Rede Globo E Seus Escândalos



Histórico:

Em 1957 era aprovada a concessão de TV para a rádio Globo e em 26 de abril de 1965 no Rio de Janeiro era fundada a Rede Globo, que hoje atua em rádio, televisão, jornal impresso, editora, produção de cinema, vídeo, internet e distribuição de sinal e dados.

Escândalos:

O primeiro deles foi em 1961 com o acordo firmado o grupo americano Time Life (proprietária do maior veículo de comunicação do mundo). Segundo o acordo a Time teria 30 % do lucro líquido da emissora. Só que o acordo feria a Constituição de 1946, que vetava qualquer participação acionária de estrangeiros em empresas de comunicação. Foi instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e em 1966 a CPI condena o contrato entre elas, mas somente em 1969 a Time desiste do contrato.
O segundo aconteceu em 1969, quando houve um incêndio nas instalações da TV Globo em São Paulo, local que era considerado pequeno para a empresa que crescia a passos largos. Com o dinheiro recebido do seguro a emissora investiu nas instalações da TV no Rio de Janeiro. Na época foi cogitada a possibilidade do incêndio ter sido provocado para dar um golpe na seguradora. Nesse mesmo ano o Jornal Nacional foi ao ar. A emissora ficou associada à ditadura por ter sido porta-voz dos milicos e principalmente pelo crescimento em comparações às outras emissoras que tiveram suas concessões canceladas e fecharam as portas. Em 1972 o presidente, Médici, inaugurou a TV a cores e nessa ocasião declarou: “Sinto-me feliz todas as noites quando assisto ao noticiário da TV Globo, porque nele o mundo está um caos, mas o Brasil em paz”. (MELLO, Geraldo Anhaia, 1994).

Em 1981, ocorreu o terceiro, o atentado do RIOCENTRO. Uma bomba explodiu dentro de um carro Puma. Dentro do veículo havia dois militares que trabalhavam para o DOI-Codi, o capitão Wilson Luís Alves Machado e o sargento Guilherme Pereira do Rosário. Nesse dia realizavá-se um show em comemoração ao Dia dos Trabalhadores e havia cerca de 20 mil pessoas. O sargento era especialista em explosivos, mas morreu no local. A Rede Globo exibiu imagens do veículo Puma e dentro dele era possível ver uma segunda bomba. Minutos depois o explosivo desapareceu, a emissora e o delegado responsável pelo caso desmentiram a existência de outro explosivo. A intensão dos responsáveis pelo atentado era coibir a abertura política que se iniciava.
No ano seguinte aconteceu o quarto escândalo, na apuração da eleição para o governo do Rio de Janeiro. Brizola (PDT) e Moreira Franco concorriam e o fato ficou conhecido como Caso Proconsult, porque recebeu o nome da empresa contratada para apurar os votos. A fraude consistia em transferir os votos nulos e brancos para (PDS-antigo Arena) Franco, só que o partido de Brizola havia contratado uma outra empresa para acompanhar as apurações e os resultados foram muito diferentes. A fraude foi denunciada pelo Jornal do Brasil e Roberto Marinho foi acusado de ter participações.

O quinto foi relativo à cobertura das Diretas Já. Em 1984 a população se mobilizou para reivindicar eleições presidenciais diretas no Brasil. Isso só seria possível se a proposta de emenda constitucional Dante de Oliveira fosse aprovada no Congresso Nacional. O primeiro grande comício da campanha pela Diretas aconteceu no dia 25 de janeiro de 1984, na Praça da Sé, onde cerca de 300 mil pessoas gritavam: “ Um, dois, três, quatro, cinco, mil queremos eleger o presidente do Brasil”. Diante da manifetação a Globo noticiou no Jornal Nacional que pessoas se reuniram na praça para comemorar o aniversário da cidade de São Paulo. Por não dar nenhum destaque ao movimento popular, disseminou-se o grito de ordem: “ O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”. Somente a partir do comício da Candelária, no Rio de Janeirono dia dez de abril de 1984, quando a campanha tomava conta do País que a emissora passou a veicular notícias sobre as Diretas Já. O movimento acabou sendo derrotado e Tancreto foi eleito pelo voto indireto, mas morreu antes de ser empossado. José Sarney, seu vice assumiu o governo e Marinho continuou a ser beneficiado.

O escândalo mais conhecido foi o sexto e aconteceu em 1989 após o debate entre os candidatos a presidência da República. A idéia do debate partiu de Fernando Mitre, diretor de jornalismo da Rede Bandeirantes, para a primeira eleição direta no País após 29 anos de ditadura militar. Foram feitos quatro debates, que ficaram conhecidos como Encontro dos presidenciáveis, onde 20 candidatos partiparam, menos Collor de Melo.
As eleições foram para o segundo turno, as quatro emissoras: Bandeirantes, Globo, Manchete e SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) uniram-se para veicular simultanêamente o primeiro debate que aconteceu no dia três de dezembro de 1989, com duração de duas horas e 45 minutos. Lula saiu-se muito melhor e Collor pareceu não estar bem preparado. Lula passou a subir nas pesquisas do Ibope.
Dias antes da realização do segundo encontro com os candidatos, houve o sequestro do empresário, Abílio Diniz. O sequestrador chileno, Sérgio Urtubia, foi preso e na ocasião vestia uma blusa do partido dos trabalhadores e em sua casa foram apreendidos materiais de campanha. O PT alegou que tudo fora forjado para manchar a reputação do candidato à presidencia. Outro sequestrador, Humberto Paz, disse em depoimento à justiça ter sido torturado pela polícia e obrigado a vestir uma camisa do partido.
No dia do debate, em 14 de dezembro, surgiu em São Paulo boatos de que se o candidato Lula fosse eleito iria confiscar as casas e apartamentos para alojar os simpatizantes do PT e que Collor tinha uma carta na manga. Houve o debate e ocorreu o contrário do anterior, Collor teve uma performace superior a de Lula.
No dia seguinte o chefe da Central Globo de Jornalismo de São Paulo, Francisco Pinheiro, fez uma edição de seis minutos que foi igualmente dividido entre os candidatos e veiculou no Jornal Hoje. O empresário, Roberto Marinho, não gostou da edição que assistira e ordenou que fosse feito alterações para o Jornal Nacional que é exibido à noite.
O jornalista, Mário Sérgio Conti, no livro Notícias do Planalto, entrevistou Armando Nogueira (diretor de jornalismo), Vianey Pinheiro ( supervisor editorial), José Bonifácio de Oliveira Sobrinho (Boni), Roberto Marinho, Alberico Souza Cruz e outros. E na página 270 diz: “ A responsabiliade pela edição foi de Alberico Souza Cruz e de Ronald Carvalho.”
Na época eram respectivamente, diretor de telejornalismo da emissora e editor de política do Jornal Nacional. Eles escolheram os melhores momentos de Collor e os piores de Lula. Deram ao candidato patrociando pela emissora, um minuto e 10 segundos a mais, o que em TV é muita coisa. Collor teve oito falas enquanto Lula teve sete.
Paulo Henrique Amorim, editor de economia da Rede Globo na época, escreveu para o site Observatório da Imprensa:
“Então na sexta-feira, dia 15 de dezembro, ao chegar à redação, percebi que uma tempestade se formava. Conversei com o Ronald Carvalho, editor de política. Com Vianey Pinheiro, responsável pela cobertura das eleições e também responsável pela edição do debate que o Jornal Hoje fez. Zanzei pela redação e ilhas de edição e soube que o doutor Roberto não gostou da edição de JH e mandou o JN dar tudo o que fosse bom para o Collor, e tudo o que fosse mau para o Lula. Alberico mandou o Ronald editar como se fosse a luta em que o Mike Thyson destroçou o pobre coitado do Pinkle Thomas, dias antes transmitida pela Globo. Isso, o que eu ouvi”.
“Agora, o que eu vi: Vi por ali, como se fosse um dos nossos, o Daniel Tourinho, presidente do PRN, o partido do Collor. Vi o Alberico na ilha. Não importa se ele disser que não editou. Imediatamente após o JN,, liguei para o Ronald e perguntei – Como é que você fez uma coisa dessas? Ele respondeu que decidiu exagerar, forçar a mão, para o espectador perceber que se tratava de uma manipulação. Ronald me contou também que, logo após o Jornal Nacional, recebeu um telefonema do doutor Roberto para dizer que daí para frente, era assim que queria a cobertura política.”
Abaixo segue a edição na íntegra do Jornal Nacional, cedido pela Folha de São Paulo:
“ Cid Moreira: A campanha eleitoral no segundo turno teve seu momento mais importante na noite de ontem. Foi o duelo entre os candidatos pela televisão. O debate durou quase três horas e foi transmitido por um pool formado pelas principais quatro emissoras redes de TV. Reveja agora alguns momentos do debate:
Lula: É preciso saber de antemão que desde 1980, portanto já há dez anos, atrás, o partido dos Trabalhadores, ele foi fundado na base da liberdade política, na base da liberdade de autonomia sindical, na base do pluralismo político.
Collor: De um lado está a candidatura do centro democrático, por mim representada, do outro lado está uma candidatura que esposa teses estranhas ao nosso meio, teses marxistas, teses estatizantes, teses que não primam pelos princípios democráticos consagrados na nova carta constitucional, até porque o partido daquele que é meu adversário se negou a assinar, ou não a assinar, mas votou contra o texto constitucional.
O Tratamento das Greves
Lula: E nós vamos tentar criar instrumentos para que essas categorias essenciais passem a ser tratadas como categoria essencial do ponto de vista do salário que cada um vai¬¬ receber¬.
Collor: Agora, há um outro tipo de greve, que é a greve política, que é a greve patrocinada pela CUT, que a greve patrocinada pelo braço sindical do outro candidato. Essa greve política é feita apenas para realçar, colocar no noticiário as suas lideranças. E este grevismo político já recebeu uma resposta drástica, uma resposta negativa da sociedade, que não aceita mais este grevismo político.
A Questão do Nordeste (vinheta com locução de Cid Moreira)
Lula: O problema do Nordeste não é um problema de cerca, de seca, é um problema de cerca. Daí porque defendi a reforma agrária, senão morreria milhões e milhões de nordestinos, como está aí a imprensa dizendo e o IBGE afirmando que é possível até nascer uma sub-raça.
Collor: Eu quero de alguma maneira repelir essa insinuação de que nós sejamos sub-raças, até porque sub-raça eu não sou, como também acredito que meu adversário não seja sub-raça somente pelo fato de ter nascido no Nordeste. A prova de que não somos sub-raça, deputado, é que nós estamos aqui disputando a eleição presidencial, duas pessoas com origens no Nordeste.
A Violência na Campanha (vinheta com locução de Cid Moreira)
Collor: Nós nunca fomos intolerantes, baderneiros e bagunceiros para irmos lá e fazer o que eles fazem e o que fizeram nos nossos comícios. Agora mesmo, fora de uma manifestação, numa passeata, a jogadora de basquete, a Norminha, foi agredida, agredida covardemente por seis marmanjos, que brandiam a bandeira vermelha, com a foice e o martelo do PT. Isso é uma atitude democrática?
Lula: Eu, que durante várias vezes, o meu partido foi acusado de violência, eu acredito que pouca gente nesse país foi vítima de violência como o foi o Lula em toda a sua vida política. Portanto, eu estou tranqüilo que cumpri com meu dever cívico enquanto candidato, estou tranqüilo que cumpri com meu dever cívico enquanto a pessoa preocupada em elevar o nível de consciência do nosso povo, e estou tranqüilo de que essa contribuição será e foi ouvida pelo nosso povo.
Salários (vinheta com locução de Cid Moreira)
Lula: A pergunta que eu queria fazer ao meu adversário é o seguinte: quais as medidas concretas que você tomaria caso um político seu, um político do seu partido, tentasse legislar em causa própria, tentasse fazer uma legislação para tirar proveito pessoal do seu projeto de lei?
Collor: Eu tenho um caso concreto. Recentemente, o deputado Renan Calheiros, líder do PRN na Câmara dos Deputados, encaminhou um projeto de lei para congelar os salários já polpudos dos senhores deputados federais e dos senhores senadores da República, que, como disse há pouco, como o deputado do PT passa a ganhar 200 mil cruzados novos, mais de 100 vezes, mais de 100 vezes o salário mínimo no país. Que tem mordomias, como operações em hospitais caríssimos. E esse projeto de lei, foi solicitado urgência urgentíssima a todos os partidos. O PT se negou a assinar.
Os Acordos Políticos (vinheta com locução de Cid Moreira)
Collor: O ex-governador Leonel Brizola afirmou que o vice do outro candidato com letras maiúsculas, que o vice do outro candidato é corrupto. Eu queria saber do outro candidato: o ex-governador Brizola está mentindo ou o seu candidato à vice-presidente é realmente corrupto?
Lula: Brizola disse que o Bisol contraiu um empréstimo que ele considera imoral e o Bisol disse que o empréstimo é correto e que vai processar o Brizola. Ora, obviamente que eu, quando eu fiz a aliança com o Brizola, eu não pedi pro Brizola passara a gostar do Bisol e não pedi para o Bisol passar a perdoar o Brizola. O que eu pedi era para que os dois se entendessem e que o momento maior era ganhar as eleições.
Collor: É rigorosamente inacreditável. O ex-governador Brizola chama o candidato a vice do adversário de corrupto e o candidato acha que é perfeitamente normal. Apenas pede aos dois que não se digladiem que não se xinguem nesse período para tirar proveitos eleitorais, para que não afete a questão eleitoreira.
Alexandre Garcia (entre os dois candidatos, durante o debate): Estamos iniciando a última parte do último debate desta campanha eleitoral. Para as últimas palavras dos dois candidatos. Por sorteio, vai falar em primeiro lugar o candidato Fernando Collor de Mello e, por último, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva.
Collor: Eu gostaria de transmitir a todos vocês a minha enorme confiança de que continuaremos juntos no próximo dia 17. Sim, no dia 17 nós vamos dar um basta definitivo à bagunça, à baderna, ao caos, à intolerância, à intransigência, ao totalitarismo, à bandeira vermelha. Vamos dar sim à nossa bandeira. Essa que está aqui (aponta para o peito), a bandeira do Brasil, ¬¬a bandeira verde, amarela, azul e branca.
Lula: Nós, que pertencemos à classe trabalhadora, sabemos perfeitamente bem que a nossa luta titânica é para escapar da fome, é para escapar do desemprego, é para escapar da favela ou de baixo de uma ponte. Em função não de méritos pessoais, mas em função da competência de uma categoria profissional, em função da competência de milhares de brasileiros, em função da competência dos partidos com que eu me orgulho de estar aliado, eu estou hoje disputando a Presidência da República para ganhar as eleições no dia 17.
Cid Moreira: E quem venceu o debate? O Instituto Vox Populi fez esta pergunta a 490 telespectadores em 114 municípios. 22% dos entrevistados acharam que o debate foi ótimo; 39,5% o consideraram bom; o debate foi regular na opinião de 28% dos telespectadores; e 7,7% disseram que o encontro ficou entre ruim e péssimo.
Veja agora a avaliação do desempenho dos candidatos: (vinhetas com locução de Cid Moreira)
Melhor desempenho: Collor: 44,5%,Lula: 32%
Idéias mais claras: Collor: 45%, Lula: 34,1%
O mais preparado para governar: Collor: 48%, Lula: 30%
Melhores planos de governo: Collor: 45,9%, Lula: 33%
Quem atacou mais o adversário?: Collor: 33%, Lula: 30,8%
Alexandre Garcia (no estúdio): O debate dos candidatos teve um alto índice de audiência e o público superou o do debate anterior. “Ao transmitir o encontro dos presidenciáveis, a televisão cumpriu mais uma vez o seu papel na democracia”.

O resultado da pesquisa divulgada pela emissora apontava Collor como vencedor, mas não comentaram sobre outra pesquisa feita pela Gallup, que também apontava Collor como vencedor, mas demonstrava um número diferente de indecisos que decidiriam a eleição na reta final. Antes do debate a diferença entre os candidatos era de 1% e depois do debate passou a ser de 4%. Outro fato importante foi que a pesquisa divulgada no JN foi feita pela empresa responsável pela construção da imagem eleitoral de Fernando Collor.
O vice presidente da emissora, José Bonifácio, declarou ao Jornal do Brasil, “ A edição do Jornal Nacional a meu ver foi infeliz, porque acentuou a superioridade do vencedor, mas só poderia ser considerada antiética se tivesse invertido as posições.” ( Conti, 1999, p.276).
Dois dias após a edição os brasileiros foram as urnas e elegeram Fernando Collor de Melo com 50% dos votos e Lula perdeu a disputa com 44%. A diferença foi de 4 milhões de votos.
Roberto Marinho, apoiou a candidatura de Fernando desde o início. Na opinião de dele, Collor era o único que tinha condições de derrotar Brizola e Lula. Em entrevista à Folha disse: “ Vou influir o máximo a favor dele”. Marinho antes de ser jornalista era um excelente empresário e sempre manteve-se aliado ao governo vigente, suas alianças significavam a garantia de seus investimentos e de seus interesses. Em 1990 ele contava com cinco estações retransmissora afiliadas, cobria 99,2% do território nacional, garantia 78% da audiência, obtendo 70 a 75% do total da mídia nacional, ou seja, dois bilhões de dólares.
Um fato muito importante que não poderia deixar de ser citado, foi o documentário Muito Além do Cidadão Kane, divulgado pela primeira vez no dia 10 de março de 1993, produzido por Simon Hartog para o Channel 4 de Londres. Teve origem no personagem Charles Foster de Orson Welles, um magnata das comunicações. Muito Além do Cidadão Kane fazia referência ao empresário brasiliero, dono da Rede Globo. O documentário foi dividido em quatro partes:

 1ª: relação da emissora com o regime militar;
 2ª: acordo da emissora com o grupo Time-Life:
 3ª: evidencia o poder de Marinho e o apoio a redemocratização do País;
 4ª: mostra o envolvimento ilegal e o comportamento da rede com o poder político.

Em depoimento à pesquisa, o jornalista Geraldo Anhaia, declarou:

“ Consegui uma cópia do filme através de uma amiga querida, Rosa Freitag, que estava em Londres. Organizei uma dupla apresentação no Museu da Imagem e Som de São Paulo, para os dias três e quatro de junho de 1993. Só que no dia dois à noite, recebi um telefonema do secretário de cultura do estado de SP, Ricardo Ohtake, solicitando o cancelamento das apresentações. Tudo isso porque Roberto Marinho ligou para Fleury que era governador de SP, que ligou para Ohtake.”

Anhaia acrescentou:

“Fui chamado ao gabinete do ministro e proibido de mostrar o documentário. Fiz mais de mil cópias e passei no programa obrigatório do PDT, na Globo. O documentário se espalhou pelo País, foi o um barato geral! O conteúdo era devastador, mostrava a edição do atentado do Riocentro, quando editaram e retiraram a segunda bomba...”

A Rede Globo processou o canal 4 da BBC, tendo a emissora perdido a causa. A tentativa de censura foi uma atitude repugnante que os brasileiros abominaram até porque tinham convivido e sofrido por décadas com a repressão e o silêncio forçado.
Segundo o professor e doutor, Antônio Hohlfeldt, a emissora tornou-se mais do que o quarto poder, ela diz sobre o que devem ou não pensar, quais são os temas que devem ou não ocupar nossas preocupações. O padrão Globo na verdade, vende sua própria imagem e reforça-a constantemente.
Todas informações contidas nessa investigação científica são verossímeis, mas poucos sabem ou se recordam do que ocorreu há anos atrás. As consequências para a emissora foram insignificantes. Nota-se que apesar de todos os escândalos, a Rede Globo cresce ainda mais. Espera-se que os responsáveis pelas concessões façam jornalismo com seriedade, ética e moralidade.
O objetivo dessa pesquisa é motivar o olhar crítico e minucioso. Incentivar a discussão e o debate sobre como as informações são veiculadas e apresentadas ao grande público. Tudo isso para que os brasileiros não sejam ludibriados, manipulados e enganados.


Bibliografia:

CONTI, Mário Sérgio. Notícias do Planalto- A imprensa e Fernando Collor. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.


MELLO, Geraldo Anhaia. Muito Além do Cidadão Kane. São Paulo: Scritta Editorial, 1994.


Noblat, Ricardo. O Céu dos Favoritos- O Brasil de Sarney a Collor. Editora: Rio Fundo, 1990.


HOHLFELDT, Antônio. Muito Além da TV Globo. Citações e referências a documentos eletrônicos: http://www.pucrs.br/famecos/pos/revfamecos/5/hohlfeldt.pdf.


MELLO, Antônio. O papel da televisão. Citações e referências a documentos eletrônicos:
http://blogdomello.blogspot.com.


ALBUQUERQUE, Afonso e SOARES, Rafael Fortes. Notícias de notícias: Noticias do Planalto, memória e autoridade. Citações e referências a documentos eletrônicos:
http://www.cebela.org.br/imagens/Materia/2004-1%20135-169%20afonso%20de%20albuquerque.pdf


SÃO PAULO, Folha de. Citações e referências a documentos eletrônicos:
http://www.folha.uol.com.br


AMORIM, Paulo Henrique. Aspas. Citações e referências a documentos eletrônicos: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos/jd20012000.htm


Autor: Danielle de Cássia Ramos


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