"Sem diálogo nem negociação!"
No meio dos acontecimentos da primavera árabe, muitas vezes aparece o slogan: ". Sem diálogo, sem negociação" Existe razões para isso. Por um lado, a natureza do poder nos Estados de países árabes impede qualquer uma de instituições executar um verdadeiro papel em resposta às reivindicações populares. Enquanto isso, naturalmente a interação entre as partes contribui no sentido de derrobar os Estados e seus líderes, após o surgimento de protestos em massa contra estados inspirados da legitimidade e da soberania do seu povo, abrindo o caminho para relejer uma nova maioria de um gouverno representativo. Por outro lado, a natureza do levantamento da primavera árabe é visto na sua massa e sem liderança política, como o nexo que une uns aos outros se diluindo facilmente: " Que tudo caia...".
No entanto, a negociação é necessária para que aconteça a mudança. O fim de Zine Din Ben Ali, aconteceu como resultado de negociações entre a liderança do exército e altos moderadores do Estado. Pois o ex-presidente contou muito com a segurança policial, isso veio depois de uma negociação com países árabes.
A negociação com Hosni Mubarak e o general, Omar Suleiman, foi graças à intemediação de militares e algumas instituições de forças estatais e políticas, consideradas a base do suporte dos Estados Unidos, sob a intratabilidade da firmeza do sit-in do povo em praça Al Tahrir, opondo às forças de segurança.
Finalmente veio a saída de Ali Abdullah Saleh do Iêmen, como resultado da incapacidade e da intratabilidade do poder contra á dinâmica do movimento popular e da sua insistência em resisitir, face aos desertados do velho poder, incluindo unidades inteiras do Exército, embora a intemediação dos Estados Unidos é invisível, diante de uma situação difícil, sem um equilíbrio das forças no terreno. O que criou naturalmente uma plataforma para negociação e identificando os elementos essenciais paa chegar a uma solução. Antes da queda do regime, bem como depois dele.
No Bahrain, o poder negociou com as forças políticas como o tema do progresso como manobra de enganação, uma vez que se apresentou como força de unir a força popular e atrair um apoio militar dos Estados do Golfo, num silêncio implícito das forças externas, exatamente isso é feito para afastar a idéia de uma intratável possibilidade de negociação em prol da mudança. Na Líbia, a negociação não é um direito proposto, mas realmente abolido por qualquer um dos partes: nem por parte do poder, nem por parte dos países árabes ou estrangeiros, nem pelo Conselho de Transição, criado originalmente, como representante sem ser eleito, nem conhecer quem são seus membros, mas reconhecido pelos países ocidentais como representante exclusivo do povo e da soberania dos líbios. Em ambos os casos, as partes não reconhecem os opostos, nem com a negociação.
Na Síria, o governo desempenha a linguagem de negociação no primeiro estágio camuflado, enquanto está preparado uma grande ofensiva, com a detenção de milhares de ativistas da mobilidade social, ele intimida e ameaça as áreas principais, isso é apenas para eliminar a possibilidade de negociação, como forma intratável para a mudança. Na verdade, ele manipula a situação incitando o ódio sectário como objetivo de criar um obstáculo contra a decisão de negociação. No entanto, a revolta da Síria provou o poder do momento, e a adesão da unidade do povo e das seitas, levando a mobilidade da massa intratável a resistir durante meses.
O resultado é criar uma principal oposição do corpo político Sírio, ou do Conselho Nacional inspirado do exemplo líbio, que usou o poder da vontade do impasse criado pela revolta popular. Assim, em vez de trabalhar para perturbar o equilíbrio de forças no terreno em seu favor, a direção das categorias populares céticos à mudança contra as forças pró-autoridades, em temros do tamanho e da revolta, porque neutralizar o exército e as forças de segurança necessita de apoio de todos. Lidando abertamente com as asas da outra oposição, apesar de suas deficiências, o seu apelo permanece a reivindicação específica do reconhecimento internacional como representante da soberania do Estado e de todas as fases de negociação e direito de liberdade garantido pelo Conselho de Segurança da ONU.
A prolongação fica cada vez difícil perante esta situação, a escolha de alguns setores da ação do movimento popular vids armar-se, contra a intensidade da repressão e da perda de esperança em qualquer solução política negociada. Ai, as coisas evoluíram com algumas deserções do exército, representados por alguns elementos de exército sírio e da segurança popular. Os militares reclamam um cessar-fogo entre a resistência popular e o exército de segurança. No entanto, a opção da oposição base do destaque da mídia permaneceu "Líbia" e não "iemenita", porque o discurso da mídia sobre a inevitabilidade de alguns partidários de erradicação, após a mudança do poder, é difícil de mudar. Mas o que virá pelo Conselho de Segurança, nestas circunstâncias, se o espasmo de cada partido é decidido em ação militar?
A negociação é arte da política, onde decorre a mudança ... Pois negociar é o caminho embora ser difícil e penoso como ser cidadão! a criação de alianças para perturbar o equilíbrio de forças, revela outra fase da luta do povo. Cada um tem seu tempo. Inevitavelmente, surge algum slogan de "sem negociação" mas em si só uma postura de negociação, e, inevitavelmente, o combate também!. No entanto, a arte - mas a responsabilidade política – exigem de qualquer um das partes ser ator conhecidor para usar essas as armas, ergonomicamente, pois qualquer um acredita que o equilíbrio do poder se torna a seu favor, e leva a mudança por meio de negociação.
A mídia chama para expor os acontecimentos, e não para negociar com as sensibilidades através de arte. Mas quém faz a história não é a mídia, mas sim os homens da política, aqueles que podem vencer pelos próprios sacrifícios e riscos destes povos, afastando qualquer perigo ou armadilhas mortais que o leva. Mesmo se isso for por raiva ou um contra outro.
Lahcen EL MOUTAQI
Pesquisador Universitário
Univerisidade Mohammed V-Rabat-Marrocos
Autor: Lahcen El Moutaqi
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