Predicativos Sem... Essências!



Tenho receio de acompanhar, integralmente, o predicativo alusivo ao sujeito, a oração ou o objeto que acompanham os seus significados, pois, às vezes, tais acompanhamentos podem se apresentar como um impasse, me colocando na berlinda, como sujeito ou, alvo de comentários discordantes do que quis transmitir a outrem.

Essa confusão que me causa o predicativo ou, o predicado, obriga-me a analisá-los, detalhadamente, para evitar as censuras decorrentes dos seus empregos errôneos, em determinados fragmentos dos meus trechos a caminho dos textos.

Como os vocábulos são imensuráveis e, até, inenarráveis, para nos explicitar, resumidamente, vou utilizar, apenas, alguns deles da letra “G” dos Dicionários, a saber:

—Gabinete: (Sala pequena; escritório; ministério) / Sala pequena é o oposto de ministério que é amplo.
—Gafe: (indiscrição involuntária; lapso; erro; rata) / Entretanto, uma indiscrição não quer dizer lapso ou erro.
—Gaiato: (Rapaz travesso e alegre) / Ora, pode-se ser travesso sem ser alegre.
—Gapo: (Tipo abrutalhado; homem velhaco) / Podemos ser abrutalhados sem sermos velhacos.
—Galanteio: (Lisonja; atenção amorosa) / Podemos praticar a lisonja sem a ação amorosa.
—Galardão: (Prêmio; glória) / Pode-se receber um prêmio sem nenhuma glória. Exemplo: Plágios; artimanhas etc.
—Galgar: (Transpor; saltar para cima; trepar) / Se vou trepar não posto saltar pára cima.
—Gato: (Felídeo doméstico carnívoro; indivíduo esperto- Bras. Bonito; galã; ladrão; gatuno) / Bonito; galã; esperto, não combina com larápio e gatuno, o que leva a muitos, ao anuir, que tal homem é um gato, bonito galã etc e, às vezes, Ele é, apenas, um ladrão bonito.
—Gazear: (Faltar às aulas para vadiar; cabular) / Pode-se faltar às aulas para ir ao médico, trabalhar etc.
—Geral: (Comum) / Nem sempre o que é comum significa ser geral. Exemplo: Nas comunidades há os idôneos, inidôneos, feios, lindos, ricos etc. e, isso, não os torna geral e nem comuns.
—Gesto: (Movimentos de braços e mãos) / Posso, também, fazer gestos com a cabeça, olhos e, até com os pés.
—Grânfino: (Rico de hábitos requintados) / Pode-se ser rico sem nenhum hábito de requinte.
—Grosseirão: (Estúpido; sem educação) / Podemos ser educado e, ao mesmo tempo, grosseiro ou brutamontes.
—Gruta: (Caverna; antro) / Nem sempre! Na minha terra tem uma gruta de Nossa Senhora e, não é um antro!
—Guarda-livros: (Contador) / Guardo muitos livros e não sou um contador.

Termino por aqui, dado a extensão dos Predicados e predicativos, a serem alisados e, compreendidos, por quem, Deles, tiver que pesquisar detalhadamente, no entanto, empiricamente, aconselho aos aprendizes em escrituração a serem elaboradas, sempre, que puderem e, precisarem, dar uma olhada nas passarelas de papéis dos dicionários!

NOTA: Justifico, em parte, o acima dito em razão da nossa “língua mãe” nos ter sido inoculada pelos nossos irmãos portugueses. A sua riqueza de predicativos e predicados, acrescidos pela “gíria” e palavras “chulas” do nosso dia-a-dia, diversificado pelas passarelas de papeis, tramitando pelas nossas vastas regiões desiguais em didática, tirocínio, cultura e folclore. Fizeram-nos receber uma sinonímia das mais variadas que, coletadas nos dicionários vigentes, acabaram por ficarem “alheias às suas funções de consulta prévia” ao aparecerem em outros locais com hábitos diferentes e conhecimentos diversos da origem inserida nos léxicos.


Autor: Sebastião Antônio Baracho


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