Situação econômica ameaça áfrica com crise e atraso de ajuda



De acordo com um estudo divulgado, quinta-feira (11/06), os países do Grupo Oito (G8) contribuíram com um terço de ajuda suplementar para o desenvolvimento  da África. Este relatório realizado pela organização DATA (Debt, Aids, Trade in Afrique) e da ONE apresentado em Berlim e Londres apontou  que os países industrializados tinham pagado só 7 bilhões dos 21,5 bilhões de dólares extra-prometido ao continente até 2010 durante a cúpula realizada em 2005 em Gleneagles, na Escócia.

Maiores e menores devedores

Essa situação é causada principalmente pela França e Itália, as responsáveis pelo atraso de 80% do pagamento. Enquanto Alemanha havia pagado  31% da quantia prometida.

O ministro  alemão do desenvolvimento, Heidemarie Wieczorek-Zeul, declarou como tinha prometido, a ajuda ao desenvolvimento era de 0,51% do PIB em 2010 e aumentando para 0,7% do PIB até 2015. Sendo em 2008, o índice não ultrapassou  0,38% do PIB, correspondendo a 13,9 bilhões de dólares.

Também houve países que superaram o compromisso acordado em Gleneagles, como o Japão, que já pagou 150% da quantia prometida, e o Canadá, com 206%. Comparado com o esforço de G8 em elevar a 50 bilhões de dólares por ano à ajuda para o desenvolvimento em 2010 que falharam em virtude da situação difícil sócio-econômica de alguns paises do continente africano.

Gravidade da miséria

O alto preço das matérias-primas levou a um leve crescimento econômico na África em últimos cinco anos. O Produto Interno Bruto (PIB) de alguns países ao sul do Saara aumentou de 6% por ano ou mais. A valorização do petróleo, dos metais e de outras riquezas minerais no mercado mundial encheu os cofres de muitos países.

No entanto, a crise econômica e financeira mundial pôs fim a este progresso. Os alimentos encarecem cada vez mais, enquanto os preços das matérias-primas diminuíam. Levando os investidores estrangeiros a retirar-se da região e  proprietários de pequenas empresas a emprestar. Prejudicando de forma dramática  os orçamentos públicos  da maioria dos  paises africanos.

Alimentação inestimável   

Alimentos impagáveis

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um crescimento de aproximadamente 1,5% para os países do sul do Saara. Não é à toa, portanto, que muitos jovens africanos abandonem seus países e resolvam buscar a sorte em Europa.

Como se não bastasse à carestia dos alimentos, a crise financeira fez cair ainda mais o preço de matérias-primas. Segundo o FMI, o valor pago por matérias-primas este ano deverá ser inferior a 30%  preços de 2008. Isso afeta drasticamente os países em desenvolvimento em África, pois muitos  dependem da exportação de matérias-primas.

Dependência do exterior

Uma grande ajuda para muitos africanos provém sempre do dinheiro procedendo dos  parentes residentes no exterior. Durante muitos anos, esses africanos residentes no ocidente mandam para África bilhões de euros, contribuindo de uma forma ou de outra pelo combate à pobreza. Mas a crise econômica prejudicou os trabalhadores africanos  a suspender essas transferências.

Por ocasião da abertura do Fórum Econômico Mundial na Cidade do Cabo, na África do Sul, o ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, lembrou que a África continua dependendo de ajuda econômica, mesmo que ela  detenha o potencial para se desenvolver como um exportador continente  alimentar e energética.


 

 

 

Carestia de alimentos e desvalorização de matérias-primas afetam drasticamente a África, verdadeiro desafio para o Fórum Econômico Mundial que espera  a ajuda suplementar prometida pelos países industrializados em 2005.

De acordo com um estudo divulgado, quinta-feira (11/06), os países do Grupo Oito (G8) contribuíram com um terço de ajuda suplementar para o desenvolvimento  da África. Este relatório realizado pela organização DATA (Debt, Aids, Trade in Afrique) e da ONE apresentado em Berlim e Londres apontou  que os países industrializados tinham pagado só 7 bilhões dos 21,5 bilhões de dólares extra-prometido ao continente até 2010 durante a cúpula realizada em 2005 em Gleneagles, na Escócia.

Maiores e menores devedores

Essa situação é causada principalmente pela França e Itália, as responsáveis pelo atraso de 80% do pagamento. Enquanto Alemanha havia pagado  31% da quantia prometida.

O ministro  alemão do desenvolvimento, Heidemarie Wieczorek-Zeul, declarou como tinha prometido, a ajuda ao desenvolvimento era de 0,51% do PIB em 2010 e aumentando para 0,7% do PIB até 2015. Sendo em 2008, o índice não ultrapassou  0,38% do PIB, correspondendo a 13,9 bilhões de dólares.

Também houve países que superaram o compromisso acordado em Gleneagles, como o Japão, que já pagou 150% da quantia prometida, e o Canadá, com 206%. Comparado com o esforço de G8 em elevar a 50 bilhões de dólares por ano à ajuda para o desenvolvimento em 2010 que falharam em virtude da situação difícil sócio-econômica de alguns paises do continente africano.

Gravidade da miséria

O alto preço das matérias-primas levou a um leve crescimento econômico na África em últimos cinco anos. O Produto Interno Bruto (PIB) de alguns países ao sul do Saara aumentou de 6% por ano ou mais. A valorização do petróleo, dos metais e de outras riquezas minerais no mercado mundial encheu os cofres de muitos países.

No entanto, a crise econômica e financeira mundial pôs fim a este progresso. Os alimentos encarecem cada vez mais, enquanto os preços das matérias-primas diminuíam. Levando os investidores estrangeiros a retirar-se da região e  proprietários de pequenas empresas a emprestar. Prejudicando de forma dramática  os orçamentos públicos  da maioria dos  paises africanos.

Alimentação inestimável   

Alimentos impagáveis

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um crescimento de aproximadamente 1,5% para os países do sul do Saara. Não é à toa, portanto, que muitos jovens africanos abandonem seus países e resolvam buscar a sorte em Europa.

Como se não bastasse à carestia dos alimentos, a crise financeira fez cair ainda mais o preço de matérias-primas. Segundo o FMI, o valor pago por matérias-primas este ano deverá ser inferior a 30%  preços de 2008. Isso afeta drasticamente os países em desenvolvimento em África, pois muitos  dependem da exportação de matérias-primas.

Dependência do exterior

Uma grande ajuda para muitos africanos provém sempre do dinheiro procedendo dos  parentes residentes no exterior. Durante muitos anos, esses africanos residentes no ocidente mandam para África bilhões de euros, contribuindo de uma forma ou de outra pelo combate à pobreza. Mas a crise econômica prejudicou os trabalhadores africanos  a suspender essas transferências.

Por ocasião da abertura do Fórum Econômico Mundial na Cidade do Cabo, na África do Sul, o ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, lembrou que a África continua dependendo de ajuda econômica, mesmo que ela  detenha o potencial para se desenvolver como um exportador continente  alimentar e energética.

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Autor: Lahcen El Moutaqi


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