Questão social e mercado de trabalho: empregabilidade e desempregabilidade



Um dos principais fatores do desemprego reside no paradigma adotado para tratar da questão social, sendo o fruto um conjunto de problemas políticos, gerados pelo processo de acumulação do capital, firmando como um dos aspectos centrais da questão social nos dias de hoje, a insegurança do trabalhador, a ampliação do desemprego e a forma precária que a globalização excludente submete os que estão fora do mercado de trabalho. Assim sendo, é uma questão que exige ações comuns dos atores que trabalham com as questões sociais no sentido de fortalecer a capacidade de articulação e influência dos coletivos dos trabalhadores, pois tais desorganizações nas políticas sociais, o olhar neutro dos governantes e a falta de legitimidade dos sindicatos em relação ao trabalhador, atingem diretamente o mercado de trabalho contribuindo para os altos níveis do desemprego.

Considerando que o mercado regula as questões sociais, os processos econômicos e políticos do País, não há que se falar em autonomia do indivíduo, pois simplesmente não existe autonomia quando o sistema define a produção e reprodução da visão do mundo e de homem que está atrelado às mudanças da própria sociedade capitalista. O dúbio papel de individuo social e cidadão se confundem, e mantém o conflito da constituição da sociedade capitalista que associa o conceito de cidadão ao fato de a pessoa está de certa forma incluída no mercado de trabalho. O mercado profissional de trabalho sofre impactos diretos dessas transformações operadas na dinâmica da empregabilidade que exige cada vez mais a capacitação contínua do trabalhador e a sua compreensão do ser indivíduo de uma determinada classe social e cidadão do todo.

A busca pela produção e pela manutenção da empregabilidade e a estabilidade das questões sociais, desenvolveram métodos e formas de compreender os sistemas do mundo e buscar uma remedição das classes trabalhadoras e as desigualdades sociais frente à necessidade de um seguro público que mantivesse o equilíbrio da sustentação do Estado e seus interesses junto ao mercado de capital privado, mantendo a “solidariedade” em favor do social, mas visando um forte desenvolvimento das forças produtivas, em contradição com a velha política unilateral da perspectiva de constituir um meio de gerar superprodução, associada à superacumulação. Fica fácil entender que nesse período de modificação da mão de obra , qualificação profissional e a mão do Estado através das “bolsas sociais”, nascem à concepção que enquanto houver desigualdade social, haverá necessariamente a intervenção do Estado com políticas de reparação para os que mais precisam, em benefício das questões sociais e de capital. Contudo, a ganância burguesa sempre ira reagir aos movimentos do Estado na implementação das políticas sociais, pois é uma questão da luta de classes.

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Autor: Samuel Vasconcelos Lopes


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