Um furacão nascia na noite feliz



O ano era de 1944 e por mais feliz que seu Jair Ventura estivesse, naquela noite carioca de 25 de dezembro, pois nascia seu filho homem, que receberia também o seu nome, acrescido do sobrenome Filho, ele não podia imaginar que após 22 anos o seu  Jairzinho estaria na Seleção Brasileira e mais que aos 26 anos daria a maior alegria aos 90 milhões de brasileiros em ação, que ficariam encantados com a Seleção tricampeã de 70, no México, com Pelé, Rivellino, Gérson, Tostão, Clodoaldo, Carlos Alberto e o furação Jairzinho, que foi artilheiro do Brasil na competição marcando gols em todos os seis jogos vencidos pelos canarinhos. 

Aos sete gols marcados na Copa de 70, Jairzinho juntou outros dois, marcados na Copa de 74, sua terceira e última competição do mundial de futebol.  Mas em 70, ninguém questiona que Jairzinho foi um dos heróis da conquista definitiva da Taça Jules Rimet, com o Brasil sagrando-se o primeiro tricampeão mundial diante da também bicampeã, Itália. E olha que antes de enfrentar a Itália, o Brasil pegou outro bicampeão mundial, o Uruguai.

O Brasil de 70 ganhou o titulo com Jairzinho fazendo gols em todos os seis jogos, inclusive com gols numa das partidas. Este fato jamais foi igualado por outro brasileiro em Copas, embora, em 2002, o Ronaldo Fenômeno fez 8 gols, foi artilheiro e ajudou o Brasil sagrar-se pentacampeão. Mas foram sete partidas e Ronaldo fez gols em seis delas.  Lembrando que o Fenômeno detém o recorde de maior artilheiro das Copas, com 15 gols. 

Mas voltando ao Jairzinho, nascido na noite de Natal de 1944, segundo o wikipédia, ele era ponta-de-lança no Botafogo, usava a camisa 7 quando defendia a Seleção Brasileira pela qual jogou 107 partidas (87 oficiais) e marcou 44 gols, atuando nas Copas de 66, 70 e 74. Ele começou modestamente no futebol em 1958, no ano em Pelé ajudava o Brasil conquistar sua primeira Copa, Jairzinho iniciava como gandula(rapazes que repoem a bola em campo) em General Severiano, campo do Botafogo.  

Em 1961 foi campeão pela primeira vez, jogando no juvenil do Botafogo, sendo tricampeão na categoria em 61, 62 e 63. Conquistou posição de titular em 63 no Campeonato Carioca e três anos depois disputava sua primeira Copa do Mundo. Ficou no Botafogo até 1974, quando foi vendido para o Olympique de Marselha e voltou ao futebol brasileiro no ano seguinte e foi campeão da Libertadores em 1976 pelo Cruzeiro. Encerrou a carreira no Botafogo, em 1981.

Em 2008, tentou entrar na vida pública pelo PC do B, mas teve a candidatura impugnada, mas esta é outra história. Um Feliz Natal para todos e um muito obrigado ao menino furação de 70, que nasceu num 25 de dezembro e ajudou nossa Seleção brilhar no México.


Autor: Edson Terto Da Silva


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