Juventude no ostracismo



A faixa etária de maior energia, robustez e coragem tem se mostrado fraca e covarde. Embora muito moço, conheci (indiretamente por meio de escritos) uma juventude mais ativa no cenário artístico-cultural, sócio-político e no âmbito do exercício da cidadania. Houve tempos em que a juventude denunciava sem medo e com deleite as injustiças sociais, a corrupção e tantos outros fatos que maculavam a imagem da República Federativa do Brasil e que feriam os interessem transindividuais.
Fico triste em saber que a minha geração é de jovens que na sua maioria, estão sempre alheios a temas de grande relevância como a manutenção ou não, do sigilo eterno dos documentos oficiais, previsto no projeto de Lei de Acesso à Informação. As mocinhas de peito e os rapazinhos de bigode estão ficando cada vez mais míopes e inativos.
A causa causarum deste fato maléfico que agrava a realidade de um povo que sofre com a progressão geométrica dos atos irresponsáveis de alguns e a omissão de alguns outros, pode ser encontrada na formação que nossas academias ofertam aos seus acadêmicos. Boa parte dos centros de educação formal do Brasil está preocupada apenas e tão-só em lançar mais diplomados no mercado profissional; Não se preocupam se faz isso com diligência e qualidade. Querem mesmo é jogar lá fora. Mas há honrosas exceções; Há escolas que se preocupam não em formar um grupo exorbitante de gente com diplomas em mãos, mas sim, em formar os melhores cidadãos, os melhores profissionais, os melhores homens e mulheres. Estas estão preocupadas em formar defensores da ética, do bem e da moralidade. Estão interessados em formar portadoras da aretê.
Recentemente um amigo particular foi proibido de discutir um fato de ordem sócio-política nas dependências da escola onde estuda na cidade de Dom Pedro-MA. Ora, será que possa chamar esta instituição de escola? Que tipo de cidadão a mesma está formando? Um bando de covardes?
O eminente educador brasileiro Paulo Freire certa feita afirmou: “ A educação não muda o mundo. A educação muda pessoas, e pessoas transformam o mundo.” Esta é a mais pura verdade, nua e crua. (desculpem a expressão ordinária). Bom seria que todos os núcleos educacionais da nossa federação abraçassem essa verdade de um educador que mudou a realidade onde atuou. Feliz de nós enquanto brasileiros, se nossas escolas se empenharem em formar cidadãos autênticos e destemidos; pessoas dignas deste termo acrescido ao nome de registro. Assim procedendo, teremos de volta a nossa juventude ativa de outrora.
Por fim, exorto aos jovens, estudantes ou não: leiam, leiam e leiam. como costuma dizer o amigo e escritor divinopolitano Manoel Amaral, “ quem não lê, mal ouve, mal fala e mal vê.” Cara juventude, se mudarmos nosso consuetos e atitudes, desenvolvendo senso crítico, faremos do Brasil a grande potência mundial.Caso contrário, cairemos de vez no ostracismo.

· Ronyere Silva Lima nasceu em Dom Pedro-MA. Estudou o Ensino Fundamental menor na Escola Madre Margarida Caiani, estudou o Ensino Fundamental maior e Médio na Associação Educacional Professora Noronha, e é estudante de Direito da Faculdade NOVAUNESC (Teresina-PI).

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Autor: Ronyere Silva Lima


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