Poema romântico e acadêmico



POEMA ROMÂNTICO E ACADÊMICO

 

Uma beleza que ultrapassa as barreiras metafísicas!

Talvez o poeta não seja capaz de concebê-la

A poesia, então, com suas formas e sons

Descreve-a, compreende-a na essência de seu ser.

 

É mulher! É como ave pronta para voar!

É voou que insiste em continuar!

Que continua o constante acordar:

Acorda! Desabrocha como rosa a se evidenciar!

 

Seus olhos... como dois firmamentos:

Um, azul cristal, que reflete o mar;

O outro, azul suave, como o céu matinal.

São como estrelas, como as luzes inebriantes de Paris!

 

Quiçá um dia novamente te encontrarei

Deliberadamente inerente ao mesmo desejo:

Amar como se o estivesse perdendo, no ápice do fim!

Dormir, sonhar e despertar! Vê-la enfim!

 

Não sou romântico, tampouco poeta

Sou como cachoeira demasiada exacerbada

Ou melhor, o meu sentimento assim o é:

Quanto mais se vai, mais se origina...

 

Não sei como nominar esse tal sentir.

Sei que é como um vírus nocivo ao intelectus.

É uma ideia universal, mas se dá particularmente

Qual produto indubitável dubitavelmente.

 

E por mais que eu tente erradicar tal sensação

Pensamentos “heraclitianos” me consomem:

Quanto maior a evidência do seu “não ser”,

Maior, desvela-se, um devir do vir-a-ser.

 

Consome-se e, simultaneamente, restitui-se.

Não se trata de hedonismo e, muito menos, prazer hediondo.

É, humildemente, poesia que se constrói!

Inspira-se... em nobre, e frágil, arte: “uma mulher”!


Autor: Enderson Pereira


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