Um repensar da práxis docente...



Um repensar da Práxis docente.

Quando pensamos em educação logo nos vem a mente salas de aula, escola, universidades; mas a educação em si vai além disso, tudo quanto diz respeito a fornecimento de saberes ou mesmo conhecimento estamos falando de educação, temos ouvido a muito tempo de uma educação defasada, mas enquanto educadores ou mesmo futuros educadores o que temos feito para a transformação da educação que temos visto/participado?

Falamos de um "buraco negro", nos preocupamos em apontar as falhas, mas quando temos a oportunidade de sermos agentes de transformação, e mudar a realidade nos omitimos e nos portamos como aqueles a quem tanto criticamos educação ultrapassada, professores ultrapassados, o tão falado tradicionalismo educacional, e em pleno século XXI, onde temos vivenciado um pós-modernismo, de inúmeras tecnologias a nossa disposição, temos o triste hábito de recorrermos a coisas já feitas, nos acostumamos tanto com respostas prontas que acabamos por não querer experimentar o novo ou mesmo repensar as nossas práticas cotidianas. A mudança a qual temos de nos preocupar vai muito além da mudança da sistemática escolar, trata-se de uma mudança de comportamento, no pensamento de cada um de nós futuros educadores. Devemos nos propor a repensar toda e qualquer forma de ensino não somente metodologicamente, mas sim no objetivo do ensino. 

A tão dita pedagogia da negação onde se nega ao educando a oportunidade de vez e voz, agimos não como agentes de transformação, mas como agentes de “facilitação”, tentamos facilitar a vida de nossos alunos não propondo modos alternativos de avaliação, mas modos pelos quais os diferenciamos dos outros, os excluímos da realidade e os privamos da convivência social, tornando-os cada vez mais distanciados da realidade e diferentes dessa perspectiva implantada pela sociedade, inclusão sem metodologias pertinentes e repensar de nossas praticas pedagógicas é o mesmo que negar a existência das dificuldades de aprendizagem.

Em nossas observações dizemos tudo o quanto o professor tem feito de errado, creditamos isso a incompetência do mesmo, mas não pensamos o quanto é difícil o ato de planejar, não pensamos nas dificuldades de se ter 35 ou 40 alunos em sala, ou mesmo na dificuldade de se trabalhar só, sem o auxílio de nossa equipe pedagógica.

A crítica é um momento importante de nossa práxis docente, a partir do momento em que reavaliamos diariamente nossos resultados, quando os mesmos baseados em nossos objetivos previamente planejados, o dito professor reflexivo que “age na urgência e decidi na incerteza” (Perrenoud), não misturando-o com profissionais desqualificados que não prezam pelo planejar e agem na urgência de se dar conteúdo e decidi na urgência da se ter “notas” para serem apresentadas a equipe pedagógica.

 

 

 

 


Autor: Ithamar Wellington Da Silva Santana


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