Cenário do pentágono é intervir na Síria semelhante ao Kosovo



Mais de cem pessoas na Síria morreram, sábado 25 de fevereiro 2012, incluindo seis mulheres e dez crianças, principalmente em Homs, Idleb e Hama, num momento em que Hillary Clinton faz uma visita em Africa do norte, o presidente dos EUA, Barack Obama disse  que ele «não permaneceria como os espectadores» face à máquina de matar dos civis na Síria, informou  fontes militares do Pentágono, preparando-se  para uma intervenção militar, semelhante ao que aconteceu em Kosovo, ano 1998.


A União da Rede dos Direitos Humanos da Síria anunciou que vários bairros no distrito de Homs Baba Amr conheceram, anteontem, um bombardeio pesado. Ela havia documentado a morte de 109 pessoas, 44 delas em Homs, 22 em Hama, 17 Darha, 14 em Bedalab,  12 em Halab.  Acrescentando que a segurança cometeu um verdadeiro «massacre» na cidade de Dara, onde mais de 13 mortos e 24 feridos cairam devido ao violento e indiscrimidado fogo de artilharia.

Esta União descreve a região de Homs, especialmente em bairros adjacentes do antigo castelo que ficou sob fogo de artilharia pesada, como um cenrário de guerra, onde uma série de feridos se arrastam no meio dos bombardeios em Bab al-Uçud e Safsafa Mreijeh, Tal situação incontrolável levou as autoridades sírias a cortar todas as formas de comunicação, mantendo  dispositivos de interferência na Internet e telefone, impedindo qualquer intervenção de ajuda médica e alimentos por parte das organizações de direitos humanos.

Pois a visita de Hillary Clinton, Secretária de Estado dos Estados Unidos da América para Africa do Norte tem por objetivo confortar a  estratégia deste velho continente. Ela disse que seu país não tinha mudado a sua política no Saara ocidental, apoiando os esforços de negociações para alcançar uma solução aceitável, chamando pelo respeito dos direitos humanos, informou em uma conferência de imprensa ontem em Rabat. Considerando  que o plano de autonomia apresentado por Marrocos é sério, realista e credível, capaz de levar a uma solução definitiva deste conflito artificial

No que diz respeito ao caminho democrático Hillary explicou que Marrocos é um exemplo vivo no campo das reformas» porque a nova Constituição prevê a independência do poder judicial e deu uma grande oportunidade para a representação das mulheres no Parlamento, considerando Marrocos, como primeiro país árabe, onde o estatuto de mulheres avançou.


 Sra Clinton saúdou também o progresso que Marrocos conhece observando  « um  entusiasmo de milhões de pessoas que acreditam no futuro deste país», embora as reformas exigem um esforço considerável para obtenção de mudanças significativas na vida dos cidadãos.


Com relação aos marroquinos detidos em Guantánamo,  Clinton considerou que os Estados Unidos estão em consultas contínuas com responsáveis  em Marrocos. Elogiando o trabalho do Enviado Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas, Christopher Ross, apontando  a necessidade de um diálogo entre Marrocos e Argélia.
Hillary lembrou ainda que ela quer informar a empresa sobre o regime de Assad que é um terror e uma desgraça.


Por sua parte,  Saad Ed-din Otmani, Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, disse que concordou em uma reunião com Hillary Clinton para desenvolver um mecanismo de consultas políticas regulares entre os dois países, destacando as fortes acordos históricas e econômicas entre os dois países, lembrando do Acordo de Livre Comércio como um deles.


El Otmani disse que Marrocos vai trazer mais investimento, graças ás relações primordiais entre os dois países, bem como existe oportunidade para desenvolver relações em nível de segurança e troca de experiências, revelando que é possível visitar Washington para consultas sobre uma gama de assuntos de interesse envolvendo a região e o mundo.

Lahcen EL MOUTAQI

Universitário-Rabat


Autor: Lahcen El Moutaqi


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