Fichamento
OTTEN, Nereida da Silveira Rocha. Dificuldade de aprendizagem: o que há por trás disto? Disponível em http://www.google.com.br/search?q=dificuldades+de+aprendizagem&hl=pt-BR&biw=1024&bih=651&prmd=ib&ei=4sLuTLzQMsmr8AaeiIXBDA&start=10&sa=N
A autora aponta a importância de se levar em conta que a criança aprende porque exerce um trabalho intelectual através de técnicas que envolvem conflitos, reflexões, retrocessos, novas reflexões e, consequentemente a evolução. Ela relata que o problema de aprendizagem está vinculado às formas singulares de cada pessoa pensar. A psicopedagogia clínica não considera como um desvio, porém como um sintoma ou uma reação ao ambiente, um sinal de que algo não está bem.
A autora considerada a aprendizagem como início da própria vida. Todo tipo de recursos pode facilitar o desenvolvimento da capacidade de aprender com autonomia e prazer. Ao se abrir um espaço de brincar durante o diagnóstico e o tratamento psicopedagógico, já se está possibilitando um movimento na direção da saúde, da cura. O brincar como espaço de criação, de invenção, de produção é um espaço constituinte da operação psíquica e isto é indispensável no tratamento das dificuldades de aprendizagem.
O texto mostra que estão incluídos o lugar particular dela na família, a forma de circular o amor e o conhecimento na família, na escola e nos diversos grupos do qual ela faz parte. Todos esses aspectos contribuíram de alguma maneira, para que ela não se tivesse a percepção inteligente e não se sentisse capaz de aprender com autonomia e com prazer, produzindo assim a dificuldade para aprender.
O entendimento dos vários fatores envolvidos no processo é bastante complexo e requer, necessariamente, um foco multidisciplinar a partir do qual são colhidos, pelo psicopedagogo clínico, conhecimentos de várias áreas como a Psicologia, a Pedagogia, a Medicina, a Fonoaudiologia e outras, necessárias para cada caso. Assim, o entendimento da origem das dificuldades de aprendizagem e das significações inconscientes delas na família, na escola e nas relações, leva o psicopedagogo clínico, junto com os demais profissionais que avaliaram o paciente a determinar as prioridades de tratamento.
O objetivo será sempre de abrir caminhos onde a autoria de pensamento seja possível, ou seja, onde possa surgir uma pessoa capaz de aprender, satisfeita consigo mesma e que se perceba inteligente!
Autor: Geisa Lopes Bezerra
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