Simplesmente, o maior artilheiro



Edson Silva

No dia 22 de setembro, o carioca Ronaldo Luís Nazário de Lima ou simplesmente Ronaldinho ou ainda Ronaldo Fenômeno (para deixar feliz o Galvão Bueno) completou seus 35 anos e com muita história para contar em Copas do Mundo. Ele esteve em quatro, foi convocado aos 17 anos, mas não chegou jogar em 94. Em 98 foi vice-campeão e centro de um episódio polêmico na final, quando passou mal na noite anterior ao jogo, com convulsões, acabou escalado e a Seleção foi um fiasco, perdeu de 3x0 para a França, maior diferença de gols já sofrida pelo Brasil numa Copa.

Em 2002, Ronaldinho mudou toda a história, fez gols em seis das sete vitórias que o Brasil conquistou, inclusive fez os dois gols na final contra a Alemanha, sendo o artilheiro da competição, com 8 gols, e levando nossa Seleção ao pentacampeonato. De sobra, Ronaldo, que tinha feito quatro gols em 98, chegou aos 12 gols em Copas, igualando-se ao então nosso maior artilheiro em Copas, Pelé, que fez 12 gols em quatro Copas (58,62,66 e 70). Ronaldinho ficou então a dois gols do maior artilheiro das Copas, o alemão Gerd Muller, 14 gols em duas Copas (70 e 74).

Em 2006, Ronaldo comandou o ataque brasileiro na Copa disputada na Alemanha, fez três dos dez gols marcados pela nossa Seleção, que só resistiu até as quartas de finais e ficou com 5ª colocação. O número de gols foi suficiente para Ronaldo Fenômeno superar uma marca que persistia há 32 anos, que eram os 14 gols de Muller. Com 15 gols, o atacante brasileiro, que iniciou a carreira no São Cristovão, foi para o Cruzeiro de Belo Horizonte e depois ganhou mundo em clubes da Itália, Espanha e Holanda, gravou seu nome como maior artilheiro de todas as Copas.

E a estrela dele ainda brilhou em 2010, quando outro alemão, Klose, que tinha dez gols, poderia alcançá-lo ou mesmo superá-lo, mas acabou fazendo quatro gols no mundial, ficando com 14, marca dos agora segundos maiores artilheiros das Copas, os dois alemães, o próprio Klose e Muller. Já o francês Just Fontaine, que fez todos seus 13 gols numa única edição do mundial, em 1958, passou a ser o quarto maior artilheiro, sendo o quinto Pelé, com 12 gols. O primeiríssimo é o também brasileiro Ronaldo, 15 gols.

Edson Silva, 49 anos, jornalista, Sumaré

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Autor: Edson Terto Da Silva


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