Horário de verão



Que calor, muito quente mesmo! Ao olhar para o céu admiro a lua, linda, enormemente maravilhosa. Não poderia deixar de lembrar-me daquela noite, uma de nossas últimas juntos. Nossa, estava muito fria, mas nossos corpos estavam na temperatura ideal. Lembrar é bom... Devemos nos lembrar dos bons acontecimentos, abraços, beijos e mais abraços. A distância muda às pessoas, ou poderia dizer que, ela mostra como são realmente. Distante se perde o calor, fica cada vez mais frio com o passar do tempo, chega à era do gelo, depois um novo calor aparece quando menos esperamos. Poderíamos dizer que é um processo natural, humano, ficar distante às vezes, mas tudo em excesso é prejudicial. Prejudicou e hoje tenho só as boas lembranças. E elas são as responsáveis por acontecer algumas poesias como a última que lhe fiz. A distância é uma borracha, não um corretivo. O corretivo, tapa de forma brusca, grosseira, com toda sua passionalidade, sem sentimentos. A borracha não, sempre deixa marcas sutis, com uma leveza perceptível somente por aquele que escreveu a história. Poderia comentar que a borracha é lírica e totalmente poética hoje em dia. O ato de deletar é mais usado do que o movimento de apagar. O que se apaga não some completamente, permanece, é marca! Fica na memória daqueles que realmente sentiram os traços dessa história. As lembranças são o que de sublime nos resta destes sentimentos, querer estar perto, continuar por perto. Que lua linda no céu! Eu quase que por um momento posso me transportar para seu lado em minha fantasia, usar de toda minha criatividade e se existir algum tipo de viajem astral eu possa usa-la nesse momento. Poder senti-la mais uma vez, tentar lhe abraçar em pensamento. Imagino-me como a brisa quente, esperando que sinta meu toque no seu rosto outra vez, que olhe para o distante e também tenha uma lembrança de mim, balbuciando meu nome.

Mário Sérgio dos Santos


Autor: Mário Sérgio Dos Santos


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