Eu, A Cada Minuto...



Eu, a cada minuto...

Quem sou eu?
 Se fosse manter  esta página atualizada, a cada minuto estaria mudando o que contém nela, porque a cada instante que se passa, nós mudamos, a vida muda, as pessoas mudam, o mundo muda!
Ora...e que sentido teria a vida se não fossem as mudanças?
Ontem...
Ontem eu era medo  de altura, era cansaço de tanto correr e brincar, era ansiedade para o primeiro dia de aula, era pensar que não precisaria mais estudar assim que concluísse a faculdade.
 Era expectativa para chegar o Natal, e como ele demorava chegar!...Era aconchego do colo da vó, era boneca, lição de casa, boletim escolar, catequese, blusa manchada de canetinha, joelho ralado, lancheira, recreio.
Era o espanto com as notícias da televisão, era o não entender como poderia existir alguém pobre sendo que os bancos "doavam" dinheiro, era o não entender porque a viagem de algumas pessoa era tão longa a ponto de não ve-lâs mais.
Era acreditar que todos os ladrões usavam uma capa preta, e que todos iam para a cadeia ao cometer mal a alguém.
Eu???
Eu era inocência, era criança, sonho, felicidade!
Tempo, erros, acertos, dúvidas, respostas....
Hoje???
Hoje continuo tendo medo de altura, meu cansaço provém do meu trabalho, dos estudos, mas, ainda me divirto muito.
Cheguei a conclusão que a faculdade não é o fim, mas apenas o começo de uma longa jornada, e que, vou ter que estudar a minha vida inteira.Porém, descobri que a maior fonte de sabedoria e aprendizagem é a chamada "escola da vida", e que sem dúvida nenhuma os nossos pais são os melhores mestres.
A cada ano que passa o Natal parece chegar mais rápido, e a cada dia existem mais atribuições para o meu tempo, tornando cada minuto precioso.
Continuo me espantando com algumas notícias da televisão. Descobri que existem pessoas mais cruéis que eu imaginava, e ainda não entendo o motivo de tantos conflitos, contrariando meu aprendizado de que:todos somos "irmãos" e que o "respeito" é fundamental.
Descobri que a pobreza existe, que a fome mata, e que os bancos não "doam" dinheiro. Ah...o dinheiro..!No meu caso ele se chama salário e eu tenho que trabalhar um bocado para ter direito a recebê-lo no final do mês.
Após algumas "perdas" aprendi que as longas viagens chamam-se "morte", que a aceitação é difícil, que o tempo acalma, que esquecer é impossível...e que...ela pode não ser o fim.
Percebi que a saudade dói muito, mas que existe um grande  remédio chamado "lembrança", e que a única forma de sermos "eternos" neste mundo é construíndo algo de útil nele.
Hoje vejo ladrões de todos os jeitos, e percebi que além de capa preta eles também podem usar terno e gravata e que, nem todos vão para a cadeia.
 Ainda prefiro acreditar na justiça Divina, pois, a dos homens é um tanto demorada em alguns casos.
Ah...aprendi a importância e a inconstância da palavra "mudança"...e a importância ela tem!
Então... o que posso dizer é que neste exato momento sou exatamente o que contém nestas linhas e tudo que está escrito aqui são os reflexos dos meus pensamentos e coração.
Amanhã...
Amanhã serei tantas outras linhas, outras descobertas, outras emoções.
Nenhuma mais ou menos importante, mas todas fundamentais para a composição do "livro da minha vida"



Autor: Talita Castanho de Lara


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