Corpo a corpo



Corpo a corpo, as almas vão se encontrando.
É possível sentir o cheiro do outro,
o calor,
a textura.

Boca a boca;
um desencontro no começo,
em seguida, uma língua se acha na outra,
tudo se encaixa
e é possível sentir o gosto do desejo.
Ao mesmo tempo, as faces se tocam
sentindo um leve arranhar
que traz sensações.

Enquanto isso,
as mãos procuram lugar no outro,
tateando o desejo,
percorrendo silhuetas,
demarcando o território do deleite.
Ora firmes, ora brandas,
elas vão estimulando o prazer.

As bocas,
insaciáveis na busca pelo prazer,
começam a percorrer outras partes.
O pescoço é explorado,
chupões e leve mordidas causam alguns frêmitos.
Mais acima,
na orelha,
o lóbulo é conquistado
com mordidas
que ficam no limiar entre o forte e o suave,
eliciando frissons.

Os corpos vão entrando em sintonia,
se encaixando,
dançando o mesmo ritmo.

As vestes represam o ardor e a volição emergentes...
As mãos agora ocupam-se
em libertar o desejo sob os panos.

Pele sobre pele,
e ainda no mesmo ritmo,
os corpos se percebem,
se encaixam
e se completam.

Os beijos ficam mais fortes,
as mãos mais firmes...
e as carícias mais ousadas
sentem a rigidez do desejo
que pulsa pedindo vazão.

A temperatura sobe
e os corpos suam,
há volúpia transpirando pelos poros.

- Penetra meu corpo,
em busca do nosso prazer.
Ele pede.

O outro atende...
dois agora são um,
um corpo noutro,
(inside)
simbiose.

Em harmonia de movimentos,
os corpos seguem se dando prazer,
conduzindo-se
para sua apoteose.

Por fim o outro diz:
- Suga minh’alma
e bebe meu prazer.


Autor: Josimar Antônio De Alcântara Mendes


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