Recônditos... Execráveis!



Às vezes, fico a cismar, com os olhos mareantes, pesquisado o éter a sondar, em lamentos constantes, procurando uma solução para os impasses, nos quais vivemos nas dificuldades de discernimentos analíticos, pelos quais, diuturnamente, passamos pela falta de diálogos conseqüentes e, evolutivos para o bem comum!

Com as minhas pesquisas empíricas, procurando me aperceber, distinguindo, sumariamente, tudo o que vejo, ouço e leio! Cheguei aos seguintes paradigmas, como padrões dos procedimentos, que vem sendo seguidos pela humanidade:

—A maioria das alocuções afirmativas, nos vem sendo jogados em cima, como palavras eficazes, mas, na verdade, falazes, portanto, enganadores e mascaradas como verdadeiras, assim, pervertidas! Para levarem vantagens, sem restituições.
—Utilizam a falácia para nos lograr, em quase todos ou, qualquer diálogo, com o intuito de nos cercear ou, explorar algo de nós.
—Os que têm o “Dom” das palavras fluentes e eruditas, ao em vez de doá-lo aos mais carentes do Saber, procuram se vangloriar como sapientes esmerados, para uma platéia inferior à sua sabedoria, da qual, não divide com ninguém.
—Na maioria dos diálogos, a palestra efetuada é sempre nominativa, a dominar aos mais incapazes sem denominar, designando, o saber do interlocutor, em dividendo com mais carentes da sua oratória eloqüente.
—Quando, num diálogo, é menos capacitado didaticamente, porém, com a experiência adquirida nos embates da vida, se interpõe, dando um parecer contrário ao explícito pelo mais “sábio” e mais graúdo ou importante, Ele é, sempre, relegado ao desprezo da sua fala, tanto pelo orador, quanto pelos outros ouvintes.
—Na humanidade atual, os Títulos são mais valorizados do que o Conteúdo, às vezes, sem ser feita uma análise conseqüente da sua amostragem como Rótulo, com o valor (ou, não) do seu interior, nele contido e agregado.
—Os Cargos elevados, em todos os ramos da sociedade, fogem das suas incumbências obrigatórias, na parte operacional, visando o aperfeiçoamento, em conjunto, com os seus assessores, para o bem comum dos trabalhos e, suas resultantes benéficas.

Paro por aqui, com receio de ferir mais melindres, no entanto, se não conseguirmos um Modelo padronizado dos nossos comportamentos e, relacionamentos diários. Ouso dizer que, infelizmente, o ser humano está se maculando, ao se atolar nos disparates, ouvidos e, aceitos pela maioria! A continuar dessa forma, os Seres Humanos, que sentem e se movem carnalmente, retornarão às cavernas, de onde vieram, ou... Pior! Perderão a sua magnitude para os animais irracionais!

Nota: Há às exceções que confirmam a regra! Por isso, ainda não fomos suplantados e, rebaixados para os recônditos execráveis do rés-do-chão cavernoso!

A seguir, uma poesia minha ( inédita):

Para que tanto orgulho
Em carne condenada?
Pra que tantas elites
Nas camadas sociais?
Por que à segregação
Anterior à sepultura,
Pois, a morte, tudo nivelará,
Ao final da caminhada!

Na peneira da justiça,
Ao manejo do Criador,
Nossas obras escoarão
Na passagem dos furos.

O egoísta, com empáfia,
Depositará suas reservas,
Porém, os poros da peneira,
Em conjunto... Estreitar-se-ão!

O avaro, em sofreguidão,
Deitará a sua fortuna,
Todavia, a peneira girando...
Jogará tudo no vácuo!

O descrente ressabiado!
Gotejará as suas dúvidas,
Contudo, a peneira retesando...
Não receberá o ateu!

O humilde vai chegando
À peneira do juízo
E, suas obras e dotes,
Pelos furos irão se...
Escoando!

Sebastião Antônio Baracho.
[email protected]
Fone: (31) 3846-6195


Autor: Sebastião Antônio Baracho


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