Artigo: o pedido do socorro do FMI em us$ 500 bilhões aos Bric’s



Artigo: O pedido do socorro do FMI em US$ 500 bilhões aos Bric’s

Roberto Ramalho é jornalista, advogado, articulista e blogueiro

Informam as principais Agências Internacionais que o Banco Mundial alerta que emergentes sofrerão mais este ano que em 2008.

De acordo com os jornais, o Fundo Monetário Internacional (FMI) quer elevar sua capacidade de financiamento em US$500 bilhões, com a finalidade de fazer frente ao agravamento da crise da dívida na Europa, disseram fontes.

O Conselho Diretor do Fundo Monetário Internacional, que se reuniu na terça-feira, identificou uma necessidade potencial de financiamento da ordem de US$1 trilhão nos próximos anos, explicou um porta-voz. Por ainda estar estudando como isso será feito, o FMI não deu detalhes, mas fontes disseram que será pedido um esforço extra aos países emergentes.

Um representante do grupo G-20, que pediu para não ser identificado, disse à Rede de Televisão Bloomberg que o FMI está pressionando o Brasil, a Rússia, a Índia e a China, os denominados Bric’s -, além de Japão e dos países exportadores de petróleo, para fazerem as maiores contribuições possíveis.

O FMI espera que um acordo seja fechado na reunião dos ministros de Finanças do G-20, nos dias 25 e 26 de fevereiro, no México, afirmou ele.

Porém, em troca de mais recursos, os países emergentes vão pressionar por mais voz e poder dentro da Instituição financeira e monetária O argumento utilizado, inclusive pelo Brasil, é que a atual divisão de quotas não reflete o peso dos países emergentes na economia global.

O Brasil está disposto a ajudar, mas o governo já deixou claro que qualquer aporte terá de estar atrelado a um aumento da participação dos países emergentes no FMI. Não há valores definidos sobre essa ajuda, que se supões que não chegará a US$ 20 bilhões.

Após a reunião do conselho, a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, disse em nota que o organismo está buscando maneiras de ampliar esses recursos, hoje em US$385 bilhões. Afirmou ela: "O maior desafio é responder à crise de maneira adequada, e muitos executivos ressaltaram a necessidade de esforços coletivos para conter a crise na zona do euro e proteger a economia global".

Reforçando as preocupações da crise nos países da Zona do Euro, o Banco Mundial (Bird) alertou ontem para uma desaceleração global e fez um apelo para que os países emergentes se preparem para um choque maior que o de 2008. "Os países emergentes precisam se preparar para o pior", afirmou o Bird no relatório "Perspectivas para a Economia Global".

O Bird reduziu a projeção de crescimento para os emergentes este ano passando de 6,2% para 5,4%, e a dos países ricos, de 2,7% para 1,4%.

Com isso, a economia global deve crescer somente 2,5% em 2012, e a Zona do Euro deve se contrair em 0,3%, um dos piores índice desde a criação da moeda europeia . O Brasil teria expansão de 3,4% este ano e de 4,4% em 2013.


Autor: Roberto Jorge Ramalho Cavalcanti


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