Contra a dst – o preservativo deve ser parte integrante da atividade sexual.



Contra a DST – O preservativo deve ser parte integrante da atividade sexual.

 

Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) é um grupo de doenças endêmicas, de expressão clínica variada, caracterizadas epidemiologicamente como infecções de transmissão sexual.

 A organização mundial de saúde estima que surjam a cada ano 340 milhões de novos casos de doenças sexualmente transmissíveis, as DST, portanto trata-se de um importante problema de saúde publica.

 No Brasil, estima-se que ocorram, a cada ano, cerca de 4.400.000 novos casos de tricomoníase, 1.967.200 de clamídia, 1.541.800 gonorréia e 937.000 de sífilis, pois as únicas DST de notificação compulsória são a sífilis congênita, sífilis na gravidez, Aids e HIV na gestação. Trata-se de uma estimativa, devido à falta de notificação, portanto os números devem ser ainda maiores.

 

É preciso haver uma rede integrada de assistência formada pelo programa de saúde da família, unidades básicas de saúde (UBS) e os serviços de referencia regionalizados. Para que possa prevenir, diagnosticar precocemente e tratar adequadamente as DST.

 

Um dos princípios para controle das DST é interromper a cadeia de transmissão detectando precocemente os casos, tratando os infectados, e seus parceiros, adequada e oportunamente.

 

Outro principio é prevenir novas ocorrências, por meio de orientações que sejam discutidas conjuntamente, favorecendo a compreensão e contribuindo, assim, de forma mais efetiva, para a adoção de práticas sexuais mais seguras.

 

É preciso informar, mas de forma constante, não basta apenas campanhas esporádicas. Fazem-se necessárias atividades educativas que priorizem: a percepção de risco, as mudanças no comportamento sexual e a promoção e adoção de medidas preventivas com ênfase na utilização adequada do preservativo.

 

As DST atingem homens e mulheres em qualquer faixa etária, inclusive em crianças. Doenças Sexualmente Transmissíveis em crianças podem resultar de infecção congênita, transmissão perinatal ou infecção pós-natal adquirida ou de relações sexuais, sendo que neste último caso, geralmente, ocorrem no contexto de abuso sexual.

A importância das DST está ligada tanto às suas complicações clínicas como ao fato de serem facilitadoras da transmissão de HIV, podendo aumentar o risco de contaminação desta em até 18 vezes. A infecção pelo HIV pode alterar a evolução natural das DST levando ao estabelecimento de quadros mais graves e de difícil tratamento. A sífilis em mulheres grávidas causa, com frequência, a sífilis congênita, doença com grande repercussão para a família e para a comunidade.

 

É sabido que a maioria das relações sem uso do preservativo ocorre pelo fato das pessoas envolvidas acreditarem que não estão susceptíveis de serem contaminadas. Por isso é tão importante orientar e promover o protagonismo dos cidadãos, a fim de torná-los agentes capazes de educar-se e juntos formarem uma cadeia de transmissão de informações capaz de promover a saúde de toda uma comunidade e desta forma, em rede, diminuir os números alarmantes de patologias passiveis de prevenção.

 

A preocupação e a conscientização devem ser constantes e o preservativo, tanto o masculino quanto o feminino devem ser encarados como parte integrante da atividade sexual.

 

 

 

Referencial

 

BRASIL. Ministério da saude. Secretaria de vigilancia em saude. Coordenação nacional de DST e Aids. Programa Nacional de DST e AIDS. Manual de controle das doenças sexualmente transmissíveis – DST. Manual de bolso, 2º edição. Disponivel em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/controle_doencas_sexualmente_transmissiveis.pdf.

 

PASSOS, Mauro Romero Leal et al. HA aumento de dst no carnaval? Série temporais de Diagnósticos los UMA clínica de DST. Rev. Assoc. Med. Bras. , São Paulo, v. 56, n. 4, de 2010. Disponível em . acesso em 30 de agosto de 2011. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302010000400014

 

RIBAS, Carla Barros da Rocha et al . Perfil clínico-epidemiológico das doenças sexualmente transmissíveis em crianças atendidas em um centro de referência na cidade de Manaus, Amazonas, Brasil. An. Bras. Dermatol.,  Rio de Janeiro,  v. 86,  n. 1, Feb.  2011 .   Available from .

 

 

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Autor: Clecilene Gomes Carvalho


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