Lobo não perdia nem vício



Não estava a fim de fazer uma pesquina mais profunda, mas acredito que o ditado correto seja “lobo perde o pelo, mas não perde o viço”, mas por ai costumou-se dizer “lobo perde o pelo, mas não perde o vício”. Explicado isto, vamos ao lobo que interessa nesta crônica, um senhor que nasceu em 9 de agosto de 1931, portanto tem 80 anos, e é nada menos que o maior vencedor de Copas do Mundo de Futebol da história do torneio, que começou em 1930, no Uruguai, passou a ser realizado de 4 em 4 anos e só não ocorreu em 42 e 46 por causa da estupidez da 2ª Guerra Mundial.

Os mais novos que, por ventura ainda não precisaram pesquisar na internet, vão lembrar deste senhor vencedor, afinal é frequente programas esportivos de abrangência nacional utilazarem falas editadas deles, como: “É estranho!” ou “Aí sim, fomos surpreendidos!”.  Se ainda não mataram a charada, vamos falar hoje do alagoano mais carioca que existe, Mário Jorge Lobo Zagallo, simplesmente o Velho Lobo, único tetracampeão mundial de futebol de fato e de direito, pois estava na Seleção Brasileira como jogador nos campeonatos de 58(Suécia) e 62 (Chile), como técnico em 70 (México) e como auxiliar técnico em 94(EUA)  

Bom vamos recorrer a velha e boa Wikipédia para lembrar desta lenda do futebol mundial, que em 58 era ponta esquerda moderno, que voltava para ajudar no meio de campo, usava a camisa 7, e atuava no ataque com as futuras lendas Pelé e Garrincha. Seu trabalho de auxiliar na lateral lhe rendeu o apelido de Formiguinha e sempre que tinha uma chance lá estava Zagallo no ataque, deixando o seu gol. No Botafogo do Rio jogou com astros como o próprio Garrincha, Didi e Nilton Santos, que também os acompanhariam na Seleção.  

Como jogador e campeão em 58, Zagallo agradou tanto que seria convocado para a Seleção de 62, desta vez com a camisa 21, era uma aparente reserva, pois ele acabou mandando para o banco um dos grandes astros da época, o ponta esquerda Pepe, companheiro de Pelé no ataque do Santos, resultado: o jogador Zagallo bicampeão mundial. Em 66 (Inglaterra), sem Zagallo como jogador ou como técnico, o Brasil fracassou.

Em 70, o Velho Lobo foi o técnico tricampeão, no comando de um time maravilhoso com Pelé, Rivellino, Jairzinho, Tostão, Piazza, Clodoaldo, Gérson e Carlos Alberto Torres, entre outros craques. Zagallo fracassaria como técnico em 74 (Alemanha), mas tornaria-se o primeiro e único tetracampeão mundial em 94 (EUA) como auxiliar técnico de Carlos Alberto Parreira (que em 70 e compunha a comissão técnica no México). Até 90, Zagallo deteve a marca de ser o único jogador do mundo a ser campeão mundial por uma Seleção tanto como jogador como técnico. O alemão Franz Beckembauer alcançou isso em 74 (Alemanha) e 90 (Itália). Ainda sobre Zagallo todos sabem de sua fixação pelo número 13, história que qualquer hora contaremos aqui.


Autor: Edson Terto Da Silva


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