O papel da enfermagem na reabilitação psicológica da mulher mastectomizada



O PAPEL DA ENFERMAGEM NA REABILITAÇÃO PSICOLÓGICA DA MULHER MASTECTOMIZADA

 

Jamile Carvalho Rodrigues1

Verailza Souza santos1

Joelma de Matos Viana2

 

RESUMO

O plano de cuidados de enfermagem é uma orientação por escrita para o cuidado do paciente, nesta reflexão é essencial analisar os fatores que contribuem na recuperação do paciente pós-operatório da cirurgia do câncer de mama, para que a equipe de enfermagem consiga identificar as ações a serem fornecidas. Este artigo é um levantamento bibliográfico, teve como abordagem à importância dos cuidados de enfermagem na recuperação da cliente, submetida à cirurgia do câncer de mama. Por conta disso define-se como objetivo do estudo descrever todo o contexto que se instauram, com o início do câncer de mama, definição do mesmo, causas, complicações, educação em saúde, bem como a ênfase na elaboração do processo e dos cuidados de enfermagem.

 

PALAVRAS – CHAVE: Cuidado. Recuperação. Paciente. Enfermagem. Diagnóstico.

 

ABSTRACT:

The plan of nursing care is a guideline for writing to the care of the patient, this reflection is essential to analyze the factors that contribute to recovery of the patient's postoperative surgery of breast cancer, so the nursing staff can identify the actions to be provided. This article is a reference survey, was to approach the importance of nursing care in the recovery of the client, submitted to surgery of breast cancer. As a result of this objective is defined as the study describe the entire context that are being established, with the beginning of breast cancer, the same definition, causes, complications, health education, and the emphasis on the development of the process and care nursing.

 

 

KEY WORD: Care. Recovery. Patient. Nursing. Diagnosis.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

*1 Enfermeiras pela Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB.

 *2 Professora da disciplina cuidados de enfermagem ao adulto II da Faculdade São Francisco de Barreiras FASB, especialistaem Formação Pedagógica na Área de Saúde.

INTRODUÇÃO

 

O carcinoma mamário é a neoplasia maligna visceral mais freqüente nas mulheres e é um das principais causas de morte por câncer, variações de incidências do carcinoma da mama em diferentes regiões do mundo indicam que fatores genéticos e culturais e ambientais estão envolvidos no seu desenvolvimento. O aperfeiçoamento da mamografia, o uso da cirurgia, conservadoras e os progressos alcançados pela genética molecular pode ser apontadas como alguns avanços significativos alcançados. Entretanto este artigo aborda as complicações, educações em saúde, cuidados de enfermagem, diagnósticos e prescrições prestadas, as pacientes no pós-operatório e psicológico da cirurgia do câncer de mama. Pois tem sido de fundamental importância à elaboração do plano de cuidados, as prescrições e os diagnósticos de enfermagem.

 

Uma vez que esses são essenciais para a recuperação da paciente, para isso faz – se necessários que a enfermagem seja atuante promovendo ações educativas entre a equipe de enfermagem, fazendo com que os mesmos ponham em práticas os cuidados indicados para a recuperação dos mesmos. Constituem – se como objetivo principal deste estudo a descrição dos cuidados de enfermagem, detalhando o inicio do câncer da mama, a definição, as causas, complicações, a educação em saúde como a elaboração do plano de cuidados de enfermagem. Por isso é visto que as equipes de enfermagem coloquem em prática as ações educativas, no que diz respeito aos cuidados de enfermagem é fundamental que todos estejam envolvidos na promoção da recuperação das pacientes, levando em consideração que o enfermeiro pode atuar como educador, contribuindo para a saúde dos mesmos.

 

DESENVOLVIMENTO

 

Para Porto (2005), as mamas são órgãos glandulares pares, situado na parte superior do tórax, sobre os músculos peitorais, altura do 3ª e 4ª arcos costais suscetíveis a estímulos neuro hormonal e destinado primordialmente à secreção de leite. São constituídos de pele, tecido adiposo e glândulas mamárias. Em sua morfologia geral, as mamas assemelham – se as glândulas suroripas, isto é são estruturas túbero – acenosa que apresentam 15 a20 lobos, distribuídos radicalmente e separado entre se por tecido conjuntivo, distribuídos radialmente e separado entre se por tecido conjuntivo denso.

 

Conforme Stevens e Lowe (2002), a mama feminina depende de uma variedade de hormônio para sua atividade normal, e exibem consideráveis variações estrutural e funcional ao longo da vida particularmente, durante a puberdade, gravidez, lactação, o ciclo menstrual normal e menopausa. Este crescimento hormônio – regulador também origina a forma mais comum de doença da mama, que em razão da proliferação anormal, é designada alteração fibrocística.

 

O carcinoma é a doença mais importante da mama é a destinação imediata dos casos de câncer mamário das muitas formas de doença da mama, uma vez que a maioria das doenças mamária apresenta como um nódulo papável. Embora a verdadeira natureza dos nódulos mamária somente possa ser avaliada pelo exame histológico das áreas dos nódulos excisdos, é possível se ter uma boa idéia da natureza deste nódulo antes da cirurgia. Os tumores malignos da mama feminina são extremamente comuns, contribuindo para 20% de todas as malignidade em mulheres, acomete 1 em 10 mulheres (STEVENS; LOWE, 2002).

 

Segundo o autor citado acima os fatores prognósticos podem ser utilizados na previsão da sobrevida no câncer de mama a mesma não é uma doença única existente a uma enorme variação. Uma enorme variabilidade não sobrevida após o tratamento, os fatores relacionados ao prognóstico no câncer de mama são clinicamente importantes na medida em que permite aconselhamento dos pacientes. O diagnóstico do câncer de mama é firmado utilizando – se um método combinado clínica, radiológico e patológico.

 

Enfatiza Filho (2000), que o carcinoma maligno da mama é definido como uma proliferação epitelial maligna, restrita aos ductos ou ductos mamários distinto do carcinoma invasor pela ausência de invasão estromal. A mesma não representa um entidade única, além da existência de dois tipos distintos, lobular e ductal, diferentes histológicas e de comportamento clínicos, reforça a idéia de que o carcinoma (...) representa um grupo heterogêneo de lesões.

 

De acordo Filho (2000), o uso crescente de método rastreamento, como a momografia, tem permitido a detecção de casos localizados, de pequenos tamanhos e ate carcinoma (...). O aumento de incidências não se explica somente pelo aprimoramento diagnóstico. O aperfeiçoamento da mamografia ou o uso da cirurgia conservadora, e o progresso avançados significativos alcançados na ultima década, mas infelizmente ainda longe de resolverem os desafios que essa doença tão heterogênea e prevalente apresenta.

 

Clinicamente, o carcinoma da mama manifesta – se como um nódulo palpável e muitas vezes detectado pela própria paciente. Numerosos são os fatores de risco para o câncer de mama, alguns bem estabelecidos outros ainda questionáveis, entre esses os mais importantes são os fatores de riscos elevados como idade acima de 50 anos história familiar, antecedente familiar de primeiro grau, doença genética (FILHO, 2000).

 

Ausiello (2005), relata que o câncer é considerado como uma doença amplamente evitável. Já são conhecidas as causas da maior parte dos tumores os fatores de riscos também foram identificados uma dessas causas é o fumo, considera – se que é a causa dominante de maiores incidências.

 

Fatores de risco moderado são qualquer antecedente familiar de câncer da mama, estimulação estrogênica prolongada, menopausa tardia, gestação tardia, exposição à radiação ionizante. Incluindo os fatores de risco baixo, como menarca antes dos 12 anos, reposição hormonal na menopausa, contraceptivos hormonais ingesta de álcool, dieta rica em gordura na adolescência, história de doenças benigna da mama (FILHO, 2000).

 

Com relação à prevenção Ausiello (2005), descreve que o uso de rotina da mamografia anual em programa de rastreamento em mulheres entre 40 e 74 anos de idade, reduz a probabilidade de óbito por câncer de mama entre10 a20% nas mulheres, entre 40 e 49 anos de idade, o uso da mamografia como teste de rastreamento contínuo controvertido. Mas dados obtidos em estudo com uma qualidade boa ou razoável resultam numa redução do risco de óbito por câncer de mama. No entanto, um número substancial de massa cancerosa da mama que é detectado pela primeira vez num – auto exame. As recomendações atuais da (...). Inclui uma mamografia anual e alto exame da mama, e serve como orientações razoáveis para o rastreamento do câncer da mama.

 

Kumar et al. (2000) afirma que a neoplasia cresce em sua maioria na forma de massa sólida, que são radiologicamente mais densa do que o tecido conjuntivo e o tecido adiposo da mama normal, os carcinomas evasivos manifesta – se mais comumente como densidade mamografia. Os principais sinais radiológicos de carcinoma de mama é a densidade, deformação arquitetura, classificação e alteração com o decorre do tempo.

 

Ausiello (2005), destaca que a cirurgia do câncer é usado para estabelecer um diagnóstico tissular, para retirar um tumor primário com margem cirúrgicas livre de tumor e para determinar a extensão do câncer por meio de procedimento próprio para o estaqueamento, a cirurgia é um método simples e seguro de mover tumores sólidos quando o tumor está restrito a um local de origem específicos.No entanto,no caso de alguns tumores, a maioria dos pacientes já apresenta doença metástatica no momento do diagnóstico.

 

Na avaliação de uma cirurgia de grande porte para uma determinada paciente, é importante avaliar a relação risco, benefícios do procedimento no contesto da saúde geral do paciente, a extensão do tumor e da probabilidade de que o tumor possa ser completamente retirado, o tipo de anestesia necessário e a experiência da equipe que também deve levarem consideração. Como avanço tanto na radioterapia quanto na quimioterapia, a necessidade dede uma cirurgia radical diminui. No entanto, a cirurgia continua a ser uma abordagem primária da maior importância na terapia curativa do câncer (AUSIELLO, 2005).

 

O câncer de mama ocorre em qualquer ponto da mama, porém a maioria é encontrada no quadrante superior externo, onde se localiza a maior parte do tecido mamário. Em geral as lesões são indolores, ao invés de dolorosas; fixa ao invés de moveis; e induradas com bordas irregulares, em vez de encapsuladas e lisas (SMELTZER; BARE, 2005).

 

Com relação ao tratamento cirúrgico para Smeltzer; Bare, (2005), revela que a principal meta do tratamento cirúrgico é erradicar a presença do câncer de mama evasivo é a mastectomia, com ou sem reconstrução e a cirurgia de conservação da mama combinada à radioterapia.

 

Com base nos estudos de Smeltzer; Bare, (2005), os cuidados pós - operatórios da paciente que se submete a cirurgia do câncer de mama assim como qualquer outra cirurgia, o foco imediato é a recuperação da anestesia geral e tratamento a dor. Além disso, a paciente que sofreu a cirurgia da mama pode experimentar os efeitos físico e psicológico. As possíveis, complicações incluem o acumulo de sangue, hematoma no sitio de incisão, infecção e acumulo tardio de líquido serossanguinolento, e seroma depois do dreno.

 

As seqüelas psicológicas podem incluir uma imagem corporal ou auto conceito alterado em conseqüência da alteração ou perda da mama. Promovendo a imagem corporal positiva, a enfermagem pode abordar a percepção da paciente sobre as alterações da imagem corporal, e alteração física da mama, pois a princípio, as pacientes podem se sentir desconfortável ao olhar a incisão cirúrgica.  Explorar essa área sensível deve ser uma ação de enfermagem cuidadosa, e os índices fornecidos pela paciente devem ser respeitados, e manejados com sensibilidade. Permitir que a mesma se expresse com segurança para a enfermeira, deve perguntar a paciente o que ela percebe, reconhecer seus sentimentos, e permitir que ela expresse suas emoções são ações de enfermagem importantes (SMELTZER; BARE, 2005).

 

Smeltzer; Bare, (2005) enfatiza que para promover à participação do cuidado a enfermeira deve encorajar a paciente a deambular quando estiver livre das náuseas pós – anestésico e está tolerando os líquidos, a enfermeira deve fornecer suporte a paciente para o lado não operado. Os exercícios como mão, ombro, braço e respiratório são iniciados no segundo dia pós – operatório essas metas de exercícios consistem em aumentar a circulação e a forca muscular, evitar o enrijecimento articular, e contraturas e restaura a amplitude total dos movimentos.

 

Com relação ao histórico de enfermagem Smeltzer; Bare, (2005), reforça que a história de saúde inclui uma avaliação da reação da paciente ao diagnostico e sua capacidade de enfrentamento, incluindo as seguintes questões pertinentes como verificar se a paciente está respondendo o diagnóstico; que mecanismo de enfrentamento ela acha mais valiosa; apoio psicológico ou emocional ela possuem e utiliza; existe um parceiro, membro da família ou amiga disponível pra ajudá-lo na realização das escolhas de tratamento; quais são as áreas de informação mais importante de que ela precisa; a paciente está apresentando algum desconforto.

 

Para Hargrove (1998), o período pós – operatório imediato é realizado o histórico imediatamente na admissão do cliente na SRPA ou URPA para obter os dados da linha de base, porisso as prioridades para o histórico. Incluem respiratórias: permeabilidade das vias aéreas, coloração da pele. Cardiovasculares: sinais vitais. Assim como também deve ta realizando diagnóstico e prescrições de enfermagem. Como eliminação tranque brônquica ineficaz; padrão respiratório ineficaz; risco para déficit de volume de líquido; risco para infecção; dor; integridade tissular prejudicada; eliminação urinaria alterada; perfusão tissular prejudicada.

 

Prescrições de enfermagem como registra a condição do cliente na ficha de escore da sala de recuperação, avaliar no mínimo a cada 15 minutos, verificar vias aéreas; sinais vitais; aparência geral; nível de consciência e reflexos; nível de dor; débito urinário; permeabilidade da linha intravenosa ou central; dreno ou permeabilidade do cateter; local da cirurgia para sinal de hemorragia ou secreção anormal; funcionamento dos monitores cardíaco e de oxigênio; manter as vias aéreas permeáveis; promover o conforto do cliente. A enfermeira deve estar certo de que a dor é realmente a dor que se espera no pós operatório, em vez de um sinal de complicações,instituir as precauções de segurança; encorajar os exercícios pós operatórios,conforme possível, para prevenir complicações (HARGROVE, 1998).

 

Brasil (2002), expõem que os cuidados pós – operatórios inicia – se a partir da saída do cliente da sala de operação e perdura até sua total recuperação e subdivide – em pós-operatório imediato (POI), até às 24h posteriores a cirurgia; mediato, após as 24h e até 7 dias depois; e tardio, após 7 dias do recebimento da alta. Nesta fase, o objetivo do atendimento ao cliente são identificar, prevenir e tratar os problemas comuns aos procedimentos anestésicos e cirúrgicos, tais como dor, laringite pós entubação traqueal, náusea vômitos, retenção urinária, flebite pós – venóclise e outros, com a finalidade de restabelecer o seu equilíbrio. Com relação aos cuidados de enfermagem no pós – operatórios imediato (POI).

 

Relata Brasil (2002), que é um período considerado crítico, considerando – se que o cliente estará, inicialmente, sobre efeito de anestesia geral, raque anestesia, peridural ou local, pois nesta circunstância apresenta – se bastante vulnerável as complicações. Assim, é fundamental que a equipe de enfermagem atue de forma a restabelecer-lhe as funções vitais, aliviar – lhe a dor e o desconforto pós-operatórios como náusea, vômito, e distenção abdominal, manter – lhe a integridade da pele e prevenir a ocorrência de infecções. Ao receber o cliente na RPA, UTI ou enfermaria, a equipe deve tranqüiliza – lo,onde – encontra e perguntar – lhe se sente alguma anormalidade e/ou desconforto.Se o cliente estiver sonolento ou aparentemente inconsciente,deve ser feitos comentários indevidos,pois sua audição pode está presente.

 

Deve – se ler atentamente o seu prontuário, o qual deverá conter informações sobre o tipo de anestesia, anestésico recebido, cirurgia realizada, Intercorrências e recomendações especiais. Na RPA, na primeira hora o controle dos sinais vitais é realizado de 15 em 15 minutos se estiver regular, e de 30 em 30 minutos se estiver mantida a regularidade do quadro, e o tempo de verificação do controle deve ser espaçado para 1/1h, 2/2h, e assim por diante. Apos os cuidados recebidos, deve ser registrados, pela Enfermagem, dados como o tipo de anestesia, a cirurgia realizada, o horário de chegada, as condições gerais do cliente, a presença de drenos, solução venosas, sondas, cateteres e assistências prestadas (BRASIL, 2002).

 

Craven e Hirnle (2006) refere – se que deve ser mencionado o histórico de enfermagem sistemático que é essencial durante o período pós – operatório pois através do mesmo é detectado rapidamente quaisquer complicações e também para individualizar o cuidado de enfermagem que promove a recuperação ótima da cirurgia.

 

A enfermeira na unidade de recuperação geralmente obtém um relato verbal da equipe da sala de cirurgia e lê a documentação escrita da operação e as prescrições pós – operatória do médico para planejar o cuidado efetivamente, são necessárias as seguintes informações: tipo e extensão do procedimento cirúrgico realizado, tipo de anestesia utilizado, dosagem e horário em que os medicamentos foram administrados, quantidade de sangue perdida, se o cliente ainda estiver intubado e quaisquer complicações cirúrgicas ou anestésicas que possam ter ocorrido (CRAVEN; HIRNLE, 2006).

 

Freitas et al. (2006), propõem que o câncer de mama já mais deverá ser uma surpresa anatomopatológica, e a biópsia cirúrgica são o ultimo passo na propedêutica do nódulo de mama suspeita de carcinoma. A experiência clinica mostra que o impacto do diagnóstico pode abalar a estrutura emocional da paciente e de toda a família. O câncer de mama é uma doença da família tanto quanto pessoa, afetando o funcionamento social, psicológico e cultural desse grupo, incluindo a perda de confiança, o medo da morte ou da incapacidade, o medo de se tornar invalido ou de ficar totalmente comprometido com a doença.

 

Segundo o mesmo autor. Relacionado à sua literatura mostra que esses indivíduos têm uma grande dificuldade de adaptação á sua condição e a sua reintegração a uma vida normal após uma vida normal, após o diagnóstico e o tratamento. Tais medo e dificuldade são freqüentemente exacerbados pela atitude negativa em relação ao câncer de mama: dificuldade com próteses excesso ou perda de peso, alteração na imagem corporal e distúrbios psicológicos e físicos que permanecem por longo período após o tratamento (FREITAS et al; 2006).

 

Viana et al. (2001), faz a colocação citando que é necessária incorporar a reabilitação como um plano de cuidado traçados cuidadosamente por uma equipe multidisciplinar integrada com a mesma filosofia de trabalho que possa oferecer suporte adequado durante o diagnostico, a cirurgia ou qualquer tratamento durante a internação e após a alta, orienta para o mesmo que uma untervenção precoce minimiza as seqüelas do tratamento e propicia melhor qualidade de vida á pessoa.

 

O mesmo enumerou quatro estágios no cuidado do paciente com câncer. Entre esses (...) estão o estágio reparador esse restaura as seqüelas que não pode ser evitadas na erradiação da malignidade esse paciente frequentemente necessita de cuidados tanto físico tanto psicológico, social, para readquiri suas atividade e a sua vida antes da doença. Por isso deve ta promovendo o estágio de suporte para que possa promover o cuidado e assistência na adaptação dos problemas, basicamente no momento do tratamento. (VIANA et al; 2001).

 

Viana et al. (2001), descreve na sua literatura que a cirurgia do câncer de mama é, sem duvida, uma etapa muito importante no tratamento. De acordo com a evolução das teorias sobre a biologia tumoral houve um aprimoramento concomitante das técnicas cirúrgicas proposta para qual finalidade. Pois todas elas visam remover o tecido maligno e diferem entre se pela extensão da remoção dos tecidos adjacentes. (...). Relata também que a dissecção é parte integrante constante do tratamento cirúrgico de qualquer câncer de mama.

 

Com relação às complicações o mesmo relata que são mais freqüentes é o seroma25 a50% das pacientes, já que após a retirada da mama e das rotas linfáticas ocorre uma transudação da linfa. O uso do dreno a vácuo e curativo compressivo diminui as coleções serosas e,quando há persistências das mesmas após a retirada do dreno,são aconselháveis punções aspirativas e intervalos regulares (VIANA et al;  2001).

 

Os linfedema também são uma das complicações mais comuns e também é conseqüência da retirada em bloco das rotas linfáticas (...). O tratamento é feito através de massagem compressora, antiinflamatórios e antibióticos quando há evidências de celulite (...). E a paciente deve ser orientada quanto a sua mobilização e a evitar qualquer lesão neste membro superior. Outras complicações menos comuns são as infecções de parede, que deve ser tratada com antibioticoterapia o mais freqüentemente possível (...). Faz – se necessário na presença desta última o desabridamente local além de curativos diários (PASSOS et al; 2006).

 

Com relação ao aspecto psicológico Halbe (1993), afirma que o diagnóstico do câncer atinge diretamente a integridade do ego da paciente, que se encontra extremamente fragilizado e vulnerável. Essas situações são geradoras então de muito medo, angustia medo ao castigo, medo à mutilação, medo à separação e da morte.

 

O câncer pode roubar – lhe aquela alegria ignorância que uma vez o levou a acreditar que o amanhã se estenderia para sempre. A maioria das doenças está na dependência tanto de fatores emocionais quanto físico. A equipe de enfermagem deve levar em considerações o nível de atenção a essa pessoa hospitalizada deve considerar o aspecto emergente e todas as variáveis que envolvam o SER do indivíduo: ajudando a superar as crises e achar caminhos alternativos de resgate, de seu equilíbrio ou editar novas formas de relação com a vida, considerando as limitações e as vivencias experimentadas a parti da doença. É preciso a enfermagem providenciar um psicólogo para o seu auxilio (HALBE, 1993).

 

Halbe (1993), ressalta que a importância de se observar se a paciente persitem negando verdadeiramente a situação da doença, evitando ou negligenciado o tratamento, a medicação e os controles. Este comportamento pode ser um sinal de dissociação da consciência, necessitando então a paciente de urgente do auxilio de um psicológico, entre outras reações psicológicas como ansiedade; a ira; hostilidade; sentimento; depressão; sensação de culpa e punição; distúrbios neurológicos; abandono; angústia; intolerância emocional; desconfiança; insegurança; inconformismo; apreensão com a alta – imagem; temor; a perda de controle; a perda de identidade; racionalização; agressividade; fantasias; desesperança.

 

Halbe(1993), orienta para a equipe de saúde que deve ta fazendo o reconhecimento e tendo a compreensão das alterações psicológicas da paciente com câncer de mama e permitir a consideração mais adequada dessa paciente, permitindo a indicação a serviço de apoio para que possa retornar o equilíbrio psíquico alterado pela situação da doença. Portanto o profissional de saúde que lida com a paciente portadora de câncer de mama deve está atento de que a adaptação ao câncer depende de inúmeros fatores.

 

Segunso Halbe (1993), esses são os fatores como: quem é a paciente enquanto pessoa; suas atitude frente a vida; como reagem frente a vida antecedente educacionais; idade; posição social; variáveis psicológicos; capacidade para expressar frustrações, perdas e dificuldade; como enfrentar momento de crise; que recursos possuem a nível de apoio familiar; maturidade interna e o grau de integração; que crença tem sobre o câncer ou sobre doenças em geral e outros.Esses dados podem ser significativo e facilitadores para a compreensão  e para o tratamento da paciente com câncer de mama.Mais do que nunca a equipe de saúde deve agir com muita paciências,compreensão, respeito,sensibilidade, bom senso,tolerâncias e atenção, buscando compreender o sofrimento da paciente, colocando – se em seu lugar.

 

Potter; perry (2004), descrevem na sua literatura que a cirurgia é psicologicamente estressante. O cliente pode ficar ansioso a respeito da cirurgia e suas implicações (...) para compreender o impacto da cirurgia sobre a saúde emocional do cliente. A enfermeira deve avaliar os sentimento do cliente em relação à cirurgia, auto - conceito recusa de adaptação, perguntando se os membros da família ou amigo pode fornecer apoio.

 

É vital a discussão detalhada e a demonstração dos exercícios pós-operatórios (...). A enfermeira deve ta avaliando o rico do cliente para as complicações respiratórias pós operatórias (...). Avaliar a capacidade de tossir; avaliar o risco de formação de trombo pós-operatórios; explicar os exercícios pós-operatórios para o cliente; inclusive a importância para a recuperação e os benefícios fisiológicos; demonstrar os exercícios. (POTTER; PERRY, 2004).

 

Durante a recuperação pós opearatóra imediato antes da chegada do cliente á SRPA deve obter os dados fornecidos pela equipe de cirurgia na sala de cirurgia, relacionados ao estado geral do clientebem como necessidade de equipamento e cuidados de enfermagem aspecializado. Quando o cliente é admitido na SRPA, os profissionais devem notificar a chegada do mesmo á área de cuidados, o que permite que a equipe de enfermagem infame os familiares sobre a evolução cirúrgica do cliente e os possíveis motivos para o atraso que possa ter ocorridos. (POTTER; PERRY, 2004).

 

Com relação ao processo de enfermagem no cuidado pós – operatórios na SRPA, a enfermeira deve focalizar a monitoração e manutenção dos estados respiratório, circulatório, hidroeletrolíticos e neurológico (...). A enfermeira deve continuar a avaliação de tais fatores críticos em base menos intensiva ate a alta do cliente da instituição de cuidados agudos. (POTTER; PERRY, 2004).

 

Com relação ao histórico do paciente Potter; Perry (2004), salienta que (...) a enfermeira deve repetir o exame dos sinais vitais e outras observações importantes pelo menos a cada 15 minutos ou com maior freqüência, dependente da condição do paciente e política da unidade. (...). A condição de um cliente pode alterar – se rapidamente principalmente durante o período pós-operatório. A enfermeira deve documentar por completo a avaliação inicial, inclusive os sinais vitais, o nível de consciência, a condição dos curativos e drenos, o nível de conforto, o estado dos líquidos IV e as medicações do debito urinários. Uma das maiores preocupações da enfermeira deve residir na obstrução das vias aéreas.

 

A respiração determinado agentes anestésicos e pode provocar depressão, desta maneira a enfermeira deve ficar particularmente atenta à respiração lenta e superficial, bem como a tosse fraca, deve avaliar a freqüência respiratória, o ritmo, a profundidade da ventilação, a simetria do movimento da parede torácica, os sons respiratórios, e a cor das mucosas. A enfermeira deve também ta observando a circulação; controle da temperatura; equilíbrios hidroeletrolíticos; funções neurológicas; integridade cutânea e a condições da ferida; função geniturinária; função gastrintestinal e o conforto (POTTER; PERRY, 2004).

 

Reforça Potter; Perry (2004), que a equipe de enfermagem deve ta aplicando as prescrições e diagnóstico de enfermagem no pós-operatório, como eliminações traqueobrônquica ineficaz relacionada à secreção retida, espasmo de vias aéreas, vias aéreas alérgicas, disfunção neuromuscular. Risco de integridade da pele prejudicada, relacionado à exposição á drenagem da ferida, estado hídrico alterado, sensibilidade alterada.

 

Prescrições de enfermagem no pós-operatório, freqüência da monitoração dos sinais vitais e avaliações especiais, verificarem o tipo de líquido IV e de velocidade de infusão; administrar medicamentos pós operatórios, liquido ou alimento permitido por via oral; executar nível de atividade que se permite que o cliente retome; posição que o cliente deve manter enquanto estiver no leito; balanço hídrico; verificar exames laboratorial e radiológicos; realizar orientações especiais (POTTER; PERRY, 2004).

 

Enfoca ainda Potter; Perry (2004), que as complicações pós operatórias pode ser causada pelo sistema respiratório como atelectasia; a hipóxia; a embolia pulmonar; sistema circulatório como hemorragia; o choque hipovolêmico; a tomboflebite; o trombo; o êmbolo. Sistema gastrintestinal, distenção abdominal; constipação; náusea e vômito. Sistema geniturinário, retenção urinária. Sistema tegumentar, infecção da ferida; deiscência da sutura; evisceração da ferida; caxumba cirúrgica. Sistema nervoso, dor intratável.

 

Com relação à alta da SRPA, a enfermeira deve avaliar a aptidão para a alta com base na estabilidade dos sinais vitais (...). Muitas equipem de SRPA utilizam um sistema de escore objetivo que aguda a determinar quando os clientes podem ser liberados. O escore de aldrete, ou escore de recuperação pós anestésico. Quando o cliente está apto a receber alta da SRPA, a enfermeira deve comunicar – se com a unidade de enfermagem, para reportar os sinais vitais, o tipo de cirurgia e anestesia realizada, perda sanguínea nível de consciências, condições físicas gerais e presença de linhas IV ou drenos (POTTER; PERRY, 2004).

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Sabe – se que a principal causa do câncer de mama é a neoplasia maligna visceral e é uma das principais causas de morte por câncer de mama, incluindo seus fatores como: genética, ambientais, culturais tais fatores estão envolvidos nos seu desenvolvimento.

Neste artigo pretendeu – se chamar a atenção para a importância dos cuidados de enfermagem na recuperação da paciente pós-operatório e psicológico quando submetido à cirurgia do câncer de mama.

 

Procurou – se enfatizar sobre o contexto do início do câncer, definição, causas, complicações, educação em saúde, bem como ênfase na elaboração dos cuidados de enfermagem,prescrições e diagnósticos.

 

As ações e as prescrições deverão acontecer por toda a equipe de enfermagem, uma vez que são parte integrante no processo de recuperação pós - cirúrgica da paciente. Portanto pode constatar que é de fundamental importância para a enfermagem, contribuir na promoção da recuperação da paciente com câncer de mama, pondo em prática o plano de cuidado através do uso do raciocino, do processo de enfermagem, possibilitando um melhor direcionamento da assistência de enfermagem, garantindo o cuidado de qualidade.

 

Procurou – se ainda estabelecer as prescrições e diagnósticos de enfermagem, que ajudam aos enfermeiros a lhe dar diretamente com a cliente, planejar a assistência, otimizando o tempo e garantindo a qualidade no atendimento.

 

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