Estágio supervisionado curricular em serviço social: elementos para reflexão



 Resenhando o artigo: Estágio supervisionado curricular em Serviço Social: elementos para reflexão

Cirlene Aparecida Hilário da Silva Oliveira

O artigo considera quatro elementos significativos ou fundamentais para efetivação do estágio supervisionado curricular: “ (…) a legalidade, a legitimidade,  os diferentes sujeitos – participes desta atividade acadêmica – e a construção de uma nova lógica curricular”. Contudo muitas interfaces estão postas no exercício profissional da Área Social, mas principalmente no Serviço Social, por isso é preciso considerar que a profissão permaneça sensível as novas transformações que tem se apresentado no novo paradigma do mundo do trabalho. As novas legislações e a constituição de um Sistema, exige cada vez um profissional atualizado, com capacitação teórico-metodológico, ético-político e técnico-operativo, dinâmico para à realidade social. 

Assim percebemos que é inegável a importância do estágio supervisionado para a boa formação do futuro profissional do Serviço Social. “ (...) o estágio supervisionado como momento privilegiado  na formação profissional do assistente social. Afirma a importância do estágio supervisionado na construção da identidade profissional do estudante de Serviço Social, inserido no debate contemporâneo da profissão”. Nosso cotidiano é repleto de mudanças, de desafios e temos que estar capacitados para a defesa de garantias de direitos sociais que antes não eram reconhecidos. “ (…) É fundamental que o assistente social supervisor de campo disponha no espaço sócio-institucional de um conjunto de condições mínimas para o exercício da supervisão, tais como: espaço físico, recursos materiais, concessão de tempo para realização da supervisão e participação nas atividades inerentes à referida prática. Além desse conjunto de condições é necessário que a instituição campo de estágio reconheça o estagiário como sujeito do seu processo de formação (…) ” . É preciso enfatizar que esse delicado processo de formação na academia e no campo, é um espaço de ensino e aprendizagem que deve ser pensado e refletido como um campo estratégico para a formação profissional daquele que desempenhará função relevante no campo social de inclusão dos sujeitos vulneráveis, assim como de todos que da assistência social necessitarem. Portanto indispensável é, que esse entendimento permeie a compreensão dos estudantes e supervisores enquanto participantes da construção desse universo formativo na relação acadêmica e de campo, seja no setor público, privado ou terceiro setor.

 

“ (…)  O posicionamento do assistente social, frente às demandas profissionais, revela seu compromisso, alicerçado numa postura ético-política. No estágio, o estudante tem oportunidade de exercer a ética profissional posicionando-se em relação às questões inerentes ao trabalho profissional. (…) “ . A autora do artigo cita de forma reflexiva, Buriolla ( 1996) enfatizando um estudo sobre as responsabilidades dos atores envolvidos e direcionados às atividades do estágio.

“(...) Na atual conjuntura, o estágio está caminhando para um novo patamar, que ultrapassa as relações teórica-prática e universidade-sociedade, para inserir-se nas relações educação-trabalho. Esta discussão, que é ainda tímida nas universidades brasileiras, foi provocada principalmente pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (lei 9.394/96), que trouxe para o cenário do debate acadêmico novos elementos norteadores à educação: flexibilidade curricular, autonomia das Instituições de Ensino Superior e a vinculação educação-trabalho ”.  Entretanto dentro dessa nova concepção, percebemos uma mudança da espera antes por um estagiário  passivo para um aprendente da profissão proativo em um campo que antes não era tão reconhecido. “ (…) A contemporaneidade exige cada vez mais profissionais qualificados, dotados de conhecimentos especializados e atualizados (…) ” . 

Portanto é possível deduzir que a autora apresenta o artigo apontando Diretrizes Curriculares do Curso de Serviço Social, da supervisão do estágio como uma ambiência favorável ao processo de reflexão, acompanhamento e novas construções do saber, entre o objeto de estudo, digo, Questão Social e um conjunto de possibilidades entre o professor supervisor e o profissional de campo com vistas à formação do estagiário, aprendiz da profissão essencial para a erradicação da desigualdade social. 

“ (…) o estágio supervisionado em Serviço Social é fundamental no processo de formação profissional; porém, estudá-lo e compreendê-lo é um desafio constante para que de fato seja o lócus de construção da identidade profissional do estudante. Portanto, é preciso prosseguir pois ainda há um longo caminho a ser percorrido...” . Concluindo,  é urgente, possível e necessário que, academia, profissionais e estudantes estejam atentos aos movimentos da sociedade e as transformações do mundo do trabalho que afetam tanto as concepções da trajetória histórica do Serviço Social como da demanda requerida no cotidiano instável no campo de formação e trabalho.

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Autor: Samuel Vasconcelos Lopes


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