Não matem a paz



O homem cria armas para construir a paz e destrói a esperança para construir seu império capitalista, ao final todos seremos alvos de testes das armas e a única certeza é que suas riquezas apenas os farão defuntos com enterros mais luxuosos. O silêncio trará a paz, apenas no fechar dos olhos dos alvos humanos. Maldito seja o imbecil que inventou a arma que tem como única finalidade a morte. Foi um sádico se imaginando um Deus que achou que podia controlar seu medo mantendo distância do seu oponente e sem dar chance de defesa, nem mesmo a chance de uma aproximação. Quem usa uma arma não é mais que um covarde. Quem apoia o emprego da força e o usa de armas de destruição não é mais que um animal que não confia no seu poder de diálogo e entendimento. Não há domínios que justifiquem as armas e não há paz que se conquiste com a guerra O respeito se conquista por atos incorruptivos e não pela imposição da força armada. A letalidade mínima ou coletiva de uma arma depende da intenção de que detona seu dispositivo de funcionamento. Não existe zona controlada quando os alvos são móveis e quando não se identifica quem é alvo e quem é alvejador. Toda e qualquer nação que se faz valer das armas para ampliar seus domínios caminham na direção oposta a presença de quem criou a vida, talvez por isso imaginam que Deus abandonou a terra a tanto tempo. Um tolo ainda escreve essas coisas na esperança que alguém ainda creia nisso, mas se um dia eu deixar de acreditar, pouco importa se as armas provocarem meu silêncio.


Autor: Cesar Gonçalves


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