Quando O Relacionamento Acaba...



A cada dia torna-se mais comum nos depararmos com situações de perda, e tais situações tornam-se ainda mais dolorosas quando o assunto é amor.

Quem nunca foi surpreendido pelo término de um relacionamento? Ou quem nunca se impressionou ao saber que aquele casal que estava junto há anos, não existe mais? Para ilustrar o sentimento arrebatador de perda que nos comove, damos o nome de Luto.

A princípio, a imagem da pessoa perdida não deve se apagar, pelo contrário, ela deve existir até o momento em que a pessoa do luto consiga fazer com que exista simultaneamente amor pelo desaparecido e pelo novo eleito. Quando essa coexistência do antigo e do novo se instala no inconsciente, podemos estar seguros de que o essencial do luto começou, fazer com que os sentimentos se renovem.

Este é o trabalho do Psicólogo. Um intermediário que acolhe a dor insuportável do paciente, e a transforma em dor suportável, uma vez que, é através do processo de análise proposta pelo psicólogo que tal dor torna-se compreendida.

A verdade sobre o amor é única, pois nunca estamos tão mal protegidos como quando amamos, e tão infelizes como quando perdemos a pessoa amada ou o seu amor. A procura pela imagem soberana do ser amado perdido dói, não por perdê-lo, mas por continuar amando-o mais do que nunca, mesmo reconhecendo-o como perdido.

E através desta busca infindável por este outro tão amado, é que se cria uma nova possibilidade para este amor, o encontro em fantasia. Através deste encontro, a pessoa do luto se põe à procura dos sinais e dos lugares que o casal costumava a freqüentar, fantasiando reviver este amor ou até mesmo, reencontrá-lo.

Para que novas frustrações não prejudiquem ainda mais este processo, o primeiro passo é assumir a dor, para em seguida, criar condições para entendê-la, através de reflexões propostas pelo processo terapêutico.

Em seguida vem a reconstrução. Tempo este de relembrar de quem éramos antes de nos reconhecer apenas como casal, época de relembrar o indivíduo que habita dentro de nós, e ver o que foi deixado para trás em prol da relação.

Podemos aprender com a dor bem como com o amor, mas não podemos nos esquecer que, não precisamos ter alguém ao lado para nos sentir inteiros.


Autor: Flávia Luchesi


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