Injustiça na bola e no apito



Seja em jogos de Copa do Mundo ou numa pelada de fim de semana, no futebol sempre tem aquele “se”. É aquela bola que se entrasse virava a história do jogo. Aquele pênalti que se fosse convertido daria mais um título para a equipe e obviamente tem aqueles lances que se o juiz não se equivocasse e se ele gostasse de sua “santa” mãezinha não cometeria erro tão absurdo e não prejudicaria um time, normalmente aquele que a gente torce.

E aqui volta a falar daquela Seleção maravilhosa montada em 82 pelo Telê Santana, que tinha Zico, Sócrates, Falcão, Éder, Luisinho, Paulo Isidoro, Cerezo,Júnior,Leandro, Oscar,entre tantos outros craques, e sou um dos que acreditam que a equipe ficaria perfeita se tivesse como centroavante o Careca, revelado pelo meu Guarani de Campinas, que, se não tivesse sofrido contusão, certamente estaria no comando de ataque e faria a diferença.

Mas a história todo brasileiro que acompanha ou pesquisou um pouco sobre futebol conhece, aquela Seleção foi maravilhosamente bem até as oitavas de finais, com quatro vitórias, sendo a última delas um 3x1 contra a Argentina,na qual despontava o craque Diego Maradona. Mandamos os “hermanos” para casa e em 5 de julho de 1982 jogaríamos pelo empate contra a Itália, que tinha se classificado com três empates e tinha conhecido sua primeira vitória naquela Copa também contra os argentinos, por 2x1.

O jogo ficaria conhecido como a “Tragédia do Sarriá”, em alusão ao estádio espanhol que sediou a partida e a triste eliminação do Brasil, na vitória de 3x2 para a Itália. Mas, a história poderia ter sido diferente se o juiz israelense Abraham Klein,que estava perto do lance, marcasse o pênalti do violento jogador italiano, que ironicamente atendia por Gentile, que chegou a rasgar a camisa de Zico numa jogada dentro da área. Se o Brasil convertesse o pênalti a história poderia ser diferente,com o jogo terminando, no mínimo, em 3x3 e o Brasil seguindo na competição.

Então, dia 8 viria Polônia e dia 11 a grande final com a Alemanha e com Brasil pentacampeão já em 82, sem ter que esperar até 1994. É, não possível mudar a história e mesmo no esporte talvez isso fosse assustador como no livro 1984 de George Orwell. Aqui cabe uma dúvida, se o Brasil fosse tetra em 82 e penta em 94, ele teria  hexa vencendo novamente(isso com a hipótese de em 82 a final ter sido Brasil e Alemanha) os alemães? O jeito é deixar o se de lado e buscar o hexa real no Brasil em 2014,não é Neymar Júnior e Cia?    


Autor: Edson Terto Da Silva


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