Enchentes, nunca mais.



As chuvas de verão como em todo ano estão caindo,  intensas,  mas como realmente devem ser, é um grande pecado nosso dizer que as chuvas  estão causando desastres,  enchentes,  desmoronamentos, que abuso de nossa parte culpar as chuvas, ela apenas realiza seu ciclo,  irriga as plantações para que possamos ter o que comer durante todo a ano, devemos culpar sim nosso descuido e  quem deveria e não trabalha preventivamente durante todo o ano, repetidamente, em prol de melhorias nas cidades,  em Minas Gerais e no Estado do Rio inúmeras cidades de baixo d’água,  o que não é novidade alguma, nada foi feito, casas continuam sendo construídas a beira dos rios, em encostas que não  deveriam  sequer ser habitadas, destruição da mata ciliar, lixo e mais lixo jogado nas cidades,  a natureza não é a vilã, não é má, é bela e necessária.
            Nós como sociedade, temos que mudar radicalmente nossa consciência, cobrar dos políticos  projetos para retirada dos moradores das áreas de risco,  cuidar das margens de nossos rios, que não é lugar para ter casas e sim  matas ciliares e lugares para vazão das águas.  Temos que cuidar do meio ambiente, pois vivemos nele, ou estou errado? Temos que nos educar e educar nossos filhos e a todos em nossa volta, é inadmissível que ainda tenha lixo pelas ruas e pessoas que contribuam com isso, temos que exercer de fato a cidadania e o poder do voto,  eleger  políticos que tenham o real interesse com o bem das cidades e das pessoas, acredito que ainda haja políticos assim, pois ao contrario estaremos realmente jogados as enchentes.
            o trabalho nas cidades não deve acontecer no período das chuvas, gastando milhões com reparos e perdas, dinheiro este que nem sempre é visto, ou é visto em determinadas regiões e as que precisam realmente jogadas ao abandono, este trabalho deve ocorrer durante todo o ano, antecipando os problemas, sendo pró-ativo, realizando a limpeza dos rios, cuidando do assoreamento, criando alternativas para  uma melhor vazão das águas,  cuidar da mata ciliar e respeitar as distâncias das margens,  realizar um projeto eficaz de reassentamento das famílias que vivem nas áreas de risco.

A população não pode se vender e afundar em promessas utópicas, ou pior, por um saco de cimento, devem votar visando seu futuro, e cobrar estas mudanças, apostar em projetos reais, em pessoas que vão trabalhar para que nas próximas estações das chuvas,  possamos apenas observar de longe a alta dos rios e a força de suas águas, ver florestas nas encostas e não casas e vidas em risco, e então sim, olhar  para o alto e agradecer pela chuva boa que esta caindo e molhando nossas terras e não mais vê-la com receio, e medo de um novo desastre a cada pingo.


Autor: Paulo Roberto Pinto Junior


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