As razões para a crise económica mundial



A economia mundial é controlada pelas gigantes corporações multinacionais, que controlam os fluxos de capitais nos cinco continentes, onde os Estados passaram a ser os seus instrumentos de expressão, das suas vontades. A globalização redefiniu uma nova organização económica, aumentando as diferenças entre os países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento.

A crise imobiliária nos EUA em 2008 espalhou o caos na Europa, a crise das dívidas soberanas na Europa espalha a desconfiança em todos os mercados do Mundo. As principais bolsas da Europa, Estados Unidos e Ásia reflectem ganhos ou perdas, consoante os resultados da actividade económica dos Estados Unidos, Europa e China. As medidas de austeridade que estão a ser adoptadas, como forma de resolver as dívidas públicas podem levar o doente à morte.

No caso português, por exemplo as grandes reformas estruturais do Estado, da Administração Pública, da banca, do tecido produtivo e da sociedade em geral, sem as quais o nosso país não conseguirá sair da crise económica e social, nem sequer ainda foram pensadas e arquitectadas.

Todos sabemos de que o endividamento leva a um crescimento fraco, que conduz a uma crise global de confiança, donde diminui a procura e reduz o investimento, que leva, por sua vez, a uma diminuição de criação de emprego. O desemprego é a grande chaga dos nossos tempos, este ciclo vicioso está a ganhar terreno, muito agravado pela indecisão e disfunção dos políticos, pois estão reféns das grandes multinacionais, que através do seu poder monopolista moldam o mundo, segundo os seus interesses económicos.

A economia mundial necessita de um reequilíbrio interno e externo. Internamente os países têm de criar estímulos à economia, para que o consumo privado aumente, o que não está a acontecer, bem pelo contrário, existindo uma forte retracção com as medidas de austeridade. Por outro lado, é preciso um reequilíbrio externo, ou seja, um aumento das exportações, de forma a compensar a quebra da procura doméstica.

Ao reflectir sobre a evolução da economia mundial, temo por tempos difíceis, pois “a maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos (Mia Couto)”, isto aplica-se ipsis-verbis ao sistema económico mundial vigente, que é incapaz de produzir riqueza, mas que ao mesmo tempo produz mais ricos e por outro lado mais pobres.

Fonte do artigo:http://www.mundocontramao.com

 


Autor: Francisco Fonseca


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