ponto de vista sincrônico. Conforme Petter (2002, p. 18)
Em sincronia os fatos lingüísticos são observados quanto ao seu funcionamento, num determinado momento. Em diacronia os fatos são analisados quanto às suas transformações, pelas relações que estabelecem com os fatos que o precederam ou sucederam.

Logo, compreende-se que diacronia estuda as mudanças ocorridas na língua a partir de uma perspectiva histórica, comparando e analisando no mínimo dois momentos sucessivos de uma determinada língua. Já sincronia analisa a língua sob a forma em que ela se encontra em um determinado momento histórico, não há comparação entre tempos distintos da língua.

Assim, dentro da perspectiva sincrônica, a sociolinguística analisa a variedade linguística a partir de três pontos de vista: geográfico ou diatópico, social ou diastrático e estilístico ou diafásico.

2.1 ? VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

As línguas variam constantemente, como cita Assunção (2009, p. 01) "o fenômeno variação lingüística esteve presente em todo momento da formação e estruturação de nossa língua, ao retornarmos à língua-mãe, o latim, percebemos que desde então, até os dias atuais, tivemos mudanças renovadoras da língua", assim podemos notar que a língua não é algo estático e determinado, pois está sempre se modificando.

Com as navegações a diversidade linguística foi se disseminando, os portugueses ao colonizarem o Brasil trouxeram muitas palavras e expressões do seu vocabulário, porém é notória a diferença entre o português do Brasil e o de Portugal. Existem muitos fatores que influenciam as variações linguísticas, o meio social, geográfico, histórico, a influência de termos de outras línguas e a adequação que cada comunidade faz no seu modo de falar, e isto ocorre para que a língua possa promover a interação entre a rica variedade de povos existentes no mundo.

Segundo Firmino (2006, p. 01) "A Língua Portuguesa mudou muito através dos séculos. E continua mudando. A forma de tratamento "Vossa Mercê" sofreu mudanças lingüísticas até a forma "você", que continuou mudando até a pronúncia "cê vai?" e a atual escrita dos usuários da internet: "vc", desete modo, precebe-se como as variações linguísticas evoluíram gradativamente no decorrer da história e tendem a continuar a evoluir, dando origem a outros estilos de comunicação .

Ressaltamos que as transformações da língua não ocorreram instantaneamente, é um processo de mudança gradual em várias dimensões. Como afirma Assunção (2009, p. 02) "Uma variante inicialmente utilizada por um grupo restrito de falantes passa a ser adotada por indivíduos socialmente mais expressivos e ao cair em uso torna-se uma norma; a partir daí, temos uma variante como verdade", ou seja, a variação linguística é um processo de evolução contínua da língua, os termos e expressões surgem e se dissipam entre os falantes de um determinado meio, dando origem a uma nova variante.

2.1.1 - VARIAÇÃO DIACRÔNICA OU HISTÓRICA

A variação diacrônica ocorre quando comparamos e analisamos no mínimo dois estados de uma língua. Um exemplo desta variante pode ser diagnosticado quando lemos alguns textos, do século XVI, tais como a obra "Os Lusíadas" de Camões, ou até mesmo trechos bíblicos e nos deparamos com termos que se tornaram arcaicos, como podemos citar o desuso de expressões com mesóclise: "Eis que a virgem dará à luz um filho, e chamá-lo-ão pelo nome de Emanuel, que traduzido é: Deus conosco." (MATEUS, I: 23-24). Quando nos deparamos com trechos como este, constatamos uma estranheza na expressão com a qual não temos muito familiriadade.
Entretanto, na maioria das vezes, os trechos podem ser compreendidos perfeitamente, uma vez que há coerência no texto e as palavras principais são conhecidas pelo ouvinte. Podemos notar ainda que da mesma forma com que o novo se sobrepõe ao antigo, também os termos arcaicos podem se tornar presentes. A variação diacrônica pode ocorrer em relação ao significado, por exemplo, a palavra "massa" além dos significados encontrados no dicionário, é utilizada pelos jovens para descrever alguma coisa boa, legal ou interessante.

2.1.2 ? VARIAÇÃO DIATÓPICA OU GEOGRÁFICA

A variação diatópica implica o estudo da fala de diferentes comunidades situadas em diferentes espaços geográficos em um mesmo tempo histórico. O Brasil com o seu imenso território é reconhecido pelas diferentes formas de pronúncia, vocabulário e estrutura sintática das palavras.

As inúmeras diferenças entre a língua falada em cada canto do território brasileiro classificam-se em vários níveis. Por exemplo, um falante da Paraíba pode não conhecer a palavra "bergamota", comumente usada no Rio Grande do Sul para se referir à "tangerina" que já é outro termo usado em demais regiões. Este caso é um exemplo da variação lexical, ou seja, do significado, são dois vocábulos totalmente diferentes, usados em regiões distintas, mas que fazem referência ao mesmo fruto, que possui características particulares, às quais impossibilitam chamá-lo com outro nome.

Entretanto, Beline (2002, p. 121, 122) afirma que "tais diferenças não impedem que nos comuniquemos entre nós. Quando ouvimos um carioca típico, podemos entender tudo o que ele fala. [...] É contudo inegável que, ainda que haja tais diferenças lexicais nas diversas regiões do país, falamos a mesma língua.", desta forma, é notável que as línguas não variam aleatoriamente, elas variam até um determinado grau de compreensão por parte dos falantes.

Podemos destacar também a variação de nível fonético - dos sons das palavras. Por exemplo, o modo como cariocas e paulistanos pronunciam o ?r em final de sílabas. Os cariocas aspiram o ?r, já os paulistanos pronunciam o mesmo ?r como uma vibrante simples. Se transcrevermos foneticamente a pronúncia da palavra "casar" teremos - pronúncia carioca: casar = /kazar/; pronúncia paulistana: casar = /kazah/. Beline (2002, p. 122) afirma ainda que "a variável lingüística é, portanto, um conjunto de duas ou mais variantes. Estas, por sua vez, são diferentes formas lingüísticas que veiculam um mesmo sentido", ou seja, as variações linguísticas são identificadas comparando termos e expressões de uma mesma língua, que indicam um mesmo sentido.

2.1.3 ? VARIAÇÃO DIASTRÁTICA OU SOCIAL

A variação diastrática está relacionada ao estudo da maneira de falar de diferentes grupos dentro de uma mesma comunidade, relevando os inúmeros fatores sociais determinantes para existência destas diferentes formas de falar, tais como etnia, sexo, nível socioeconômico, grau de escolaridade, idade, grupo profissional, entre outros. Através desta perspectiva variacional identifica-se a distinção entre a norma culta, considerada a língua padrão pelos gramáticos e a norma não padrão, que são os dialetos existentes dentro de cada grupo social.

Podemos citar aqui o caso do Haiti, exposto por Borba (2003), no país existe duas línguas: o francês que é a língua da classe burguesa e, utilizada na escrita e nas relações internacionais; e o crioulo haitiano, que é a forma falada no cotidiano das classes mais baixas e não escolarizadas. As diferenças linguísticas nesse caso evidenciam uma nítida separação entre as classes sociais, em que a classe economicamente mais baixa tem desvantagem na busca por empregos ou em outras situações que dependem de falar e escrever francês. Houve tentativas em tornar o crioulo haitiano a língua escrita nacional, mas todas foram negadas pelos nacionalistas. Em 1947 a UNESCO iniciou em projeto-piloto, para elaboração de materiais auxiliares na tradução do crioulo para o francês.

Conforme Assunção (2009), esta diferença existente entre os grupos sociais, demonstra que a língua é um referencial humano, que identifica o perfil de um indivíduo e o grupo social ao qual este pertence, assim esta sempre possuirá infindáveis variações, visto que ninguém é igual a ninguém e não pertencemos todos ao mesmo meio social. Cada indivíduo possui características próprias da comunidade com a qual se relaciona, e utiliza o recurso linguístico que adquiriu em seu processo de aprendizagem, assim um grupo de estudantes universitários possui uma variedade linguística muito diferente de um grupo de vendedores ambulantes. A língua é de alguma forma expressão da heterogeneidade humana existente num determinado espaço.


2.1.4 ? VARIAÇÃO DIAFÁSICA OU ESTILÍSTICA

A variação diafásica analisa o uso que um determinado falante faz da sua língua, em determinada situação que se defronta. A variação diafásica considera que o falante escolhe a maneira como falar, influenciado por fatores diversos, tais como a época em que vive, o ambiente onde se encontra: familiar, profissional ou entre amigos, o grau de intimidade com o interlocutor, o tipo de assunto a ser tratado, seu estado emocional e quem são seus ouvintes. Estes fatores norteiam o falante a usar uma linguagem mais ou menos formal da língua, modo de expressão que pode ser oral ou escrita e ainda, a sintonia que inclui o nível de tecnicidade e respeito à norma culta dependendo diretamente do perfil do ouvinte. O grau profissional também é fator determinante para a escolha do modo de falar. Por exemplo, a linguagem médica, gera grande transtorno ao ouvinte, o paciente, para compreendê-la quando usada dentro dos termos gramaticais específicos da medicina.

Segundo Assunção (2009, p. 04)
[...] as pessoas tendem a apresentar desvios maiores às normas gramaticais na língua falada, isto talvez pela rapidez com que se efetua a comunicação. Em contraposição, observamos que ao se registrar a língua de forma escrita temos mais cuidado e preocupação em obedecer as normas gramaticais, sem contar que na escrita os desvios ficam mais nítidos do que na fala.

Assim, nota-se determinada tendência a obedecer regras pré-definidas na linguagem escrita, visando à clareza de idéias, já na linguagem oral estas regras são irrelevantes e o fator mais importante é a comunicação rápida e eficaz.

Os usuários da internet também são um exemplo claro do uso da variação diafásica, pois percebe-se que o acesso crescente da população a rede mundial de computadores, faz com que grupos de pessoas com interesses semelhantes ou não, se comuniquem com linguagem própria e específica para o ambiente em rede social, sendo este ambiente outro fator influenciador ao uso de determinada forma de se expressar.

2.2 ? LINGUAGEM ORAL E ESCRITA: CARACTERÍSTICAS

A linguagem oral é caracterizada pela gesticulação, expressões corporais, dos olhos, fluidez na exposição das idéias, velocidade na produção do discurso, interação entre falante e ouvinte, "como o falante ouve junto com o seu interlocutor as suas palavras proferidas e pode controlar os seus efeitos a partir das reações do outro, pode ele corrigir com eficácia, [...] as eventuais falhas de comunicação quando a informação desejada não se efetiva.". BOTELHO (2009, p. 04). Na linguagem oral o uso de estruturas de voz passiva é pouco frequente, utiliza-se muita repetição de termos. A sintaxe da linguagem oral é bem mais simples que na linguagem escrita, assim como a simplicidade na elaboração das frases, pois muitos ficam subentendidos, a mensagem se completa com o contexto e com elementos não-linguísticos presentes na ação discursiva.

A linguagem escrita se difere da oral quanto à correção gramatical, necessidade de coerência, clareza e objetividade, estes são fatores essenciais, pois no caso de uma má interpretação por parte do interlocutor, o escritor não tem possibilidade de correção instantânea. Não há fragmentação de idéias, tão pouco termos subentendidos, as estruturas devem ser completas e organizadas, para que a comunicação ocorra da forma desejada. A estrutura sintática da linguagem escrita é mais complexa. A linguagem escrita exige um nível vocabular mais específico, sem repetição de termos, utilizando de sinônimos, para dar coesão ao discurso escrito, por essas especificidades o discurso escrito tende a ser mais lento.

Quadro comparativo entre a linguagem oral e a linguagem escrita:
LINGUAGEM ORAL
Aproximadamente 50 mil anos
Sinais sonoros
Destina-se a comunicação
Comunicação imediata e simultânea
Informações implícitas, subentendidas
Espontânea
Estruturais frasais simples
Rápida
Repetição de termos

LINGUAGEM ESCRITA
Aproximadamente 5.500 anos
Sinais gráficos
Destina-se a registros, atingir maior público
Comunicação distante no espaço e no tempo
Informações explícitas, completas
Planejada
Estruturas frasais complexas
Lenta
Vocabulário mais elaborado e específico

Embora existam diferenças entre a linguagem oral e escrita, elas também mantêm estritas relações entre si e, para evidenciarmos as possíveis diferenças, relevamos alguns fatores: a ausência ou presença física do ouvinte, a necessidade de planejamento do discurso oral, uma entrevista radiofônica, por exemplo, existe a interação entre os entrevistados e ainda com o público ouvinte. Deste modo a fala de Botelho (2009, p. 03) é pertinente
Considerando as diferenças (formais, funcionais e da natureza do estímulo) entre a linguagem oral e a linguagem escrita, conclui-se serem distintas tais modalidade. Porém, embora não seja a linguagem escrita a transcrição da linguagem oral, não se pode negar a semelhança de seus produtos, que podem expressar as mesmas intenções, já que a seleção de elementos lingüísticos de ambos se dá a partir de um mesmo sistema gramatical.

Diante da exposição de Botelho, entende-se que a linguagem oral e escrita são formas distintas de comunicação, porém o resultado final de ambas será sempre o diálogo, ou melhor, a interação entre interlocutores. Assim, pode-se afirmar que o internetês apresenta uma fusão entre a linguagem oral e a escrita, uma vez que escreve-se como se fala, seguindo a oralidade das palavras e não a ortografia das mesmas.

3 ? GÊNEROS TEXTUAIS VIRTUAIS

Conforme Paulo Freire (2005) apud Simões (2007), não se pode, de modo algum, ignorar a realidade de exclusão digital existente no Brasil ainda na era contemporânea, todavia é necessário ressaltar que tanto o professor quanto o aluno devem obstruir essa exclusão e aproximar-se dessas novas ferramentas tecnológicas.

Os gêneros textuais, sob uma perspectiva gramatical, são tipos de enunciados que expõem as condições e finalidades específicas de utilização da linguagem. Alguns exemplos de gêneros textuais escritos são: carta, artigo científico, redações, bilhetes; eis alguns dos gêneros textuais que utilizam a linguagem falada: palestra, novela, notícia televisiva; e ainda alguns gêneros que utilizam tanto a linguagem falada quanto a escrita: piada, música.

Com a evolução dos meios de comunicação e do avanço tecnológico, surgem constantemente novos gêneros textuais, que são adaptações dos gêneros já existentes às tecnologias atuais. Lévy (1999, p. 145) apud Simões (2007, p. 03) "enfatiza que os mundos virtuais podem eventualmente ser enriquecidos e percorridos coletivamente. Tornam-se, nesse caso, um lugar de encontro e um meio de comunicação entre seus participantes", ou seja, o mundo virtual é uma forma prática de proporcionar a interação entre as mais variadas personalidades.

Tendo como referencial os gêneros textuais virtuais, podemos definir o hipertexto como o estilo mais comum de escrita, principalmente quando se evidencia uma conversa entre duas ou mais pessoas mediadas pela internet. Em um texto deste nível, a escrita passa a ser representada por uma infinidade de símbolos, imagem, sons e ainda pelo texto gráfico.
Como cita Maciel (2008, p. 03)
Os gêneros textuais virtuais são, geralmente, caracterizados pela forma e pelo conteúdo. Isso ocorre através de um conjunto de aspectos e de funcionalidade, tais como a hipertextualidade, a interatividade e a democratização do acesso, pois qualquer um pode estabelecer comunicação com os gêneros digitais. Hoje, mesmo que haja pessoas que não disponham de um computador, elas podem acessar a rede em terminais públicos em bibliotecas, livrarias e em instituições governamentais e não-governamentais.

A teoria de Maciel confirma o fato de que os gêneros textuais virtuais dissiparam-se significativamente em virtude da praticidade, da vasta abrangência e da disponibilidade de uso do computador.

Dentre os gêneros emergentes no meio virtual, destacamos: e-mail; chat em aberto ou reservado chamado também de bate-papo virtual; aula virtual; vídeo-conferência interativa; Webblog; redes de relacionamento e enquetes de discussão.

Os e-mail?s, também definidos como mensagens eletrônicas, são semelhantes a cartas ou a bilhetes virtuais, dependendo de sua extensão. Podem ser formais ou informais, dependendo do assunto e destinatário a que se dirigem. Permitem uma grande velocidade na resposta, independente da distância entre os interlocutores, entretanto nem sempre é imediata, como é o caso dos chat.

Os chats permitem o diálogo entre duas ou mais pessoas, porém distinguem-se dos e-mails por possibilitarem uma resposta imediata, assemelhando-se a uma conversa, porém a fala é escrita, ou melhor, digitada, com frases curtas, presença de abreviações, escreve-se como se fala, representado os sons da palavra e não a ortografia das mesmas. O ambiente do chat é chamado de sala de bate-papo, divididas por idade, sexo, cidades, regiões, opção sexual, interesses, entre outras características, agrupando geralmente 40 pessoas em cada sala. Podem ser abertos, de maneira que uma pessoa conversa com outra e as demais pessoas da sala de bate-papo podem ver e interagir na conversa ou pode ser reservado, de modo que somente duas pessoas interagem e ninguém observa a conversa. Ao participar das salas de bate-papo, os integrantes criam um apelido, o nick, que será utilizado durante a conversa virtual para representar o participante, seria uma forma de não se identificar, entretanto há quem utilize o próprio nome durante a conversa.

O MSN Messenger é um tipo programa de mensagens instantâneas, desenvolvido pela Microsoft Corporation, disponível gratuitamente na internet, assemelha-se muito ao chat. Porém para que haja a comunicação entre duas ou mais pessoas é necessário que todos possuam o programa e façam parte da lista de amigos virtuais de cada participante. O programa disponibiliza a opção de conversar através de webcam, enviar mensagens ao celular e ainda é vinculado ao serviço de e-mail Hotmail. Tornou-se muito popular nos últimos anos, entre pessoas das mais variadas idades, para os mais diversos interesses.

Os webblogs ou simplesmente blogs caracterizam-se por uma espécie de diário virtual publicados na internet, em que as pessoas escrevem sobre si mesmas, incluindo todos os assuntos possíveis: piadas, notícias, poesias, fotografias, músicas, entre outros. Permite atualização sempre que o usuário desejar, de qualquer lugar, basta ter acesso a internet. Em alguns blogs os usuários utilizam uma linguagem muito informal, praticamente a mesma utilizada pelos usuários dos chats.

Existem também, blogs destinados a meios de informações tais como ONG?s, jornalistas, entidades culturais, entre outros, que são mais formais, os usuários tendem a utilizar um vocabulário mais técnico e elaborado. A popularidade dos blogs tem crescido significativamente, conforme menciona Shuelter e Reis (2009, p. 05) "Hoje, são centenas de milhares no Brasil, milhões em todo o mundo [...]. Ao digitar a palavra blog no Google, em 14 de abril de 2005, como retorno de busca, 170 milhões de registros", a partir dessa informação identifica-se a significativa abrangência e popularidade da internet no mundo todo.

Apesar das pequenas diferenças entre um gênero e outro, todos eles têm em comum o estilo de comunicação, a representação da linguagem oral pela linguagem escrita.

4 - O INTERNETÊS

Segundo Assunção (2009, p. 05) "Uma comunidade humana adota certos comportamentos constantes em termos de comunicação. É uma forma de isolamento, de diferenciação, através de uma linguagem especial, principalmente no campo léxico", nota-se que a linguagem é um meio de identificação e diferenciação do perfil de cada indivíduo ou de uma comunidade, um exemplo desse fato pode ser observado na linguagem utilizada pelos usuários da internet, os internautas. Trata-se de uma linguagem repleta de elementos verbais e não-verbais, tais como imagem, ícones, sons e elementos gráficos. Assunção (2009, p. 05) considera que "ao se criar uma linguagem peculiar, as comunidades da internet acabam por criar uma sociedade linguística restrita com suas especificidades próprias [...]", ou seja, na internet a linguagem é um meio de determinar o perfil dos usuários de cada gênero textual.

Essas peculiaridades únicas da escrita utilizada pelos internautas auxilia-os a fazer novas amizades, geralmente com pessoas de interesses comuns, ao acessar as redes de relacionamento, inovando com uma linguagem própria e diferenciada das demais, surge então, o Internetês. O Intenetês se expande pelas mais variadas formas de comunicação existentes na Internet, abrangendo e-mail, chat ou bate-papo virtual, videoconferência, Orkut e as demais redes de relacionamento, comunidades virtuais, webblog e suas variantes.

A própria palavra internetês é um neologismo: internet + sufixo ês, que emergiu entre os internautas, designando a linguagem utilizada nos meios de comunicação virtual, com características específicas, como cita Hamze (2009, p. 01)
Percebemos então, como as palavras foram abreviadas até o ponte de se tranformarem em uma única expressão, duas ou no máximo três letras(...). Além dessa "contenção", houve também um desmoronamento da pontuação (é=eh, não=naum), nos enviando à fonéticas das palavras e não mais à etimologia". Evidenciando o uso restrito de caracteres e certo desrespeito às normas padões gramaticais.

Conforme a teoria de Hamze, ao analisar a linguagem utilizada nos diversos gêneros textuais virtuais nota-se que as características da escrita são semelhantes, não havendo carater diferenciador para nenhum gênero. A característica mais notável no texto virtual são as abreviações e a informalidade do discurso, "a escrita do internauta é informal, coloquial, reduzida, cheia de abraviações e em estilo telegráfico, como se pode observar nos exemplos que seguem: [HJ FOI UM DIA DAQLES...]. [PARENTES AKI EM KSA...]. [ND D EMOCIONANT...]" SCHULTER e REIS (2009, p. 07). A prática destas abreviações pode ser justificada pelo fato de que a comunicação via internet deve ser rápida e prática, todavia sendo escrita, expressa somente o essencial da palavra, tornando esta semelhante a oralidade, representando apenas a fonética das palavras.

Outra característica evidente no internetês é a supressão de algumas ou todas as vogais das palavras, como por exemplo em: QUANDO= QND, CASA=KSA, TAMBÉM=TB, termos que se repetem tanto no mundo virtual que acabam se tornando vocabulário próprio desse meio, como afirma Marcuchi apud Schulter e Reis (2009, p. 07) "Aparecem muitas abreviaturas, mas boa parte delas é artificial, localmente decidida e não vinga. Essas abreviaturas são passageiras e servem apenas para aquele momento. Mas outras se firmam e vão formando um cânone mínimo que vai sendo reconhecido como próprio do meio", as expressões surgem em uma comunidade e se dissipam entre os demais falantes, de modo que se tornam vocabulários fixos do meio.

Embora o intenetês seja semelhante em todos os gêneros textuais virtuais, não existem regras definidas para o seu uso. São notórias algumas peculiaridades, como a substituição dos dígrafos por uma letra apenas, representando assim o seu teor fonético, como por exemplo em: AQUI=AKI, CHOCOLATE=XOCOLAT, DISSE=DICI. Os acentos gráficos também são substituídos pelo acrécimo de letras às palavras, também como representação fonética: JÁ=JAH, É=EH, NÃO=NAUM. Existe uma aproximação entre a fala e a escrita, o usuário escreve como se fala, de maneira involuntária as palavras são abreviadas ou ampliadas representando a fonética e não a ortografia.

Aparecem ainda, formas exageradas, com repetição de letras, como meio de expressar a própria emoção do interlocutor durante a conversa, como nas palavras: BEJÃOOOOOOO, OOOIIIEEEEEEEEEEE, MAASSAAA. A risada pode ser considerada a expressão que mais varia, quando escrita em internetês. Existem muitas formas para representá-la e a escolha de cada uma é variável, sofrendo influência do perfil do internauta; o nível emocional, se foi uma gargalhada ou apenas um sorriso; a intenção do interlocutor ao sorrir, entusiasmo para seguir a conversa, ou ironia; e um simples sorriso para encerrar o assunto. Podem ser representadas pelas expressões: KKKKKK, KAKAKA, HAHAHAHA, HEHEHEHE, RSRSRSR, ou uma alternância de letras: HUAHAUAHAU, HUEASHUASEH, e ainda a expressão inglesa: LOL, que significa "Laughing Out Loud", traduzindo em português: Gargalhada.

Eis um minidicionário de internetês:
Norma Ortográfica Intenetês
Abraço, Abraços: abç, abs
Acho: axo
Agora: agr
Aqui: aki
Até mais: t+
Beijo, Beijinhos, Beijos, Beijocas: bj, bjs, bjos,joks,jocas
Beleza: blz
Cabeça: kbça
Comigo: cmg
De: d
É: eh
fala: fla
Falou: flw, flows
Firmeza: fmz
Hoje: hj
Mas: +
nada: necas, nd
Não: naum, nop, ñ, n
Novidade: 9dade, nvd, novis,novas
Para: p/
Por favor: pf; pls
Por que; Porque; Porquê: pq
Qualquer: qlqr
Quando: qndo, qdo
Que: q
Sim: xim, sm, s
Também: tb, tbm
Tchau: xau
Tudo: td
Tudo bem: td bm
Você: vc
Risadas: haha, hehe, kkk,shuashuahsuas, rsrsrsrs, opoakspaoskp, lol, oasiaosiaosiaosia

Além das expressões utilizando letras e palavras reduzidas de maneira a representar a fonética da palavra inicial, as emoções humanas podem ser expressas pelos chamados " smiles ou emoticons", que são símbolos, ou pequenos desenhos especiais que exprimem mais fielmente o desejo e a sensação do interlocutor. Nos emoticons, os olhos são representados pelos sinais :, ;, =, 8 ou ainda x ou X. A boca pode ser representada pelos seguintes símbolos: (, ), *, /, \, T e D.

Segundo Othero (2002, p. 55) apud Schulter e Reis (2009, p. 09), emoticons "são aquelas ?carinhas? feitas por caracteres, que expressam emoções e dão uma indicação do tom como deve ser interpretada cada frase, ou mensagem". Os emoticons representam em forma de imagens praticamente todas as palavras e expressões gráficas, fazendo com que o texto se torne mais interativo, pois quando os emoticons são inseridos na conversa virtual, esta torna-se dinâmica e o interlocutor transmite a mensagem de um modo subentendido, não precisa ser direto com as palavras, usa os emoticons como um suporte para a conversação.

Exemplos de emoticons:
Representação Gráfica Significado Emoticons
:) sorriso

:( ou =( ou :/ triste

:D ou =D risada

8) usando óculos

;) piscadela

:* ou =* beijo

:x ou =X boca fechada (segredo)

Vale ressaltar que o internetês não é uma linguagem utilizada unicamente na comunicação via internet, como cita Firmino (2006, p. 01)
Em um canal de TV por assinatura há uma sessão chamada ?Ciber Movie?, que exibe semanalmente filmes com legendas em internetês. Em alguns segundos é possível ler palavras como naum (não), kra (cara), fazendu (fazendo), estaum (estão) e D+ (demais), o que pode deixar confusa uma pessoa que não faça parte do contexto das conversas instantâneas."

O fato do internetês estar sendo usado em outos meios de comunicação, além da internet, aumenta ainda mais a necessidade de interação com esta nova linguagem. É necessário, ao menos, compreender o funcionamento das novas tecnologias e suas especificidades lançadas na era moderna.

Outro fato de grande polêmica apresentado pelo uso do internetês é a influência que este pode apresentar nos alunos quando escrevem redações em sala de aula, ou ainda pelos críticos mais exagerados, que consideram o internetês uma degradação da língua portuguesa, um verdadeiro ?besteirol?.

Mas já existem argumentações conformadoras para os professores e críticos em desespero, segundo Schulter e Reis (2009, p. 02) "algumas alternativas já foram antecipadas pela mídia, como por exemplo a encontrada na revista Veja (ano 38, n. 21, p. 129), em 25 de maio de 2005: "Quem teme pelo futuro do idioma pode se acalmar: segundo especialistas, internetês, como acne, é fase." Nota-se a existência de inúmeras hipóteses a respeito do avanço e da permanência do internetês entre os usuários da rede mundial de computadores, porém nenhuma comprovada cientificamente.

Percebe-se que trata-se de uma variação linguística que se dissipa gradativamente com o avanço da popularidade da internet e, embora haja ainda exlusão digital no Brasil, é necessário se adaptar às inovações tecnológicas. Acredito que não se trata de uma moda, mas sim de uma tendência dominante. Considero que a influência do internetês sob as pessoas é variável, pois existem muitos internautas que não utilizam esta linguagem característica e, há ainda outros que a utilizam, mas reconhecem o momento para tal uso.

É responsabilidade nossa, futuros docentes e aos já atuantes, apresentar aos alunos essa nova linguagem característica da internet. A aproximação do internetês aos alunos pode ser através de material impresso contendo a mistura de sinais gráficos, símbolos, e imagens, ou ainda, oportunizando aos alunos a produção de textos utilizando o internetês. E se a escola dispõe de sala de computação, o professor pode ainda apresentar aos alunos de forma prática, os gêneros textuais virtuais, criando um blog da turma, e destinando um horário conveniente para atualização do mesmo.

Deste modo, apresentando o desafio ao aluno: compreender o uso adequado do internetês, oferecemos a ele recursos para interpretar e analisar criticamente essa nova linguagem, permitindo a compreensão do processo de reavaliação da linguagem da internet no ambiente escolar. E ainda, torna-se mais fácil para o professor esclarecer aos alunos quais os momentos adequados para o uso do internetês ou em que tipo de produção textual em sala de aula pode ser utilizada a nova linguagem.

5. ? CONSIDERAÇÕES FINAIS

Analisando as considerações expostas, conclui-se que de um modo geral o uso da internet como meio de comunicação, motivou o aparecimento dos genêros textuais virtuais com a sua escrita particular. Porém, esse acontecimento não foi repentino, foi um processo contínuo e ainda não atingiu a todos os usuários da rede mundial de computadores.

O internetês pode ser considerado uma nova variante linguística, pertecente à classe usuária dos gêneros discursivos virtuais, porém a influência que essa tem sob as pessoas no uso cotidiano da linguagem escrita, como as demais variantes, não pertence ao âmbito desta pesquisa.

O grande desafio que nos é apresentado é a de integrar e interagir com toda a comunidade escolar, no mundo da corporação globalizada, para garantir a possibilidade da livre expressão, mas também harmonizar a metodologia da construção da conversação humana dentro de um contexto da norma culta. Devemos, como educadores, nos familiarizarmos com as linguagens múltiplas, com a proliferação de tecnologias, de frases e de expressões e as diferentes lógicas de articulação. Precisamos pensar a educação associada ao pensar do uso da tecnologia. O importante papel do educador é o de preparar o educando para usar criticamente as diversas formas de linguagens e também utilizá-las de maneira adequada.

Por fim, depreende-se que as diversas modalidades de variação linguística não existem isoladamente, há certamente, uma relação mútua entre elas. Uma variante histórica pode resultar em uma variante geográfica; assim como uma variante geográfica pode ser vista como uma variante social ao se considerar a migração entre regiões.

É fato que os gêneros textuais virtuais estão se espandindo gradativamente e, como todas as línguas, evoluem constantemente. O internetês também está sujeito à esta evolução, logo, cabe a nós, falantes sociáveis, a interação com os meios digitais.

6. ? REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Autor: Nissara Schleder


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